tag:blogger.com,1999:blog-64690140074197049472024-03-18T11:35:38.017-07:00 Blog Não Palavra Visite o nosso site www.naopalavra.com.br
naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.comBlogger457125tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-31117060832364911382024-03-18T11:35:00.000-07:002024-03-18T11:35:04.909-07:00A RELAÇÃO ARTETERAPEUTA-MATERIAL<p> </p><p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Por Eliana Moraes<o:p></o:p></span></span></span></p><p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">naopalavra@gmail.com</span></span></span></p><p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">@naopalavra</span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Compreendemos que, dentre as
modalidades terapêuticas, a Arteterapia possui uma especificidade: a entrada do
terceiro elemento, o material e tudo o que ele envolve. Assim, na dinâmica do <i>setting</i>
arteterapêutico forma-se uma tríade: paciente-arteterapeuta-material. <o:p></o:p></span></span></span></p><p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></span></p><p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="font-family: inherit;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEjwpEJcW7dJURhVDT35rG-X-RtIHsZEwyxFh-_GDEF7YLEQOFCyhsKueSQwpg6Waj5mcJZzpqXYoKPFusjIh7pq_46LN10q8zWFYlUuP49M8bxveB_WSkISFLkXcvcoXGDj87NuzE8oAJ7cB21LQMWAnDwl_kf0ftvpAtDjYMEGxgZAGdIkOxTe6tVSU/s1920/TR%C3%8DADE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEjwpEJcW7dJURhVDT35rG-X-RtIHsZEwyxFh-_GDEF7YLEQOFCyhsKueSQwpg6Waj5mcJZzpqXYoKPFusjIh7pq_46LN10q8zWFYlUuP49M8bxveB_WSkISFLkXcvcoXGDj87NuzE8oAJ7cB21LQMWAnDwl_kf0ftvpAtDjYMEGxgZAGdIkOxTe6tVSU/w394-h222/TR%C3%8DADE.jpg" width="394" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /><span style="color: black;"><br /></span></span><p></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Parte essencial do nosso
estudo se dá na observação do fenômeno que se constela entre paciente e
material. Entretanto, a via da <b>relação entre o material e o arteterapeuta</b>
<b>também se dá como um eixo estruturante</b> desse profissional. Considerando
que o arteterapeuta pretende se colocar como facilitador do processo criativo
de outros experienciadores, sabemos da importância de que ele conheça e seja
capaz de manejar bem as múltiplas materialidades possíveis, para que possa
oferecer cada uma delas com conhecimento técnico bem como de instrumentalizar os
experienciadores com muita ou pouca experiência criativa. Entretanto, como a
Arteterapia se constitui como uma formação que recebe pessoas com diversas
formações anteriores, muitas vezes a vivência do próprio processo criativo e a construção
de intimidade com os materiais são, muitas vezes, construídas a partir do curso.
E assim, deve seguir em desenvolvimento enquanto o profissional se pretender
atuar na área.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Essa é uma temática que venho
ecoando e escrevendo, para que possa permanentemente lembrar ao arteterapeuta
de sua importância. Esse é um tema que por vezes parece óbvio, mas justamente não
raras vezes, o óbvio sai do nosso campo de visão e ele se perde. E quanto ao
tema mencionado, observo no meu cotidiano como supervisora de estudantes e arteterapeutas
formados o quanto a experiência pessoal com a materialidade, com a criatividade
e com as imagens produzidas fazem falta no cotidiano do arteterapeuta. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Para corroborar com essa
pesquisa, hoje contemplaremos as palavras de Angela Philippini em seu livro “Cartografias
da coragem”, mais especificamente o capítulo “O arteterapeuta: acompanhante
especial”.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Segundo a autora:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Favorecer a expressão e
expansão das atividades criativas de cada cliente através do convívio
terapêutico será facilitado também pela <b>construção e ampliação das próprias
vivências criativas do arteterapeuta</b>. (PHILIPPINI, 2013, 25)</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Contudo, esse se mostra um desafio desde o
início da formação:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 38.6668px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Esta é,
certamente, um das primeiras dificuldades no trabalho de formação de novos
arteterapeutas pois muitos chegam ao processo com pouca ou nenhuma intimidade
com a arte e suas manifestações. E se uma das tarefas do arteterapeuta é
resgatar as possibilidades criativas de seus clientes, mantendo um convívio
terapêutico diário com o processo criativo, <b>é fundamental que possa
construir e ampliar suas próprias vivências criativas</b>. (PHILIPPINI, 2013,
23-24)</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 38.6668px; --line-height: 1.4; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Formar-se
em Arteterapia é mais do que um aprendizado. A verdadeira formação se inicia
com a experiência do “fenômeno” proporcionado pela vivência arteterapêutica. Todo
arteterapeuta reconhece, por teoria e prática, que o fenômeno arteterapêutico
deve acontecer primeiro em si. Somente através da experiência será possível
associar o fenômeno com os embasamentos teóricos. Somente a partir da união
desses recursos o arteterapeuta poderá fazer o bom convite para que outro
experienciador se aventure ao desbravar de uma nova caminhada expressiva e
terapêutica, oferecendo-lhe segurança para que encontre seus próprios recursos
e caminho. Nas palavras de Philippini:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Para transformar-se em
observador presente, ativo, empático companheiro nesta aventura do construi</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">r</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">-se e
transformar-se pela via das imagens, <b>precisará o arteterapeuta do contínuo
trabalho de auto desvelar-se expressivo do ateliê.</b> Precisará do
aprofundamento da pesquisa em sua</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">linguagem
plástica particular, a qual deve</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">ser
reciclada e renovada continuamente, para que assegure uma comunicação fluente
através</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">de estratégias expressivas diversas. <b>Deste modo, estará
efetivamente contribuindo para amenizar bloqueios no processo criativo de seus
clientes</b> e facilitando que estes possam encontrar e/ou construir suas</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">próprias
alternativas de reconhecimento e transformação através da</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">sua
produção imagética. A necessária contemplação</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">advêm
do</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">contínuo est</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">u</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">do no
modelo teórico escolhido</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">para
nort</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">e</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">a</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">r </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">sua</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">prática terapêutica e do persistente</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">trabalho
de autoconhecimento em seu próprio processo</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">terapêutico.</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">(PHILIPPINI,
2013, 26)</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">É importante destacar que a
autora descreve como imperativo à sustentação do arteterapeuta a terapia
pessoal, e na mesma proporção da experiência pessoal com a arte:</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 38.6668px; --line-height: 1.4; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 38.6668px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">[</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">...</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">]</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> é
inaceitável que um arteterapeuta, ou qualquer</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">outro</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">terapeuta,
aventure-se ao trabalho terapêutico</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">sem o</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">essencial
suporte</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">de sua</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">própria</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">terapia,</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">seja</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">individual</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">ou
grupal.</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 38.6668px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><b><span style="color: black;">Do
mesmo</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">modo, se</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">não</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">criar</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">continuamente,
não estará apto a desbloquear o processo criativo</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">de</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">ninguém
e tão pouco poderá ser produtivo como terapeuta</span></b></span><span class="oypena"><span style="color: black;">, se
não estiver em</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">contínuo processo de ver-se, rever-se, ouvir-se,</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">e</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">desvelar-se</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> [</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">...</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">]</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(PHILIPPINI, 2013, 26)</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Compreendendo
a Arteterapia como um procedimento terapêutico baseado na psicologia profunda e
nos caminhos do inconsciente, constatamos ser estrutural que o arteterapeuta
também se dedique a sua própria produção de imagens e diálogo com seu próprio universo
simbólico para investir em sua estrutura pessoal <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e diferenciar-se da produção simbólica de seu
paciente, o que por vezes mostra-se desafiador:<o:p></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Em contrapartida, o papel
de acompanhante do processo arteterapêutico assegura o privilégio de ser
estimulado por singulares processos de</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">criação,
ser instigado e sacudido por imagens fascinantes e surpreendentes, e também, <b>eventualmente,
ser confrontado por formas as quais poderão ser vividas como difíceis e
ameaçadoras.</b></span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 38.6668px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Acredito
que estas são boas</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">razões para <b>que o
arteterapeuta cuide de estar em bons termos com suas próprias imagens internas</b>,
o que poderá ser favorecido pela frequência regular a um ateliê ou oficina de
criação onde possa pesquisar e desenvolver sua própria linguagem expressiva.
(PHILIPPINI, 2013, 24)</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Tenho
defendido que é nesse ponto que se encontra o potencial de constratransferência
específica do arteterapeuta. No texto “O arquétipo do curador ferido e o
arteterapeuta” (2023) descrevo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">E aqui reside <b>uma das
especificidades mais caras do arteterapeuta: sua contratransferência aparece
quando este projeta seu próprio universo simbólico no processo criativo e nas
formas produzidas por seu paciente</b> [...] Enfim, é essencial que o
arteterapeuta esteja de posse da sua relação pessoal com seus símbolos
recorrentes, seus gestos, traços e cores, os materiais e linguagens que lhe
acessam ou provocam resistência, para assim evitar que seu universo simbólico
arteterapêutico seja projetado nas imagens, processos, materialidades,
temáticas, e consignas trabalhadas com seus pacientes. </span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">É importante destacar que o
arteterapeuta lidando com conteúdos “não palavra”, o potencial projetivo se dá
de forma mais sensível e ampliada. <b>O antídoto para evitar a
contratransferência imagética está na manutenção de um espaço e tempo separado
para que o arteterapeuta permaneça em contato pessoal com as materialidades,
seu processo criativo e produção de imagens pessoais.</b> (MORAES, 2023)</span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Retomando
o início de nossa reflexão, a Arteterapia como um procedimento terapêutico que
se diferencia por basear-se na tríade paciente-terapeuta-material para fins
clínicos, possui suas especificidades e singularidade. Faz-se importante que o
arteterapeuta reconheça a unicidade dessa prática tão potente e não se deixe
cair em sutis convites para a desconexão com sua essência. Philippini recorda
que:<o:p></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Allen (</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">1</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">99</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">2</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">)
aponta os <b>riscos de síndrome da clinificação</b> que pode acontecer aos
arteterapeutas, comprometendo sua produção artística</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> [</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">...</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">]</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> <b>arteterapeutas
são terapeutas muito singulares, por</b></span></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">utiliz</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">a</span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">rem
a arte como mediadora e suas atividades clínicas</span></b></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> e seu
bom desempenho depe</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">n</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">de fundamentalmente da
manutenção e exercício constante de sua pró</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">pr</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">ia
práti</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">c</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">a expressiva...</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 38.6668px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Assim, <b>que
os arteterapeutas apostem na diferença e não na tentativa improdutiva de
semelhança a outras abordagens clínicas.</b> A produtividade da Arteterapia
reside basicamente na possibilidade de facilitar caminhos expressivos
singulares para cada cliente e o fluir neste processo vem da prática,
experimentação e estudo de modalidades expressivas diversas. Evitando cair na
armadilha de </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">“</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">ter que</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">”</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> unificar a linguagem ou
utilizar práticas homogeinizadoras, cabe zelar pelos territórios de criação,
sejam</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">internos ou externos. (PHILIPPINI, 2013, 24)</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">A Psicanálise, e por
decorrência a Psicologia, orientam que a sustentação de um bom
analista/psicoterapeuta deve ter como base um tripé: a terapia pessoal, a
supervisão e o estudo teórico individual e grupal. Tendo em vista a especificidade
da Arteterapia desenvolvida nesse texto, tenho escrito sobre a “quarta perna” que
sustenta o arteterapeuta: a experiência pessoal com os materiais, o processo
criativo e produção de imagens. Assim, construímos “o quadripé” que sustenta o
arteterapeuta representado pelo esquema abaixo:<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQFB3j6XjEBaxJbtgcWlfbS11lwNVXc7uqY2nqjMJyPAD8miVWRCVF_lL2ozslEUJoA4lo4u1k16uKZjkEMISljzGTHL78ZaTA1x39ARkz_Lj_79wckJrug6KWVlVDInH0QAce_R2npji96p1UssGj2YjEIT9ZHQ_NGoPhQQpENSs9jp1bTpddE8B8oFg/s1280/QUADRIP%C3%89.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQFB3j6XjEBaxJbtgcWlfbS11lwNVXc7uqY2nqjMJyPAD8miVWRCVF_lL2ozslEUJoA4lo4u1k16uKZjkEMISljzGTHL78ZaTA1x39ARkz_Lj_79wckJrug6KWVlVDInH0QAce_R2npji96p1UssGj2YjEIT9ZHQ_NGoPhQQpENSs9jp1bTpddE8B8oFg/w540-h304/QUADRIP%C3%89.JPG" width="540" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Esquema desenvolvido pela autora</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Com a produção de textos
sobre esse tema e outras especificidades da Arteterapia pretendemos cooperar
para que o arteterapeuta se reconheça naquilo que nos diferencia de outras modalidades
terapêuticas, que se sinta seguro em atuar com a técnica arteterapêutica,
reconhecendo a grande potência contida na Arteterapia em si. Nosso desejo é
que:<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span class="oypena"><span style="color: black;">Assim, <b>em Arteterapia,
que se possa apostar</b></span></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;"> </span></b></span><span class="oypena"><b><span style="color: black;">naquilo
que nos distingue como terapeutas, a promoção de saúde por meio da Arte e do
exercício constante na prática expressiva.</span></b></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> Para tanto, cabe evitar
algumas armadilhas, cuidando de manter bem protegido e bem cuidado o próprio
território de criação. E,</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"> </span></span><span class="oypena"><span style="color: black;">sobretudo,
aprendendo a criar mecanismos de livre expressão, fortalecendo a própria
autonomia criativa.(PHILIPPINI, 2013, 25)</span></span><span class="oypena"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: inherit;"> ______________________________________________________________________________</span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><b style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Eliana Moraes</span></b></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><b style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></b></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1Y8SlYYndezH8mxsOd40tUvMOziCBHCZKih55p9AqjDp7MrEKkX0o95Na_0bKqtgPqZC2hii8Bq_JhICXAr8TZoWiLjwfw16nNM_OgzTcB4GEDM8TeYBcVv8tMM2N-Udy9aRfFCsKbt4C2BAFSSbQpdevPjo3jswHzKUBAa-Uh2qU0dK7iMDi_UEOX0/s639/foto%202024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1Y8SlYYndezH8mxsOd40tUvMOziCBHCZKih55p9AqjDp7MrEKkX0o95Na_0bKqtgPqZC2hii8Bq_JhICXAr8TZoWiLjwfw16nNM_OgzTcB4GEDM8TeYBcVv8tMM2N-Udy9aRfFCsKbt4C2BAFSSbQpdevPjo3jswHzKUBAa-Uh2qU0dK7iMDi_UEOX0/s320/foto%202024.jpg" width="320" /></a></span></b></div><b style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /><br /></span></b><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;">Pós graduada em História da Arte</span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-34550712064059238262024-03-11T14:35:00.000-07:002024-03-11T14:41:11.920-07:00A EXPERIÊNCIA DE LAR<p><span style="font-family: inherit;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuG_DtuHNG8HOHWgdluNWbCV7vRjq8fIbgWchoZYNCz4HnsXIplxpO15K4w6He7S1M8jTxuxf85E4qwQ_Nl6wXNiaqg7hzHOLZsXIpOp_l9TSCTNQyAFLW1G0geHNiJ-bCKHjE7YW0Mj9Wh6Xe_GpHgjjgNJKLQM6bp3QMVn92da40XkTI7qJ1cS-afPc/s1280/CASA%201.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="629" data-original-width="1280" height="157" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuG_DtuHNG8HOHWgdluNWbCV7vRjq8fIbgWchoZYNCz4HnsXIplxpO15K4w6He7S1M8jTxuxf85E4qwQ_Nl6wXNiaqg7hzHOLZsXIpOp_l9TSCTNQyAFLW1G0geHNiJ-bCKHjE7YW0Mj9Wh6Xe_GpHgjjgNJKLQM6bp3QMVn92da40XkTI7qJ1cS-afPc/s320/CASA%201.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: inherit;">Por Eliana Moraes<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: inherit;">naopalavra@gmail.com<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US">@naopalavra</span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: inherit;">Temos vivenciado no grupo Quíron reflexões sobre nossos caminho de vida,
sobre a condição humana de ser <i>um peregrino</i>. Muitas vezes, nossas reflexões
são aquecidas pelas palavras da querida Beatriz Cardella, psicóloga, <i>gestalt</i>
terapeuta e professora formadora de terapeutas, que tão precocemente nos deixou
na última semana. Em espercial, Bia – como gostava de ser chamada – nos acompanha
através do livro “De Volta para casa: ética e poética na clínica gestáltica
contemporânea”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Pessoalmente, meu encontro com Beatriz e seu livro, aconteceu em 2020,
tornando-se uma leitura estrutural para o processo de meu retorno à minha
cidade natal, Belo Horionte, no ano seguinte. Não há dúvidas de que os escritos
de Beatriz atravessam nossa vida profissional e deixam marcas em nossa vida
pessoal.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"><o:p> </o:p></span>Contudo, é fundamental destacar que para Beatriz, a volta para “casa”
não se refere necessariamente à moradia, mas antes, uma questão existencial:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Tratar da <b><i>morada</i></b> é
fundamental, já que umas das principais problemáticas do mundo contemporâneo
são os <b><i>desenraizamentos</i></b> nas suas diferentes formas...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Estamos todos, de certa forma,
desalojados, esquecidos das raízes, da origem, desabrigados, impossibilitados
de habitar e encontrar lugar entre os outros. De certa forma somos todos
sem-teto existenciais. E sofremos. <b>Precisamos voltar para casa e nos
recordar que somos humanos</b>. (CARDELLA, 2020, 28)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: inherit;">Em seu livro Beatriz discorre sobre vários aspectos dessa angústia
existencial atualizada na escuta clínica cotidiana. Em síntese a autora defende
que: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US"><span style="font-family: inherit;">Na clínica
isto significa que o terapeuta precisará reconhecer asnecessidades fundamentais
da dignidade humana que constintuem o ETHOS, como por exemplo: a <b>hospitalidade,
o pertencimento, o reconhecimento, a singularidade</b>, a criatividade, a
responsabilidade, a transcendência, entre outras…<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US">Essas formas
de sofrimento se caracterizam como <i>Desenraizamentos</i>, a perda das raízes na
condição humana. (CARDELLA, 2020, 52-53)</span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Para Beatriz, somos
todos peregrinos, caminhantes, vivendo experiências e passagens que geram sofrimentos,
aprendizados e resiliência. Porém, é possível que essa jornada seja aquecida por
uma específica “experiência de casa”: aquela que um <i>setting</i> terapêutico,
que comporta uma relação terapêutica, pode gerar: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ao longo de trinta anos de trabalho
como psicoterapeuta percebi que a<i> casa </i>é uma das metáforas fundamentais
para tratar o trabalho clínico e da relação terapêutica, lugar de
hospitalidade, ternura e cuidado... (CARDELLA, 2020, 27)</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nessa perspectiva, o <b>trabalho
terapêutico só pode acontecer se a relação se configurar morada, lugar</b>,
onde a pessoa que busca ajuda possa encontrar o terapeuta-anfitrião, o
outro-raiz, que a acolha em sua humanidade, recordando-a de si mesma. (CARDELLA,
2020, 29) </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esse ponto de assossego, em
meio à caminhada peregrina, proporciona refrigério, nutrição, enraizamento,
estrutura, mas não direcionada para o fim do caminho. Segundo a autora, é a “experiência
de lar” que possibilita a diferenciação entre o ser peregrino e o perambulante,
perdido e desorientado: </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Acolhemos a pessoa para que ela possa
partir</b>, para que ao
invés de viver perambulando possa de fato, caminhar, realizando a obra de ser
si mesma mirando o horizonte de seus valores fundamentais. (CARDELLA, 2020, 29) </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Com Beatriz Cardella
aprendemos sobre a profunda importância de nos oferecermos uma “experiência de
lar”, seja ela qual for, mas que para nós faça sentido, pois:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Paradoxalmente, essa é a única
possibilidade de resgatarmos nossa condição peregrina, caminhante, e mirarmos o
horizonte da existência a partir da singularidade que nos caracteriza, tornando
a vida uma <i>criação, a possibilidade de habitar poeticamente o mundo</i>.
(CARDELLA, 28) </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">O paradoxo da "experiência de lar" para a vivência de uma condição peregrina foi lindamente traduzido por uma das participantes do Grupo Quíron que, generosamente, permitiu que sua imagem ilustrasse nossa caminhada. Nela, uma casa apoiada em um skate em movimento, orientada pela palavra "vida" que dentro de sua composição, encontramos a palavra "ida". </p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_5KlwVRGqkESHrTVyrCU68Va_KDCDwuvBn_CDBDH9gW1FzNqahqLllvBCSpO55sAH_R6UeJq_UVZ3jwMPsd8xrXs2GRAu-YPngH3IL-y9Y2IXn3ryyXL15a3bF0wyz-2_8Hnozfd4EP1vpqYHfin2SM1X6Mv5-I6PMQ8jtn-u1LJDO0I5qHDLlQFZhYY/s1600/CASA%204.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="877" data-original-width="1600" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_5KlwVRGqkESHrTVyrCU68Va_KDCDwuvBn_CDBDH9gW1FzNqahqLllvBCSpO55sAH_R6UeJq_UVZ3jwMPsd8xrXs2GRAu-YPngH3IL-y9Y2IXn3ryyXL15a3bF0wyz-2_8Hnozfd4EP1vpqYHfin2SM1X6Mv5-I6PMQ8jtn-u1LJDO0I5qHDLlQFZhYY/w522-h286/CASA%204.jpg" width="522" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>A casa como símbolo</b> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Corroborando com as
reflexões de Beatriz Cardella e orientada pelos seus escritos, na clínica
arteterapêutica por vezes emerge o símbolo da casa como reflexão. Pude perceber
que através desse símbolo podemos delinear algumas camadas como: </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; text-align: justify;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Luo_nNXWcRc3c39pk9mSI7TS3p5k0RCWTerylM49fEmagfQ6xp8jYDOTUWPBg6HR03bbq5J7jyrBw7MK8ERBCeHFJwh80PGj3vEg_OUv6z_wIfuMhPODkumwqEa8FDCmx3Tqcd4RZxvtItRIPPnUsxvQV-1TZyjKa_Np573zQtAFatyoMtBxlUudAZ8/s960/CASA%202.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="538" data-original-width="960" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Luo_nNXWcRc3c39pk9mSI7TS3p5k0RCWTerylM49fEmagfQ6xp8jYDOTUWPBg6HR03bbq5J7jyrBw7MK8ERBCeHFJwh80PGj3vEg_OUv6z_wIfuMhPODkumwqEa8FDCmx3Tqcd4RZxvtItRIPPnUsxvQV-1TZyjKa_Np573zQtAFatyoMtBxlUudAZ8/s320/CASA%202.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: inherit; text-align: justify;"><br /></span></div>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-eu<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-corpo<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-psíquica<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-alma<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-moradia<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-trabalho<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-religiosidade<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-espaço
geográfico<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-cultura<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-relações<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Casa-pertencimento...<span style="text-align: justify;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Para aquecer a reflexão
e dar forma aos conteúdos subjetivos do paciente, tenho utilizado o origami de
casa, bidimensional ou tridimensional – a depender do perfil do experienciador.
