Por Tania Moreira, RJ/Fortaleza/CE
caminhartes@hotmail.com
“O cuidado de si é a memória
do cuidado de um outro.”
Beatriz Cardella
Janeiro é o mês escolhido para refletir, debater e conscientizar a
sociedade sobre a saúde mental. Por definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde mental pode
ser considerada um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o
desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da
vida e contribuir com a comunidade. O bem-estar de uma pessoa está
intrinsecamente ligado a uma série de condições fundamentais, que vão muito
além do aspecto exclusivamente psicológico. Além dos aspectos individuais, a
saúde mental é também socialmente determinada. Por isso, deve-se considerar que
a saúde mental resulta da interação de fatores biológicos, psicológicos e
sociais, ou seja, tem aspectos e características biopsicossociais.
Condições graves em saúde
mental já são consideradas as doenças do século XXI. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), dentre elas, a depressão assume lugar de destaque,
podendo ser considerada até 2030, o transtorno mental mais
comum. Estima-se que em todo mundo há mais de 300 milhões de pessoas, de
todas as idades, que sofrem com este transtorno, sendo que as mulheres são mais
afetadas do que os homens. O fato é que sem saúde mental não se tem saúde de
verdade.
Em 2019, quase um bilhão de
pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com algum transtorno
mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos
suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade. Os transtornos mentais são a
principal causa de incapacidade, causando um em cada seis anos vividos com
incapacidade. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a
20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças
físicas evitáveis. (Organização Pan Americana de Saúde, junho 2022)
Diante de números tão expressivos, podemos
pensar que os profissionais da saúde não estão isentos destas estatísticas. Pelo
contrário, pois não é novidade que também estes profissionais são submetidos a
situações-limites diariamente no exercício de seu ofício, seja por lidar com o
sofrimento humano, pelas condições de trabalho inapropriadas, seja por questões
de baixa remuneração, carga horária excessiva e até falta de reconhecimento
social.
Neste
quadro geral, faremos um recorte para os profissionais da saúde, denominados
terapeutas e, dentre estes, especificamente, os inúmeros terapeutas que atendem
crianças no espectro do transtorno autista. É um público bem específico, porém
que não difere dos demais, pois o trabalho com crianças TEAs pode ser muito
desafiador, desgastante, com potencial elevado de ocasionar frustração e
estresse prolongado diante da rotina, das demandas dos próprios atendimentos e
da família da criança.
Buscou-se
referencial teórico sobre este tema nas bases de dados disponíveis, mas não
foram encontradas fontes relevantes para enriquecer essa discussão. Tal lacuna
não apenas chama a atenção, mas também motiva e pode direcionar o aprofundamento
nesse tema crucial, especialmente em um momento em que as pesquisas sobre o
autismo estão em constante avanço e bastante aquecidas, sendo possível observar
inúmeros congressos multidisciplinares por todo país, proporcionando espaços
valiosos para discussão e aprimoramento deste complexo e multifacetado aspecto
da saúde mental, cada vez mais presente na sociedade.
É comum falarmos sobre o autocuidado para famílias de pessoas
TEAs, para os cuidadores mais próximos, muitas vezes as mães, estimulando-as
que busquem atentar para seus sentimentos e emoções, pois é fácil perceber os
sinais de sobrecarga, estresse e em muitos casos, depressão, pelas situações
cotidianas muito demandantes e cansativas. A rotina de cuidados, consultas,
terapias e inúmeras renúncias as quais são submetidas realmente podem acarretar
prejuízos significativos à saúde mental destas famílias.
Concomitantemente,
este mesmo autocuidado precisa ser despertado nos terapeutas que atuam junto às
famílias diariamente nesta jornada em busca de maior bem-estar para estas
crianças. Contudo, nem sempre os terapeutas conseguem abrir espaço em suas
agendas para si mesmos, e por isso, vão procrastinando os importantes momentos
de autocuidado e, não poucas vezes, negligenciando a própria saúde, quando não
se dão conta ou subestimam os sintomas recorrentes (dores de cabeça
constantes, insônia ou sonolência, tensão muscular, cansaço extremo, ansiedade,
irritabilidade, apatia, alterações de humor, baixa interação social,
dificuldade em concentrar-se, falhas de memória, etc.), que podem apontar para a síndrome de
Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, que inclusive já consta no CID
11 sob código QD85.
