segunda-feira, 26 de agosto de 2024

UM ESPAÇO PARA A EXPRESSÃO



Por Elaine Tomaz - SP

Arteterapeuta - AATESP 335/0616

@tessera.arteeterapia

Quando um novo paciente chega à Clínica Arteterapêutica e o acolhemos, iniciam-se vários processos – as primeiras conversas e entrevista para conhecer o histórico biopsicossocial do indivíduo, explicar o funcionamento do processo Arteterapêutico, estabelecer as bases do vínculo entre paciente e Arteterapeuta. 

No decorrer dessa relação, como profissional, vamos percebendo quais as demandas deste paciente, e uma que eu gostaria de destacar é: qual espaço essa pessoa necessita para se expressar? 

No atendimento presencial, estruturamos o setting arteterapêutico de forma que a pessoa se sinta bem vinda, cuidada, segura e no atendimento on-line estabelecemos uma organização da sessão que também proporcione essa mesma sensação. Há uma atenção especial com este ponto – no presencial ou no virtual o paciente precisa confiar que pode se abrir, que neste local ele está seguro com o profissional que ele confia, mesmo que estejamos em lugares separados fisicamente. Que a atividade proposta também vai proporcionar um momento de acolhimento, de entrega, de consciência e descoberta de si. 

Há um termo grego que define bem esta intenção – Têmenos, que significa um espaço sagrado e protegido de transformações. Esta é uma metáfora para o setting arteterapêutico. 

Quando um material ou uma proposta de trabalho da Arteterapia é oferecido, normalmente temos uma mesa, cadeira, uma base de apoio que pode ser um papel específico, um recipiente para que o paciente possa criar. E aqui, ressalto a importância de estarmos atentos a que espaço vai fazer sentido para que o indivíduo trabalhe, poder estar confortável física e emocionalmente e, muitas vezes, a mesa e a cadeira, o sofá, o papel, seja qual for, não são suportes suficientes para o que é preciso expressar, experimentar, sentir. 

Algumas pessoas podem querer trabalhar em pé, usando um cavalete, a parede, sentar no chão, ter outro apoio para o corpo, andar, se movimentar, se cobrir, sentar e colocar as pernas para cima. Pensando no ambiente virtual, ele pode estar no quarto, na varanda, na cozinha, com tantos materiais diversos, que a princípio, podem não ser considerados materiais artísticos, mas que atendem os objetivos terapêuticos e das demandas emocionais do paciente. 

A flexibilidade do espaço e dos materiais precisam estar à serviço da necessidade do cliente. Outros tamanhos, outros lugares, outras posições, sensações e tantas possibilidades buscando acolher e viabilizar uma expressão genuína do universo de cada um. 

De que espaço você necessita?

_____________________________________________________________________________

Sobre a autora:  Elaine Cristina Tomaz



Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário Barão de Mauá, com Habilitação em Administração 

Escolar.

Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional - Centro Universitário Barão de Mauá.

Formação em Educação em Valores Humanos (Básico) pelo Instituto Sathya Sai de Ribeirão Preto.

Especialista em Arte e Arteterapia aplicada à Educação, Saúde, Social e Organizações pelo 

NAPE – Nucleo de Arte e Educação/FAVI – Faculdade Vicentina – AATESP 335/0616.

Formação em Mandala Terapêutica pelo CEIMAS® (Centro Internacional de Mandala, Arte e Simbolismo) - SP 

Formação como Facilitadora SoulCollage® pelo SoulCollage® Brasil. 

Atuou como Gerente de Projetos e Coordenadora de Formação de Mediadores de Oficinas de Leitura e Escrita na Fundação Palavra Mágica em Ribeirão Preto/SP

Professora Alfabetizadora das Redes Estadual e Municipal de Ribeirão Preto/SP. 

Atendimento em Arteterapia, Mandalaterapia e SoulCollage® para  jovens e adultos, individual e grupos, presencial e online em clinica própria – Téssera Arte & Terapia

@tessera.arteeterapia

Nenhum comentário:

Postar um comentário