segunda-feira, 4 de novembro de 2024

REFLEXÕES FEMININAS: GEORGIA O'KEEFFE E A ARTETERAPIA

 


Por Débora de Castro - RJ

@deborarteterapia


Convido você a mergulhar na essência do feminino através das obras de Georgia O'Keeffe e da arteterapia. O'Keeffe, com suas flores ampliadas e paisagens suaves, captura a beleza, a força e a complexidade da feminilidade.

As obras de Georgia O'Keeffe possuem uma feminilidade intrigante e poderosa que transcende o simples ato de contemplação visual. Seus quadros, especialmente aqueles que retratam flores ampliadas, evocam uma profunda conexão com a essência feminina, revelando uma beleza que é ao mesmo tempo delicada e robusta.

 


"Linhas Cinzentadas com Preto, Azul e Amarelo". (1923)

O'Keeffe capturava a feminilidade através das formas orgânicas e sensuais de suas flores, que frequentemente se assemelham a formas femininas. Essa analogia não é apenas uma coincidência visual, mas uma representação simbólica do ciclo da vida, da fertilidade e da força inerente às mulheres.

Suas pinturas não são meras representações da natureza, mas expressões de sua própria experiência e visão como mulher.  Além disso, O'Keeffe usava as cores de maneira emocionalmente expressiva, transmitindo uma gama de sentimentos que vão desde a serenidade até a paixão intensa. A paleta vibrante e as composições audaciosas de suas obras revelam uma força vital que ressoa com a experiência feminina em todas as suas nuances.

No setting arteterapêutico, as obras de Georgia O'Keeffe podem servir como um ponto de partida poderoso para a exploração da identidade feminina. Através da arte, os participantes podem refletir sobre suas próprias experiências, expressar suas emoções e encontrar uma forma de se reconectar com sua essência. A feminilidade nas obras de O'Keeffe é uma celebração da beleza, da complexidade e da força das mulheres, proporcionando uma rica fonte de inspiração e introspecção.

Explorar a feminilidade através das obras de O'Keeffe na arteterapia é um convite para mergulhar nas profundezas do ser, onde a arte se torna um espelho da alma e uma ferramenta para processo de  autoconhecimento e busca do equilíbrio emocional.

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Sobre a autora: Débora Castro



Sou Débora de Castro, graduada em Pedagogia, Educação Artística, com pós-graduação em Psicopedagogia e Pós-Graduação em Educação Especial e Inclusiva. Com formação em Arteterapia, AARJ/1411. Atuo na área de Educação há mais de 28 anos, como professora de Artes Visuais e História da Arte. Atualmente coordeno um grupo de Arteterapia para Mulheres e ministro oficinas Arte terapêuticas no online e presencial.