Neste ponto é pertinente a
reflexão do filósofo contemporâneo, Byung-Chul Han, em seu livro, Sociedade do
Cansaço:
A sociedade de desempenho é uma
sociedade de auto-exploração. O
sujeito de desempenho explora a si mesmo, até consumir-se completamente (burnout).
Ele desenvolve nesse processo uma autoagressividade. A coação por desempenho
impede que eles venham à fala. É mais simples lançar mão de antidepressivos que
voltam a restabelecer o sujeito funcional e capaz de desempenho [manter-se
funcionando, da mesma maneira]. (p.99,101)
Com um alerta mais poético,
Cardella (2023), chama atenção para importância do autocuidado que todo
terapeuta precisa dispensar a si mesmo:
[...] Acostumado a cuidar e
a concentrar-se nas feridas e sofrimentos do outro, na solidão de sua
consciência tende a experimentar certo desamparo ao defrontar-se com suas
próprias necessidades de cuidado, desenvolvendo, muitas vezes, sofisticadas
formas defensivas para proteger-se do próprio sofrimento. O terapeuta
precisa caminhar do cuidado que oferece, ao cuidado que ele é, ou seja,
apropriar-se do cuidado, torná-lo próprio. [...] Um terapeuta necessita
ao longo da sua vida, como qualquer pessoa, encontrar em suas relações, o
cuidado ansiado, para de fato, ser capaz de auto cuidar-se; O cuidado de si é a
memória presentificada do cuidado de um outro. O paradoxo é que, uma
pessoa é capaz de cuidar do outro sem cuidar de si. (p.18,19)
Cardella (2023), acrescenta um elemento ainda mais relevante,
“a capacidade de desenvolver e experimentar a alternância de cuidados, como
qualquer ser humano”, sendo tal habilidade um dos “aspectos fundamentais do
processo de crescimento do terapeuta, qual seja, o reconhecimento e a aceitação
de seus limites e necessidades, transcendendo, por vezes, vergonhas, culpas,
constrangimentos, desamparos, medos experimentados em sua biografia e relações
significativas [...]” (p.20)
ATINGINDOS POR UMA CERTA
ONDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fui presenteada com uma vivência online pelas arteterapeutas Cláudia Abe e Rita Maria (Kairós Ateliê Terapêutico) sobre a “A Grande Onda de Kanagawa”, do artista japonês Katsushika Hokusai e nasceu o desejo de ofertar a mesma vivência, à equipe de terapeutas da instituição onde atuava. Meu objetivo era oferecer-lhes um espaço, um tempo de descompressão, de autocuidado, de reflexão e, sobretudo, a oportunidade de serem expostos à Arteterapia, mas como simples participantes. A única exigência era que eles deveriam renunciar o uniforme de terapeutas e se permitirem vivenciar aquele momento. Para maioria, este convite foi como chegar a um oásis, pois especialmente naquele momento, os tempos estavam áridos e desafiadores. A maioria da equipe estava exaurida física e emocionalmente por conta de demandas extenuantes, prolongadas e repetitivas: muitos atendimentos, redução do quadro de profissionais, muitas pessoas de licença médica, enfim, era “dor e a delícia de ser um vocacionado para cuidar” (Cardella, 2023, p.33) que estava pesando sobre os ombros de cada um. Era necessário um tempo para nutrir-se, recompor-se, restaurar-se, renovar-se, reunir as forças para continuar inteiro.
Foi disponibilizado um dia e um local apropriado
para a vivência com a equipe. Após a apresentação, observação da obra impressa
e relato da biografia de Hokusai, o grupo recebeu material necessário para sua
produção: folhas sulfite, riscadores diversos, lápis de cor variados, cola,
tesoura e outros materiais foram expostos para gerar um clima de encontro e
encantamento. O grupo foi convidado a se acomodar da melhor maneira possível
para um momento de relaxamento e respiração, um contato mais próximo de seus
movimentos internos. Optamos por músicas orientais como fundo, no intuito de
favorecer este contato consigo mesmo.