Com essa proposta observamos o que Fayga Ostrower descreve como <i>a matéria
objetivando a linguagem</i>, e dessa forma possibilitando que o criador
dialogue frente a frente com sua “experiência de lar”, em qual camada lhe
convidar à reflexão naquele momento. </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq6LrqIMLicKZKIA-RfUR0NDCh_tCOe6uxpL6H9sDjmBAKpr5T-PfaVCVWhlKDUyD9r25-ysS27BVBBAXOJACcEcZpQvJ7W2kwHbhVEO9B5BriRdMebHf2XV63tTecwykKMRXXdo2alQBBdb9k665hgMwRyJ_ZJ53mb_dgtIwdUT38exGDrmZyez6KzbU/s1248/CASA%203.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1248" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq6LrqIMLicKZKIA-RfUR0NDCh_tCOe6uxpL6H9sDjmBAKpr5T-PfaVCVWhlKDUyD9r25-ysS27BVBBAXOJACcEcZpQvJ7W2kwHbhVEO9B5BriRdMebHf2XV63tTecwykKMRXXdo2alQBBdb9k665hgMwRyJ_ZJ53mb_dgtIwdUT38exGDrmZyez6KzbU/s320/CASA%203.jpg" width="308" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Para encerrar esse
texto, devolvo à Beatriz Cardella a poesia que dedicou à memória de Fritz Perls
em seu livro “De volta para casa”. Hoje, colocamo-nos todos, respeitosamente,
no lugar de discípulos, bendizemos Beatriz e tudo o que ela nos ensinou.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><b>A discípula</b><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Bendita a
espécie extinta,<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">A que voltou
ao repouso em sua origem<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">E não
peregrina mais,<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Benditos
todos que no cativeiro<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Por ânsia de
eternidade multiplicam-se,<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Bendito o
modo como tudo é feito.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Ancestrais,
luxuoso nome<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Para quem
apenas errou antes de nós!<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Benditos,<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Bendita hora
da tarde<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Em que uma serva
repousa<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Descansada
de dor e consolo.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Adélia Prado
– Oráculos de Maio<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Referência
Bibliográfica:</b> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US">CARDELLA, Beatriz Helena Paranhos “De Volta para casa: ética e poética
na clínica gestáltica contemporânea”. 2020</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> _______________________________________________________________________________</span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="font-size: 16px;"><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Eliana Moraes</span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="font-size: 16px;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="font-size: 16px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUyiQKk87-aJmIghVgLAKHMLPeA53guLon1oQ_XTgsQxmMZ9Le0Mue_Kn2RkQOsm-XKTIDkHy7uGhvV5yQ3SqUpqQjsmi-PawGHk87TvQMCuNcWd62dHl1rl771FhuXzk0MdVBiq6nGvaR1prko1yYZ6c4CsjWpu1HjfYHEqIsGlKwsjVYTGCm4ulbsN4/s639/foto%202024.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUyiQKk87-aJmIghVgLAKHMLPeA53guLon1oQ_XTgsQxmMZ9Le0Mue_Kn2RkQOsm-XKTIDkHy7uGhvV5yQ3SqUpqQjsmi-PawGHk87TvQMCuNcWd62dHl1rl771FhuXzk0MdVBiq6nGvaR1prko1yYZ6c4CsjWpu1HjfYHEqIsGlKwsjVYTGCm4ulbsN4/s320/foto%202024.jpg" width="320" /></a></b></div><b style="font-size: 16px;"><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="font-size: 16px;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;">Pós graduada em História da Arte</span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;"><span style="font-family: inherit;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-77335050880922030862024-02-26T08:41:00.000-08:002024-02-26T08:44:19.693-08:00ARTETERAPIA COMO ESTRATÉGIA DE AUTOCUIDADO DE TERAPEUTAS DE CRIANÇAS TEAs<p><span style="background-color: #d9ead3;"> </span></p><p style="margin: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 10pt;">P</span><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">or Tania Moreira, RJ/Fortaleza/CE</span><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="margin: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">caminhartes@hotmail.com</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><b><span style="color: black; font-size: 10pt;"> </span></b><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin: 0cm; text-align: right;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">“O cuidado de si é a memória</span><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin: 0cm; text-align: right;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">do cuidado de um outro.”</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin: 0cm; text-align: right;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">Beatriz Cardella</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;"> </span><span class="apple-tab-span"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span><span style="color: black;">Janeiro é o mês escolhido para refletir, debater e conscientizar a
sociedade sobre a saúde mental. Por definição da</span><a href="https://www.who.int/health-topics/mental-health#tab=tab_1"> Organização Mundial de Saúde</a><span style="color: black;"> (OMS), a saúde mental pode
ser considerada um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o
desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da
vida e contribuir com a comunidade. O bem-estar de uma pessoa está
intrinsecamente ligado a uma série de condições fundamentais, que vão muito
além do aspecto exclusivamente psicológico. Além dos aspectos individuais, a
saúde mental é também socialmente determinada. Por isso, deve-se considerar que
a saúde mental resulta da interação de fatores biológicos, psicológicos e
sociais, ou seja, tem aspectos e características biopsicossociais.</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;">Condições graves em saúde
mental já são consideradas as doenças do século XXI. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), dentre elas, a depressão assume lugar de destaque,
podendo ser considerada até 2030, o transtorno mental mais
comum. Estima-se que em todo mundo há mais de 300 milhões de pessoas, de
todas as idades, que sofrem com este transtorno, sendo que as mulheres são mais
afetadas do que os homens. O fato é que sem saúde mental não se tem saúde de
verdade.</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 142.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 14pt 142pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;">Em 2019, quase um bilhão de
pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com algum transtorno
mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos
suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade. Os transtornos mentais são a
principal causa de incapacidade, causando um em cada seis anos vividos com
incapacidade. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a
20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças
físicas evitáveis. (Organização Pan Americana de Saúde, junho 2022)</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;"> </span><span class="apple-tab-span"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span><span style="color: black;">Diante de números tão expressivos, podemos
pensar que os profissionais da saúde não estão isentos destas estatísticas. Pelo
contrário, pois não é novidade que também estes profissionais são submetidos a
situações-limites diariamente no exercício de seu ofício, seja por lidar com o
sofrimento humano, pelas condições de trabalho inapropriadas, seja por questões
de baixa remuneração, carga horária excessiva e até falta de reconhecimento
social.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Neste
quadro geral, faremos um recorte para os profissionais da saúde, denominados
terapeutas e, dentre estes, especificamente, os inúmeros terapeutas que atendem
crianças no espectro do transtorno autista. É um público bem específico, porém
que não difere dos demais, pois o trabalho com crianças TEAs pode ser muito
desafiador, desgastante, com potencial elevado de ocasionar frustração e
estresse prolongado diante da rotina, das demandas dos próprios atendimentos e
da família da criança.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Buscou-se
referencial teórico sobre este tema nas bases de dados disponíveis, mas não
foram encontradas fontes relevantes para enriquecer essa discussão. Tal lacuna
não apenas chama a atenção, mas também motiva e pode direcionar o aprofundamento
nesse tema crucial, especialmente em um momento em que as pesquisas sobre o
autismo estão em constante avanço e bastante aquecidas, sendo possível observar
inúmeros congressos multidisciplinares por todo país, proporcionando espaços
valiosos para discussão e aprimoramento deste complexo e multifacetado aspecto
da saúde mental, cada vez mais presente na sociedade.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;"> </span><span class="apple-tab-span"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span><span style="color: black;">É comum falarmos sobre o autocuidado para famílias de pessoas
TEAs, para os cuidadores mais próximos, muitas vezes as mães, estimulando-as
que busquem atentar para seus sentimentos e emoções, pois é fácil perceber os
sinais de sobrecarga, estresse e em muitos casos, depressão, pelas situações
cotidianas muito demandantes e cansativas. A rotina de cuidados, consultas,
terapias e inúmeras renúncias as quais são submetidas realmente podem acarretar
prejuízos significativos à saúde mental destas famílias.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;">Concomitantemente,
este mesmo autocuidado precisa ser despertado nos terapeutas que atuam junto às
famílias diariamente nesta jornada em busca de maior bem-estar para estas
crianças. Contudo, nem sempre os terapeutas conseguem abrir espaço em suas
agendas para si mesmos, e por isso, vão procrastinando os importantes momentos
de autocuidado e, não poucas vezes, negligenciando a própria saúde, quando não
se dão conta ou subestimam os sintomas recorrentes (dores de cabeça
constantes, insônia ou sonolência, tensão muscular, cansaço extremo, ansiedade,
irritabilidade, apatia, alterações de humor, baixa interação social,
dificuldade em concentrar-se, falhas de memória, etc.</span><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">), </span><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que podem apontar para a síndrome de
Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, que inclusive já consta no CID
11 sob código QD85.<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;">Neste ponto é pertinente a
reflexão do filósofo contemporâneo, Byung-Chul Han, em seu livro, Sociedade do
Cansaço:</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 144.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 14pt 144pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;">A sociedade de desempenho é uma
sociedade de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>auto-exploração. O
sujeito de desempenho explora a si mesmo, até consumir-se completamente (burnout).
Ele desenvolve nesse processo uma autoagressividade. A coação por desempenho
impede que eles venham à fala. É mais simples lançar mão de antidepressivos que
voltam a restabelecer o sujeito funcional e capaz de desempenho [manter-se
funcionando, da mesma maneira]. (p.99,101)</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;">Com um alerta mais poético,
Cardella (2023), chama atenção para importância do autocuidado que todo
terapeuta precisa dispensar a si mesmo:</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 144.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 14pt 144pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">[...] Acostumado a cuidar e
a concentrar-se nas feridas e sofrimentos do outro, na solidão de sua
consciência tende a experimentar certo desamparo ao defrontar-se com suas
próprias necessidades de cuidado, desenvolvendo, muitas vezes, sofisticadas
formas defensivas para proteger-se do próprio sofrimento. O terapeuta
precisa caminhar do cuidado que oferece, ao cuidado que ele é, ou seja,
apropriar-se do cuidado, torná-lo próprio. [...] Um terapeuta necessita
ao longo da sua vida, como qualquer pessoa, encontrar em suas relações, o
cuidado ansiado, para de fato, ser capaz de auto cuidar-se; O cuidado de si é a
memória presentificada do cuidado de um outro. O paradoxo é que, uma
pessoa é capaz de cuidar do outro sem cuidar de si. (p.18,19)<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Cardella (2023), acrescenta um elemento ainda mais relevante,
“a capacidade de desenvolver e experimentar a alternância de cuidados, como
qualquer ser humano”, sendo tal habilidade um dos “aspectos fundamentais do
processo de crescimento do terapeuta, qual seja, o reconhecimento e a aceitação
de seus limites e necessidades, transcendendo, por vezes, vergonhas, culpas,
constrangimentos, desamparos, medos experimentados em sua biografia e relações
significativas [...]” (p.20)</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 0cm; text-align: justify; text-indent: 35pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; margin: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">ATINGINDOS POR UMA CERTA
ONDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"> </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDZr0pHl8KIfS8b_2iX3-J6mxPyzT4fuTOFjxBM4v6iJd8K1lrVMAFRX6UwJPo3hEeN6G6wKYEz_lwR50kmb5Cz2AZifAw4YyOBHS-6k01oe9p-vyZG0g1FR2ja__Ikgh9WKfZ74ByHnRTCSUi2JKDPKAsu4WkCclEVkA74DFrP1U5S2IL3X2k3XGNYko/s304/2024%201.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="238" data-original-width="304" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDZr0pHl8KIfS8b_2iX3-J6mxPyzT4fuTOFjxBM4v6iJd8K1lrVMAFRX6UwJPo3hEeN6G6wKYEz_lwR50kmb5Cz2AZifAw4YyOBHS-6k01oe9p-vyZG0g1FR2ja__Ikgh9WKfZ74ByHnRTCSUi2JKDPKAsu4WkCclEVkA74DFrP1U5S2IL3X2k3XGNYko/s1600/2024%201.jpg" width="304" /></a></span></div><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"><br /> </span><span style="font-family: inherit; font-size: 11pt; text-indent: 35.4pt;">Fui presenteada com uma vivência </span><i style="font-family: inherit; font-size: 11pt; text-indent: 35.4pt;">online</i><span style="font-family: inherit; font-size: 11pt; text-indent: 35.4pt;"> pelas
arteterapeutas Cláudia Abe e Rita Maria (Kairós Ateliê Terapêutico) sobre a “A
Grande Onda de Kanagawa”, do artista japonês Katsushika Hokusai e nasceu o
desejo de ofertar a mesma vivência, à equipe de terapeutas da instituição onde
atuava. Meu objetivo era oferecer-lhes um espaço, um tempo</span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: inherit; font-size: 11pt; text-indent: 35.4pt;"> de descompressão, de autocuidado, de reflexão e,
sobretudo, a oportunidade de serem expostos à Arteterapia, mas como simples
participantes. A única exigência era que eles deveriam renunciar o uniforme de
terapeutas e se permitirem vivenciar aquele momento. Para maioria, este convite
foi como chegar a um oásis, pois especialmente naquele momento, os tempos
estavam áridos e desafiadores. A maioria da equipe estava exaurida física e
emocionalmente por conta de demandas extenuantes, prolongadas e repetitivas:
muitos atendimentos, redução do quadro de profissionais, muitas pessoas de
licença médica, enfim, era “dor e a delícia de ser um vocacionado para cuidar”
(Cardella, 2023, p.33) que estava pesando sobre os ombros de cada um. Era
necessário um tempo para nutrir-se, recompor-se, restaurar-se, renovar-se,
reunir as forças para continuar inteiro. </span></span><p></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span><span class="apple-tab-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Foi disponibilizado um dia e um local apropriado
para a vivência com a equipe. Após a apresentação, observação da obra impressa
e relato da biografia de Hokusai, o grupo recebeu material necessário para sua
produção: folhas sulfite, riscadores diversos, lápis de cor variados, cola,
tesoura e outros materiais foram expostos para gerar um clima de encontro e
encantamento. O grupo foi convidado a se acomodar da melhor maneira possível
para um momento de relaxamento e respiração, um contato mais próximo de seus
movimentos internos. Optamos por músicas orientais como fundo, no intuito de
favorecer este contato consigo mesmo.</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span><span class="apple-tab-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">A consigna dada naquele momento foi que o grupo
poderia construir suas ondas de maneira intencional, respondendo a seguinte
pergunta:</span><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> Que tipo de onda você está precisando em sua
vida hoje? Diante deles, foram dispostos diversos materiais, com a sugestão que
cada um poderia escolher livremente o que desejasse usar. Assim, as ondas
poderiam ser desenhadas ou já cortadas e no verso de cada uma, deveria ser
colocado a palavra ou sentimento em resposta à pergunta feita. A primeira
palavra que viesse à mente. </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Um outro convite foi feito para que o grupo, após este primeiro
momento, contemplasse as suas ondas e sentisse qual a cor que cada onda estava
pedindo (ou não) e quem desejasse, poderia colorir suas ondas. Sugerimos a
confecção de apenas três ondas para que houvesse mais tempo de compartilhamento.
Após, cada um poderia prender com clips, fita durex ou simplesmente colar suas
ondas no papel A3, dobrado, de forma que um fundo, um horizonte pudesse ser
visto. Ali também os participantes poderiam fazer o acabamento de seu trabalho,
como um quadro, usando o material que desejassem. Foi sugerido que
assinassem o trabalho, datasse e depois, em outra folha, um realizassem um
breve registro por escrito do processo de construir estas ondas. </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Foi mencionada a importância do registro por escrito daquele
momento, as emoções identificadas, os pensamentos que os
atravessaram, a escolha de cada material para enfeitar suas ondas, enfim,
tudo era importante ser anotado e cada um também foi incentivado a deixar sua
produção (as suas ondas) em um lugar visível, para que pudesse ser contemplada
e a energia investida naquele momento da criação, os desejos e intenções com
que cada onda foi criada pudesse assumir o seu lugar no coração de cada
um. </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span><span class="apple-tab-span"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Para o fechamento da vivência, foi feito convite ao
compartilhamento, porém apenas aos que desejassem fazê-lo, respeitando o desejo
e espaço de cada um. Nem todos quiseram falar com palavras sobre sua
produção. Alguns, apenas apresentaram sua obra. Outros, tomados pela emoção,
conseguiram agradecer por aquele tempo de investimento e cuidado que a Arteterapia
estava proporcionando ao grupo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: center;"><span style="mso-no-proof: yes;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU-SoV8Dm4azY-cPw2tmEBig9K0tBNQhTJJ5PPzYuTJ7BHy9NB7KHfOJp_Yf402a-UzRoW1iTh45oPQ4YLiWsrvPmR7uy3Fkgkoy24yMh74twGC7pU8lb9qqfNx0yLYakjNBiFD-a9Cz68ZzH_CnyfiTNC_vIS0FHxA7nvd3KROb-exdRARNCqBUp-QkY/s242/2024%202.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="234" data-original-width="242" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU-SoV8Dm4azY-cPw2tmEBig9K0tBNQhTJJ5PPzYuTJ7BHy9NB7KHfOJp_Yf402a-UzRoW1iTh45oPQ4YLiWsrvPmR7uy3Fkgkoy24yMh74twGC7pU8lb9qqfNx0yLYakjNBiFD-a9Cz68ZzH_CnyfiTNC_vIS0FHxA7nvd3KROb-exdRARNCqBUp-QkY/s1600/2024%202.jpg" width="242" /></a></span></div><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><br /> <span style="mso-spacerun: yes;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD_WzgMAoCVY0bRMl-n6pvNjNC_lJcaO_ACfK_cBsY9tmqR8VNEVNoGm5jTWg5gcRijbzTdL8ojpeYb1-1JRKN6SKs8oosriXH8q7Hfq5gZRWZYUG_aYZCKaygwfvcOlrtv22kxLNtfKwkLObl2eAvd_6jg_mjwV5rGEpV-WocuJ3PQI2Rb2KE_cXBbmQ/s558/2024%203.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="523" data-original-width="558" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD_WzgMAoCVY0bRMl-n6pvNjNC_lJcaO_ACfK_cBsY9tmqR8VNEVNoGm5jTWg5gcRijbzTdL8ojpeYb1-1JRKN6SKs8oosriXH8q7Hfq5gZRWZYUG_aYZCKaygwfvcOlrtv22kxLNtfKwkLObl2eAvd_6jg_mjwV5rGEpV-WocuJ3PQI2Rb2KE_cXBbmQ/s320/2024%203.jpg" width="320" /></a></div> </span><o:p></o:p></span><p></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Alguns depoimentos:<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">- AG<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">“A experiência de libertar a criatividade na construção da
onda, articular isso com a minha vida foi um processo de autorreflexão. Ao
recortar o papel e reaproveitar os pedaços, me fez pensar em quantas vezes faço
o movimento de reaproveitar/ ressignificar inclusive os momentos da minha vida
que são difíceis. As ondas me perpassaram e me fizeram sorrir ao ver o
resultado final e reconhecer as cores do pôr do sol que utilizei
inconscientemente e me trazem tanta paz. O pôr do sol que vejo no caminho de
volta pra casa, após um dia de trabalho muitas vezes exaustivo.”<o:p></o:p></span></i></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">- BB – “Muito
obrigada pela vivência. Foi maravilhosa! Creio que não foi só eu, mas todos que
participaram sairam revigorados, rejuvenecidos. Estou aqui olhando minhas ondas
e pensando como foi incrível.” </span></i><i><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">CONCLUSÃO</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"> A arte em si é terapêutica e mobilizadora sob inúmeros
aspectos, entretanto quando o indivíduo se encontra em um estágio de
esvaziamento e exaustão, a arte pode funcionar como uma boia, uma prancha para
o resgate. </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Segundo Moraes (2019), “o convite para criar apresenta-se como um
vetor de saúde para aqueles embotados, empobrecidos em seus investimentos e
desejos…. amplia o olhar viciado e reduzido, desperta curiosidade, estimula a
mente e amplia o repertório.” (p.102)</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Nas palavras do poeta Rilke, “A Arte é… o amor mais amplo, mais
desmedido. É o amor de Deus.” (p.144) </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 115%; margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">A Arteterapia é semelhante a um portal e tem se apresentado como
uma estratégia bastante interessante e potente para o autocuidado e prevenção
de transtornos mentais tão presentes em nossos dias. E o arteterapeuta, como
“portador da sensibilidade tão singular do artista, é como aquele que exerce a
função de oferecer a arte e sustentar um território ‘sagrado’ para que ela
aconteça” (Moraes, 2009), mantendo-se como um promotor de encontros verdadeiros
e resgatadores para si mesmo e para todos os demais terapeutas que desejarem se
beneficiar e se abrigar no espaço acolhedor e plural que se constitui a
Arteterapia. <o:p></o:p></span></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Referências
Bibliográficas:<o:p></o:p></span></b></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">- <b>ARAÚJO</b>, Carolina Guimarães – A Saúde Mental está doente!
A Síndrome de Burnout em psicólogos que trabalham em Unidades Básicas de Saúde
– Dissertação de Mestrado em Psicologia – Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo – São Paulo, 2008</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">-<b>CARDELLA,</b> Beatriz H P, O curador ferido e a clínica
contemporânea – Ensaios de Gestalt-terapia, Amparo Gráfica Foca, 1ª. Edição,
2023</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">- <b>CORDEIRO, RAZZOUK, LIMA</b>, org. - Trabalho e saúde mental
dos profissionais da saúde / Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo, 2015.Petrópolis/RJ, 2017</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">-<b> HAN,</b> Byung-Chul, Sociedade do Cansaço, 2a edição
ampliada, Editora Vozes, Petrópolis/RJ, 2017</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">- <b>MORAES,</b> Eliana - Pensando a Arteterapia, volume 2-1. edição
- Semente Editorial, Divino de São Lourenço/ES, 2019</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">- <b>THIBAUDIER,</b> Viviane, Jung, médico da alma, Editora
Paulus, São Paulo/SP, 2014</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">Sites acessados:</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">-
<b>Organização Pan Americana de Saúde</b> </span><a href="https://www.paho.org/pt/topicos/depressao#:~:text=Em%20todo%20o%20mundo%2C%20estima,a%20carga%20global%20de%20doen%C3%A7as"><span style="color: black; font-size: 10pt;">https://www.paho.org/pt/topicos/depressao#:~:text=Em%20todo%20o%20mundo%2C%20estima,a%20carga%20global%20de%20doen%C3%A7as</span></a><span style="color: black; font-size: 11pt;">. (acessado
em 22/01/2024)</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 14pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">-
<b>Ministério da Saúde</b> </span><a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-mental"><span style="color: black; font-size: 11pt;">https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-mental</span></a><span style="color: black; font-size: 11pt;"> (acessado
em 22.01.2024)</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><b><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">___________________________________________________________________<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><b><span style="color: black;">Sobre a Autora: Tania Moreira</span></b><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 14.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black;"> </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8rmqzVF1-mhyphenhyphenGeMl_xFxTMFzbFZ2CBKWIihX0T902WMNQBaQCSyrPushgNows7saJffIhfPD8PPoBt5_0zJrgdMLYK9JCSKP_aKYoyvTnM8lO4sNHHBtnMzdrXiTv2yp6lOEvwoTyEinDKfFn4W6cf42Zu334jAk9y1RbEKOsGIrxyCCrZinddgnjdA/s507/TANIA.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="507" data-original-width="379" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8rmqzVF1-mhyphenhyphenGeMl_xFxTMFzbFZ2CBKWIihX0T902WMNQBaQCSyrPushgNows7saJffIhfPD8PPoBt5_0zJrgdMLYK9JCSKP_aKYoyvTnM8lO4sNHHBtnMzdrXiTv2yp6lOEvwoTyEinDKfFn4W6cf42Zu334jAk9y1RbEKOsGIrxyCCrZinddgnjdA/s320/TANIA.jpg" width="239" /></a></span></div><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><br /><o:p></o:p></span><p></p>
<p style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">Graduação em
Fonoaudiologia, pós-graduação em psicopedagogia/UERJ. Especialização em
Arteterapia pela POMAR/RJ. Atuou com grupos terapêuticos e de apoio em casa de
recuperação feminina e masculina. Grupos de Mulheres online (Grupo Rede). Atuou
de 2021 a 2023 como Arteterapeuta na Clínica Conecta/IPREDE, compondo equipe
multidisciplinar no atendimento de crianças no Transtorno do Espectro Autista.</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">Contatos:
Instagram/Facebook:@caminhartes.arteterapia</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Textos
publicados no Blog:</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2016/09/arteterapia-dando-vida-e-cor.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">ARTETERAPIA
– DANDO VIDA E COR - RESSIGNIFICANDO HISTÓRIAS</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2016</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">PRÁTICAS
EM ARTETERAPIA COM INDIVIDUOS EGRESSOS DE RUA E ADICTOS EM RECUPERAÇÃO - 2017</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">FENIX:
PARA ALÉM DO CRACK – RESGATE DO FEMININO EM COMUNIDADE TERAPÊUTICA PARA
MULHERES - 2017</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2018/10/desenhando-e-pintando-com-tesoura-como.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">DESENHANDO
E PINTANDO COM A TESOURA COMO O VOVÔ MATISSE</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2018</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 14.0pt; margin: 14pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2018/03/o-bordado-como-instrumento-de.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">O BORDADO
COMO INSTRUMENTO DE ARRAIGAMENTO E CONDUTOR DE VIDA</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2018</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2018/05/leonilson-bordando-vida-as-dores-e-os.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">LEONILSON –
BORDANDO A VIDA, AS DORES E OS AMORES</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2018</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 10pt;"> </span><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2019/04/dois-metros-acima-do-chao-as-boas-novas.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">DOIS METROS
ACIMA DO CHÃO” – AS BOAS NOVAS DE BISPO DO ROSÁRIO</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2019</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2020/08/estendendo-rede-abrindo-os-bracos-para.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">ESTENDENDO
A REDE – ABRINDO OS BRAÇOS PARA O NOVO</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2020</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2021/08/entre-os-mobiles-e-stabiles-de-calder.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">ENTRE OS
MÓBILES E STÁBILES DE CALDER – LIDANDO COM A DOR NA ARTETERAPIA</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> – 2021<o:p></o:p></span></span></p>
<h3 style="line-height: normal; margin: 0cm;"><span style="font-size: 8pt;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: normal; margin: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="font-weight: normal;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2022/10/experienciar-e-beber-da-propria-fonte.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">EXPERIENCIAR
É BEBER DA PRÓPRIA FONTE</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> – 2022</span></span><o:p></o:p></span></h3>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2023/03/como-um-rio-que-flui-arteterapia-no.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">COMO UM RIO
QUE FLUI: A ARTETERAPIA NO CONTEXTO DO AUTISMO</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2023</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2023/05/praticas-arteterapeuticas-com-criancas.html"><span style="color: black; font-size: 10pt;">PRÁTICAS
ARTETERAPÊUTICAS COM CRIANÇAS NO TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA</span></a><span style="color: black; font-size: 10pt;"> - 2023</span></span><o:p></o:p></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-32471626286780548302024-02-19T08:54:00.000-08:002024-02-19T08:55:18.870-08:00PARA 2024, O DESENVOLVIMENTO DO ESTILO DO ARTETERAPEUTA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2yXGGAcMwR2lKDOgA7Y3X-7jLK_ed0lpQorK7ymSROkmu4_8BEDNgvK1yoVooM-FWWKz8Nge9QuH0QaTvQKcjkBhX22uVzX_GHiYsLKvRqiUGTOe8Ryg1U4LZDXWjnUFIpA3IypJmrKiAKgg6hlSNQfHH2P17TFXPYJ_PsT0RkWeWK18oXPxDHWz2-ro/s373/LIVRO%20SUPERVIS%C3%83O.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="373" data-original-width="246" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2yXGGAcMwR2lKDOgA7Y3X-7jLK_ed0lpQorK7ymSROkmu4_8BEDNgvK1yoVooM-FWWKz8Nge9QuH0QaTvQKcjkBhX22uVzX_GHiYsLKvRqiUGTOe8Ryg1U4LZDXWjnUFIpA3IypJmrKiAKgg6hlSNQfHH2P17TFXPYJ_PsT0RkWeWK18oXPxDHWz2-ro/s320/LIVRO%20SUPERVIS%C3%83O.jpg" width="211" /></a></div><br /><p></p><p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Por Eliana Moraes – MG<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">naopalavra@gmail.com<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Bem-vindo 2024! Abre-se as portas de um novo ciclo em
nossa caminhada assim como da jornada do Não Palavra Arteterapia. Iniciamos o
décimo primeiro ano do Não Palavra, apropriados do lugar que organicamente
fomos desenhando: um espaço de formação continuada ao arteterapeuta, a formação
livre que se inicia na conclusão do curso de formação e se segue enquanto esse
profissional se mantiver em atuação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Particularmente, sou muito motivada em colaborar para o
desenvolvimento de arteterapeutas com tanta vocação guardada no peito, mas que
necessitam de uma boa orientação para o firmar de <b>seus passos</b>. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Minha atuação como supervisora tem se ampliado cada vez
mais, no acompanhamento de arteterapeutas formados e também na disciplina de
Supervisão de Estágio na pós graduação do Instituto Faces- SP. Compreendo ser
necessário me aprofundar em estudos que possam colaborar para meu
desenvolvimento nessa função. Movida por esse propósito, no período do recesso
me debrucei na leitura de um livro que me foi sugerido por uma das grandes
parceiras da rede Não Palavra: “Perspectivas junguianas sobre supervisão
clínica”</span></span><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"> organizado por <span class="oypena">Paul
Kugler. Compreendendo que esta é uma literatura que discorre sobre aspectos da
supervisão no campo da formação em Psicologia Analítica, fica claro que a partir
dela podemos encontrar espelhamentos para a formação em Arteterapia. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">De saída, o livro me capturou ao defender que o
supervisionando (portanto, um terapeuta) deve ser tratado como um “colega mais
novo” por seu supervisor. Que o supervisionando, naturalmente, pode aprender e
internalizar o conhecimento e manejo do supervisor, porém, este é um espaço de
debate e reflexão com o intuito de “<b>consolidar as aptidões profissionais do
candidato à sua própria maneira única</b>, de modo que ele se torne seu próprio
tipo de terapeuta, sem identificação grosseira com o supervisor.” (COUBETT in
KUGLER,2023, 83)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">De fato, esse é um convite que com frequência faço aos
arteterapeutas recém formados, que buscam iniciar sua atuação profissional. É
necessária uma mudança de lugar e de postura: agora o arteterapeuta deve abrir
mão de uma mentalidade de aluno e migrar para um lugar de profissional-eterno
aprendiz, autorizando-se à uma postura adulta e protagonista no exercício de
seu ofício. Somente assim, o profissional arteterapeuta poderá reconhecer sua singularidade,
sua maneira única de ser arteterapeuta, na construção de sua identidade
terapêutica e por fim, conhecer e se apropriar de <b>seu estilo arteterapêutico.
