domingo, 16 de agosto de 2015

A PRÁTICA DA ARTETERAPIA COM A TERCEIRA IDADE


Por Eliana Moraes 

Um dos projetos que tenho me dedicado no ano de 2015 é a pesquisa sobre o potencial que a arteterapia tem na atuação com o público idoso. Motivada por meu trabalho na UIP (Unidade Integrada de Prevenção) do Hospital Adventista Silvestre – RJ –, meu desejo é produzir a monografia de conclusão da pós graduação em curso neste ano de Gerontologia e Saúde do Idoso pela AVM Faculdade Integrada, com o tema “Os benefícios que a arteterapia proporciona no trabalho com idosos: aspectos psicológicos e cognitivos”.

Faz parte deste projeto, compartilhar com os amigos do blog “Não Palavra” algumas das minhas percepções sobre este tema em um grande diálogo através de textos e palestras. No dia 06 de abril apresentei a palestra “Arteterapia e Terceira Idade: aspectos psicológicos e cognitivos” e no dia 03 de agosto, falando mais especificamente sobre “A prática da arteterapia com idosos: aspectos emocionais e cognitivos.”

Acredito ser essencial para o arteterapeuta se instrumentalizar teoricamente sobre as especificidades de cada público a que se propõe a trabalhar. A formação de arteterapia (como qualquer formação profissional) se dá de forma geral e cabe ao profissional se aprofundar em seus estudos para caminho específico que deseja trilhar. Sendo assim, por exemplo, o arteterapeuta que se propõe a trabalhar com crianças deve buscar estudar sobre o desenvolvimento infantil,  aqueles que trabalham com grupos terapêuticos, sobre os fenômenos de grupo e seu manejo, etc.

No trabalho com idosos não é diferente, havendo especificidades biopsicossociais a serem estudadas, e podemos perceber que um dos pontos de maior atenção no cuidado com idosos é o aspecto cognitivo. Compreendendo que:

“Cognição refere-se a um conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção de conhecimento sobre o mundo. Tais habilidades envolvem pensamento, raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de resolução de problemas, entre outras funções.”

Durante o processo de envelhecimento o cérebro vai sofrendo mudanças estruturais importantes, sendo natural algum declínio  nas funções cognitivas. Este declínio pode tornar-se patológico, culminando em uma demência. Desta forma, é imperativa a estimulação cognitiva, seja para a prevenção ou para a “redução de danos” deste processo.

Vejo a Arteterapia como uma técnica completa em sua atuação com o idoso. Pois por definição em uma sessão, enquanto trabalha as questões terapêuticas pertinentes ao paciente ou grupo, simultaneamente, a cada proposta de trabalho o profissional poderá manejar a estimulação das mais variadas funções cognitivas como Linguagem, Atenção,  Concentração, Memória, Percepção,  Abstração,  Funções Executivas, Praxia, Criatividade, etc.

Neste contexto o arteterapeuta deverá se instrumentalizar teoricamente para e desenvolver seu olhar para cada um destes pontos no momento de compor a sessão de arteterapia como um todo, e em seguida atuará como um grande maestro de uma orquestra numerosa de instrumentos.



Fonte:https://cienciadocerebro.wordpress.com/2012/09/05/o-que-e-desenvolvimento-cognitivo/

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Para quem desejar conhecer mais sobre o potencial da arte para a estimulação cognitiva recomendo os cursos de Juliana Ohy aos quais cursei e ampliaram minha visão e minha forma de trabalhar.




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