A consigna dada naquele momento foi que o grupo
poderia construir suas ondas de maneira intencional, respondendo a seguinte
pergunta: Que tipo de onda você está precisando em sua
vida hoje? Diante deles, foram dispostos diversos materiais, com a sugestão que
cada um poderia escolher livremente o que desejasse usar. Assim, as ondas
poderiam ser desenhadas ou já cortadas e no verso de cada uma, deveria ser
colocado a palavra ou sentimento em resposta à pergunta feita. A primeira
palavra que viesse à mente.
Um outro convite foi feito para que o grupo, após este primeiro
momento, contemplasse as suas ondas e sentisse qual a cor que cada onda estava
pedindo (ou não) e quem desejasse, poderia colorir suas ondas. Sugerimos a
confecção de apenas três ondas para que houvesse mais tempo de compartilhamento.
Após, cada um poderia prender com clips, fita durex ou simplesmente colar suas
ondas no papel A3, dobrado, de forma que um fundo, um horizonte pudesse ser
visto. Ali também os participantes poderiam fazer o acabamento de seu trabalho,
como um quadro, usando o material que desejassem. Foi sugerido que
assinassem o trabalho, datasse e depois, em outra folha, um realizassem um
breve registro por escrito do processo de construir estas ondas.
Foi mencionada a importância do registro por escrito daquele
momento, as emoções identificadas, os pensamentos que os
atravessaram, a escolha de cada material para enfeitar suas ondas, enfim,
tudo era importante ser anotado e cada um também foi incentivado a deixar sua
produção (as suas ondas) em um lugar visível, para que pudesse ser contemplada
e a energia investida naquele momento da criação, os desejos e intenções com
que cada onda foi criada pudesse assumir o seu lugar no coração de cada
um.
Para o fechamento da vivência, foi feito convite ao
compartilhamento, porém apenas aos que desejassem fazê-lo, respeitando o desejo
e espaço de cada um. Nem todos quiseram falar com palavras sobre sua
produção. Alguns, apenas apresentaram sua obra. Outros, tomados pela emoção,
conseguiram agradecer por aquele tempo de investimento e cuidado que a Arteterapia
estava proporcionando ao grupo.
Alguns depoimentos:
- AG - “A experiência de libertar a criatividade na construção da
onda, articular isso com a minha vida foi um processo de autorreflexão. Ao
recortar o papel e reaproveitar os pedaços, me fez pensar em quantas vezes faço
o movimento de reaproveitar/ ressignificar inclusive os momentos da minha vida
que são difíceis. As ondas me perpassaram e me fizeram sorrir ao ver o
resultado final e reconhecer as cores do pôr do sol que utilizei
inconscientemente e me trazem tanta paz. O pôr do sol que vejo no caminho de
volta pra casa, após um dia de trabalho muitas vezes exaustivo.”
- BB – “Muito
obrigada pela vivência. Foi maravilhosa! Creio que não foi só eu, mas todos que
participaram sairam revigorados, rejuvenecidos. Estou aqui olhando minhas ondas
e pensando como foi incrível.”
CONCLUSÃO
A arte em si é terapêutica e mobilizadora sob inúmeros
aspectos, entretanto quando o indivíduo se encontra em um estágio de
esvaziamento e exaustão, a arte pode funcionar como uma boia, uma prancha para
o resgate.
Segundo Moraes (2019), “o convite para criar apresenta-se como um
vetor de saúde para aqueles embotados, empobrecidos em seus investimentos e
desejos…. amplia o olhar viciado e reduzido, desperta curiosidade, estimula a
mente e amplia o repertório.” (p.102)
Nas palavras do poeta Rilke, “A Arte é… o amor mais amplo, mais
desmedido. É o amor de Deus.” (p.144)
A Arteterapia é semelhante a um portal e tem se apresentado como
uma estratégia bastante interessante e potente para o autocuidado e prevenção
de transtornos mentais tão presentes em nossos dias. E o arteterapeuta, como
“portador da sensibilidade tão singular do artista, é como aquele que exerce a
função de oferecer a arte e sustentar um território ‘sagrado’ para que ela
aconteça” (Moraes, 2009), mantendo-se como um promotor de encontros verdadeiros
e resgatadores para si mesmo e para todos os demais terapeutas que desejarem se
beneficiar e se abrigar no espaço acolhedor e plural que se constitui a
Arteterapia.