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b></span></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">No
capítulo “Observações históricas”, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Mary
Ann Matton, a autora revela que:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">A diretriz mais útil a que fui exposta no tocante ao
trabalho de controle foi a declaração de meu analista em Zurique: <b>“o que
conta não é o que você faz; é o que você é”</b>. Foi assustador considerar
isso, mas essa declaração manteve o foco em meu próprio trabalho psicológico -
uma condição <i>sine qua non</i> para um analista - e <b>abriu caminho para eu
desenvolver meu próprio estilo</b>. (MATTON in KUGLER, 2023, 41)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Importante
ressaltar que no referido livro, as expressões “trabalho de controle” ou “sessões
de controle” se referem às sessões de supervisão. Assim, nesse trecho, a autora
revela que a orientação mais marcante de sua supervisão foi a consciência da
importância de quem o terapeuta é, o que inclui seu processo terapêutico
pessoal e o desenvolvimento de seu estilo próprio como terapeuta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Além disso, a autora cita Hilman,
que defende que o mais importante para um terapeuta desenvolver seu estilo está
<b>em sua natureza e sua experiência</b> <span class="oypena">(MATTON in KUGLER,
2023, 43). Ou seja: quem o terapeuta é em sua essência e qual é a sua bagagem,
sua história e seu repertório. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Já
Lionel Corbett me oferece orientações de qual é em realidade, meu papel como
supervisora, mas também orienta os terapeutas-supervisionandos sobre o que
devem buscar na figura de um supervisor: um mentor sensível ao seu mentorando, que
encarna o arquétipo do iniciador e não aquele que detém o poder e a verdade: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">O mentor-supervisor se lembrará que seu
estilo pessoal na supervisão e o que ele julga importante não são aplicáveis
universalmente </span></b></span><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">[...] A fim de ser útil ou importante para o candidato, o
supervisor distinguirá suas próprias necessidades nessas áreas das necessidades
do candidato e procurará <b>discernir quem o candidato é ou está tentando
tornar-se</b> [...] O que quero salientar aqui é que <b>o mentor procura
discernir como esse determinado candidato trabalha melhor</b> e não o encaixar
a força num sistema de pensamento. Para isso, <b>o supervisor precisa ser
sensível aos efeitos de seu viés teórico e também pessoal.</b> (CORBETT in
KUGLER, 2023, 91-92)</span></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">O
autor sinaliza que algo singular na perspectiva junguiana do trabalho de
supervisão é considerar que ser terapeuta é algo inserido na jornada de
individuação daquele sujeito. Consequentemente, o papel do supervisor não é
conduzir o supervisionando na direção de seu próprio caminho, mas sim, colaborar
para que terapeuta encontre quem ele foi destinado a ser:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O
traço eminente do modelo de mentor que causa dificuldade é que ele <b>estimula
o candidato a desenvolver seu próprio estilo</b> <b>e prática</b> <b>e
tornar-se o terapeuta que ele foi destinado à tornar-se</b>, baseando-se na
teoria da terapia que for mais adequada ao indivíduo <b>do ponto de vista
temperamental e espiritual.</b> (CORBETT in KUGLER, 2023, 85)</span></span><span face="Calibri, sans-serif"> </span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Contudo o autor também
ressalta que faz parte da função do supervisor oferecer os devidos contornos
teóricos ao terapeuta-supervisionado, e assim: <o:p></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 43.0337px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><b><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Teoricamente, o mentor apoiará essa escolha se for razoável</span></b></span><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">, sem insistir que o candidato adote o modelo de tratamento do
próprio supervisor. (CORBETT in KUGLER, 2023, 85)</span></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Por
fim, Corbett nos sinaliza que “<b>Algumas habilidades são importantes para
todos os terapeutas, enquanto outras são uma questão de estilo pessoal </b>[...]
(CORBETT in KUGLER, 2023, 91-92). Uma citação tão simples, mas tão profunda, que
me fez pensar: quais são as habilidades importantes para todos os
arteterapeutas e quais são uma questão de estilo pessoal?</span></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">Essa
é uma das questões que orientará minha produção de conteúdos pelo Não Palavra,
em textos, aulas, palestras, grupos de estudos e supervisão nesse novo ciclo.
Que o leitor se sinta convidado a caminhar com a rede Não Palavra, no
desenvolvimento de cada estilo pessoal, em 2024 e sempre. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b>Referência Bibliográfica:</b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">KUGLER, Paul. (Org) Perspectivas junguianas sobre supervisão clínica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2023. </p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;">______________________________________________________________________________</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: rgb(217, 234, 211); color: black; font-family: Cantarell; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></p><p></p><p class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: rgb(217, 234, 211); color: black; font-family: Cantarell; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><b style="text-align: justify;">Sobre a autora: Eliana Moraes</b></p><p class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: rgb(217, 234, 211); color: black; font-family: Cantarell; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEoQu08-utV7CqUXxaT9rPhdoeKMzkTSYcPU724BPTwVlltVt6B6AVwj5FunZx3aRR1YqD-pCWOoHsTzNgxBTq3PfGSh7Q9fH9sNz1EDC2m4FgLlCPZR37qT7PqkglPKJSeeVHVFLVfZ5E7D7WIOeGjuMXeg4tWvaFsl6OzLa3DxfjuDonF-nVBxLf4P0/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEoQu08-utV7CqUXxaT9rPhdoeKMzkTSYcPU724BPTwVlltVt6B6AVwj5FunZx3aRR1YqD-pCWOoHsTzNgxBTq3PfGSh7Q9fH9sNz1EDC2m4FgLlCPZR37qT7PqkglPKJSeeVHVFLVfZ5E7D7WIOeGjuMXeg4tWvaFsl6OzLa3DxfjuDonF-nVBxLf4P0/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></div>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-7601336906066977892023-12-18T08:37:00.000-08:002023-12-18T08:40:53.440-08:00AS SEQUOIAS E A REDE NÃO PALAVRA: Fechando 2023<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYMBmp_rgqA7HYOkiHS2bU-s4ZG6DSPSFDe3NvQozjhlzhnR1IGrqazfio-XKktTP5TMFV-j98tt7oK5BVYAPwyAEv7lFUtKgPmssWu6Bsz64n7VIsg4mv4kbQg1WsJKMkinEAveoU3iz7wZPj4I7dKGKs7z6dth5q4RhLnsanVYm28ivQDri_lrYF-bo/s2000/sequoias2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1334" data-original-width="2000" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYMBmp_rgqA7HYOkiHS2bU-s4ZG6DSPSFDe3NvQozjhlzhnR1IGrqazfio-XKktTP5TMFV-j98tt7oK5BVYAPwyAEv7lFUtKgPmssWu6Bsz64n7VIsg4mv4kbQg1WsJKMkinEAveoU3iz7wZPj4I7dKGKs7z6dth5q4RhLnsanVYm28ivQDri_lrYF-bo/w406-h270/sequoias2.jpg" width="406" /></a></div><br /><p></p><p><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Por Eliana Moraes - MG</span></p><p style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="background-color: #d9ead3; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Sequoias são árvores de grande porte, que podem atingir mais de 100
metros de altura. Sua base, com mais de 30 metros de circunferência, sustenta
um peso superior a 1.400 toneladas. Além de estar entre os maiores organismos
vivos do planeta, essas árvores também estão entre os mais antigos, podem viver
de 2 a 3 mil anos. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="background-color: #d9ead3; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Quem me apresentou essa árvore tão simbólica foi Rita Maria, uma
grande amiga, parceira e integrante do grupo de estudos do Não Palavra, em
nosso último encontro de 2023. Estávamos conversando sobre o crescimento e
amadurecimento das arteterapeutas mais antigas que, para seu desenvolvimento, contaram
com os conteúdos de formação continuada promovidos pelo Não Palavra em parceria
com o Espaço Crisântemo, desde 2018. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="background-color: #d9ead3; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">A referência apresentada por Rita aguçou minha curiosidade e fui
pesquisar sobre as sequoias. É possível encontrar várias explicações para a
etimologia desse nome, mas a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que mais me
capturou foi a sugestão de que “sequoia” é <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; mso-color-alt: windowtext;">uma derivação da palavra latina para
"sequência", pois se trata de uma espécie que faz o papel de um
seguidor ou remanescente de espécies anteriores tornando-se, portanto, “o
próximo em uma sequência”.</span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequoia#cite_note-Lowe_2012-8"></a><span class="MsoHyperlink"><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; mso-color-alt: windowtext;"> </span></sup></span><span class="MsoHyperlink"><sup><span color="windowtext" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; mso-color-alt: windowtext;"><o:p></o:p></span></sup></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #d9ead3; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #303030; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Mas outro simbolismo que muito me tocou, está em
suas raízes. Para que a árvore com mais de 100 metros se mantenha em pé, suas
raízes ao invés de serem proporcionalmente longas, o segredo está em suas
distribuições. As sequoias-gigantes apresentam raízes que ficam mais próximas à
superfície do solo, porém que se espalham, criando verdadeiras malhas com
raízes de outras sequoias, mantendo o equilíbrio e estabilidade. Elas também
mantêm relações com outras centenas de espécies, criando uma relação de árvore
e outros seres extremamente benéfica para todos. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="background-color: #d9ead3; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Essa descrição me lembrou das palavras de Beatriz Cardella sobre
como a profissão do terapeuta pode se tornar tão solitária se assim ele
permitir. Que para ser sustentação ao outro, é necessário receber sustento. E
defende a importância do terapeuta reconhecer a necessidade de ser acolhido e
cuidado, ancorado nas relações que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>lhe manterá
de pé:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Em geral este itinerário é
bastante árduo e delicado para um terapeuta. Acostumado a cuidar e a
concentrar-se nas feridas e sofrimentos do outro, <b>na solidão de sua
consciência</b> tende a experimentar certo desamparo ao defrontar-se com suas
próprias necessidades de cuidado, desenvolvendo, muitas vezes, sofisticadas
formas defensivas para proteger-se do próprio sofrimento.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Mas para ofertar abrigo e
aconchego ao outro, um lar precisa ser estabelecido, uma morada amorosa e
generosa, construída, um lugar terno e seguro, habitado... <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3;"><b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Um terapeuta necessita </span></b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">ao longo da vida, como qualquer
pessoa, <b>encontrar em suas relações, o cuidado ansiado</b>, para de fato, ser
capaz de autocuidar-se; não existe <i>eu </i>sem o <i>outro</i>. (CARDELLA,
2023, 18-19)<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="background-color: #d9ead3; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Desta forma, Beatriz nos aconselha sobre a importância do grupo de
estudos como um grupo de terapeutas que coopera para enraizamento e
desenvolvimento mútuo. Uma “teia de raízes” que se autossutentam, se nutrem
mutuamente, mas também abrem espaço para o crescimento de cada membro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Tanto a presença do coordenador
como dos colegas oferece ao participante a possibilidade de enraizamento e de
abertura; a depender das atitudes do coordenador na direção de promover
autossuporte e autonomia dos colegas menos experientes, iniciará o importante
processo de deixar heranças, desocupando gradativamente os lugares alcançados
[…]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Construção e desconstrução
acontecem durante os encontros entre terapeutas no processo de formação
continuada; <b>os novos controem, crescem para cima e vão se tornando
experientes, e o experiente cresce para baixo, deixa heranças, desconstrói e
desocupa os lugares alcançados</b>, realizando e atualizando as tarefas do
percurso humano, processos de contínuos ajustamentos criativos. (CARDELLA,
2020, 273)</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM-RYidtQvdU_rL2VTTBw7tvEJCUxQQfx-9qXAPRdfAHxl_82fWva8UFW9exk-Xc85E4CK4f5zv_JH9KtnmgEURgac2enc_TmoHGb_vQHjfSSNXTaxY1kiso6pih9xx93koTxRJDRd6UjXIGUBLN1hyYnseyOrT5FV8x3phW2jJK_xd-2gi7ZkviEEOZg/s1000/d69423a90617cd676e0cd57017e6fd96.webp" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="689" data-original-width="1000" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM-RYidtQvdU_rL2VTTBw7tvEJCUxQQfx-9qXAPRdfAHxl_82fWva8UFW9exk-Xc85E4CK4f5zv_JH9KtnmgEURgac2enc_TmoHGb_vQHjfSSNXTaxY1kiso6pih9xx93koTxRJDRd6UjXIGUBLN1hyYnseyOrT5FV8x3phW2jJK_xd-2gi7ZkviEEOZg/w432-h297/d69423a90617cd676e0cd57017e6fd96.webp" width="432" /></a></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3;"><br /><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Ao fechar o ciclo de 2023 do projeto Não
Palavra como um todo, sinto meu coração expandido e radiante ao observar o crescimento
de cada membro de nossa rede. Cada um se lançando em seus desafios e
enfrentamentos nas práticas arteterapêuticas em seus territórios. Dentro de
nossos contornos, observamos o crescimento de nossos estudos, da participação
de outras colaborações em nossas palestras, no aumento significativo de
arteterapeutas no projeto de atendimento social... Cada arteterapeuta “crescendo
para cima” em sua estatura e estilo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Acredito que esse seja um dos motivos para que
o blog Não Palavra tenha faltado em sua proposta de publicar um texto a cada
segunda feira do ano. Nesse ciclo foi preciso ouvir o movimento dos
sustentadores do blog, quando não havia um texto pronto para publicação dentro
do prazo. Esse ano, tivemos ao todo 30 textos de 11 autores, com textos de
compartilhamentos práticos mas também muito ricos teoricamente. Agradeço de
todo coração àqueles que puderam colaborar com a sustentação do blog nesses 10
anos de vida rica em produção e criatividade! Para o próximo ciclo mantemos a
proposta de publicação semanal de textos, mas com a flexibilidade de ouvirmos o
possível de cada um de nós, pois sabemos que para além do blog, estamos
crescendo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Quanto à rede Não Palavra como um todo,
seguimos com a proposta de oferecer ao arteterapeuta um território de heterossuporte,
nutrição, ancoramento, enraizamento, na realização do arquétipo regente de sua
jornada de individuação: o arquétipo do curador ferido. Pois, enquanto exerce
seu ofício:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">[...] um terapeuta necessitará
também, abrir-se para <i>dentro</i>, para o outro em si, reconhecendo as
paisagens existenciais e geografias simbólicas que visita acompanhando seus
pacientes: desertos, montanhas, planícies, praias, rios, corredeiras, abismos,
cavernas, grutas, cânions, etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Além disso, ao percorrer estas
paisagens, precisa construir <b>um lugar, uma morada, e ter para onde voltar</b>,
inclusive para oferecer hospitalidade e a colhimento ao outro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3;"><b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">O terapeuta é, paradoxalmente um
peregrino e um anfitrião</span></b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">.
(CARDELLA, 2023, 18)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Hoje, no blog, abrimos um tempo de pausa, descanso
e silêncio criativo. Retomamos nossa rotina de publicação de textos dia 20 de
fevereiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Quanto à nossa rede, que em 2024 o Não Palavra
permaneça como um lugar para onde voltar, uma morada, ao arteterapeuta anfitrião
e peregrino. </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #bdc1c6; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB1f8nIRK-KLiLogrhiaXGdZqpfbBcxcquo_EfHpoMTLV5Jhbgqwrl2_rkW9Uwb1Y4uzu1-OuebmVidnvVuNi_u9RYPBqVgp0SzBkCUv8BigNPpgKSzXyvP4U8_b2f9utSe0y1ilyfgucLm5ZX3sEikBIqva7J1k5ke0GI336M5QxEqkjtJYUpGcnw29E/s1600/sequoiaForestCalifornia.JPG" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB1f8nIRK-KLiLogrhiaXGdZqpfbBcxcquo_EfHpoMTLV5Jhbgqwrl2_rkW9Uwb1Y4uzu1-OuebmVidnvVuNi_u9RYPBqVgp0SzBkCUv8BigNPpgKSzXyvP4U8_b2f9utSe0y1ilyfgucLm5ZX3sEikBIqva7J1k5ke0GI336M5QxEqkjtJYUpGcnw29E/w487-h324/sequoiaForestCalifornia.JPG" width="487" /></a></div><span style="background-color: #d9ead3;"><br /><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;"><br /></span></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><sup><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"> </o:p></span></sup></p>
<p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3;"><b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">Referência Bibliográfica:</span></b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">CARDELLA, Beatriz Helena
Paranhos. O curador ferido e a clínica contemporânea: Ensaios de Gestalt
-terapia. Editora Amparo, SP. 2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">_____________________________. De
volta para casa: ética e poética na clínica gestáltica Contemporânea. Editora
Amparo, SP. 2020<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;">_______________________________________________________________________________</span></p><p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;">Sobre a autora: Eliana Moraes</b></p><p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg18qUlfHeAQI7O8dF5R48UxCpMijfoJ0RfItcCrTX_Lmvrjbryu88r58JTQmlkqdeqjtPFzzWiyRdKMdzi2xhDQKfmhx71A8McXNnp8WNXaEEe4U4EIIEJ0z7_cg13ez4KEb8rRSSEi2-HuWjLwe6mzmHbDHEXq8LCFq_zKeEUw14uxaZ5LWMHWFD3Aj4/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg18qUlfHeAQI7O8dF5R48UxCpMijfoJ0RfItcCrTX_Lmvrjbryu88r58JTQmlkqdeqjtPFzzWiyRdKMdzi2xhDQKfmhx71A8McXNnp8WNXaEEe4U4EIIEJ0z7_cg13ez4KEb8rRSSEi2-HuWjLwe6mzmHbDHEXq8LCFq_zKeEUw14uxaZ5LWMHWFD3Aj4/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><span style="background-color: #d9ead3;"><br /><b style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><br /></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"></p><div class="post-footer" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Cantarell; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 1.6; margin: 1.5em 0px 0px; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></div><p></p><div class="post-body entry-content" id="post-body-2610958535445870694" itemprop="description articleBody" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Cantarell; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 1.4; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 776px; word-spacing: 0px;"><div class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: #d9ead3;">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="background-color: #d9ead3; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="background-color: #d9ead3; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="background-color: #d9ead3; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="background-color: #d9ead3; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: #d9ead3;">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: #d9ead3;">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></div><div style="background-color: #d9ead3; clear: both;"></div></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-26109585354458706942023-11-20T11:13:00.000-08:002023-11-20T11:13:47.732-08:00PRÁTICAS ARTETERAPÊUTICAS E SUAS DIVERSAS MODALIDADES<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMMZ3PgcSNdONO74A0DyGYy1MY-D4GEovdbNIqHSyQieGfUo0z42bld1PlWHGm2Fj81f4Z3fWhWtl-1e6hti_cePfQ8f-Rp_XLqeE8XAsPmowZE1JYKTMMLeWJw0CT6wjeWE90cvTz0hmgdQr-p7X2AyrRsE9Nph0u4ahtBPb_GaWZFd77Bnnja8LHJgQ/s1600/fda94536-f11f-40cd-be01-6a026506df33.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMMZ3PgcSNdONO74A0DyGYy1MY-D4GEovdbNIqHSyQieGfUo0z42bld1PlWHGm2Fj81f4Z3fWhWtl-1e6hti_cePfQ8f-Rp_XLqeE8XAsPmowZE1JYKTMMLeWJw0CT6wjeWE90cvTz0hmgdQr-p7X2AyrRsE9Nph0u4ahtBPb_GaWZFd77Bnnja8LHJgQ/s320/fda94536-f11f-40cd-be01-6a026506df33.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Por Eliana Moraes – MG <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">naopalavra@gmail.com <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Cada vez mais dedicada à formação continuada do arteterapeuta,
tenho observado com atenção as questões mais recorrentes em espaços de
supervisão. A partir dessa escuta atenta, pretendo escrever conteúdos
orientadores para os profissionais que permanecem na busca pelo seu
desenvolvimento. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Compreendemos que a Arteterapia é um campo de atuação que recebe estudantes
das mais variadas formações anteriores. Essa é uma característica marcante de
nossa profissão, a qual possui sua luz e sombra. Em um aspecto positivo, isso
potencializa a diversidade e multiplicidade, bem como, amplia o alcance das
práticas arteterapêuticas. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Por um outro lado, observo que alguns arteterapeutas –
principalmente os que não vêm da Psicologia – possuem certa dificuldade em
compreender a dinâmica do ofício do terapeuta, diferenciando-se de um manejo com
viés pedagógico e didático, ou mais diretivo e sugestivo. Nesse contexto, gosto
de resgatar o princípio da psicanálise sobre o “saber”. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Para a psicanálise, apenas o sujeito é capaz de <i>“saber”</i>
sobre si. Ocorre que ele “esqueceu o que sabe” e este saber encontra-se
inconsciente. Quando esse sujeito elege um analista/terapeuta, ele coloca este
profissional no lugar de <i>“suposto saber”.</i> Ou seja, o sujeito precisa
supor, acreditar, que aquele analista/terapeuta possui um saber que ele não
tem. Ser colocado nesse lugar de “suposto saber” é importante para que ocorra a
transferência, as projeções necessárias para que o sujeito confie, se abra e
vincule com seu analista/terapeuta. Por outro lado, esse lugar deve ser muito
bem compreendido pelo profissional, acolhendo a necessidade projetiva de seu
paciente, mas mantendo a clareza e consciência de que “ele não tem o saber”. Caso
contrário, ele desloca-se para o lugar de conselheiro, mentor, orientador,
guru, etc. Quem tem o saber é o próprio sujeito e o papel do analista/terapeuta
é ajudá-lo a lembrar de seu saber sobre si. O que o analista/terapeuta possui é
um distanciamento emocional e o conhecimento de alguma técnica que possa
colaborar com o sujeito na (re)apropriação de seu saber. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">De posse desse princípio, cada abordagem terapêutica irá partir de
sua técnica. E no caso da Arteterapia é necessário que o profissional conheça as
diversas modalidades que compõem nosso repertório, suas características e
propriedades, para delas fazer bom uso, com consciência técnica. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Já de início podemos destacar duas modalidades de atendimento
bastante características das práticas arteterapêuticas: os atendimentos grupais
e individuais.<o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Em um texto anterior desse blog, chamado “Grupos arteterapêuticos
e suas diversas modalidades” (CLIQUE AQUI) discorro mais profundamente sobre
algumas variáveis dos atendimentos grupais como o fluxo de pessoas, o tempo e o
número de sessões e a estrutura da proposta. Neste texto retomaremos o último item.<o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Uma <b>proposta estruturada</b> se dá quando o arteterapeuta já
conhece todo o conteúdo a ser trabalhado. Geralmente essa proposta funciona com
encontros pontuais ou um ciclo breve. Em Arteterapia, uma modalidade muito
presente em nosso repertório são as vivências ou oficinas, caracterizadas por
um encontro temático ao qual o facilitador já possui a estrutura de seu começo,
meio e fim. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Já uma <b>proposta semiaberta ou semiestruturada</b> se dá quando
o moderador elege uma proposta inicial – um material, uma temática, um
estímulo, uma consigna – e se mantém aberto para ouvir o movimento gerado nos
experienciadores por aquele estímulo. A partir dessa escuta ele irá construir a
proposta do próximo encontro elegendo as propostas pertinentes àquele movimento
grupal. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Por fim, a <b>proposta aberta</b> acontece quando o moderador
oferece o encontro terapêutico sem planejamento anterior, deixando com que os
estímulos disparadores surjam de forma espontânea, na experiência do “aqui e
agora”. Desta forma, o processo criativo acontece naturalmente, a partir
de algum estímulo surgido no momento. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">E aqui vale destacar que (salvo exceções) o atendimento individual
se configura como uma proposta aberta. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Atendimento individual<o:p></o:p></span></b></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Percebo que para arteterapeutas que não vêm da Psicologia, um dos
desafios para desenvolverem o manejo do atendimento individual está em terem
sido apresentados à Arteterapia por propostas estruturadas ou semiestruturadas
nas aulas do curso de formação e outras vivências, e não terem tido a oportunidade
de vivenciarem uma sessão aberta, seja grupal ou individual. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">É essencial que o arteterapeuta que oferece atendimentos
individuais possa se despir das sessões estruturadas ou semiestruturadas e compreenda
que aquele encontro terapêutico se dá a partir da demanda trazida pelo
paciente/cliente no “aqui e agora”. A destreza da escuta arteterapêutica está
em acolher a </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">demanda subjetiva trazida pelo sujeito
e em tempo, criar uma decodificação para o material objetivo e a técnica
pertinente. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Naturalmente, o arteterapeuta, conhecendo o percurso de seu
paciente, pode deixar como “cartas na manga” possíveis propostas
arteterapêuticas para o encontro. Porém, receber o paciente e ouvir o que ele
traz para sua terapia naquele momento é imperativo para a dinâmica da sessão. E
assim, compreendemos o</span><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"> arteterapeuta como um promotor de encontros entre o sujeito que
fala sobre sua questão e o material que será mais facilitador do seu processo
de expressão, elaboração e ressignificação. <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Compreendemos
como cenário de exceção, quando um paciente se apresenta bastante esvaziado, ensimesmado
e apresentando pouco repertório. Aqui, há a possibilidade do arteterapeuta
inicialmente construir sessões semiestruturadas com objetivo terapêutico de
desbloqueio criativo. Tal manejo é um dos recursos singulares da Arteterapia em
auxílio à pacientes que possuem alguma angústia, mas que têm dificuldade de
expressá-la através da linguagem verbal. Esses pacientes apresentam bastante
dificuldade nas psicoterapias tradicionais, enquanto em Arteterapia podemos
oferecer a oportunidade de ampliação da linguagem e o contato com estímulos projetivos
que serão muito facilitadores a esses pacientes. Entretanto, de toda forma, é
importante que o arteterapeuta compreenda que esse é um manejo pontual e
temporário, com o objetivo de desbloqueio do paciente, e que a medida que este adentre
ao fluxo terapêutico, suas demandas apresentadas na sessão serão norteadoras do
processo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Nesse
contexto, outro ponto bastante trabalhado em supervisões se dá no desenvolvimento
da sensibilidade de <b>acolhimento do tempo singular</b> de elaboração de cada paciente/cliente.
