Por Eliana Moraes – MG
@naopalavra
Adentramos 2025 com muitas
expectativas pessoais e profissionais! Tempo de colher sementes plantadas há
tempos, bem como, tempo de plantar novas sementes a germinarem no seu tempo.
A minha volta, percebo um
movimento de retorno ao investimento de energia psíquica às práticas da
Arteterapia, em especial para o público aberto: pessoas e organizações que ainda
não conhecem a Arteterapia e que buscam ser bem apresentadas à práticas que
farão uma grande diferença em suas vidas.
Levar a Arteterapia para públicos
diversos, em suas variadas modalidades, em diferentes espaços, com práticas tão
plurais. Temos um vasto campo a ser conquistado, com a colaboração de cada
arteterapeuta atuante em sua zona de influência.
Entretanto, para o bom desempenho
dessa função, é estrutural que o arteterapeuta se alimente, se instrumentalize
e busque lapidar na formação continuada os aspectos que lhe faltam, como
desenvolvimento profissional. É importante reconhecer que a Arteterapia é um
saber e prática muito rico em possibilidades, aplicações e diálogos, sendo
necessário que o arteterapeuta desenvolva a habilidade de se apresentar em cada
linguagem pertinente àquele trabalho.
Lembro aqui as palavras de
Beatriz Cardella, nossa grande mestra nos estudos continuados do Não Palavra.
Aqui ela se refere ao terapeuta de forma geral, como alguém que fala várias
línguas:
Um bom
terapeuta é sempre um poliglota, aberto ao diálogo com a diferença e
disponível para aprender o idioma pessoal do outro. (CARDELLA, 2023, 58)
Além de
poliglotas somos polifônicos, e muitas são as vozes que nos constituem.
(CARDELLA, 2023, 59)
Trazendo as palavras de Beatriz
para nosso campo de atuação específico, reconheço o arteterapeuta como um
terapeuta que especificamente carrega em si uma habilidade ampliada para a “poli”
(muitas) “fonia” (relativo ao som, voz). Ou seja, muitas são as vozes que nos
constituem, bem como, muitas são os idiomas que podemos transitar, na palavra e
na “não palavra”.
Para tanto, é necessário uma abertura
para o desenvolvimento progressivo de um repertório amplo de recursos e o (re)conhecimento
das diversas vozes que podem nos orientar e inspirar.
Hoje abrimos os trabalhos do blog
Não Palavra que, nesse mês completa 12 anos de atividade e contribuições à
Arteterapia e aos arteterapeutas. Somos um grupo poliglota e polifônico. Nosso
espaço é mantido por diversos arteterapeutas que colaboram para a produção de
textos sobre a Arteterapia e saber correlacionados, cada um colaborando com suas
referências e bagagens pessoais.
Acreditamos que esse diálogo
plural colabora para que os arteterapeutas se tornem cada vez mais capazes de se
comunicarem com a linguagem pertinente à cada cenário de atuação.
Assim, convidamos aos leitores e
amigos do blog que continuem acompanhando nossa publicação de textos semanais,
bem como, que se encoraje a escrever e compartilhar seus estudos e práticas com
a nossa rede. Esse espaço é nosso!
Que em 2025 possamos ser mais
abertos ao idioma pessoal daqueles que necessitam da arte e da Arteterapia em
seus desafios cotidianos!
___________________________________________________________________________
Sobre a autora: Eliana Moraes
Arteterapeuta e Psicóloga
Fundadora do blog Não Palavra e coordenadora do projeto
"Não Palavra Arteterapia".
Escreve e ministra cursos livres, palestras e supervisões
sobre as teorias e práticas da Arteterapia.
Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Volumes
1, 2 e 3
Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia -
Coletivo Não Palavra"
Espaço presencial: Ateliê Não Palavra em Belo Horizonte.
Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia online e presencial.
Pós graduada em História da Arte, Gerontologia e saúde do
idoso,
Logoterapia e Desenvolvimento Humano.
Cursando especialização em arte-educação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário