Por Eliana Moraes
Um
dos projetos que tenho me dedicado no ano de 2015 é a pesquisa sobre o
potencial que a arteterapia tem na atuação com o público idoso. Motivada por
meu trabalho na UIP (Unidade Integrada de Prevenção) do Hospital Adventista
Silvestre – RJ –, meu desejo é produzir a monografia de conclusão da pós
graduação em curso neste ano de Gerontologia
e Saúde do Idoso pela AVM Faculdade Integrada, com o tema “Os benefícios que a arteterapia proporciona
no trabalho com idosos: aspectos psicológicos e cognitivos”.
Faz
parte deste projeto, compartilhar com os amigos do blog “Não Palavra” algumas
das minhas percepções sobre este tema em um grande diálogo através de textos e
palestras. No dia 06 de abril apresentei a palestra “Arteterapia e Terceira Idade: aspectos psicológicos e cognitivos”
e no dia 03 de agosto, falando mais especificamente sobre “A prática da arteterapia com idosos: aspectos emocionais e
cognitivos.”
Acredito
ser essencial para o arteterapeuta se instrumentalizar teoricamente sobre as
especificidades de cada público a que se propõe a trabalhar. A formação de
arteterapia (como qualquer formação profissional) se dá de forma geral e cabe
ao profissional se aprofundar em seus estudos para caminho específico que
deseja trilhar. Sendo assim, por exemplo, o arteterapeuta que se propõe a
trabalhar com crianças deve buscar estudar sobre o desenvolvimento
infantil, aqueles que trabalham com
grupos terapêuticos, sobre os fenômenos de grupo e seu manejo, etc.
No
trabalho com idosos não é diferente, havendo especificidades biopsicossociais a
serem estudadas, e podemos perceber que um dos pontos de maior atenção no cuidado com idosos é o aspecto cognitivo. Compreendendo que:
“Cognição refere-se a um conjunto de
habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção de conhecimento sobre
o mundo. Tais habilidades envolvem pensamento, raciocínio, abstração,
linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de resolução de
problemas, entre outras funções.”
Durante o processo de envelhecimento o cérebro vai sofrendo mudanças estruturais
importantes, sendo natural algum declínio
nas funções cognitivas. Este declínio pode tornar-se patológico,
culminando em uma demência. Desta forma, é imperativa a estimulação cognitiva,
seja para a prevenção ou para a “redução de danos” deste processo.
Vejo a Arteterapia como uma técnica completa
em sua atuação com o idoso. Pois por definição em uma sessão, enquanto trabalha
as questões terapêuticas pertinentes ao paciente ou grupo, simultaneamente,
a cada proposta de trabalho o profissional poderá manejar a estimulação das
mais variadas funções cognitivas como Linguagem, Atenção, Concentração, Memória, Percepção,
Abstração, Funções Executivas, Praxia,
Criatividade, etc.
Neste contexto o arteterapeuta deverá se instrumentalizar teoricamente para e desenvolver
seu olhar para cada um destes pontos no momento de compor a sessão de
arteterapia como um todo, e em seguida atuará como um grande maestro de uma
orquestra numerosa de instrumentos.
Fonte:https://cienciadocerebro.wordpress.com/2012/09/05/o-que-e-desenvolvimento-cognitivo/
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Para quem desejar conhecer mais sobre o potencial da arte para a estimulação cognitiva recomendo os cursos de Juliana Ohy aos quais cursei e ampliaram minha visão e minha forma de trabalhar.
Maravilha!!!!! Você é mil!
ResponderExcluirParabéns!!!
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