Para arteterapeutas ainda vinculados às modalidades estruturadas e
semiestruturadas, por vezes parece desafiador acompanhar o tempo de cada
paciente e suas possibilidades, sua resistência ou dificuldade no caminhar. Como
nos diz Freud em seu texto “Recordar, repetir e elaborar”, o enfrentamento das
resistências é uma árdua tarefa para o paciente e por vezes uma prova de
paciência para o analista/terapeuta. Porém, deixar com que o próprio paciente
vá desconstruindo suas resistências é o trabalho mais eficaz. Assim,
compreendemos que o papel do arteterapeuta não é sugestionar ou apontar
caminhos de forma diretiva, mas sim acompanhar, testemunhar e dar suporte ao
processo, tempo e caminhar de cada experienciador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
formação continuada e o desenvolvimento do arteterapeuta é um dos objetivos do
Não Palavra Arteterapia e suas propostas. Estamos em processo de fechamento do
ano de 2023 cientes de que nesse ciclo consolidamos esse lugar e com o desejo
renovado para 2024.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">_______________________________________________________________________________</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;">Sobre a autora: Eliana Moraes</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmFQKaVdxI4kvteFfFhDRFZZ2CkMIhPW4uKa-lashtnkTfWmSEmCCafzk1VzE4_M_jg-0eKZXONLatKZVgLUTbSisskCbdj1T8VKHvrHK9dCDnxYN68qSx2EGTHBVey_DPJZUQm6UVX8jVIe4wdyNi0wc0X-FmOQk4brC_-cRyz4Z18iN2zFY2EXrZo8k/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmFQKaVdxI4kvteFfFhDRFZZ2CkMIhPW4uKa-lashtnkTfWmSEmCCafzk1VzE4_M_jg-0eKZXONLatKZVgLUTbSisskCbdj1T8VKHvrHK9dCDnxYN68qSx2EGTHBVey_DPJZUQm6UVX8jVIe4wdyNi0wc0X-FmOQk4brC_-cRyz4Z18iN2zFY2EXrZo8k/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><br /><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><br /></b><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-67235464955672144792023-11-06T14:14:00.005-08:002023-11-06T14:16:17.721-08:00VIVÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA DE ENCANTAMENTO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5vykBIagPdfUgAcvBJhY7xDgitzAv6qLv7E6gdMnqefm9o8eKjnS8dQM6lT2L3-IAgSDYlQRjPubIsxh4XIUqrIS6sg9ifxldu6FE27H4ORvr0RqTefF4OQl7zrct_PLUOvDQBCpgTPICRrXLMDGxHTTdEDVvuHhfOuGxeINzUsVUy3ULKKF3cG9k2fY/s390/Imagem1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="390" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5vykBIagPdfUgAcvBJhY7xDgitzAv6qLv7E6gdMnqefm9o8eKjnS8dQM6lT2L3-IAgSDYlQRjPubIsxh4XIUqrIS6sg9ifxldu6FE27H4ORvr0RqTefF4OQl7zrct_PLUOvDQBCpgTPICRrXLMDGxHTTdEDVvuHhfOuGxeINzUsVUy3ULKKF3cG9k2fY/w459-h312/Imagem1.jpg" width="459" /></a></div><br /><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">A Grande Onda de Kanagawa – Katsushika Hokusai<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Por Claudia Maria Orfei Abe -
São Paulo/SP<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Instagram: @claudia_abe_<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Depois
de mais de mil dias vivendo praticamente no mundo virtual chega o momento
oportuno, KAIRÓS, e ao canto do sabiá, os alegres e potentes encontros
presenciais se tornam possíveis mais uma vez. <o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">No
começo de 2023 iniciamos uma rica e estimulante parceria – Claudia e Rita Maria
– para a divulgação do nosso trabalho em Arteterapia. Convidamos amigos e
conhecidos para uma experiência singular. <o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Arte,
Criatividade e Reflexão. Oferecemos uma vivência cortesia, como uma
degustação para saborearem, conhecerem o que é a Arteterapia. (Rita Maria
Erhart de Souza Dias)<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">No início de 2023, eu e Rita
Maria, ambas arteterapeutas, começamos as reuniões de planejamento, para
iniciarmos o atendimento em seu ateliê, com o objetivo de divulgar a
Arteterapia e o nosso trabalho. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Era janeiro
quando passamos a convidar pessoas para uma experiência única, de encantamento,
no Kairós Ateliê Terapêutico na Praça da Árvore em São Paulo, pertinho da
estação de metrô, e, portanto, de fácil acesso. A cada mês criávamos um e-flyer
com um texto específico para convidarmos por <i>WhatsApp.</i><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">“Você gostaria de participar
de uma vivência cortesia em Arteterapia?” (eu)<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">“O que é Arteterapia?” (o
outro)<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">“Então, que tal você vir para
a vivência, e aí você conhece a Arteterapia, o ateliê e o nosso trabalho. O que
você acha?” (eu)</span></span></i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: center;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"></span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSW3jfvN7vjYrwP48RSWjZSr0sSB_t9RhqGe748Y2UrwHE2Vr2vO-wKJltyOHGj-sdd7NcF2zRti9OdIbAXntE7qJP4L4KdH_YZlHE9-SiJfu9unGEv8HzdJXuMU64nbPRJnkuA-6l9T_DE9w2lYtfISbO-0lfNiFcUma5oZCfTTStZ_dkRCvHvZcGOCQ/s706/Imagem2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="706" data-original-width="530" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSW3jfvN7vjYrwP48RSWjZSr0sSB_t9RhqGe748Y2UrwHE2Vr2vO-wKJltyOHGj-sdd7NcF2zRti9OdIbAXntE7qJP4L4KdH_YZlHE9-SiJfu9unGEv8HzdJXuMU64nbPRJnkuA-6l9T_DE9w2lYtfISbO-0lfNiFcUma5oZCfTTStZ_dkRCvHvZcGOCQ/s320/Imagem2.png" width="240" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /> </span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">E foi assim que começamos a
colocar o Kairós Ateliê Terapêutico para funcionar, por meio de uma “Vivência
Cortesia” – mais que uma gratuidade, uma gentileza. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com a sugestão da fisioterapeuta Patrícia
Ladeia Trindade, das minhas aulas de Pilates – <i>“Ah, não faça grátis...peça a
doação de um quilo de alimentos e depois entregue em uma instituição”</i>, Rita
Maria trouxe o conceito do “Ciclo Virtuoso”, ou seja, os alimentos arrecadados
no Kairós Ateliê Terapêutico, durante as vivências cortesia, passariam a ser
entregues pessoalmente por nós ao Instituto Meninos de São Judas Tadeu, próximo
ao Santuário São Judas Tadeu em São Paulo.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtc1AsqzbBm09tuV5l9Xb3XO6elM061v_gvmNKUek2U20meiO2Z53p4R2t6MkjF3o1ro6q3C0WMKDVtQlkQkDDfCKSe1Bv_n5VJfhyphenhyphenVSG_mT8vJiPmij7royPppXvdc9-1B8RpjlVAFVp-c9radTL77lW7qwoh_qT7iXalWg5Dz-VUPWAwHSFkgYhizzk/s795/Imagem3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="596" data-original-width="795" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtc1AsqzbBm09tuV5l9Xb3XO6elM061v_gvmNKUek2U20meiO2Z53p4R2t6MkjF3o1ro6q3C0WMKDVtQlkQkDDfCKSe1Bv_n5VJfhyphenhyphenVSG_mT8vJiPmij7royPppXvdc9-1B8RpjlVAFVp-c9radTL77lW7qwoh_qT7iXalWg5Dz-VUPWAwHSFkgYhizzk/s320/Imagem3.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Entrega
de alimentos doados</span></span></i><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Convites foram feitos aos
amigos e conhecidos, por <i>WhatsApp</i>, lembrando que cada pessoa poderia
trazer um convidado, sendo parente ou amigo. O número de participantes variou
bastante em cada encontro, chegando ao total de 61, no período de fevereiro a
agosto de 2023. E refletindo ao final de cada encontro tivemos a certeza de que
aquelas eram as pessoas que deveriam estar ali naquele momento. Nem a mais, nem
a menos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Mas, e qual atividade deveríamos
levar para uma vivência inicial, de apresentação? Não poderia ser nada muito
superficial, mas também nada muito profundo nem muito mobilizador, afinal, não
se tratava de um início de processo arteterapêutico. Tínhamos pensado numa
atividade com colagem.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Ouvi uma voz na minha cabeça:
“Entre com a onda de Hokusai”. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">E assim, acabamos por optar em
oferecer uma vivência inspirada na atividade <i>online</i>, dias antes criada e
conduzida pela arteterapeuta Leda Nogueira Maekawa, durante o grupo de estudos
em Arteterapia do qual participamos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">O encantamento começou na
entrada da casa, com toda a natureza se apresentando por meio de plantas e
flores. No interior do ateliê, vários objetos colecionados e obras produzidas
por Rita Maria. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"></span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGpcVK57b8MJ7tYxYrtkRqWfA58FgsSA6dRZtIHOy27XBr0vyD5OsrbL-6FEUnHKGaiHHEzrCWxPa4MeqPB0uOsJ-GrhdpUd2dpvby67qQIAje-X5IcEKb7vpiRVfz3xDX2-E8Q7cVx8kG9EDurK8hvREYQU6MR5sOcHHiHwJCaeYtWK_2kg0bQaPOgr4/s868/Imagem4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="868" data-original-width="651" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGpcVK57b8MJ7tYxYrtkRqWfA58FgsSA6dRZtIHOy27XBr0vyD5OsrbL-6FEUnHKGaiHHEzrCWxPa4MeqPB0uOsJ-GrhdpUd2dpvby67qQIAje-X5IcEKb7vpiRVfz3xDX2-E8Q7cVx8kG9EDurK8hvREYQU6MR5sOcHHiHwJCaeYtWK_2kg0bQaPOgr4/s320/Imagem4.jpg" width="240" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">O
jardim secreto de Kairós</span></span></i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Após a recepção e acolhimento
dos participantes, iniciamos a atividade apresentando o artista japonês
Hokusai, sua vida e suas obras. “A Grande Onda de Kanagawa” serviu de
inspiração, para a construção de suas ondas, com seus formatos, cores e
complementos; cada onda com sua intenção. Ondas fixas ou móveis, encontraram seu
cenário. A escrita livre individual e “secreta” encerrou este momento. Passamos
para o compartilhamento em grupo, garantindo o sigilo para a confiança de
todos.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuJXenP1Txubjf8-aLYPEt1S1-SpsTDPJM8Bs2-zrHVv-Vw7xRi7jY6zzI00Xw869Go0VSYS58Y43T5zrr3rhyBMxCACwKhfLUHIvtRlRNFTO5Sy1nUPveS2dHzcU2uU3Z1UhAlKhjcxH20-J4J54XhtmAMHElF_teO6WmGkGZ0KxEwiaT-LmbP2-O2tQ/s753/Imagem5.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="753" data-original-width="565" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuJXenP1Txubjf8-aLYPEt1S1-SpsTDPJM8Bs2-zrHVv-Vw7xRi7jY6zzI00Xw869Go0VSYS58Y43T5zrr3rhyBMxCACwKhfLUHIvtRlRNFTO5Sy1nUPveS2dHzcU2uU3Z1UhAlKhjcxH20-J4J54XhtmAMHElF_teO6WmGkGZ0KxEwiaT-LmbP2-O2tQ/s320/Imagem5.jpg" width="240" /></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><i style="font-size: medium;"><div style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><span style="font-family: inherit;">Dentro de Kairós – um tempo poético</span></span></i></div></i><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"><i><br /></i></span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6QAkTxQ1aUEzjLkmJNA65jZiJfY0pWdF1RCtgrs6OQYUjLrNwH6JhUfrX7KVKqhajHo2tEwojbHwaYwnlUsy41wmN09TS-KKRsQ47ELn8XwvCytfyaafmQUjIYFLrwUQN17mqi9yR3-sJPBBrVLcgfaRyFgTjdvPe0K9P1UUTrKZy8sv6iWS8OVmH4Qc/s764/Imagem6.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="573" data-original-width="764" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6QAkTxQ1aUEzjLkmJNA65jZiJfY0pWdF1RCtgrs6OQYUjLrNwH6JhUfrX7KVKqhajHo2tEwojbHwaYwnlUsy41wmN09TS-KKRsQ47ELn8XwvCytfyaafmQUjIYFLrwUQN17mqi9yR3-sJPBBrVLcgfaRyFgTjdvPe0K9P1UUTrKZy8sv6iWS8OVmH4Qc/s320/Imagem6.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Materiais
para cor e colagem</span></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Preservamos neste texto, os
trabalhos e conteúdos compartilhados por todas as pessoas que participaram das
vivências, e assim, coloquei nossas próprias obras executadas anteriormente, no
grupo de estudos <i>online</i>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtsnHCiNs0qtdcYmOZkdMLgKB0Dnq1LM2XjHAx254mDXPqtWCVp1M4wNjLNeqd2sddPx3yyRKjJdd7heKHv8SS7cSPNgZ8xc0UZEe7ELZAn6yRBIWaowPJllRz1S0h3PamMJGv0QTDAtOc_x6bGad9sf-JRP5Vp-1en-qNQRG9XWf86kWEo6AOY0TDbIA/s969/Imagem7.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="705" data-original-width="969" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtsnHCiNs0qtdcYmOZkdMLgKB0Dnq1LM2XjHAx254mDXPqtWCVp1M4wNjLNeqd2sddPx3yyRKjJdd7heKHv8SS7cSPNgZ8xc0UZEe7ELZAn6yRBIWaowPJllRz1S0h3PamMJGv0QTDAtOc_x6bGad9sf-JRP5Vp-1en-qNQRG9XWf86kWEo6AOY0TDbIA/s320/Imagem7.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Claudia:
“Como uma onda no mar”</span></span></i><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Minhas ondas estão coladas no
papel.<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Alguns escritos nas minhas
ondas: “Tudo se mistura dentro de mim. As águas vão se acalmando dentro de
mim”.</span></i></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: center;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKmaVTHpC7ZRV8Q5Da26jkEXqj1Tt0OVpG0fqrO5MWKt1y3roubE3pXqo2SofmtdHXObyUodrbiIXX3Z4v-MYNeVnC5IZwZsrDm1Hgym2xtfs5dhkenA_y8ijGjnvXmtfhW6kdBHavq9bBQzDQ-lqx9gt0fKXNye8VMweP70l7Sq7C2-2gj9e3W-wMMng/s897/Imagem8.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="897" data-original-width="885" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKmaVTHpC7ZRV8Q5Da26jkEXqj1Tt0OVpG0fqrO5MWKt1y3roubE3pXqo2SofmtdHXObyUodrbiIXX3Z4v-MYNeVnC5IZwZsrDm1Hgym2xtfs5dhkenA_y8ijGjnvXmtfhW6kdBHavq9bBQzDQ-lqx9gt0fKXNye8VMweP70l7Sq7C2-2gj9e3W-wMMng/s320/Imagem8.jpg" width="316" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Rita
Maria: “É pôr do sol, e eu vejo<span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> uma</span>
baleia no horizonte”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Minhas ondas são soltas como
no mar, não estão fixas no papel. Elas estão presas apenas com clips, e assim
eu posso movimentar as ondas. E tem praia.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Minha onda tem espuma de algodão.<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Atrás de cada onda tem escrito
qualidades, palavras positivas, como “Amor, Energia, Fé, Humildade, que me
encorajam a prosseguir.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></i></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Terminamos a vivência,
passando para o <i>“momento marketing”</i>, ou seja, contando um pouco sobre
nós, aproveitando para mostrar livros dos quais fazemos parte e as atividades
que o espaço oferece.<i><o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1hgpGDHIGHG_J-S881dFzO-5Q6nfntKo5ZrWyvec2mVOUhrKQDmzLRIHEOVvlYjp0U0pkOknyeaoJ329hpEScoLj3C7mz_JeG556wUyx819BbJZyql2reU0WW7mrl3nZyXmVBYxjZLOLqhRwtXZ6MT6QPdPyjlWzpNGRTmScecqQv05eHZfN-2BELe-0/s748/Imagem9.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="748" data-original-width="561" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1hgpGDHIGHG_J-S881dFzO-5Q6nfntKo5ZrWyvec2mVOUhrKQDmzLRIHEOVvlYjp0U0pkOknyeaoJ329hpEScoLj3C7mz_JeG556wUyx819BbJZyql2reU0WW7mrl3nZyXmVBYxjZLOLqhRwtXZ6MT6QPdPyjlWzpNGRTmScecqQv05eHZfN-2BELe-0/s320/Imagem9.jpg" width="240" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Livros
(veja abaixo em Bibliografia)<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Nos despedimos com a certeza
de que a maioria dos convidados saiu tocada, de alguma forma, mobilizados ou
reflexivos, quer seja pelo contato com a natureza presente tão fortemente no
local, quer seja pelo ateliê muito diferente de uma sala comercial, quer seja
pela própria atividade. E ficamos pensando em criar experiências no Kairós
Ateliê Terapêutico.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Foram
momentos intensos e únicos para cada participante que se permitiu deixar se
tocar pela proposta. Um olhar para si e o encontro com Alegria, Choro, Coragem
e Acolhimento.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">CONCLUSÃO</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Essa experiência foi muito
enriquecedora e serviu como um grande aprendizado para nós mesmas, já que nos foi
necessário confrontar situações e conceitos na prática. Começamos com a
parceria, que já é um desafio. Trabalhar em dupla, conduzir uma atividade de
modo que as pessoas consigam conhecer as duas profissionais atuando. Respeitar
o espaço do outro profissional. Compartilhar conhecimentos. Administrar
conflitos, se ocorrerem.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Depois tivemos outro desafio: a
organização, o modo operacional, ou seja, fazer a divulgação, fazer os contatos
via <i>WhatsApp</i>, controlar a agenda. O rigor em manter os horários de
início e fim foi necessário, pois muitas pessoas tinham outros compromissos
logo após a vivência. E outras simplesmente queriam ficar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Diminuímos as variáveis para
observarmos o comportamento dos grupos. Aplicamos sempre a mesma vivência, com
o mesmo tema e os mesmos materiais. <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Aprendendo,
e aperfeiçoando o manejo a cada encontro,</span> tivemos que fazer uma
adaptação na atividade para poder controlar melhor o tempo. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Nos grupos de inclusão, eu
mesma me sentei ao lado da pessoa com alguma necessidade para auxiliá-la,
enquanto Rita Maria dava suporte aos demais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Surpresas acontecem, não é
mesmo? Então providenciamos uma caixinha de lenços de papel. A arteterapia é
mobilizadora de conteúdos, mesmo não aprofundando, tudo pode acontecer.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Completamos a experiência com
uma vivência <i>online</i>, com a amiga arteterapeuta lá de Fortaleza, Tania
Salete Moreira. Combinamos o dia e horário. Mas, para ter uma experiência
completa e de encantamento, fizemos uma chamada de vídeo pelo <i>WhatsApp</i>.
Fiz exatamente como se a estivesse recebendo presencialmente. Ela pode ver a
entrada da casa, o corredor, a natureza, o pátio, e finalmente adentrar o
espaço do ateliê para a atividade. É claro que neste caso, não conseguimos
permanecer só na atividade. Rolou muito papo e descontração.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD95nfNWd7uaspgVPuIhJK8QOEU7HriQsCwBJPLgboHczVLTYExmUQKuAtNnjB5QfAQ7sliBGcXl4T36lHhEf6Ax-ECn64NoL7Gnn7nuJlQP3Ve2Ao68goQEyRbO1h5ZR5FBKC4zvfpgz8dGZN1zYsSR9Iso_kwJl2EXYjL0BZteVL9emX5cUqZ7VUZ6g/s403/Imagem10.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="169" data-original-width="403" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD95nfNWd7uaspgVPuIhJK8QOEU7HriQsCwBJPLgboHczVLTYExmUQKuAtNnjB5QfAQ7sliBGcXl4T36lHhEf6Ax-ECn64NoL7Gnn7nuJlQP3Ve2Ao68goQEyRbO1h5ZR5FBKC4zvfpgz8dGZN1zYsSR9Iso_kwJl2EXYjL0BZteVL9emX5cUqZ7VUZ6g/s320/Imagem10.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Tania
Salete na vivência cortesia online, direto de Fortaleza.</span></span></i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Finalizo contando aqui o
quanto fomos surpreendidas com os relatos, com a criatividade nas produções plásticas
e usos inusitados dos materiais. Ondas com formatos e cores diversas. Cenários
apresentando os mesmos elementos sem ninguém olhar o trabalho do outro, e não
era nem céu, nem mar. Detalhes maiores não poderemos citar aqui para manter
nosso acordo de sigilo. Mas certamente mergulhamos profundamente no mar da
icônica gravura do Mestre Hokusai, e nas inspirações-relato que foram despertadas
em cada um dos convidados.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Mundo Encantado</span></i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> –
este é o nome que dei para o ateliê. Fadas e duendes estão por toda a parte. Um
lugar de paz. Uma experiência única num lugar encantador. Gosto de brincar
dizendo: <i>“Você vai experimentar a Arteterapia, mas vai se lembrar é do café*
da Rita!”</i> (quem participou saberá do que eu estou falando).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Para finalizar este texto,
deixo aqui uma pergunta:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">“E você, gostaria de
participar de uma Vivência Cortesia?”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nota 1:</span></b><b><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dedico
esse texto à Vera Helena Erhart de Souza Dias (mãe de Rita Maria) pela
empolgação e atitude positiva, frente aos nossos atendimentos no Kairós Ateliê
Terapêutico.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nota 2:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Agradeço
à Rita Maria Erhart de Souza Dias por sua parceria e contribuição neste texto.
Contato pelo Instagram @kairos.atelieterapeutico <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nota 3:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Agradeço
à Leda Nogueira Maekawa, por apresentar a inspiradora vivência trazendo A
Grande Onda de Hokusai. Contato pelo Instagram @leda_nogueira50<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nota 4:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">
Agradeço à Patrícia Ladeia Trindade, fisioterapeuta do movimento, pelo significativo
incentivo relacionado aos meus atendimentos arteterapêuticos. Contato pelo
Instagram @patladeiat<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nota 5:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Agradeço
à Tania Salete Moreira por autorizar a publicação de sua foto com seu trabalho.
Contato pelo Instagram @caminhartes.arteterapia<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nota 6:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">
Agradeço a todos que participaram da Vivência Cortesia no Kairós Ateliê
Terapêutico, nos formatos presencial e <i>online.</i><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nota 7:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> café nos
sabores: amêndoas torradas, baunilha e nozes, trufas de chocolate.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Bibliografia:<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">CIORNAI, Selma e PIECZARKA,
Natália Pieczarka (orgs). <b>Arteterapia no contexto social e comunitário: </b>ruas,
abrigos, instituições e comunidades. –<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Rio de Janeiro: Wak Editora, 2021.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">MORAES, Eliana (org) <b>Escritos
em Arteterapia: </b>Coletivo Não Palavra. 1.ed. Divino de São Lourenço, ES:
Semente Editorial, 2020.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">POUSADA, Carmen Elisabeth
(curadoria). <b>Arte brasileira na contemporaneidade.</b> Vol. III. São Paulo:
Ornitorrinco, 2018.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Se você quiser ler meus textos
anteriores neste blog, são eles:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">20- O Uso do Giz Pastel Seco
na Art Nouveau de Mucha – 26/09/22<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">19- Tô Vivo! – 22/08/22<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">18- A Massa Caseira como
Recurso Arteterapêutico – 18/07/22<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">17- As Bailarinas de Degas –
16/05/22 <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">16- Degas e as Mulheres –
21/03/22<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">15- Ah, o Tempo... – 14/02/22<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">14- As Cores em Marilyn Monroe
– 13/12/21<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">13- Um Desafio – 11/10/21<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">12- O Branco no Branco –
23/08/21<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">11- Tudo Começa em Pizza –
28/06/21<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">10- Um Material Inusitado – O
Carimbo de Placenta – 10/05/21<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">9- As Vistas do Monte Fuji –
22/03/21<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">8- É Pitanga! – 07/12/20<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">7- O que é que a Baiana tem? –
26/10/20<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">6- Escrita prá lá de criativa
– 27/09/20 <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">5- Fazer o Máximo com o Mínimo
– 01/06/20<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">4- Tempo de Corona Vírus,
Tempo de se reinventar – 13/04/20<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">3- Minha Origem: Itália e
Japão – 17/02/20<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">2- Salvador Dalí e “As Minhas
Gavetas Internas” – 11/11/19<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">1- “’O olhar que não se
perdeu’: diálogos arteterapêuticos entre pai e filha” – 19/08/19<span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">_______________________________________________________________<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Claudia Maria
Orfei Abe<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"></span></o:p></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuHQLKCffpyZYeIv8Y-IvrHRffaZUabiSRrl4mpwVtBeNfKwMNKlt1apOJUXy3f3MmqrRrChIWvmh-bldhLHE9q6ohyphenhyphenI_GuQ3_jD7LlBOZ8_J0pwz3gdCr44ggfY2sG9K-tZ5tkPzdDYJ4x2mRyqS7CRpBYVV3jXW6hxWRkqfcNYXHPsw2zQNmWtaT9xw/s820/Imagem11.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="820" data-original-width="615" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuHQLKCffpyZYeIv8Y-IvrHRffaZUabiSRrl4mpwVtBeNfKwMNKlt1apOJUXy3f3MmqrRrChIWvmh-bldhLHE9q6ohyphenhyphenI_GuQ3_jD7LlBOZ8_J0pwz3gdCr44ggfY2sG9K-tZ5tkPzdDYJ4x2mRyqS7CRpBYVV3jXW6hxWRkqfcNYXHPsw2zQNmWtaT9xw/s320/Imagem11.jpg" width="240" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: inherit;"><br /> </span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapeuta e
Farmacêutica-Bioquímica<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Assim sou eu, apenas vivendo,
mas querendo sempre novas experiências!!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Meu contato pelo Instagram:
@claudia_abe_</span><span face="Arial, sans-serif"><o:p></o:p></span></span></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-64376323050112650242023-10-23T16:47:00.001-07:002023-10-23T16:47:31.420-07:00ESTUDOS SOBRE A PROJEÇÃO, NO COTIDIANO E NA ARTETERAPIA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh36_SYLad2jTcGzSH4WyxTF6-WhDaL6yZQ1RMmQgtgsAQeOB7eTZ8zBmFhvUthZeNGN4qcMY9m4klHasXAl235fG5PcXWao_SkG-zzHt8DTnSUTI6rB0qy1yRZLMcCt1HiJJ5XHvY2idf5-E-9VQ9wJvrpvw1DDf_uoPUSNHVCni_Td-F3h7ckwR5QNPQ/s1047/13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1047" data-original-width="836" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh36_SYLad2jTcGzSH4WyxTF6-WhDaL6yZQ1RMmQgtgsAQeOB7eTZ8zBmFhvUthZeNGN4qcMY9m4klHasXAl235fG5PcXWao_SkG-zzHt8DTnSUTI6rB0qy1yRZLMcCt1HiJJ5XHvY2idf5-E-9VQ9wJvrpvw1DDf_uoPUSNHVCni_Td-F3h7ckwR5QNPQ/s320/13.jpg" width="256" /></a></div><div style="text-align: center;">Obra: René Magritte</div><p></p><p><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;">Por Eliana Moraes - MG<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;">naopalavra@gmail.com<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O fenômeno da projeção dá-se como
um tema de grande importância a ser estudado pelo arteterapeuta. Algumas teorias
buscam pesquisar sobre esse fenômeno mas compreendo que a Psicologia Analítica
mostra-se como um bom ponto de partida para esse estudo. Acredito que a
Arteterapia pode articular-se com as mais variadas teorias psicológicas, dentre
elas a Psicologia Analítica. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sendo a amplitude
do fluxo projetivo uma das especificidades de um <i>setting </i>arteterapêutico,
torna-se muito válido compreender as palavras de Jung que muito me orientam em
meu trabalho: “A razão geral e psicológica das projeções é sempre um
inconsciente ativado que busca expressão.” (JUNG apud SHARP, 1991, 127)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">No percurso desse estudo encontrei
o livro “Psicoterapia” Marie-Louise von Franz que aborda diversos temas da
Psicologia Analítica, em especial o capítulo: “A projeção: seu relacionamento
com a doença e com o amadurecimento psíquico”. Nesse capítulo Von Franz discorre
sobre a projeção no cotidiano, o que demonstra a validade de seu estudo para o
embasamento da escuta do terapeuta quanto às demandas trazidas pelo paciente sobre
suas relações interpessoais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A autora inicia o capítulo
conceituando a projeção: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na visão de
Jung [...] <b>todos os conteúdos psíquicos dos quais ainda não temos
consciência aparecem de uma forma projetada como supostas propriedades de
objetos externos. </b>A projeção, a partir desse ponto de vista, é um
deslocamento que ocorre de uma maneira não intencional e inconsciente, ou seja,
sem ser percebido, de um conteúdo psíquico subjetivo para um objeto externo.
Nesse processo, o inconsciente da pessoa que faz a projeção, via de regra, <b>não
escolhe simplesmente qualquer objeto ao acaso, e sim aquele que contém algumas,
ou até muitas, das características da propriedade projetada. Jung fala de um “gancho”
</b>no objeto no qual a pessoa que faz a projeção a pendura como um casaco.