Referências
Bibliográficas:
- ARAÚJO, Carolina Guimarães – A Saúde Mental está doente!
A Síndrome de Burnout em psicólogos que trabalham em Unidades Básicas de Saúde
– Dissertação de Mestrado em Psicologia – Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo – São Paulo, 2008
-CARDELLA, Beatriz H P, O curador ferido e a clínica
contemporânea – Ensaios de Gestalt-terapia, Amparo Gráfica Foca, 1ª. Edição,
2023
- CORDEIRO, RAZZOUK, LIMA, org. - Trabalho e saúde mental
dos profissionais da saúde / Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo, 2015.Petrópolis/RJ, 2017
- HAN, Byung-Chul, Sociedade do Cansaço, 2a edição
ampliada, Editora Vozes, Petrópolis/RJ, 2017
- MORAES, Eliana - Pensando a Arteterapia, volume 2-1. edição
- Semente Editorial, Divino de São Lourenço/ES, 2019
- THIBAUDIER, Viviane, Jung, médico da alma, Editora
Paulus, São Paulo/SP, 2014
Sites acessados:
-
Organização Pan Americana de Saúde https://www.paho.org/pt/topicos/depressao#:~:text=Em%20todo%20o%20mundo%2C%20estima,a%20carga%20global%20de%20doen%C3%A7as. (acessado
em 22/01/2024)
-
Ministério da Saúde https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-mental (acessado
em 22.01.2024)
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Sobre a Autora: Tania Moreira
Graduação em
Fonoaudiologia, pós-graduação em psicopedagogia/UERJ. Especialização em
Arteterapia pela POMAR/RJ. Atuou com grupos terapêuticos e de apoio em casa de
recuperação feminina e masculina. Grupos de Mulheres online (Grupo Rede). Atuou
de 2021 a 2023 como Arteterapeuta na Clínica Conecta/IPREDE, compondo equipe
multidisciplinar no atendimento de crianças no Transtorno do Espectro Autista.
Contatos:
Instagram/Facebook:@caminhartes.arteterapia
Textos
publicados no Blog:
ARTETERAPIA
– DANDO VIDA E COR - RESSIGNIFICANDO HISTÓRIAS - 2016
PRÁTICAS
EM ARTETERAPIA COM INDIVIDUOS EGRESSOS DE RUA E ADICTOS EM RECUPERAÇÃO - 2017
FENIX:
PARA ALÉM DO CRACK – RESGATE DO FEMININO EM COMUNIDADE TERAPÊUTICA PARA
MULHERES - 2017
DESENHANDO
E PINTANDO COM A TESOURA COMO O VOVÔ MATISSE - 2018
O BORDADO
COMO INSTRUMENTO DE ARRAIGAMENTO E CONDUTOR DE VIDA - 2018
LEONILSON –
BORDANDO A VIDA, AS DORES E OS AMORES - 2018
DOIS METROS
ACIMA DO CHÃO” – AS BOAS NOVAS DE BISPO DO ROSÁRIO - 2019
ESTENDENDO
A REDE – ABRINDO OS BRAÇOS PARA O NOVO - 2020
ENTRE OS
MÓBILES E STÁBILES DE CALDER – LIDANDO COM A DOR NA ARTETERAPIA – 2021
EXPERIENCIAR
É BEBER DA PRÓPRIA FONTE – 2022
COMO UM RIO
QUE FLUI: A ARTETERAPIA NO CONTEXTO DO AUTISMO - 2023
PRÁTICAS
ARTETERAPÊUTICAS COM CRIANÇAS NO TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA - 2023
O cuidador, que é sempre tão dedicado com o próximo, acaba muitas vezes negligenciando o auto cuidado. Importantíssimo esse texto.
