Por Eliana Moraes e Flavia Hargreaves
René Magritte
O artista é “um homem coletivo que exprime a alma inconsciente e ativa da humanidade”. No mistério do ato criador, o artista mergulha até as funduras imensas do inconsciente. Ele dá forma e traduz na linguagem de seu tempo as intuições primordiais e assim, fazendo, torna acessíveis a todos as fontes profundas da vida. (SILVEIRA, Nise)
A projeção é um processo inconsciente automático, através do qual um conteúdo inconsciente para o sujeito é transferido para um objeto, fazendo com que este conteúdo pareça pertencer ao objeto. (JUNG)
É de grande importância o estudo do conceito
de inconsciente pessoal e coletivo proposto por Jung para quem trabalha em Arteterapia
utilizando a História da Arte como estímulo projetivo, por esta trazer à tona
questões que estão além da esfera pessoal do artista. É muito comum em Arteterapia utilizarmos
lendas, contos, contos de fada e mitos como estímulos projetivos e como
embasamento para diversas vivências, buscando através da experiência, entrar em
contato com conteúdos inconscientes [...] “partindo do princípio que simbolicamente os conteúdos
destas histórias são figuras arquetípicas presentes em nosso psiquismo.”*
Temos construídos nossa pesquisa e pratica, nos últimos anos, sobre a aplicabilidade da História da Arte na prática da Arteterapia, por ser a História do Homem através dos
milênios, com suas incontáveis imagens e
objetos estéticos que povoam nosso
imaginário, [...] “dando forma às questões humanas
individuais e coletivas.” *
Trabalhar com a História da Arte no setting
arteterapêutico possibilita [...] “entrar em
contato com estes diversos homens/épocas, identificando como estas imagens os
afetam, observando o processo de como se percebe neste contexto, como se sente
experimentando este estímulo e processo criativo”. *
Desta forma, os movimentos artísticos e seus contextos históricos, os artistas e suas biografias, os processos criativos de cada um deles e suas produções nas mais variadas linguagens da arte, se apresentam como riquíssimos e potentes estímulos projetivos aplicáveis no setting arteterapêutico. Projeções capazes de auxiliar ao paciente de arteterapia a espelhar-se, (re)conhecer-se e falar-se.
Desta forma, os movimentos artísticos e seus contextos históricos, os artistas e suas biografias, os processos criativos de cada um deles e suas produções nas mais variadas linguagens da arte, se apresentam como riquíssimos e potentes estímulos projetivos aplicáveis no setting arteterapêutico. Projeções capazes de auxiliar ao paciente de arteterapia a espelhar-se, (re)conhecer-se e falar-se.
No dia 4 de maio, estaremos compartilhando
nossas reflexões sobre este tema no ciclo de palestras não-palavra.
Ciclo de palestras
não-palavra: pensando a arteterapia
Dia 4 de maio| SEG | 18h às
20h
História da Arte como estímulo
projetivo.
com Eliana Moraes e Flávia
Hargreaves
VAGAS LIMITADAS. INSCRIÇÕES
ANTECIPADAS SOMENTE POR EMAIL : naopalavra@gmail.com
Investimento:
R$ 15,00 por palestra
Local:
Botafogo.
* "História da Arte e estímulo projetivo" publicado em 3/11/14 neste blog.
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