(VON FRANZ, 1990/2021, 307-308)</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdLNlGLdBAG_WEZNT5MC8GxquQqRHEpZfF2cbfPiz_TzJwdR3Sm5SgXPBcNKhCpN33QhuAD5xJYU2KdJSghK-UuctrexMk3Mw3bWwRHIAmeCiZokopIG2tyJ86toqtDlm4qdQnztOXaT0aNe00wE80R2orAEH6Batg-8hofh-fLSOaJ405JDmTVhBhHg/s578/Ren%25E9%2520Magritte%2520%2520(liaison%2520dangereuse)_e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="578" data-original-width="420" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdLNlGLdBAG_WEZNT5MC8GxquQqRHEpZfF2cbfPiz_TzJwdR3Sm5SgXPBcNKhCpN33QhuAD5xJYU2KdJSghK-UuctrexMk3Mw3bWwRHIAmeCiZokopIG2tyJ86toqtDlm4qdQnztOXaT0aNe00wE80R2orAEH6Batg-8hofh-fLSOaJ405JDmTVhBhHg/s320/Ren%25E9%2520Magritte%2520%2520(liaison%2520dangereuse)_e.jpg" width="233" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Obra: "Ligações Perigosas" Renê Magritte</span></div></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É importante considerar que a
projeção é um movimento inconsciente automático e cotidiano. Mais além, a
projeção promove uma “ponte” entre o indivíduo e uma outra pessoa, um objeto,
uma experiência, ou seja, com o mundo exterior. Inicialmente ela é, de fato,
mobilizadora de experiências de vida, sejam elas positivas ou negativas. Elas
podem gerar simpatia, antipatia, interesse, rejeição, aproximação, afastamento,
enfim, vivências geradas pelo cotidiano. Ela não é “boa” ou “má” em si, apenas
devemos observá-la com mais atenção quando constatamos que uma manifestação
projetiva ou sua retirada provocou uma resposta intensificada no sujeito:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Somente quando
nossa energia psíquica por algum motivo se retira dessas projeções, por
exemplo, quando nosso amor se transforma em rejeição ou nosso ódio começa a
parecer absurdo até para nós mesmos – somente nesse ponto é chegada a hora, a
oportunidade de reflexão se apresenta, para que nós reconheçamos a até então
inconsciente projeção. (VON FRANZ, 1990/2021, 311)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Segundo a autora, em todo
processo de projeção envolve um emissor e um receptor. Elas emanam dos
complexos ou arquétipos do inconsciente do emissor como uma forma pontuda, como
uma flecha mágica ou um míssil:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A projeção dos
conteúdos psíquicos não percebidos conscientemente provoca no emissor a “perda
da alma”, uma das doenças mais temidas entre os povos nativos. Isso torna o
indivíduo apático, depressivo ou suscetível de ser dominado pelas outras
pessoas. (VON FRANZ, 1990/2021, 313-314)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na visão primitiva, um deus,
demônio ou pessoa má lançava as “pontas mágicas”. O receptor atingido ficava
doente e a extração do projétil o curava:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O indivíduo
sobre quem outra pessoa faz uma projeção também é afetado – na visão primitiva,
ele é afetado por uma flecha. Se o receptor tiver consciência do ego fraca
(como as crianças, por exemplo), será facilmente influenciado e levado a agir
de acordo com o que foi projetado sobre ele. Na visão primitiva, significa que
ele está possuído. Nós nos sentimos compelidos a nos relacionarmos com a paixão
de outra pessoa por nós, ou fazemos involuntariamente ao indivíduo a coisa má
que ele está esperando de nós baseado na sua projeção. (VON FRANZ, 1990/2021,
314-315)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnyda1mDhl9QArfAsO1t48dJBenO8T8-kCuCAA6oD3_X47HlFdYEfZSgepyS17zUZK5Up6c9MxAD4tXhu0itXPh1xFeYoq_VHyUqW6zYYbQx_k61RhhsHkwNO0DbuVcylbxp6tPYeYJbZUxSPkfGoTvq9kQFg_96dzRz-UHtHy28xLccuv1L1zPPthx1E/s2048/rene-magritte-les-perreux-sur-marne-the-lovers-1928-moma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnyda1mDhl9QArfAsO1t48dJBenO8T8-kCuCAA6oD3_X47HlFdYEfZSgepyS17zUZK5Up6c9MxAD4tXhu0itXPh1xFeYoq_VHyUqW6zYYbQx_k61RhhsHkwNO0DbuVcylbxp6tPYeYJbZUxSPkfGoTvq9kQFg_96dzRz-UHtHy28xLccuv1L1zPPthx1E/s320/rene-magritte-les-perreux-sur-marne-the-lovers-1928-moma.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Obra: "Os amantes" René Magritte</span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Aqui reside uma das maiores
importâncias de se estudar o fenômeno da projeção para o desenvolvimento da
escuta terapêutica. Os sofrimentos e queixas trazidos pelo paciente/cliente
muitas vezes envolvem tramas projetivas em suas relações pessoais, seja
amorosa, familiar, profissional ou social. Como emissores ou receptores, os
indivíduos relatam seus encontros e desencontros causadores de intensas experiências
que, a depender da maneira que são vividas, causam algum impacto emocional
importante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ampliando essa perspectiva,
faz-se necessário ressaltar que nos dias atuais, vivemos em um campo altamente
propício para que essas trocas projetivas aconteçam. Na esfera coletiva esses
fenômenos também se manifestam, tendo sido estudados em outros momentos da
história. Porém, ao lermos a descrição sobre as manifestações das projeções de
Von Franz, temos a impressão de que descreve nossos dias e observamos que sua articulação
teórica faz eco a tantos de nossos casos clínicos atuais:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A manifestação
mais gritante das projeções se dá nas rígidas convicções políticas – os “ismos”
– e nas teorias apaixonadamente defendidas, como ideias científicas
preconcebidas. Tão logo a tolerância e o humor desaparecem, podemos supor que
as projeções entraram em cena. Quando notamos que alguém está reagindo com uma
afetividade exagerada em uma discussão e começa a ceder à tentação de
desacreditar seu oponente, existe motivo para suspeitarmos de que a pessoa está
projetando algo no oponente ou na teoria dele. Se tivermos o proveitoso hábito
de prestar atenção aos nossos sonhos, veremos que frequentemente sonhamos com
esses oponentes. Isso nos dá o sinal: “Alguma coisa a respeito desse oponente
repousa dentro de mim”. Ainda que apenas outras pessoas estejam projetando, é
difícil não nos deixarmos arrastar pela situação. Como os afetos e as emoções
são extremamente contagiantes, é preciso uma tremenda coragem para não
perdermos o equilíbrio nas situações de grupo, como todo moderador de grupo ou
líder de discussão em grupo sabe muito bem. (VON FRANZ, 1990/2021, 312)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Se o fenômeno projetivo pode ser
algo bastante prejudicial a um indivíduo, na mesma medida é importante que o
terapeuta tenha o devido cuidado no trabalho de “retirada” dessas projeções. Cabe
lembrar que se um sujeito está fazendo uma projeção, significa que aquele conteúdo
inconsciente lhe é bastante assustador à ser integrado a consciência. Faz-se
necessário a observação do terapeuta sobre o quanto aquele sujeito está
fortalecido para recolher aquele conteúdo à sua consciência ou o quanto é
necessário um processo de preparo para tal. Caso contrário, a retirada da
projeção de forma abrupta, pode ser fatal para o paciente:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">[...] qualquer
retirada de uma projeção põe uma carga sobre a pessoa que reflete. Ela se torna
responsável por uma parte da sua psique que até então ela não encarara como um
fardo por achar que não fazia parte dela. O psicoterapeuta precisa, portanto,
avaliar cuidadosamente quando pode pedir a um paciente ou parceiro que
reconheça. A consciência do ego é como um pescador em um bote grande ou
pequeno; ele só pode acomodar certa quantidade de peixes (os conteúdos
inconscientes) no barco, caso contrário esse afunda. Às vezes, somos forçados a
permitir que o analisando continue a acreditar em maus espíritos ou em pessoas
que o estão perseguindo, porque o reconhecimento de que ele tem esse demônio
dentro de si literalmente o mataria. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Mas mesmo as
pessoas com grande capacidade de reconhecimento têm seus limites. (VON FRANZ,
1990/2021, 316)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-V-E6XTkoLH8_aEbEn7H8YQF5YEdiRszGh8AHp8HGvObqjbjxyNZTqm7Al8JiJyP75RlRojiZF3T0bis4vtw8BvUkOVg76UxXSaAEsvyrKWeYUMVZ2xoJ5WysKYOtQRGxcz7uAA5_j2qem-2Bh19Rc918N2yB5qAIv25BqFNl5qcg7pMrGQh8twWjbnc/s640/rene-magritte-9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="442" data-original-width="640" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-V-E6XTkoLH8_aEbEn7H8YQF5YEdiRszGh8AHp8HGvObqjbjxyNZTqm7Al8JiJyP75RlRojiZF3T0bis4vtw8BvUkOVg76UxXSaAEsvyrKWeYUMVZ2xoJ5WysKYOtQRGxcz7uAA5_j2qem-2Bh19Rc918N2yB5qAIv25BqFNl5qcg7pMrGQh8twWjbnc/s320/rene-magritte-9.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Obra: René Magritte</span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Diante do que foi exposto, compremos
que o objetivo terapêutico se dá na busca de autoconhecimento encaminhado para
uma autorresponsabilização do indivíduo por si e suas relações. É necessário ao
sujeito um trabalho de conscientização do ego, o que colabora para minimizar, suas
projeções ao outro, bem como de corresponder às projeções do outro em si. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Quanto mais a
pessoa se conhece, por conseguinte, menos faz projeções sobre os outros, mais
pode se relacionar consigo mesma e com as outras pessoas de maneira objetiva,
genuína e sem ilusões. Aí reside, em última análise, a distinção entre a
simpatia ou paixão e o verdadeiro amor, ou entre o ódio e a rejeição objetiva e
o desapego. Todo progresso realizado na compreensão mútua e na melhora das
relações entre as pessoas depende da retirada das projeções. (VON FRANZ,
1990/2021, 317)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit;">Especificidades da
Arteterapia: a projeção no setting arteterapêutico<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGaS9EyygRLC8sjRrbw3LDXhbvIpf3PvqFtkVL5scHhl9L0sWy02o0vzgwDlOtZ3J4RmOLAFG7c80vHRdRpYBdntLJdhtU_cVq2tj9gSZL8fFGt2C7bkHI3WKVn73gB-LB5Yh1vbqr27cDNaDx4_I5DtJNs2ROkFecVL0XAGsONd_GuwjfzhWwxbQvqc/s1600/4a66ea0c-f81d-4741-8bbb-a835228593c3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGaS9EyygRLC8sjRrbw3LDXhbvIpf3PvqFtkVL5scHhl9L0sWy02o0vzgwDlOtZ3J4RmOLAFG7c80vHRdRpYBdntLJdhtU_cVq2tj9gSZL8fFGt2C7bkHI3WKVn73gB-LB5Yh1vbqr27cDNaDx4_I5DtJNs2ROkFecVL0XAGsONd_GuwjfzhWwxbQvqc/s320/4a66ea0c-f81d-4741-8bbb-a835228593c3.jpg" width="320" /></a></b></div><b><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: inherit;">Uma das especificidades da Arteteterapia, bem como
uma de suas complexidades, está no fato de que a partir da tríade arteterapeuta-paciente-material
abre-se um leque de fluxos projetivos para além das projeções relatadas em demandas
terapêuticas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: inherit;">Neste texto poderemos elencar pelos menos
quatro fluxos projetivos presente e atuantes em um<i> setting</i>
arteterapêutico:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">- A projeção na figura do
terapeuta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: inherit;">No recorte do <i>setting</i>, a projeção do
paciente em direção ao terapeuta recebe uma nomenclatura específica, a transferência.
E a projeção do terapeuta para com o paciente é denominada contratransferência.
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqui reside um conteúdo de grande importância
que o arteterapeuta deverá beber da fonte das teorias da psicologia e obter
recursos para o devido manejo dessas projeções inseridas na dinâmica terapêutica.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">- Projeções em expressões
artísticas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Como arteterapeutas nosso
primeiro instrumento de trabalho é a Arte. Antes do processo criativo em si
podemos tomar da Arte como fruição, contemplação, alimento da alma. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesse sentido, é interessante que o
arteterapeuta vá construindo seu repertório com expressões artísticas que lhe
servirão como estímulos projetivos diversos. Compreendemos que toda expressão
artística, em qualquer linguagem da arte, é a manifestação de conteúdos humanos
constelado em uma imagem. Por essa razão podemos concluir que as expressões
artísticas servirão de estímulos projetivos, disparadores e mobilizadores de
grandes conteúdos inconscientes a serem elaborados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">- Projeções nos processos
criativos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Antes da imagem resultante, o próprio
ato criativo se revela como a projeção do funcionamento interior do criador. Assim,
o processo de criação projeta conteúdos inconscientes do sujeito nos gestos,
ações e atuações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Além disso, o sujeito também
projeta na transformação da materialidade, sua transformação interior. Agindo
sobre o material, ele se percebe e toma decisões de transformações de si e
perante a vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">- Projeções nas imagens criadas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Por fim, como produto de todo
esse percurso, as imagens e símbolos criados pelos experienciadores sempre
espelham (projetam) conteúdos psíquicos interiores, sejam eles figurativos ou
abstratos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Todos esses fluxos projetivos são
materiais de trabalho do arteterapeuta. Simultaneamente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Que através da formação
continuada o arteterapeuta possa reconhecer a complexidade e a beleza da
técnica que tem em mãos, bem como desenvolver-se para seu manejo cada vez mais
consistente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit;">Referências Bibliográficas:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background: rgb(217, 234, 211); color: black;">DUCHASTEL, Alexandra. "O caminho do
imaginário"</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background: rgb(217, 234, 211); color: black;">OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de
criação. </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background: rgb(217, 234, 211); color: black;">SHARP, Daryl. Léxico Junguiano.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">VON FRANZ, Marie-Louise.
Psicoterapia. </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">__________________________________________________________________________</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;">Sobre a autora: Eliana Moraes</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhHS9pJB_IyA3i49IYWqpmuVc7NY6FBBl13hXSuGQ0fwtu2jNboVxwcWBB4f4_a-i5_MwELakCsXe8jUeXYEVfUa_zhyphenhyphenZDAqnBCSVK0ilvAt0eyca2LIcOK3DB6u2nDnhqx7iwu2VdzFZG2V1iRVUb2ohBSx3LPNBy9MYJse40CwJvqEJSFN1w3Qlegic/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhHS9pJB_IyA3i49IYWqpmuVc7NY6FBBl13hXSuGQ0fwtu2jNboVxwcWBB4f4_a-i5_MwELakCsXe8jUeXYEVfUa_zhyphenhyphenZDAqnBCSVK0ilvAt0eyca2LIcOK3DB6u2nDnhqx7iwu2VdzFZG2V1iRVUb2ohBSx3LPNBy9MYJse40CwJvqEJSFN1w3Qlegic/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><br /><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><br /></b><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-25211706282668521232023-10-09T13:03:00.002-07:002023-10-09T13:07:24.331-07:00A IMPORTÂNCIA DO GRUPO DE ESTUDOS ARTETERAPÊUTICO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi47KDHD_RdMExarXRTuUzHP6akrOYXJBthJ2mkZ8BWnBQWwUc836YxfpEXWd9icjIJ1q8_0UwNnEBScUm90GT6Slb_Zb_7ftGA1-VbckQuDmzE7rqiZ-kRCyCoL7cVH-kWDgrWhKp5Hk6E2pM41cIFZS9VS1BK8EYY1AGKrrMsYejx3NolVYPeh3OQNrg/s1600/3225c209-7029-4a96-9c96-c34a7bffe28d.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1206" data-original-width="1600" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi47KDHD_RdMExarXRTuUzHP6akrOYXJBthJ2mkZ8BWnBQWwUc836YxfpEXWd9icjIJ1q8_0UwNnEBScUm90GT6Slb_Zb_7ftGA1-VbckQuDmzE7rqiZ-kRCyCoL7cVH-kWDgrWhKp5Hk6E2pM41cIFZS9VS1BK8EYY1AGKrrMsYejx3NolVYPeh3OQNrg/w424-h319/3225c209-7029-4a96-9c96-c34a7bffe28d.jpg" width="424" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">Por Eliana Moraes<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: black; mso-themecolor: text1;"><a href="mailto:naopalavra@gmail.com"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">naopalavra@gmail.com</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span class="MsoHyperlink"><span style="color: black; mso-themecolor: text1; text-decoration: none; text-underline: none;">@naopalavra</span></span> </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Diante da proposta do projeto Não Palavra em se
consolidar como um espaço de formação continuada livre em Arteterapia, temos
como orientação de produção de conteúdos e eventos o que acreditamos ser “o
quadripé” que sustenta o arteterapeuta. Tomando como inspiração o o modelo da
psicanálise que sugere um tripé para a sustentação de um bom analista,
acreditamos que o arteterapeuta necessita de quatro bases que o sustentem:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>terapia pessoal, o estudo teórico (individual
e em grupo) e em específico, a experiência pessoal com seu processo criativo e
a própria produção de imagens. Como modelo orientador dessa proposta, e
consequentemente do Não Palavra Arteterapia, desenvolvi o esquema abaixo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGTRCTQV-MDYwUkPuW32B_l_Y73Erjq-Ck5VpsUqjVxXpNOwMAosT7BXrFz-Uur8T0FWtx6-zBtJIh3tJx8Ef3ZoWJj5aOqQsClGEfZDJKh8dlXUtFXoJdhWWejmOVdL6CXAv9SDNOEowVjP0MG3Zj03L5mHxz90eXZl13uVt3o2Ow1v-Y54sjQ1VRfQk/s1280/Slide1.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGTRCTQV-MDYwUkPuW32B_l_Y73Erjq-Ck5VpsUqjVxXpNOwMAosT7BXrFz-Uur8T0FWtx6-zBtJIh3tJx8Ef3ZoWJj5aOqQsClGEfZDJKh8dlXUtFXoJdhWWejmOVdL6CXAv9SDNOEowVjP0MG3Zj03L5mHxz90eXZl13uVt3o2Ow1v-Y54sjQ1VRfQk/w559-h315/Slide1.JPG" width="559" /></a></div><br /><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Esquema de autoria de Eliana Moraes</span><span style="text-align: left;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Cada base que compõe o quadripé sustentador do
arteterapeuta merece um aprofundamento teórico em si. No presente texto
pretendo me aprofundar na terceira perna: a continuidade do estudo teórico ao
longo da prática arteterapêutica, mas em específico na modalidade grupal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Compreendemos que em todo curso formação
profissional, é apresentado ao aluno as bases teóricas que compõem aquele
saber. E no decorrer de seu desenvolvimento, o profissional tem como
autorresponsabilidade buscar especializações que possam lapidar sua atuação. Em
Arteterapia, entretanto, acreditamos que esse processo adquire outras
ramificações uma vez que ela possui a característica de dialogar e fazer interseções
com diversos outros saberes, tanto da Psicologia em suas várias teorias, mas
também de outras disciplinas além desta. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Nesse sentido acreditamos ser fundamental ao
arteterapeuta aquilo que chamamos de <b>formação continuada</b>, aquela que se
estende de forma livre e autogestiva, mantida pelo profissional ativo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Para tanto, compreendemos que a modalidade de
estudos grupais faz-se como um excelente recurso de desenvolvimento e amadurecimento,
teórico e prático, ao arteterapeuta. Porém, a partir da experiência dos últimos
anos com a rede de arteterapeutas inserida nos territórios do Não Palavra,
observamos que, para além de uma lapidação técnica, o grupo de estudos proporciona
aos profissionais uma experiência de ancoramento, pertencimento, vínculo e coperação
mútua. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Fazer parte de um grupo de estudos pós formação
coopera para um maior comprometimento do estudo continuado através da relação
com o outro. A regularidade dos encontros promove o </span>desenvolvimento do
raciocínio e do manejo clínicos, experimentando em si o compartilhamento
teórico e prático do outro semelhante. Mas sobretudo, constatamos que a
consolidação desse território de relações gera um desenvolvimento do
sujeito-terapeuta, integrando a persona profissional com sua pessoalidade. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Vale destacar que a consolidação do Não Palavra
como um espaço de formação continuada só foi e é possível contando com algumas
parcerias, em especial, do Espaço Crisântemo-SP, regido pela batuta da maestra
Regina Célia Rasmussen. Por esse motivo, o presente texto é escrito na primeira
pessoa do plural, pois ele só existe como “nós”. Nesse território virtual construímos
um grande grupo de estudos aberto, através do qual são oferecido diversos
encontros teóricos e/ou práticos que, mesmo tendo a proposta de participação a
medida da disponibilidade de cada participante, conquistamos um núcleo de
arteterapeutas que se relacionam, aprendem, debatem, se desenvolvem e trocam
entre si, continuamente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Para embasar nossas percepções práticas,
encontramos eco nas palavras de Beatriz Cardella em seu tão belo livro <i>“De
vonta para casa”,</i> especialmente no capítulo</span><b><span lang="EN-US"> </span></b><i>“Grupo
de estudos e pertencimento: caminhos para a formação continuada em
Gestalt-terapia”. </i>Natualmente observamos que a autora orienta sua escrita
para seu campo de atuação, qual seja, psicoterapeutas orientados pela <i>Gestalt</i>
Terapia. Entretando, nossa proposta é beber da fonte de sabedoria da autora e
aplicar suas reflexões em nossos contornos arteterapêuticos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Grupos de estudos e seus
benefícios<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um primeiro ponto que gostaríamos
de destacar se refere justamente à passagem de uma vivência profissional no
singular, para uma experiência plural. A profissão de terapeuta por muitas
vezes se constrói como uma jornada solitária pois em seu ofício, o
comprometimento ético com o sigilo de tudo aquilo que ouve, fala e vivencia
dentro do <i>setting</i> terapêutico, é imperativo. Porém, em sua humanidade, o
terapeuta ainda guarda suas necessidades fundamentais de inclusão, troca e
pertencimento: <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">As necessidades de pertencimento<b> </b>e
inclusão são necessidades fundamentais da pessoa humana, dando sentido ao papel
dos <b>Grupos de Estudos e Pertencimento </b>não só como possibilidade de
ampliação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e aprofundamento do
conhecimento em Psicoterapia, mas de troca <i>viva</i> de experiências entre
psicoterapeutas, <b>cujo ofício é caracterizado por uma solidão </b>decorrente
do imperativo ético do sigilo profissional. (CARDELLA, 2020,271)</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Essa caminhada solitária também acontece
devido a características específicas da “relação terapêutica”. Nesses contornos,
o terapeuta se relaciona com muitas pessoas, porém imbuído de sua persona de
profissional – recurso bastante importante para a boa condução de sua prática. Por
outro lado, faz-se bastante salutar que este terapeuta-sujeito tenha a
oportunidade de adentrar em algum espaço seguro, entre seus pares, para que
possa (re)ver-se sobre suas humanidades contidas por detrás da persona:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Diferente de outros profissionais, o
psicoterapeuta muitas vezes inundado pela intensidade e pela complexidade de
suas vivências junto aos seus pacientes, conta apenas consigo mesmo para
elaborá-las e atravessá-las, impossibilitado que está de compartilhar essas
mesmas vivências com amigos ou familiares. </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Embora possa contar com seu próprio
terapeuta e com supervisores, observo que o <b>compartilhamento com colegas, ou
seja, o pertencimento a uma comunidade</b>, possibilita a apropriação de suas
dúvidas, angústias, problemas, conflitos, descobertas, conquistas, inseguranças,
encantamentos, conhecimentos e sabedorias, tornando-as <b>experiências</b> e
contribuindo para a constituição de senso de <i>si mesmo</i>. (CARDELLA, 2020,
271) </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na comunidade formada por um grupo
de estudos arteterapêutico é possível encontrar ecos de nossas experiências
pessoais, espelhamentos, acolhimento e devolutivas à possíveis contratransferências,
sincronicidades que apontam o campo formado pela união dos inconscientes dos
terapeutas e seus pacientes, enfim, consolida-se um grupo de “ajuda mútua” onde
terapeutas-sujeitos vivenciam o que Beatriz Cardella chama de “alternância de
cuidados”, tão importância para a manutenção de sua saúde.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Retomando a reflexão de uma prática profissional
em experiência plural, é possível apontar outra conotação para essa <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>expressão: refere-se à oportunidade de
ampliação de olhares, perspetivas, pontos cegos. A caminhada solitária do
arteterapêuta também contém o</span> perigo de formar um olhar parcial e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>limitado às percepções <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e repertórios pessoais do sujeito-terapeuta e
consequentemente construindo uma escuta clínica reducionista frente à complexidade
humana. A experiência do grupo de estudos arteterapêutico proporciona a
abertura para o contato e integração da diversidade humana à ser recebida do <i>setting
</i>arteterapêutico. O chão seguro para o compartilhamento da multiplicidade de
experiências proporciona ao sujeito-terapeuta o desenvolvimento de seu
autossuporte:<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Compartilhar com colegas estabelece
uma rede de sustentação e uma comunidade de destino, apaziguando tensões,
ajudando a dar significados e sentidos em suas vivências, <b>olhando-as de
múltiplas e diferentes perspectivas </b>e abrindo possibilidades e esperanças. </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">O compartilhamento de experiências e
o confronto com as diferenças possibilita, paradoxalmente, o <b>desenvolvimento
do autossuporte no exercício da profissão</b>, já que nos constituímos sempre
em presença do outro. (CARDELLA, 2020, 271-272)</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na experiência plural, em
contramão de uma vivência solitária, observamos que algo fundamental que
compõem nossa rede se dá na troca de experiências e narrativas. O
compartilhamento das sensações de conquistas, sucesso, <i>insights</i>, saltos
e superações ou então sensação de insegurança, fracasso e equívocos. Em um
grupo bem vinculado é possível compartilhar todas as experiências entre luz e
sombra. Compartilhamentos de minha experiência no lugar de sustentadora do
espaço, também tem seu lugar nesse campo de amadurecimento:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Percebo que quando relato
experiências contando episódios e impasses na relação com determinados
pacientes e de acontecimentos que marcaram meu percurso profissional, minhas
dificuldades, dúvidas e desafios passados ou atuais, <b>sentem-se legitimados,
confirmados, apaziguados, consolados, inspirados, acompanhados e provocados em
seus próprios embates. </b></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Encontram referências </span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">para compreender suas intervenções e
passam a ser capazes de nomear algumas de suas experiências […] </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">As narrativas acontecidas durante os
encontros, tanto da coordenadora quanto dos colegas são <b>formas de <i>Transmissão
Oral</i>, </b>tão rara no nosso mundo [atual]. (CARDELLA, 2020, 276)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Assim, como
antídoto de uma prática arteterapêutica solitária, formamos um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>território de</span><b><u><span lang="EN-US"> </span></u></b>enraizamento
e pertencimento:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">As narrativas possibilitam também o encontro de raízes, o
estabelecimento das comunidades, a apropriação da Tradição, fundamentais na
experiência de pertencimento e inclusão. (CARDELLA, 2020, 277)</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Nessa caminhada, Beatriz Cardella também tounou-se
uma grande referência para mim mesma, como supervisora-sujeito. Sempre
acreditei que o papel do supervisor é cooperar para o desenvolvimento do estilo
pessoal do terapeuta em construção. Ajudá-lo a encontrar seus recursos singulares
e fazer o melhor uso de cada um deles, de maneira autônoma e segura. Na
sustentação de um grupo, acredito que o papel do coordenador seja sustentar o
campo para que o grupo faça seus movimentos de autorregulação e ajustamento
criativo, para além do meu “poder de controle”. Sinto felicidade quando vejo os
arteterapeutas de nossa rede se relacionando, trocando se desenvolvendo entre
si. Essa é uma experiência plural e enraizadora:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Tanto a presença do coordenador como
dos colegas oferece ao participante a possibilidade de enraizamento e de
abertura; a depender das atitudes do coordenador na direção de promover
autossuporte e autonomia dos colegas menos experientes, iniciará o importante
processo de deixar heranças, desocupando gradativamente os lugares alcançados […]</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Construção e desconstrução acontecem
durante os encontros entre terapeutas no processo de formação continuada; <b>os
novos controem, crescem para cima e vão se tornando experientes, e o experiente
cresce para baixo, deixa heranças, desconstrói e desocupa os lugares alcançados</b>,
realizando e atualizando as tarefas do percurso humano, processos de contínuos
ajustamentos criativos. (CARDELLA, 2020, 273)</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Encontrei nas palavras de Beatriz uma orientação
que eu já vivia de forma intuitiva. Meu desejo é que meus alunos arteterapeutas
“cresçam para cima”, se desenvolvam, se desafiem e levem a Arteterapia ao mundo
como uma prática potente e consistente. Enquanto isso, sigo “crescendo para
baixo”, deixando minhas heranças e abrindo espaço para que eles possam voar
cada vez mais alto!!!</span><o:p></o:p></p><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;"><b>Referência Bibliográfica:</b></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"></span></p><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-size: 16px; text-align: justify; white-space-collapse: collapse;">CARDELLA, Beatriz Helena Paranhos. De volta para casa: ética e poética na clínica gestáltica Contemporânea. Editora Amparo, SP. 2020</span></span></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">______________________________________________________________________________</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Eliana Moraes</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnloHOw7GolJ1pMzg3_UD7XUtyGaIvakA7-IM4pskMrk8WHEnx0n5OfOWjO5_shJAIGOtmyV_czoJXB28zsV43FjsUSvC0EYp_UVYjCT76g9jJah1ABzRtSo1GLCBK23A74eXFmj0p3ataTIDa1YJaNjEyJX0jKHaKd9GYU6dDw-yl1ri_QklNmA-Ag5w/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnloHOw7GolJ1pMzg3_UD7XUtyGaIvakA7-IM4pskMrk8WHEnx0n5OfOWjO5_shJAIGOtmyV_czoJXB28zsV43FjsUSvC0EYp_UVYjCT76g9jJah1ABzRtSo1GLCBK23A74eXFmj0p3ataTIDa1YJaNjEyJX0jKHaKd9GYU6dDw-yl1ri_QklNmA-Ag5w/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></b></div><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Arteterapeuta e Psicóloga</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit;"></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra</span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-38647331957872422812023-09-25T16:37:00.006-07:002023-09-25T16:40:01.437-07:00A IMPORTÂNCIA DO ATELIÊ NA FORMAÇÃO CONTINUADA DO ARTETERAPEUTA – PARTE 3<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUO28jU8vEJN4lI8YjpGgudVWa9V0rot5-n_ogQ2QlbrKShsKX0hhHb4gaYoP58FE9fJBjy_Me9QBh18JkFwDcfG6IpmI-NK6qeiLb-asTq6jdtumgQ4HzOC9Q0BcJ57gLdYvDnAuYsuLRfH_iyBUQ1J8p768fTdUd4kkQpDeKT8RHFoMLv2qv6YojTks/s1600/ATELIE%20VENHA%202.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="327" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUO28jU8vEJN4lI8YjpGgudVWa9V0rot5-n_ogQ2QlbrKShsKX0hhHb4gaYoP58FE9fJBjy_Me9QBh18JkFwDcfG6IpmI-NK6qeiLb-asTq6jdtumgQ4HzOC9Q0BcJ57gLdYvDnAuYsuLRfH_iyBUQ1J8p768fTdUd4kkQpDeKT8RHFoMLv2qv6YojTks/w436-h327/ATELIE%20VENHA%202.jpg" width="436" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: center;">Ateliê Arteterapêutico no Venha Conosco, 22/09/23, turma da manhã</div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Por Eliana Moraes</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">naopalavra@gmail.com</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">@naopalavra </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Desde 2022, venho investindo na promoção de espaços de
ateliês arteterapêuticos para estudantes e profissionais da Arteterapia, com o
objetivo de apresentação dos materiais e criação de intimidade com suas diversidades,
bem como a manutenção da chama da criatividade no pensar arteterapêutico. Esses
espaços contam com as belas parcerias de Mariana Farcetta (<i>online</i>, pelo
Instituto FACES) e de Vera de Freitas (pelo Não Palavra em palestras<i> online</i>
e presencial no RJ e SP). Fragmentos desse percurso já foram registrados em
dois textos anteriores desse blog: <a href="https://nao-palavra.blogspot.com/2022/10/a-importancia-do-atelie-na-formacao.html">PARTE 1</a> e <a href="https://nao-palavra.blogspot.com/2022/12/a-importancia-do-atelie-na-formacao.html">Parte 2</a></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O texto de hoje é escrito após dois eventos marcantes dentro
de uma semana: o fechamento do ciclo de 4 meses de ateliê em parceria com
Mariana, oferecido à uma turma de 25 alunas, e o encontro presencial do ateliê “Experimentação
em Camadas 2”, em parceria com Vera no Instituto Venha Cosnosco – RJ, com um
total de 11 participantes.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Nesta segunda feira, retorno à minha rotina de
trabalho acreditando cada vez mais na importância da manutenção de espaços de
experimentação de materiais e desenvolvimento da criatividade para arteterapeutas
e estudantes. De posse da confiança de que estamos em um caminho promissor, retomo
uma reflexão anterior:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O caminho de contato pessoal com a prática criativa se inicia no
curso de formação, mas na realidade se estende a todo o tempo da formação
continuada do arteterapeuta, ou seja, enquanto este se mantiver ativo em seu
estudo e práticas. É essencial que ele conheça e experimente por si mesmo os
potenciais e as propriedades da grande variedade de materiais possíveis a serem
usados em um </span><i style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">setting</i><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"> arteterapêutico, em cada uma de suas singularidades. É
importante que vivencie os processos de estímulos, resistências,
enfrentamentos, desbloqueios, busca e encontro de soluções, encantamentos, mas
sobretudo, a criação de intimidade com as materialidades para que possa dar a
sustentação necessária para os futuros experienciadores da Arteterapia, que a
seu tempo viverão estes enfrentamentos na condição de pacientes/clientes.</span>
(MORAES, 2022)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Nesse caminhar de estudo e prática, uma de nossas
referências teóricas é Fayga Ostrower e seu clássico livro “Criatividade e Processos
de Criação”. Sendo a autora uma <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>teórica
da arte, nós arteterapeutas podemos lê-la fazendo constantes aplicações no dia
a dia arteterapêutico. Em seu texto, Fayga já nos descreve como o processo
criativo atravessa e alcança experiências de vida do criador:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Durante esse tempo [do processo criativo], nos diferentes planos
do viver, talvez no trabalho profissional também, <b>hão de ocorrer os
incidentes mais variados, sucessos, fracassos, alegrias, tristezas, amor,
nascimentos, mortes. Produzirão emoções e pensamentos diversos, possivelmente
até contraditórios. Poderão afetar o indivíduo no cotidiano de vida ou até
atingi-lo em regiões íntimas do vivenciar, nas aspirações e em sua identidade
mesmo</b>. Continuando a trabalhar, o indivíduo recolhe esses múltiplos
momentos e os <b>transforma em conteúdos psíquicos, nos conteúdos de sua
experiência de vida. </b>(OSTROWER, 73-74)</span></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Tal vivência é tão profunda que autora chega a
caracterizar o processo criativo como uma <b>experiência existencial</b> (p. 69)
do criador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Compreendemos
que todo os processos de criação... [são] onde o homem se descobre, onde ele
próprio se articula à medida que <b>passa a identificar-se com a matéria</b>.