ResponderExcluirTania,
ResponderExcluirhoje de madrugada comecei a ler esse texto seu, por curiosidade sobre o tema.
De início, achei bastante informativo, tal e qual um artigo científico. De repente, me deparei com a escrita e desenho de "uma certa onda", o que já me deixou intrigada. E então veio o susto: me deparei com o meu nome escrito em seu texto !!!!
Com uma alegria interior, fui lendo todo o seu relato sobre a aplicação de uma vivência oferecida por mim e Rita Maria, de forma online, para você distante muitos quilômetros de nós.
Conforme você ia relatando, imagens na minha cabeça iam sendo produzidas. Adorei saber como você conduziu a atividade junto ao grupo de profissionais, e ver a produção de alguns trabalhos e depoimentos. Uma experiência completa que nos preencheu internamente, não é mesmo ?
Ainda estou me refazendo do "choque" (entenda como uma grata surpresa) e agradeço por este momento que você me proporcionou.
Tamo juntas !!!
Parabéns ! Seu texto ficou maravilhoso !!! E completíssimo !!!
Um grande beijo,
Claudia Abe - direto de São Paulo
Claudia, você sempre arranca meus melhores sorrisos e muitas outras risadas.. Muito obrigada pelas palavras carinhosas. Depois de receber de maneira generosa e cuidadosa a vivencia com as Ondas de Hokusai, precisava replicar isso para outras pessoas e foi como uma onda de carinho e gratidão aos colegas com quem tanto aprendi. Quando um pote fica cheio, uma gota(onda) a mais o faz transbordar. Obrigada por tudo. Espero que a próxima vez, seja presencial, com aquele cafezinho da Rita Maria, no Kairós Ateliê Terapêutico na Praça da Árvore em São Paulo. Será ótimo!
ExcluirTânia Querida, Ler seu texto foi como um encontro com a bem - aventurança (bliss de Campbell), uma onda de vento outonal de Sampa, mesclada com uma leve brisa do amanhecer de Fortaleza.(Pode imaginar às cores, os movimentos e o cheiro?). Pois é, no corre-corre das demandas e dos cuidados da rotina do dia a dia, ainda não tinha lido seu minucioso relato.... e quem sabe se não ficaria adormecido na lista do quanto tiver tempo.
ResponderExcluirMas, Claudinha ,às 2 da madrugada me alertou.... e KAIRÓS, TEMPO POÉTICO, DESPERTOU EM MIM.
Gratidão imensa por gerar ondas de calafrios afetosos, realmente me sinto abençoada em fazer parte desta Rede de Amizade cuidadosamente tecida com carinho, atenção, respeito, confianca, saberes, estimulos e compartilhamento. Sorrio afortunadamente em saber do destino -feliz, caminho das águas (emoções) iniciada por uma breve fala pontual minha que gerou seu desejo de vivenciar e proporcionar a experiência com seus colegas ...
ESTOU sentindo o Reverberar das Ondas ao longe... a Expansão do Campo da Arteterapia...com convite a contemplação da Arte e suas potenciais reflexões no SER ...
Agora vejo infinito.
Rita Maria
Muito obrigada, Rita! Agora q li seu depoimento tão poético e renovador! Suas palavras realmente nos remete a imaginar todo cenário! Você é Claudia são pessoas queridas do coração e amo ouvir e aprender sobre História da Arte com você, uma artista sensível e com olhar de scanner sobre o mundo, buscando extrair o melhor de cada paisagem e das pessoas! Agradeço as palavras e o incentivo!
ExcluirRita, quantas palavras afetuosas e poéticas. COmo sempre digo: voce é uma fonte a jorrar de conhecimento de mundo, das artes, dos lugares lindos e como é saudável este nosso convivio, ainda que pela internet, porém frutífero como se fossemos vizinhas de quarteirão. BOm é ter uma Rita Maria e Claudia Abe na vida! Obrigada pelos estímulos de sempre e por estes anos fazermos parte desta rede chamada NÂO PALAVRA, tecida com fios de carinho, respeito, conhecimento e muito amor pela Arteterapia. Que venham ainda mais bordados e fios entremeados!
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