São <b>transferências simbólicas do homem à materialidade</b> das coisas e que
novamente são transferidas para si. (OSTROWER, 53)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Naturalmente
compreendemos que Fayga, teorizando o fenômeno da criação, não utiliza a
expressão “transferência” com a conotação psicoterapêutica quanto à relação
projetiva entre paciente e terapeuta. Entretanto, articulando a teoria da arte
com a teoria específica da Arteterapia – a tríade paciente/terapeuta/material -,
poderíamos extrapolar suas palavras compreendendo que ao se identificar com a matéria,
o paciente poderá fazer uma projeção transferencial de seus conteúdos psíquicos
à um outro objeto externo participante da relação terapêutica, para além da
figura do arteterapeuta. Eis aqui uma especificidade da Arteterapia como
prática, teoria e profissão.</span></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Sobre as especificidades de cada
matéria</span></b><span style="font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEJkspJDaSiwGKD21n3t2cP4yOp56V8a4WSrVcd_lxK7P5KgbXmrsSp-p-eGWC74XbNof5bLwwYOY0SOdW-D0Oh2ALr8VFrqw74tvHC-aoH7FOm1N-gsnvHFWxTF9J2Qr1lpCUCHCPQasnTwmCXXL-OXmdMucOWfNJAMtPdTwM6iJp96pcHxXg-_Zuez8/s1600/ATELIE%20VENHA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEJkspJDaSiwGKD21n3t2cP4yOp56V8a4WSrVcd_lxK7P5KgbXmrsSp-p-eGWC74XbNof5bLwwYOY0SOdW-D0Oh2ALr8VFrqw74tvHC-aoH7FOm1N-gsnvHFWxTF9J2Qr1lpCUCHCPQasnTwmCXXL-OXmdMucOWfNJAMtPdTwM6iJp96pcHxXg-_Zuez8/w414-h310/ATELIE%20VENHA.jpg" width="414" /></a></div><br /><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: medium; text-align: center;"> Ateliê Arteterapêutico no Venha Conosco, 22/09/23, turma da tarde</span><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Outra especificidade da teoria arteterapêutica se dá
no estudo das linguagens e materiais em suas propriedades. Naturalmente o
estudo das propedêuticas dos materiais já é existente na teoria da arte.
Entretanto ao arteterapeuta cabe o aprofundamento nos <b>benefícios, potenciais
de resistência e encaminhamentos terapêuticos</b> para que possa promover o
encontro entre o paciente/cliente e o material que será mais facilitador do seu
processo de autoconhecimento.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Segundo Fayga, cada materialidade apresenta
possibilidades e impossibilidades que promovem “sugestões” a cada processo
criativo:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Cada
materialidade abrange, de início, certas possibilidades de ação e outras tantas
impossibilidades. Se as vemos como limitadoras para o curso criador, devem ser
reconhecidas também como orientadoras, pois dentro das delimitações, através
delas, é que surgem sugestões para se prosseguir um trabalho e mesmo para se
ampliá-lo em direções novas. De fato, só na medida em que o homem admita e
respeite os determinantes da matéria com que lida como essência de um ser,
poderá o seu espírito criar asas e levantar vôo, indagar o desconhecido. (OSTROWER,
32)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Assim, a maneira como o criador age e reage diante de
cada matéria compõe a escuta arteterapêutica pois a ordenação da matéria
exterior é um espelhamento da ordem interior do criador. Como nos diz Fayga:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><b><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Trata-se
de potencialidades da matéria bem como de potencialidades nossas</span></b></span><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">, pois na forma de ser dada configura-se todo um relacionamento
nosso com os meios e conosco mesmo. Por tudo isso, o imaginar - esse
experimentar imaginativamente com formas e meios - <b>corresponde a um traduzir
na mente certas disposições</b> <b>que estabeleçam uma ordem maior, da matéria,
e ordem interior nossa</b>. (OSTROWER, 34)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Considero que Fayga
colabora em muito na construção do vocabulário do arteterapeuta ao apresentar
sua proposta à um experiencador. Dentre outras expressões trazidas por Fayga,
tenho estimulado a reflexão sobre a “imaginação criativa específica” que cada
materialidade provoca no paciente/cliente:<o:p></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 28px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Formulamos aqui a ideia de a <b>imaginação criativa vincular-se à
especificidade de uma matéria</b>, de ser uma “imaginação específica” em cada
campo de trabalho... Referida à atividade, a imaginação ocorreria em formas
específicas porque adequadas ao caráter da matéria, nas ordenações em que a
compreende a mente humana. (OSTROWER, 32)</span></span></p><p class="cvgsua" style="--font-size: 28px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></span></p><p class="cvgsua" style="--font-size: 28px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1zy66ebxjg3nfiz5zoL70khCywjI6EITnH2zqL6FSJLT4SqrHrE4nk2p00-LEvIxsSollVHpj5LM6Jpo3DQuhILmSGmC6d2yT-NDxi7oKrZeXVOK88tq85it1EjG-l1HlCpmmmZuxvoWyVMclJJH3had6-Six72p-uAdJUaGdHqgNL5JTv-bHyLv64g/s1030/ATELIE%20FACES.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="595" data-original-width="1030" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1zy66ebxjg3nfiz5zoL70khCywjI6EITnH2zqL6FSJLT4SqrHrE4nk2p00-LEvIxsSollVHpj5LM6Jpo3DQuhILmSGmC6d2yT-NDxi7oKrZeXVOK88tq85it1EjG-l1HlCpmmmZuxvoWyVMclJJH3had6-Six72p-uAdJUaGdHqgNL5JTv-bHyLv64g/w452-h261/ATELIE%20FACES.jpg" width="452" /></a></p><p class="cvgsua" style="--font-size: 28px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><br /></span></p><div style="text-align: center;"><span class="oypena">Fechamento do ateliê 2023 do Instituto Faces</span></div><p></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Nunca é demais
ressaltar que a formação da “imaginação criativa” só é possível a partir da relação
e intimidade constituída com a materialidade em questão. Na Arteterapia a
criação dessa identificação com a matéria deve ser conduzida pelo arteterapeuta
dentro do tempo e da necessidade do paciente/cliente – seja este um paciente
leigo ou o que já tenha conhecimento técnico da materialidade, mas que necessita
vivenciá-la em um registro espontâneo, intuitivo e emocional:<o:p></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 28px; --line-height: 1.4; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Reiteramos
que a imaginação criativa nasce do interesse, do entusiasmo de um indivíduo
pelas possibilidades maiores de certas matérias ou certas realidades. Provém da
<b>capacidade de se relacionar com elas...</b> À afetividade [com a matéria]
vinculam-se sentimentos e interesses que ultrapassam qualquer tipo de
superespecialização. </span></span><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="cvgsua" style="--font-size: 41.2521px; --line-height: 1.4; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">... O que, portanto, se coloca aqui é que, para ser criativa, <b>a
imaginação necessita identificar-se com a materialidade. Criará afinidade e
empatia com ela, na linguagem específica de cada fazer.</b> (OSTROWER, 39)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Entretanto,
ratificamos nesse texto que a construção da “imaginação criativa” do
paciente/cliente com a materialidade, só poderá ser estimulada pelo
arteterapeuta que vivenciá-la primeiramente em si mesmo. O processo de conhecimento
dos materiais e desenvolvimento da criatividade deve iniciar-se antes no
arteterapeuta para que, somente depois, ele se disponha a proporcionar esse
caminho ao outro, pois: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><b><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O
único caminho aberto para nós, seria conhecer bem uma dada materialidade no
próprio fazer. Com este conhecimento e com a nossa sensibilidade tentaríamos
acompanhar analogicamente o fazer dos outros.<o:p></o:p></span></b></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 3cm; text-align: justify;"><span class="oypena"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(OSTROWER, 35)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="cvgsua" style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="color: black; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Agradeço aqui minhas parceiras de ateliês e cada
participante desses espaços de potência criativa. Em 2024 seguimos nosso
caminhar continuado em ateliês arteterapêuticos. </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><b>Referências Bibliográficas:</b></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">MORAES, Eliana. A importância do ateliê arteterapêutico. Blog Não Palavra.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">____________________________________________________________________________</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Eliana Moraes</span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ6cGfg1p9-pKwsiV-wyqrKmJoqNPzj5pYiRnaPhl3bgujdRgdpAH8UCVZH-Nx_xNbQBKRNVObEyOgwaQSNKtbCtV6VnzKZMpL_2sRb5uR7xw1fYYpR9IZp_EknpTktdHRrPhdk8_fpWXDRFTYdUzTgnE8CVPnUzmknbDvj_fdOeGVXnOG83yC3LTsXhU/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ6cGfg1p9-pKwsiV-wyqrKmJoqNPzj5pYiRnaPhl3bgujdRgdpAH8UCVZH-Nx_xNbQBKRNVObEyOgwaQSNKtbCtV6VnzKZMpL_2sRb5uR7xw1fYYpR9IZp_EknpTktdHRrPhdk8_fpWXDRFTYdUzTgnE8CVPnUzmknbDvj_fdOeGVXnOG83yC3LTsXhU/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></b></div><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Arteterapeuta e Psicóloga</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span style="font-family: inherit;"></span></b></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra</span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-17750420372595432862023-09-11T10:57:00.004-07:002023-09-11T10:57:46.701-07:00LIBERDADE, RESPONSABILIDADE E O PROCESSO CRIATIVO: DIÁLOGOS ENTRE LOGOTERAPIA E ARTETERAPIA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg43X5OVaMieI_TYZSImpOFl8b4bFDbcy5DMUJ8ku4rQ0R_L79n0lIqgJ-0Dwen5-0ZzU4GFu0VmXejfchDbZ6B3Ap8IClsvz4sShvEmPuwJwsb1FWBSzbwrmL2hR6kMRBULxWguhPB8x4t3qxvhxyO-mcRwPqxo92g0eqTfNHRivjlL1RVfA0QK7lpR4E/s1600/mosaico%203.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg43X5OVaMieI_TYZSImpOFl8b4bFDbcy5DMUJ8ku4rQ0R_L79n0lIqgJ-0Dwen5-0ZzU4GFu0VmXejfchDbZ6B3Ap8IClsvz4sShvEmPuwJwsb1FWBSzbwrmL2hR6kMRBULxWguhPB8x4t3qxvhxyO-mcRwPqxo92g0eqTfNHRivjlL1RVfA0QK7lpR4E/s320/mosaico%203.jpg" width="240" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Por Eliana Moraes – MG<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">naopalavra@gmail.com<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Neste texto damos continuidade ao estudo sobre a articulação entre
conceitos básicos da Logoterapia e Arteterapia. Essa pesquisa vem sendo
compartilhada em palestras do Não Palavra (gravadas e disponíveis para
aquisição) e em textos postados no blog que delas fazem um breve resumo.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em texto anterior (CLIQUE AQUI) concluímos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que beber da fonte da arte e a contínua
prática criativa coopera para o desbloqueio da dimensão noética, sendo este o
norte orientador do trabalho logoterapêutico. E que, conforme a proposta da
Logoterapia, a Arteterapia acolhe o sujeito em sua integralidade alcançando
suas dimensões física, psíquica e noética.</span><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Compreendemos que a Dimensão Noética é composta por aspectos como
a Consciência, o Pensamento crítico, <b>Liberdade e Responsabilidade, Escolhas
e Atitudes</b>, Ética e Valores, Espiritualidade e Sentido de vida, Religiosidade,
<b>Criatividade e experiências com a Arte. </b>No presente texto nos
aprofundaremos nos itens destacados.</span><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em seu <i>best seller</i> “Em busca de sentido”, Viktor Frankl já
nos chama a atenção sobre o imperativo da Liberdade, a liberdade interior:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“Onde
fica a liberdade humana?” Não haveria ali um mínimo de liberdade espiritual no
comportamento, na atitude frente às condições ambientais ali encontradas? Será
que a pessoa nada mais é que um resultado de múltiplos determinantes e
condicionamentos, sejam eles de ordem biológica, psicológica ou social? Seria a
pessoa apenas o produto aleatório de sua constituição física, da sua disposição
caracteriológica e da sua situação social?... A experiência da vida no campo de
concentração mostrou-nos que a pessoa pode muito bem agir “fora do esquema”...
e que continua existindo, portanto, um resquício de <b>liberdade do espírito
humano</b>, de atitude livre do eu frente ao meio ambiente, <b>mesmo nessa
situação de coação aparentemente absoluta</b>, tanto exterior como interior...
E mesmo que tenham sido poucos, não deixou de construir prova de que no campo
de concentração <b>se pode privar a pessoa de tudo, menos da liberdade última
de assumir uma atitude alternativa frente às condições dadas</b>. (FRANKL,
2019, 87-88)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrKxNWEqz3_XORNccMS4Eo2Zhbj5Tm--32jjZaLd8lX0b-O390O_h3_qdzGPl2wRc1h_gad1O5ey37cXNJSlcFenz6lqHAxkkjRtFxERsXONYR8v7puaEiurQItFFUnNzHG7HpGbCfzLvLfY5zf0BVNKjQ9-GwowEs_YMqM9jSHGNn-MBJghu_I5EdsP8/s806/METAMORFOSE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="806" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrKxNWEqz3_XORNccMS4Eo2Zhbj5Tm--32jjZaLd8lX0b-O390O_h3_qdzGPl2wRc1h_gad1O5ey37cXNJSlcFenz6lqHAxkkjRtFxERsXONYR8v7puaEiurQItFFUnNzHG7HpGbCfzLvLfY5zf0BVNKjQ9-GwowEs_YMqM9jSHGNn-MBJghu_I5EdsP8/s320/METAMORFOSE.jpg" width="286" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt;">Obra: Susano Correia</span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A retomada de minha leitura do livro “Em busca de sentido” se deu
em 2020, ano de pandemia e não por acaso, ano em que a teoria da Logoterapia resgatou
um destaque nos estudos em Psicologia. O texto de Frankl me serviu tanto de
reflexão pessoal como em reflexões clínicas, demonstrando aos pacientes que ainda
havia alguma liberdade individual para o enfrentamento da pandemia dentro de
sua biografia. Dessa forma, vivenciamos na prática da vida algo que Frankl já
nos apresentava em teoria: a relação entre a Liberdade e a Responsabilidade:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
liberdade, no entanto, não é a última palavra. Não é mais que parte da história
e metade da verdade. <b>Liberdade é apenas o aspecto negativo do fenômeno
integral cujo aspecto positivo é responsabilidade. </b>Na verdade, a liberdade
está em perigo de degenerar, transformando-se em mera arbitrariedade, a menos
que seja vivida em termos de responsabilidade. É por esse motivo que propus a
construção de uma Estátua da Responsabilidade na Costa Oeste dos Estados Unidos,
para complementar a Estátua da Liberdade na Costa Leste. (FRANKL, 2019, 154)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">As expressões “negativo” e “positivo” aqui não são utilizadas como
juízo de valor, mas sim fazendo referência à relação de complementaridade entre
esses dois aspectos. Teorizando sobre esse binômio, Viktor Frankl se posiciona
radicalmente contra a possibilidade de determinismos e condicionamentos,
considerando-os reducionistas do ser humano:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><u><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O
autor se posiciona contra todo tipo de reducionismo – seja ele biológico,
sociológico ou psicológico – que tolhe a responsabilidade e a liberdade
humanas...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Apesar
dos condicionamentos determinísticos da condição humana, os instintos, a
hereditariedade e o meio ambiente <b>constituem-se os meios pelo qual o
indivíduo se afirma, mas ele não perderia sua liberdade de se posicionar ou
seja, de se submeter ou transcender às determinações</b> (FRANKL, 1990a).”
(AQUINO, 2013, 50-51)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Viktor Frankl criticava o que chamou de “pandeterminismo”, a ideia
de que o ser humano poderia ser totalmente condicionado e determinado por suas
condições. Ele compreendia que apenas as dimensões psicofísicas podem ser condicionadas.
Porém, a dimensão espiritual/noética – aquela que nos diferencia como seres
humanos – seria incondicionada, uma vez que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“uma das principais características da
existência humana está na capacidade de se elevar acima dessas condições, de
crescer para além delas.” (FRANKL in AQUINO, 2013, 101). Neste sentido, a
Logoterapia propõe uma reumanização do sujeito atendido, oferecendo-lhe uma
psicoterapia a partir do espiritual, ou seja, da apropriação de sua dimensão noética
e as propriedades que ela contém.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Desta forma, a Logoterapia diferencia o que é ser “livre de” e “livre
para”:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><u><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="text-decoration-line: none;"> </span></o:p></span></u></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
Logoterapia reconhece que o ser humano não é <u>livre de</u> condições, mas<u>
livre</u></span></b><u><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <b>para</b></span></u><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
se posicionar “apesar das condições”. </span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Afinal, a pessoa
também é influenciada por forças ambientais, biológicas e psicológicas, mas, <b>na
dimensão noética possui posturas e ações</b>. <b>Não apenas reage, mas
responde.</b> (AQUINO, 2013, 52)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em síntese, “<b>A Logoterapia procura criar no paciente uma
consciência plena de sua própria responsabilidade</b>.” (FRANKL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>134). E quanto à liberdade:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">...
</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">seria compreendida como uma possibilidade de<b>
escolha na concretude das situações</b>... Nesses termos, <b>considerando os
aspectos da consciência, responsabilidade e liberdade</b>, o eu é construído de
acordo com as decisões realizadas, <b>configurando, dessa forma, o seu
ser-no-mundo</b>. Assim, ele afirma: “<b>eu ajo não apenas em consonância com o
que sou, como também me transformo em consonância com o que ajo</b>” (FRANKL,
1990a, p 99)...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Assim,
liberdade e responsabilidade constituem as duas faces de uma mesma situação.”
(AQUINO, 2013, 52)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Liberdade e Responsabilidade</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
<b>na Arteterapia</b></span><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAuQahQ51N2Mg2_KcNwQYoNkeaGC7sXv3NyPwrcZrKtSnlwdt7vjfO4vJdFuo0RD774SqvVhBV4fraJAzVP7uF3Ct97v2OOyf2TP3MiGo_KOXACOvz0mMpjviihTVpO2caFSwsWKLU7zAcrAzTZwIz1g3K2CF6O78Kc2gYiNdnGazkmr96G9_hoBBxDgw/s1600/e3b453b4-7a93-4022-a9f2-0be0e866d317.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAuQahQ51N2Mg2_KcNwQYoNkeaGC7sXv3NyPwrcZrKtSnlwdt7vjfO4vJdFuo0RD774SqvVhBV4fraJAzVP7uF3Ct97v2OOyf2TP3MiGo_KOXACOvz0mMpjviihTVpO2caFSwsWKLU7zAcrAzTZwIz1g3K2CF6O78Kc2gYiNdnGazkmr96G9_hoBBxDgw/s320/e3b453b4-7a93-4022-a9f2-0be0e866d317.jpg" width="320" /></a></b></div><span style="font-size: 12pt;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></p>Nas práticas psicoterapêuticas tradicionais, o convite subjetivo feito
ao paciente é <b> </b>“Fale sobre a sua
questão”. Já em Arteterapia o convite é “Crie sobre a sua questão”,
consequentemente, “Aja sobre a sua questão.”</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Fayga Ostrower, que teoriza sobre o fenômeno da criação, diz que: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
criação exige do indivíduo criador que atue</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
atividade criativa consiste em transpor certas possibilidades latentes para o
real. As <b>várias ações, frutos recentes de opções</b> anteriores, já vão ao
encontro de novas opções, propostas sugeridas no trabalho, tanto assim que
continuamente se recria no próprio trabalho uma mobilização interior, de
considerável intensidade emocional. (OSTROWER, 71)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Compreendemos assim a Arteterapia como uma modalidade terapêutica
que convoca o paciente à ação, em oposição à dificuldade de realizações,
comportamento queixoso do outro, posturas “preguiçosas” e “não responsáveis”
por si.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No processo criativo o sujeito “trabalha”
e ao trabalhar, uma série de mobilizações corporais, psíquicas, cognitivas e noéticas
acontecem:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">No
trabalho o homem intui. Age, transforma, configura, intuindo... Ao criar...
nesse processo configurador o indivíduo se vê diante de encruzilhadas. A todo
instante, ele terá que se perguntar: sim ou não, falta algo, sigo, paro... <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Nessa
mobilização está inserido um senso de responsabilidade.</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
As opções se propõem quase que em termos de princípios de “certo ou errado” e, <b>no
caso das artes, o quanto custa decidir</b> uma pincelada, a exata tonalidade de
uma cor, o peso de uma palavra, uma nota certa, todo artista bem o sabe dentro
de si.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">(OSTROWER,
70-71)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A autora defende que cada uma dessas escolhas do artista será
orientada por uma bússola interna. Compreendemos que a descrição dessa bússola pode
ser associada às propriedades da Dimensão Noética e seus valores:</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Essa
mesma busca, o indivíduo não sabe quanto poderá durar, nem exatamente aonde ela
o levará. Conquanto exista uma predeterminação interior que o impulsiona e
também o orienta, algo que ao iniciar o trabalho, o indivíduo mais ou menos
pressupõe e imagina...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Propondo,
optando, prosseguindo, <b>ele parece impulsionado por alguma força interior a
induzi-lo e a guiá-lo como se dentro dele existisse uma bússola.</b> Essa lhe
diz: vá adiante, revise, ajunte, tire, acentue, diminua, interrompa!...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
resolução refletirá em tudo seu equilíbrio interno pois a bússola não era senão
ele mesmo.</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> É um momento de entendimento de si. No
processo de trabalho, entre a abertura e o fechamento da obra, o indivíduo se
determinou e veio a reconhecer-se. (OSTROWER, 71-72)</span><u><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="text-decoration-line: none;"> </span></o:p></span></u></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Viktor Frankl, autor da Logoterapia, afirma que: “<b>eu ajo não
apenas em consonância com o que sou, como também me transformo em consonância
com o que ajo”</b> (FRANKL in AQUINO, 2013, 52). Assim, podemos associar suas
palavras com as de Fayga Ostrower, na teoria da criação:<u><o:p></o:p></u></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Formar
importa em transformar. Todo processo de elaboração e desenvolvimento abrange
um processo dinâmico de transformação, em que a matéria orienta a ação
criativa, é transformada pela mesma ação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Transformando-se,
a matéria não é destituída do seu caráter. Pelo contrário, ela é mais
diferenciada, e ao mesmo tempo, é definida como um modo de ser. Transformando-se
e adquirindo forma nova, a matéria adquire unicidade e é reafirmada em sua
essência...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Daí
se nos apresenta outro aspecto que tanto nos fascina no mistério da criação: <b>ao
fazer, isto é, ao seguir certos rumos afim de configurar uma matéria, o próprio
homem com isso se configura</b>. (OSTROWER, 51)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Desta forma, compreendemos que a Arteterapia é um procedimento
terapêutico que faz um convite à transformação da matéria e de si mesmo através
da matéria. Eis aqui uma especificidade da Arteterapia como procedimento
terapêutico, a promoção do agir criativo dentro do <i>setting</i> arteterapêutico:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O
agir amparado pelo continente do <i>setting </i>arteterapêutico através da
criação é uma especificidade da Arteterapia dentre os procedimentos
terapêuticos. Dessa forma, o <i>setting</i> configura-se como um ambiente
suportado pela transferência com o arteterapeuta para que o cliente/paciente
vivencie-se no fazer, articule-se em si e perante si, alcançando níveis de
consciência mais elevados. Que, através da criação, ele se perceba em suas
repetições, resistências, sintomas, e tenha a oportunidade de enfrentá-las. Que
em meio a essa experiência tome decisões sobre esse enfrentamento (ou não) e
que assim se responsabilize por si como autor e protagonista da sua
obra/história, alcançando uma realidade nova em dimensões novas. (MORAES, 2018,
76-77)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Diante do que foi exposto, concluímos que no diálogo entre
Logoterapia e Arteterapia, o convite para o criar e o agir dentro do <i>setting</i>
arteterapêutico coopera para que o sujeito vivencie o binômio
Liberdade/Responsabilidade em si, em cada etapa do processo criativo, na
transformação da matéria e de si mesmo, simultaneamente. Pois como sintetiza
Fayga:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Ao
transformarmos as matérias, agimos, fazemos. <b>São experiências existenciais</b>
– processos de criação – que nos envolvem na globalidade, <b>em nosso ser
sensível, no ser pensante, no ser atuante</b>. (OSTROWER, 69)</span><span style="text-align: left;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Referências Bibliográficas:<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal">AQUINO, Thiago. “Logoterapia e Análise Existencial: uma
introdução ao pensamento de Viktor Frankl”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">FRANKL, VIKTOR. “Em busca de sentido”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">MORAES, Eliana. “Pensando a Arteterapia Volume 1”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">OSTROWER, Fayga. “Criatividade e processos de criação” <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">___________________________________________________________________________</p><p class="MsoNormal"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Eliana Moraes</span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiduaegPIMCJ9-iGCWDxyI8htTY_9RtsdV0mBZwkBT2yJfSPgoqe5zQOfgQq_DdzzJRm2QEaiLlpvthjcRPyWyTC6C6KxXMWiEuqovNDry-6G0Lqnm70X8ZCIU6MPj1R6iQ-eUFbOnDN9_hn42-y20TaUZ18hocS6lcV30JmmP0G0yg1j7Mo85eVkuVeN8/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiduaegPIMCJ9-iGCWDxyI8htTY_9RtsdV0mBZwkBT2yJfSPgoqe5zQOfgQq_DdzzJRm2QEaiLlpvthjcRPyWyTC6C6KxXMWiEuqovNDry-6G0Lqnm70X8ZCIU6MPj1R6iQ-eUFbOnDN9_hn42-y20TaUZ18hocS6lcV30JmmP0G0yg1j7Mo85eVkuVeN8/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></b></div><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Arteterapeuta e Psicóloga</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra</span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-37189938752133745152023-08-28T15:27:00.002-07:002023-08-28T15:27:23.629-07:00EXPERIÊNCIAS COM A DIMENSÃO NOÉTICA: DIÁLOGOS ENTRE LOGOTERAPIA E ARTETERAPIA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk6BXeMLDIW69MKbohu7bEoReb21NSyGhkDwK26pMM2ejksnyVMeZm2IK0oPwO6HR9GaS0hQeGAPmmYXGDAyogCjRfOyTZEajU_4cwockqwVib0u5tNPDv7Vr7EZovJ4RMTp_tLwngNv5P7WxDADJZLy2yqco5PBai2X-tPdyXbhyhzssRaZWQ3yPjF5Q/s1600/2758d4cb-3a99-434d-973b-4c220183a674.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk6BXeMLDIW69MKbohu7bEoReb21NSyGhkDwK26pMM2ejksnyVMeZm2IK0oPwO6HR9GaS0hQeGAPmmYXGDAyogCjRfOyTZEajU_4cwockqwVib0u5tNPDv7Vr7EZovJ4RMTp_tLwngNv5P7WxDADJZLy2yqco5PBai2X-tPdyXbhyhzssRaZWQ3yPjF5Q/s320/2758d4cb-3a99-434d-973b-4c220183a674.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: inherit;"><br /><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></span><p></p><p><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Por
Eliana Moraes</span></span></p><p><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">naopalavra@gmail.com</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O Não Palavra Arteterapia estabeleceu-se como um espaço de
formação continuada do arteterapeuta – aquela que se dá após o curso, permanente,
de forma autônoma, enquanto o profissional estiver em atuação. Nosso objetivo
geral é colaborar para o desenvolvimento da escuta arteterapêutica e um de
nossos objetivos específicos é apresentar ao arteterapeuta a diversidade de
teorias possíveis a serem articuladas com a Arteterapia.</span><b style="text-align: left;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Meu estilo arteterapêutico é constituído a partir do diálogo entre
algumas teorias da psicologia, sendo a última delas inserida, a Logoterapia. Em
2023 concluo o curso de MBA em Logoterapia e desenvolvimento humano e tenho por
desejo produzir conteúdos que articulem conceitos básicos da Logoterapia com as
práticas arteterapêuticas, pois ao longo do curso percebi diversas associações
entre esses dois saberes tão pertinentes à nossa contemporaneidade.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O caminho dessa pesquisa vem sendo compartilhado dentro das
palestras mensais do Não Palavra, o que temos considerado como um grupo de
estudos aberto. Essas palestras estão gravadas, disponíveis para aquisição e no
texto de hoje trago um breve resumo da primeira delas.</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
Logoterapia e conceitos iniciais</span></b><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Esta é uma teoria criada e desenvolvida por Viktor Frankl. Viktor
nasceu em Viena, em 1905, em uma família de origem judaica. Estudou medicina na
Universidade de Viena e especializou-se em neurologia e psiquiatria. Organizou
desde 1920 Centros de Aconselhamento para a juventude. Exerceu a psiquiatria de
1937 a 1942. Neste ano, foi deportado, junto com sua esposa e família para um
campo de concentração, sendo liberado em 1945 pelo exército americano.
Diferente de sua esposa e família, Frankl sobreviveu ao holocausto, e após sua libertação, retornou a Viena.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em 1945 escreveu o <i>best seller “Em busca de sentido”, </i>onde
descreve a vida no campo de concentração sob a perspectiva da psiquiatria e de
conceitos da Logoterapia. Nesta obra expõe que, inclusive nas condições mais
extremas de desumanização e sofrimento, o homem deve encontrar sentido para
viver, baseada em sua dimensão espiritual (noética). Esta reflexão lhe serviu
para confirmar e terminar de desenvolver a Logoterapia: a terapia baseada no
sentido, no significado.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Desde então se dedicou a escrever (aproximadamente 40 livros,
traduzidos em 40 idiomas), a dar conferências ao redor do mundo, fazer
psicoterapia e formar logoterapeutas. Faleceu em 1997.</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O
ponto de partida da reflexão logoterapêutica se dá na diferenciação entre os
animais e o homem:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">...
enquanto cada animal possui seu meio ambiente adequado, o homem tem acesso a um
mundo do sentido. Em resumo, <b>o homem penetra na dimensão espiritual.</b>
(FRANKL in AQUINO, 2013, 43)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">“Dessa
forma, a diferença entre os homens e os animais não seria apenas gradual, pois
emoções como medo, raiva e prazer são compartilhadas entre ambos, como também
alguns processos básicos, como percepções, recordações e aprendizagem. <b>O que
os diferencia seria uma dimensão qualitativamente nova</b>, aquela pela qual a
pessoa humana é capaz de valorizar, posicionar-se e decidir (LUKAS, 1992ª).”
(AQUINO, 2013, 45)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Ao
contrário dos animais, homens e mulheres se preocupam com o sentido de suas
vidas</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">, pois possuem a consciência da finitude da
existência. (AQUINO, 2013, 53)</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Neste princípio, Frankl cunhou a visão antropológica (a visão de homem)
e o conceito chave de sua teoria: a Ontologia Dimensional. A palavra Ontologia
significa o estudo ou o conhecimento do Ser, e dimensional porque ela se dá em dimensões.
Frankl compreende o ser humano em três dimensões conforme representação abaixo.</span></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrjhCrPCynKFTO7ATRbfkExqjfnKlfJR1UBVfjg2wFIIodjC-DBiT_7GjA2VbqcH7J7K4jEx33yvLdBzU_axnuPrrlCd3nygJ6ZJLSfL2B2Lc2jX9zW52AL4IzL1DTxIO-vp2aAEd3zqE-Qlu_ImX7uySHWf1x3ogez2Q_ItL-xb_A5EmjM0yzndIxmFc/s1024/ONTOLODIA%20DIMENSIONAL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrjhCrPCynKFTO7ATRbfkExqjfnKlfJR1UBVfjg2wFIIodjC-DBiT_7GjA2VbqcH7J7K4jEx33yvLdBzU_axnuPrrlCd3nygJ6ZJLSfL2B2Lc2jX9zW52AL4IzL1DTxIO-vp2aAEd3zqE-Qlu_ImX7uySHWf1x3ogez2Q_ItL-xb_A5EmjM0yzndIxmFc/w347-h260/ONTOLODIA%20DIMENSIONAL.jpg" width="347" /></span></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Assim,
a Logoterapia compreende o ser humano numa <b>unidade biopsíconoética:</b></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><b><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O
ser humano não poderia mais ser concebido apenas como um ser autômato, reduzido
a processos psicológicos, sociológicos ou somáticos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Para
tanto, <b>Frankl introduz mais uma dimensão, na qual se localizam os fenômenos
especificamente humanos</b>. Na concepção da Logoterapia, o indivíduo possui um
corpo(soma), uma psiquê, entretanto <b>sua essência se encontra numa dimensão
além: a dimensão noética/espiritual</b>, essa última dimensão <b>compreendida
mais como uma dimensão antropológica do que religiosa</b>. Dessa forma, Frankl
constitui uma maneira de <b>abordar o ser humano e compreendê-lo de forma
integral</b>. (AQUINO, 2013, 43-44)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Apesar
de suas diversas dimensões, a pessoa humana não pode ser fragmentada, posto que
além de ser <i>in-divi-duum</i>, ou seja, não pode ser dividido, é também <i>in-sum-mabile</i>
– além de unidade, o ser humano é uma totalidade. Assim o ser humano é uma
unidade na multiplicidade, <i>unitas multiplex</i>...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
dimensão noética seria o núcleo integrador do ser humano. </span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">(AQUINO,
2013, 45)</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Assim nasce o conceito da Dimensão Noética ou Espiritual, tão
própria da teoria Logoterapêutica, sendo compreendida como uma dimensão mais
humana do que religiosa. Esta está inserida no campo da dimensão noética – para
aqueles que lhe fazem sentido – mas mão representa sua totalidade.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">...
</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">a dimensão espiritual ou noética localiza as
posturas do ser humano<b>... </b>como, por exemplo<b> “as dimensões da vontade,
intencionalidade, <u>interesses práticos e artísticos</u>, pensamento crítico, religiosidade,
senso ético (consciência moral) e compreensão do valor. </b>(LUKAS, 1898,
28-29)” (AQUINO, 2013, 44-45)</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Atitudes
humanas como consciência, senso crítico, liberdade e responsabilidade, ética, valores,
religiosidade, experiências artísticas e criativos compõem a dimensão noética. Nesse
sentido, qual seria o plano terapêutico para a Logoterapia?</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">...
o grande desafio da psicoterapia atual é compreender os problemas filosóficos
trazidos pelos pacientes, abrindo-se para a investigação da dimensão noética e
suas possibilidades para a cura psíquica...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">A
Logoterapia é concebida como a psicoterapia a partir do <i>noético</i>...
assim, <b>o logoterapeuta deve trabalhar no sentido de desbloquear a dimensão
noética. </b>(AQUINO, 2013, 78)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Aqui reside uma questão bastante sensível, mas que diz respeito à ética
terapêutica: a necessidade do terapeuta<b> </b>considerar, respeitar e
trabalhar com o ser humano integral, incluindo sua dimensão noética individual,
ou seja, a visão de mundo, valores, espiritualidade, religiosidade e sentido de
vida DO PACIENTE. É imperativo que o terapeuta desprenda-se de sua cosmovisão
pessoal, de seus conceitos e preconceitos para trabalhar com a cosmovisão de
seu paciente, pois esta faz parte de seu ser integral e entendemos que não é
possível uma psicoterapia profunda sem acolher o sujeito em sua integralidade.
Faz parte do manejo logoterapêutico proporcionar que o paciente se sinta seguro
para se expressar sobre sua dimensão noética sem juízo de valores ou não
legitimação de suas questões existenciais. </span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapia
e espiritualidade<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify;">Em Arteterapia temos um livro que estuda as associações entre
Espiritualidade e Arte: </span><i style="font-size: 12pt; text-align: justify;">“Pensando a Arteterapia – com arte, ciência e
espiritualidade” </i><span style="font-size: 12pt; text-align: justify;">organizado por Sonia Tommasi, que tem me auxiliado na articulação
entre a Logoterapia e a Arteterapia. No capítulo </span><i style="font-size: 12pt; text-align: justify;">“Arteterapia
potencializando o desenvolvimento espiritual”,</i><span style="font-size: 12pt; text-align: justify;"> Wasiack e Paraboni defendem
que:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Espiritualidade
é inerente ao homem</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">, e este sempre estará trabalhando com
ela. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Sendo
assim, é importante definir <b>o que entendemos por espiritualidade</b>, e para
isso nos questionamos: Mas o que vem a ser espiritual? Como, quando, para que e
por que as pessoas despertam para o espiritual? (WASIACK & PARABONI in
TOMMASI, 2012, 80)</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">E
respondem:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Rothem
(1996), um arteterapeuta israelense, afirma que o <b>espiritual é aquilo que dá
sentido à vida</b>. Sendo assim, o que <b><u>a Arteterapia busca</u>, </b>ao
utilizar-se do processo criativo durante o desenvolvimento de atividades
expressivas, <b><u>que o participante consiga dar sentido à sua vida</u></b>.
(WASIACK & PARABONI in TOMMASI, 2012, 78)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Espiritualidade
não tem a ver com religião</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">... É o profundo senso de pertencer e
participar. <b>Sempre participamos do espiritual, quer saibamos ou não</b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Após
definir o espiritual, podemos afirmar que, <b>assim como a espiritualidade, a
criatividade é também um atributo da natureza humana</b>, pois com materiais e
recursos artísticos a pessoa pode construir uma obra na qual projeta
sentimentos, vivências e percepções. E é justamente essa projeção a base da
criatividade artística...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
obra, então, é um verdadeiro registro da alma de seu autor</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">.
(WASIACK & PARABONI in TOMMASI, 2012, 82)</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Assim, considerando que a arte, a criatividade, a espiritualidade e
o sentido de vida compõem a dimensão noética, percebemos que na experiência arteterapêutica sempre trabalharemos a
dimensão noética, de forma nomeada ou não. Mais além:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">De
acordo com Corrêa (2000), <b>para que a espiritualidade seja manifesta </b>no
cotidiano de cada um <b>é preciso o desenvolvimento da criatividade </b>e
também da sabedoria adquirida... por meio da experiência de vida. (WASIACK
& PARABONI in TOMMASI, 2012, 82)</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Conforme mencionado anteriormente, um dos princípios da
Logoterapia se dá em ouvir o paciente como um indivíduo em sua integralidade, acolhendo-o
em suas dimensões constitutivas. Percebemos então que esta é uma proposta bastante
associada ao convite arteterapêutico:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Lukas
(1988, p 44) também inclui o espiritual nas vivências arteterapêuticas. Para
ela, <b>a Arteterapia acessa três dimensões do ser</b>: <b>o nível biológico,
que compartilhamos com o mundo dos animais e vegetais; o nível mental, que
compartilhamos com o mundo animal; e o nível espiritual, exclusivo para a
humanidade...</b><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Além
de adicionar processos nesses três níveis, o arteterapeuta, ao realizar
atividades expressivas, pode encontrar as dores e anseios da alma do
participante e, também, de sua própria alma. Esse fato oportuniza que <b>nesse
encontro (terapeuta x participante) seja possível viver o amor espiritual</b>.
(WASIACK & PARABONI in TOMMASI, 2012, 83-84)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">O potencial arteterapêutico de receber o paciente de forma
integral já foi escrito por mim em um texto anterior desse blog, compilado no
livro Pensando a Arteterapia Volume 2. Embora muito antes de conhecer o
conceito de Ontologia Dimensional, no texto “Primeiras observações sobre a
depressão” defendo que:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Considero
que uma das belezas da Arteterapia dá-se pelo fato de ser um procedimento
terapêutico que por definição acessa o ser humano de forma integral...</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Psíquico:</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
por meio do criar... aquele sujeito terá a oportunidade de se revisitar e se
rever, fazer movimentos de reinvestimento, enfrentamento e tomadas de decisão,
acessando seu desejo. Esse processo coopera para que ele se responsabilize por
si como autor e protagonista da sua obra/biografia. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Cognitivo:</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
... o paciente naturalmente é estimulado a manter-se atento e concentrado,
analisando, planejando, buscando estratégias e soluções criativas para a
materialização daquilo que tem em mente...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Físico:</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
O processo criativo... inclui o corpo como expressão. Estimula o corpo
catatônico ao movimento e à ação. Convoca um corpo enfraquecido ao esforço... [além
de se comunicar através de expressões, gestos, sintomas, memórias corporais,
agir criativo...]<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Espiritual:
</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">... aqui me lembro de Kandinsky que, através
da arte propõe uma “mudança de rumo espiritual”: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“Quem
quer que mergulhe nas profundezas de sua arte, em busca de tesouros invisíveis,
trabalha para erguer essa pirâmide espiritual que chegará ao céu. (KANDINSKY,
1990, p 57)” (MORAES 2019, 103-105)</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Considero que aqui também reside uma questão bastante sensível: a prática de uma Arteterapia que acolha o ser
humano integral em suas dimensões biopsíconoética, <b>acolhendo o que faz
sentido ao paciente</b>, para além do repertório holístico que nos é tão
recorrente. <b>Acredito que o cuidado do arteterapeuta em trabalhar com a
cosmovisão do paciente, seus valores, suas referências, seu vocabulário, </b>diz
respeito à ética arteterapêutica.</span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Por fim, se compreendemos que o logoterapeuta deve trabalhar no
sentido de desbloquear a dimensão noética, encontramos embasamento nas palavras
da arteterapeuta Alexandra Duchastel, para a articulação entre a Logoterapia e
a Arteterapia. Em seu livro “O caminho do imaginário”, a autora descreve em outras
palavras, o potencial da Arteterapia em acessar e potencializar a dimensão noética:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">...
a <b>arte-terapia como uma medicina da alma, uma via natural de cura
psicoespiritual</b> que favorece a autonomia e o gerenciamento das pessoas por
elas mesmas... a alma nos revela suas feridas mais profundas e, ao mesmo tempo,
nos entrega seus segredos de autocura pela linguagem do imaginário. (DUCHASTEL,
2010,10)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Os
diversos meios de expressão artística nos colocam em contato com <b>nossa essência
divina</b>, nossa sabedoria interior ou simplesmente <b>nosso processo natural
de cura</b>. (DUCHASTEL, 2010, 39)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">..
<b>a terapia pelas artes constitue uma verdadeira medicina da alma</b>: elas
permitem exprimir simbolicamente os segredos mais profundos da alma.”
(DUCHASTEL, 2010, 44)</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O caminho de articulação entre a Logoterapia e a Arteterapia continua
em construção. Acredito que a amizade entre essas duas disciplinas tem um imenso
potencial curativo para os indivíduos de nossa contemporaneidade.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Referências
Bibliográficas:</span></b><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">AQUINO,
Thiago. “Logoterapia e Análise Existencial: uma introdução ao pensamento de
Viktor Frankl”<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">DUCHASTEL, Alexandra. "O caminho do imaginário"</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">MORAES,
ELIANA. “Pensando a Arteterapia Volume 2”</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">TOMMASI,
Sonia. “Pensando a Arteterapia – com arte, ciência e espiritualidade”</span></span><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">______________________________________________________________________________</span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Eliana Moraes</span></b></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnmxjvCFmg98uOPAIxoDuvqR9SdFQohmhB-NVMXooCrEW9CYUj2BSxnPOoePj9JfnPubZrfgEVHZ2_FOvsTd3fedtiwd789m7YnOiTinx0RjPGkbIByUMIVtXLTY4F4Aoc1eHT5hr_F3h0SBRlP_s4DnoJFtkaGhhGcg_G-dNd4Ea5LkUC39eVILuNgis/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnmxjvCFmg98uOPAIxoDuvqR9SdFQohmhB-NVMXooCrEW9CYUj2BSxnPOoePj9JfnPubZrfgEVHZ2_FOvsTd3fedtiwd789m7YnOiTinx0RjPGkbIByUMIVtXLTY4F4Aoc1eHT5hr_F3h0SBRlP_s4DnoJFtkaGhhGcg_G-dNd4Ea5LkUC39eVILuNgis/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><br /><b style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><br /></b></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Arteterapeuta e Psicóloga</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; margin: 0px 0px 10.66px;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </div><div style="background-color: #d9ead3; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span lang="EN-US"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra</span></div></span></span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-81158335930421073952023-08-14T07:10:00.004-07:002023-08-14T07:37:18.066-07:00A MATERIALIDADE VINCULADA À CRIATIVIDADE EM FAYGA OSTROWER<p><span style="font-family: inherit;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgob2vJ3PP8CXDm1VuATi8k3D1jKau4eP0XcSbeLNXXIG-CIaJlqykki7nhlYN19BfZiYr02N9vNJc2I7yS-k76N-umHmIz_1Rd6oeoa1FyekMklq3FurXis9nXRs0nSInCoOcIRHgfUZuh5QM7i85V1dP3QeLko-37gVv1ZVLf_9l-UQFY4XtqUaY2Hfo/s1600/31b0e1d3-708e-4b96-82f1-057358441aa7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgob2vJ3PP8CXDm1VuATi8k3D1jKau4eP0XcSbeLNXXIG-CIaJlqykki7nhlYN19BfZiYr02N9vNJc2I7yS-k76N-umHmIz_1Rd6oeoa1FyekMklq3FurXis9nXRs0nSInCoOcIRHgfUZuh5QM7i85V1dP3QeLko-37gVv1ZVLf_9l-UQFY4XtqUaY2Hfo/s320/31b0e1d3-708e-4b96-82f1-057358441aa7.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p style="background: rgb(217, 234, 211);"><span style="font-family: inherit;"><span style="background: rgb(217, 234, 211); color: black;">Por Heloísa Pires de Lucca - Natal (RN)</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: rgb(217, 234, 211); font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Google Sans", Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif"><span style="background: rgb(217, 234, 211); color: black; font-size: 10.5pt;">heloisapsicanalista@gmail.com</span></span><b style="background-color: transparent; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">A
materialidade é um elemento fundamental em Arteterapia. Assim como a
criatividade, é um lugar de partida e de chegada no fazer arteterapêutico. A
Arteterapia não existe sem a materialidade e sem a criatividade, sendo esta
segunda aquela que consiste em dar forma à primeira. Fayga Ostrower nos aponta que
o conhecimento da materialidade a ser trabalhada é necessária para o processo
criativo. Isso quer dizer que, se não conhecermos e não vivenciarmos uma
determinada materialidade, torna-se impossível o processo de criação, porque cada
materialidade tem a sua linguagem. Ostrower exemplifica este pensamento por
meio da música. Se não conhecemos a materialidade da música, não sabemos o que
em realidade significa imaginar musicalmente. Para imaginar formas específicas,
lidamos com todo um sistema de signos, que são próprios de uma matéria
específica.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“[...] O único caminho
aberto para nós, seria conhecer bem uma dada materialidade no próprio fazer.” Assim,
não é possível conhecer uma determinada materialidade apenas lendo. Tem que “pôr
a mão a massa”, como se diz.</span><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Fayga
Ostrower usa o termo materialidade, em vez de matéria, para abranger não
somente alguma substância, e sim tudo o que é formado e transformado pelo
homem. Assim ela amplia o sentido de “material”.</span><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">No
campo das artes, e portanto, da arteterapia, a materialidade diz respeito não
somente as artes plásticas, mas todas as linguagens artísticas, por meio das
quais o indivíduo possa fazer, formar e transformar, ordenar, expressar, e dar
sentido.</span><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Afirma
Ostrower que a imaginação criativa nasce do interesse e do entusiasmo de um
indivíduo pelas possibilidades de certas <i>matérias</i> ou certas realidades e
da sua capacidade de se relacionar com elas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para a autora, o interesse e o entusiasmo por
certa <i>matéria</i> constituem <i style="mso-bidi-font-style: normal;">formas de
relacionamento afetivo.</i> Assim, para poder ser criativa, a imaginação
necessita identificar-se com uma materialidade. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Criará em afinidade e empatia com ela</i>, na linguagem específica de
cada fazer.”</span><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>De acordo com Fayga Ostrower, “todo
processo de elaboração e desenvolvimento abrange um processo dinâmico de
transformação, em que a matéria, que orienta a ação criativa, é transformada
pela mesma ação.” Ao configurar uma matéria, o homem se configura. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Ostrower
compreende que todos os processos de criação representam tentativas de <i>estruturação,
de experimentação e de controle</i>. São processos produtivos onde o homem se
descobre, onde ele próprio se articula à medida que passa a identificar-se com
a matéria. “São transferências simbólicas do homem à materialidade das coisas e
que novamente são transferidas para si.”</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 4cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Formando a
matéria, ordenando-a, configurando-a, dominando-a, também o homem vem a se
ordenar interiormente e a dominar-se. Vem a se conhecer um pouco melhor e a
ampliar sua consciência nesse processo dinâmico em que recria suas
potencialidades essenciais. (OSTROWER, 2014, p.53)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 4cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Ao
transformarmos as matérias, agimos, fazemos. Segundo Ostrower, os processos de
criação são experiências existenciais. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Em
Arteterapia, o cliente é convidado a agir sobre uma materialidade e a criar
livremente. Neste agir, o cliente percebe conteúdos que estavam inconscientes,
se organiza psiquicamente e se reconfigura diante de seus conflitos internos e
em suas relações.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></span></span></u></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt;">OSTROWER, Fayga. Criatividade e
processos de criação. 30.ed. Petrópolis, Vozes, 2014.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">_</span></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">_____________________________________________________________________________ _</span></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px; text-align: start; text-indent: -18pt;"> <b>Sobre a autora: </b></span><span style="font-size: 12pt; text-align: start; text-indent: -18pt;"><b>Heloísa Pires de Lucca</b></span></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt; text-align: start; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheUikSUrS3RK9zXsI-whEbRGqDRV5wkjnbMR4kJSgGcTlKEE3My5SVn1dwv8jjT5bd8InCTeLPAPiSfQeqAfn84hZLamS13jbGJQN2wTZw1Yi0f3IEs4PZOIr1X-bXbE0Qi8CyIg1YE_GAFMvAFh-wlMvnw-jUG3cv-V8ep9sLItp2GjmXCb6w2T1JoAY/s335/Imagem1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="268" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheUikSUrS3RK9zXsI-whEbRGqDRV5wkjnbMR4kJSgGcTlKEE3My5SVn1dwv8jjT5bd8InCTeLPAPiSfQeqAfn84hZLamS13jbGJQN2wTZw1Yi0f3IEs4PZOIr1X-bXbE0Qi8CyIg1YE_GAFMvAFh-wlMvnw-jUG3cv-V8ep9sLItp2GjmXCb6w2T1JoAY/s320/Imagem1.jpg" width="256" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /><b><br /></b></span><p></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; text-align: start; text-indent: -18pt;"><b> </b></span><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; text-align: left; text-indent: -18pt;">Psicanalista e Arteterapeuta</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Realiza atendimento clínico nos campos da Arteteterapia e Psicanálise. Atuou como assistente<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">social em programas habitacionais de interesse social e programas de incentivo à diversidade<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">cultural na Prefeitura de São Paulo. Atuou como professora em cursos de graduação no curso<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">de Serviço Social e pós-gradução em Políticas Públicas.</span></span></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-83390814611843018772023-08-07T07:00:00.005-07:002023-08-07T12:14:14.836-07:00REFLEXÕES SOBRE A ESCUTA ARTETERAPÊUTICA: A ARTE PREPARANDO O TERRENO DA CONSCIÊNCIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIfFvC1h0xkqobZ_rY8wluJOJceGWSfwgslw4ulekZuWKiILM51iiZxXGg_Y7l4CKprv-n3kDe2MnT9i7Lo9tpWEZxwKWqmNx5D2C3AQCXzfDDq8y-UrBJaSLoJwKvov9znKUTO2ExPB75-fgkp6_zzS_v_MOzhiGTQjVJYBtZWkPhr0VuodDT1CweW1I/s1600/873af735-a52a-4ed8-bebe-bb251d3b3020.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIfFvC1h0xkqobZ_rY8wluJOJceGWSfwgslw4ulekZuWKiILM51iiZxXGg_Y7l4CKprv-n3kDe2MnT9i7Lo9tpWEZxwKWqmNx5D2C3AQCXzfDDq8y-UrBJaSLoJwKvov9znKUTO2ExPB75-fgkp6_zzS_v_MOzhiGTQjVJYBtZWkPhr0VuodDT1CweW1I/s320/873af735-a52a-4ed8-bebe-bb251d3b3020.jpg" width="240" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal">Por Eliana Moraes – MG<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Retomando o percurso de minha
escrita caminhante no pensar a Arteterapia, percebo que desde meus primeiros
textos, algo que tanto me chamava a atenção na prática arteterapêutica se dava
nos limites da palavra: quando os pacientes/clientes chegavam ao <i>setting</i>
imbuídos de alguma angústia, mas a palavra como forma de expressá-la, parecia
interditada. Meus primeiros textos abordando essas observações clínicas e os
potenciais arteterapêuticos para a ampliação da linguagem foram compilados no
primeiro volume da série “Pensando a Arteterapia”.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Passados, desde então, dez anos
de atuação e atualmente também acompanhando como professora e supervisora a
prática de outros arteterapeutas, essas observações se atualizam e se ampliam.
Este texto faz parte de um dos objetivos específicos do Não Palavra
Arteterapia: colaborar para o desenvolvimento da escuta do arteterapeuta em sua
formação continuada.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">No
“chão da vida” do <i>setting</i> arteterapêutico, observamos que há momentos em
que o paciente/cliente descreve grande angústia mas, por estar tão inconsciente
de si, não consegue associá-la à alguma causa raiz. Ou então, em casos de
expressões racionais, teóricas, um discurso viciado no campo já conhecido,
sendo este um mecanismo de defesa e evitação da dor de se fazer contato com suas
questões psíquicas mais profundas. Casos como esses são um grande desafio para
a psicoterapia tradicional pois aqui a palavra está associada à resistência. Já
a Arteterapia, com seu convite à ampliação da linguagem para além da verbal, se
mostra como um caminho de desbloqueio expressivo. Nas palavras de Duchastel:<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><b>Certo
conteúdos inconscientes estão profundamente enterrados no fundo da alma
simplesmente porque nós não estamos prontos para recebê-los</b>. Essas imagens
são muito dolorosas ou muito vastas para serem apreendidas por um eu frágil ou
imaturo. A clandestinidade dessas imagens nos protege como nós protegemos
nossos filhos de certas realidades, pois eles não são ainda suficientemente
maduros para apreender plenamente seu sentido. <b>Os símbolos do imaginário
servem de agentes de ligação entre a consciência e o que nos anima
subterraneamente.</b> (DUCHASTEL, 2010, 51-52)<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSIxKvC3YmQopz0kPf_SzuSUp8RgfGNfOo4uVuXULUjfm6ocKid1gvcNLCw39HrOp_KqppChe3yY5GotHbriyEQZ99c2cE_rtuMzrmlR6H3a86kUjBlcZ_dh9jORvuh8T7yo-jLdaWGh-sUUJZ7dN4qgQeex8fkrO3KZNPmBbXnvjg1fAipLpVq5aC_70/s842/MERGULHO%20EM%20SI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="842" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSIxKvC3YmQopz0kPf_SzuSUp8RgfGNfOo4uVuXULUjfm6ocKid1gvcNLCw39HrOp_KqppChe3yY5GotHbriyEQZ99c2cE_rtuMzrmlR6H3a86kUjBlcZ_dh9jORvuh8T7yo-jLdaWGh-sUUJZ7dN4qgQeex8fkrO3KZNPmBbXnvjg1fAipLpVq5aC_70/s320/MERGULHO%20EM%20SI.jpg" width="274" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: center;">Obra: Susano Correia</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em Arteterapia compreendemos que
é possível, através do processo criativo e a formação de imagens, provocarmos
um rebaixamento da consciência resistente e recebermos pela “não palavra” a
anunciação de conteúdos psíquicos tão sensíveis ao paciente/cliente. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><b>O imaginário
sempre precede o consciente.</b> Todo conteúdo inconsciente se expressa antes
sobre a forma metafórica, em nossos sonhos, nossas imagens, nossos desenhos ou
nosso corpo. <b>Por meio do imaginário, a psique anuncia, previne, age</b>.
(DUCHASTEL, 2010, 39)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">Entretanto,
um dos cenários clínicos que mais tem me tocado nos últimos tempos – recebidos
com mim e supervisionandos – está em pacientes/clientes que estão vivenciando uma
dor exacerbada, como por exemplo, em casos depressivos graves, ou a dor do luto
pela perda de um ente querido ou ainda a dor de lembrar-se de traumas como
experiências de abusos. Para essas pessoas, muitas vezes não é possível falar dessas
dores através da palavra. O paciente/cliente não suporta falar sobre sua dor
por uma sensação de “colocar o dedo na ferida”. Considero que para esse cenário
a Arteterapia proporciona, com maestria e beleza, a possibilidade do sujeito
permanecer no processo terapêutico com o recurso da “não palavra” das diversas
linguagens da arte. Através do contato com esta, o paciente vai se fortalecendo
e acessando seu potencial de saúde e seus recursos internos que muito
colaborarão para o enfrentamento de sua profunda dor. Nas palavras poéticas de
Angela Philippini, que são para mim uma bússola como arteterapeuta:<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">A experiência criativa nos
“transpassa” e permite que “trans-bordemos” e atravessamos limites e
interdições, <b>resgatando “notícias de nós mesmos”, nem sempre
claras e acessíveis</b> no meio dos inúmeros ruídos e dispersões da vida
cotidiana... (PHILIPPINI, 137)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">Além
disso, a oportunidade da ampliação da linguagem coopera para que o sujeito
amplie também os conteúdos expressados, advindos do inconsciente, de forma que
amplie também seu olhar sobre outras perspectivas além da dor:<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">Contrariamente às
abordagens psicoterapêuticas tradicionais, onde se relata
principalmente eventos dolorosos ou traumatizantes decorridos no passado, a arte-terapia
implica uma experiência imediata, que é vivida <i>aqui e agora</i>.
Voltando ao instante presente, <b>evita-se uma armadilha frequentemente
vista em terapia: o aprisionamento do cliente em seu mito pessoal</b>. A pessoa
conhece e conta sua história pessoal como se tratasse de um cenário imutável, e
com frequência, estéril. (DUCHASTEL, 2010, p 32)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">Essa
ampliação da linguagem e da percepção do sujeito coopera para a construção de
um “novo vocabulário” e a abertura para uma “nova experiência”:<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3cm; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">A utilização de diferentes meios de
expressão... permite <b>um contato direto com a sabedoria
inconsciente </b>e estimula a emergência de emoções bloqueadas. <b>O
terapeuta ajuda o cliente a observar seus modos de funcionamento e
ultrapassá-los</b>, <b>introduzindo uma nova experiência</b>. Essa
experiência imediata no plano da relação terapêutica, oferece a possibilidade
de ser surpreendido pelo poder das imagens <b>e descobrir novas facetas de sua
personalidade</b>. Assim, aumentamos seu “vocabulário” de reações a diferentes
situações da vida. (DUCHASTEL, 2010, 32)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em síntese, em Arteterapia é
possível acolher pacientes mergulhados em tão profunda dor que não é possível
falar sobre ela através da palavra. É possível sustentar um processo terapêutico
através da experiência com a arte em si. Através dela o inconsciente já é
mobilizado ao processo de “cura” de suas dores. Basta, como arteterapeutas,
termos a humildade de sustentar o <i>setting</i> no “silêncio elaborativo” do
paciente/cliente, preparando o terreno para sua consciência: <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;">Estar à escuta
do imaginário e honrá-lo é criar um espaço seguro e protegido para alimentar
suavemente suas realidades inconscientes, às vezes, ameaçadoras, às vezes
difíceis de aceitar. Desenhar, pintar, modelar, jogar, cantar ou dançar permite
<b>preparar o terreno da consciência</b>. (DUCHASTEL, 2010, 51-52)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Concluímos que o papel de
arteterapeuta é sustentar um<i> têmenos</i> – “espaço sagrado” para que o
paciente/cliente mergulhe em no seu inconsciente através da arte. Mas especialmente, em cenários em que o caminho da palavra está impedido – o que pode
gerar desconforto e vulnerabilidade para o sujeito e para o terapeuta – cabe ao
arteterapeuta sustentar esse campo, terreno de potentes fenômenos do
inconsciente, até que seja possível a expressão pela palavra. Nosso papel é abrir mão do
controle e compreensão racional e sustentar esse campo com nossa própria energia psíquica
porque: <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;">Através dos
meios artísticos, a pessoa exprime o que ela não saberia revelar de outra forma...<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><b>Para se
revelar, a alma precisa desse contato contemplativo com a imagem, o gesto, o
ritual. As palavras, a compreensão lógica, a disposição racional vêm em
seguida, mais claras, mais precisas</b>. (DUCHASTEL, 2010, 32-33)<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><b><span style="font-family: Cantarell, serif; font-size: 12pt;">Referências Bibliográficas:</span></b></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-family: Cantarell, serif; font-size: 12pt;">DUCHASTEL, Alexandra. O caminho
do imaginário.<o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-family: Cantarell, serif; font-size: 12pt;">PHILIPPINI, Angela. “Linguagens
e materiais expressivos”<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-family: Cantarell, serif; font-size: 12pt;">____________________________________________________________________________</span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;">Sobre a autora: Eliana Moraes</b></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhopab29wznZbzmZ9zTPwagRHPgpezFHrbMcKqByZG-NFlRuBK7jxHhgPIoysNwTTsflotmO3JGzfbLdJenaayBJpePCGMo-5EGnfkRMcnKswAGpmBUujZicbQsDwAosC4krXkQ4e6EK-9EZui6mWYpoIHfLrkT_MwXn-yQ2RXCxXOogAAiMlkph0A3_1Y/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhopab29wznZbzmZ9zTPwagRHPgpezFHrbMcKqByZG-NFlRuBK7jxHhgPIoysNwTTsflotmO3JGzfbLdJenaayBJpePCGMo-5EGnfkRMcnKswAGpmBUujZicbQsDwAosC4krXkQ4e6EK-9EZui6mWYpoIHfLrkT_MwXn-yQ2RXCxXOogAAiMlkph0A3_1Y/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><br /><b style="font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><br /></b><p></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-family: inherit; font-size: 16px;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></p><p style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></div><p class="MsoNormal" style="margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-57114604211154098692023-07-31T05:50:00.001-07:002023-07-31T05:50:33.647-07:00REFLEXÕES SOBRE OS PRIMEIROS PASSOS DA PRÁTICA ARTETERAPÊUTICA<p><span style="font-family: inherit;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlOvmSpi0zM6sFTcxQrYsCam3VNHkONRRYiPfUb74gr01nz_2RTKFpjgwZiTUMA_ovW7183BinVdoSDIRAnvqpnWUMrd_yvpXF3xjA8KO-UpT4X0Qefi81GwXFna7h3xASoY67rBT_H4dyR2--a1oSapJR7tqhNsVRjDo4i9h0Q7EITAohqEj58DBSamk/s1600/RJ%201.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlOvmSpi0zM6sFTcxQrYsCam3VNHkONRRYiPfUb74gr01nz_2RTKFpjgwZiTUMA_ovW7183BinVdoSDIRAnvqpnWUMrd_yvpXF3xjA8KO-UpT4X0Qefi81GwXFna7h3xASoY67rBT_H4dyR2--a1oSapJR7tqhNsVRjDo4i9h0Q7EITAohqEj58DBSamk/s320/RJ%201.jpg" width="240" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Por Eliana Moraes – MG<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">naopalavra@gmail.com<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">@naopalavra<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O Não Palavra Arteterapia tem-se consolidado como um espaço de
formação continuada ao arteterapeuta, um território sustentado para que este
profissional se desenvolva nos mais variados aspectos que compõem esse ofício.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Entretanto, desde 2021, tenho atuado pelo Instituto FACES-SP, em
um momento anterior na construção do arteterapeuta. Em parceria com Mariana
Farcetta, temos orientado os alunos da pós graduação em Arteterapia na fase do
estágio supervisionado e em seguida na produção de um artigo científico a partir
dessa prática.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">No texto de hoje compartilho com a rede Não Palavra algumas
reflexões que fui construindo nesse delicioso desafio que é acompanhar
arteterapeutas em formação em seus primeiros passos de atuação. Essa reflexão
pode inspirar outros estudantes em seus primeiros passos, mas também
arteterapeutas recém formados, que também compõe nossa rede, para embasar seu
início de jornada profissional.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O início de uma nova caminhada</span></span></b><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O curso de formação em Arteterapia é basicamente teórico-vivencial.
Em geral, as aulas se dividem em um momento de estudo teórico, mas deste
decorre uma profunda experiência arteterapêutica pessoal. Não é raro ouvirmos o
quão mobilizador foi para o aluno de Arteteapia a vivência desta em sua
biografia. Essa é uma experiência extremamente importante para a construção do
“arteterapeuta de alma”, porém, no momento do estágio faz-se necessária uma
pequena mudança no “registro vivencial”. Este é um tempo de viver na prática a
aplicação do que vivenciamos e aprendemos ao longo do curso. É tempo de um
deslocamento de parte da energia psíquica investida em si, para ser investida
no outro e seu processo de individuação. <b>Uma mudança no olhar, uma mudança
de lugar.</b></span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Para o início do
estágio, é necessária a compreensão de que a Arteterapia é um procedimento
terapêutico riquíssimo em modalidades. O estágio se dá como a <b>primeira
oportunidade </b>de colocar em prática os conteúdos estudados no curso. Percebo
aqui, alguma ansiedade nos alunos no momento de fazer escolhas e delinear a
proposta do seu estágio. Entretanto, é importante manter em mente que o
arteterapeuta poderá se experimentar em outras modalidades após a conclusão do
curso: este é apenas o primeiro passo da jornada. As modalidades
arteterapêuticas disponibilizadas no período do estágio dependem da orientação específica
do curso de formação. Será um atendimento individual ou grupal? Presencial ou <i>online</i>?
Atenderá qual público?</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Quanto à este,
observados uma grande variedade de possibilidades: </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">crianças,
adolescentes, adultos, 3ª idade, mulheres, grupo LGBTQIAPN+, pessoas com
deficiência, mães, cuidadores, pessoas em situação de rua, professores, profissionais
de saúde,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Instituições de Longa
Permanência, ONGs, grupos vulneráveis, grupos religiosos, etc... De fato, essa
é uma decisão importante: qual público mais instiga o aluno para esta primeira
oportunidade de prática? Em geral, minha sugestão é que ele escolha <b>um
público que fuja de sua zona de conforto</b> (por exemplo algo que ele já
conheça por atuação profissional anterior) e seja desafiador, para que se
aproveite a oportunidade do suporte da supervisão e troca do grupo de colegas
de curso na experimentação dessa nova prática. Porém, ponto essencial é que se respeite
os limites do terapeuta em formação. Cabe ao supervisor orientar aos alunos para
<b>observar os potenciais de contratransferência</b> nessas escolhas iniciais,
encaminhando-os para que observem seus limites e não escolham um público que
possa afetá-los em suas questões pessoais. É sempre bom lembrar que para o
período do estágio – e ao longo da vida do terapeuta – há uma condição
essencial para sua sustentação: a manutenção da terapia pessoal.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Escolhido o público alvo, a orientação é que o aluno <b>mergulhe
em uma pesquisa sobre este recorte</b>. As bibliografias já disponíveis em
livros e textos, o resgate das aulas teóricas<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>do curso de formação, são um bom pontapé inicial. Entretanto, (já
encaminhando o estudo para a produção futura de um artigo científico) Mariana e
eu também estimulamos que os alunos busquem embasamentos atualizados em artigos
científicos em bases de dados, com destaque para as revistas científicas em
Arteterapia que já possuímos: “Cores da Vida” da Associação Brasil Central de
Arteterapia e “Revista de Arteterapia da AATESP”. Diante da vastidão de
conteúdos possíveis a serem estudados pelo arteterapeuta, o que muitas vezes
assusta os alunos, tenho utilizado uma expressão criada por uma de minhas
alunas: em Arteterapia nosso estudo é “sob demanda”, ou seja, buscamos
aprofundamentos teóricos a partir do que nossa prática nos pede. E assim seguimos,
um passo de cada vez.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Outra orientação interessante é que o aluno revisite as técnicas
expressivas experimentadas durante o curso e outras vivências, e selecione
aquelas que se encaixam com sua proposta de atuação mas também que se afine com
seu estilo pessoal. Esse é um momento tão belo quanto importante, quando o
arteterapeuta em formação começa a</span><span style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <b><span lang="EN-US">desenvolver seu estilo de práticas, manejos e
repertório próprios. </span></b><span lang="EN-US">É interessante abrir espaço
para a construção de uma nova e singular identidade profissional.</span></span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Dos cursos de formação que tenho conhecimento, percebo que na
maioria dos estágios orienta-se que a prática seja feita na modalidade grupal,
o que considero interessante, pois com a sessão semiestruturada (quando o
terapeuta elege a estrutura inicial da sessão) colabora-se para que haja mais tempo
de preparo das práticas arteterapêuticas; o que se difere do atendimento
individual que nos pede uma sessão aberta (quando o terapeuta ouve a demanda do
seu paciente e naquele momento constrói a intervenção arteterapêutica), que
demanda o desenvolvimento de uma destreza de escuta e manejo no momento da sessão.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Outra proposta que observo ser mais comum aos cursos é a
orientação para que o estágio seja feito em dupla, o que ao meu olhar e escuta
de tantos alunos e arteterapeutas recém formados, possui grandes potenciais, em
luz e sombra.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">A dupla de
arteterapeutas</span></span></b><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Inicialmente, o
atendimento em dupla é interessante para que se amplie as possibilidades de
escuta, observações e percepções além de dividir um fluxo de energia psíquica
do fenômeno grupal.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Porém, essa
configuração também instiga um grande desafio: uma dupla produz uma relação, um
grupo, com suas dinâmicas e fenômenos. Não é raro ouvirmos relatos de duplas de
estágio que não se afinaram, não se integraram, que viveram conflitos e
angústias na sustentação do estágio. E aqui não se trata de identificar “quem
está certo e quem está errado”, mas sim a constatação de que existem pessoas
diferentes, com estilos, bagagens, referências, funcionamentos, diferentes.
Nessa perspectiva, a condição fundamental para a manutenção desse trabalho é
manter um diálogo continuado e persistente (ainda que eventualmente mediado
pela supervisão). Todas essas diferenças podem ser ouvidas e acolhidas como
complementaridade, não oposições. É possível integrar visões diferentes e
experimentar possibilidades nesse período de construção do estilo do terapeuta.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Fechamento</span></span></b><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Nesse texto compartilho a primeira parte de minhas reflexões na
orientação de arteterapeutas em formação em seus primeiros passos na prática.
Acredito que esse seja um momento muito importante na construção de uma nova
identidade profissional, uma nova persona, uma nova maneira de atuar. Todo o
estudo e embasamento teórico é essencial para que essa base seja bem formada.
Por um outro lado, na construção de um bom terapeuta, sempre precisamos lembrar
que nosso ofício se baseia em outro alicerce. Nas palavras de Von Franz:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Embora esse problema diga principalmente respeito ao <b>treinamento
intelectual e ao conhecimento do futuro analista, não devemos nos esquecer do
sentimento, ou seja do coração</b>. Por mais inteligente que um analista
insensível possa ser, nunca vi nenhuma pessoa desse tipo curar ninguém! E o “coração”
não pode ser instilado. A pessoa que não o possui, na minha opinião, é a menos
adequada para essa profissão. (VON FRANZ, 2021, p 325-326)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Em síntese, como
orientadora e supervisora de arteterapeutas<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>conscientes, responsáveis e éticos,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>sempre esclareço a importância de um comprometimento com o estudo,
durante a formação e ao longo de toda atuação profissional. Porém, sempre
ecoando as palavras tão conhecidas quanto potentes de nosso mestre Jung: “Conheça todas as teorias,
domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra <b>alma
humana</b>.” Ou seja, o saber teórico nos embasa para uma prática do sentir e
do intuir, que visa o encontro de almas e a formação de um vínculo curativo. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;"><b>Referência Bibliográfica:</b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;">VON FRANZ, Marie-Louise. Psicoterapia. 2021</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;">______________________________________________________________________________</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;">Sobre a autora: Eliana Moraes</b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAwUZRNXWi0xmA67nBWpl0PI9jw1c32LGy1E7UvBazDCDgRnzDq0E2OtW1xwp5IgkvcH6-9QIiB8uAJgNobwhomaqmGMQl_QdSko_7V77PO3HjytfrpB0sVOblApvi-qKuMOViLuFXZWuZgXNoEI4A2SnW8D-cKuqD2kblVUaq0Kt0FaSlqhh7J5z72lc/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAwUZRNXWi0xmA67nBWpl0PI9jw1c32LGy1E7UvBazDCDgRnzDq0E2OtW1xwp5IgkvcH6-9QIiB8uAJgNobwhomaqmGMQl_QdSko_7V77PO3HjytfrpB0sVOblApvi-qKuMOViLuFXZWuZgXNoEI4A2SnW8D-cKuqD2kblVUaq0Kt0FaSlqhh7J5z72lc/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><br /><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><br /></b><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 16px; text-align: left;">Arteterapeuta e Psicóloga</span></p><p style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-54631900786739012422023-07-17T06:13:00.002-07:002023-07-17T06:13:18.430-07:00ARTETERAPIA E LUTO DE PET: UM RELATO DA ELABORAÇÃO SIMBÓLICA DA DOR PELA MORTE DE PET – PARTE 2<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsUXzcV6N1ss7Ei8owwDqr25YtCKgDvDm3OdHA-SPxD3GuIEE1B4MhJZGW-D1dkcvqr7EoAlAlUy77VqFbbgfwMmmNde3OC8aiYrbim_i3NqZTDAuIk4hjltlPGCK0raHOccPFfml7kW1eC2WvzT4pKTN11PxEZOD3RSrJJnj27u0BeQotXufVHcp7eXk/s638/Imagem5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="638" data-original-width="431" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsUXzcV6N1ss7Ei8owwDqr25YtCKgDvDm3OdHA-SPxD3GuIEE1B4MhJZGW-D1dkcvqr7EoAlAlUy77VqFbbgfwMmmNde3OC8aiYrbim_i3NqZTDAuIk4hjltlPGCK0raHOccPFfml7kW1eC2WvzT4pKTN11PxEZOD3RSrJJnj27u0BeQotXufVHcp7eXk/s320/Imagem5.png" width="216" /></a></div><br /><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><p></p><p><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Por Paula Ribas Carlino - SP</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">@paularibascomunica</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;">www.nametadedolivro.blogspot.com</span> </span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;">A Dra<span style="color: black;">. Nise da
Silveira e os p</span>ets<span style="color: black;"> coterapeutas</span></span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">“Quando
se escreve sobre gatos, é vulgar começar pela referência de sua capacidade de
exterminar roedores. Entretanto, na sua faixa de possibilidades para </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;">estudos<span style="color: black;"> mais profundos é de uma complexidade desafiadora”.</span></span></i><span style="font-size: 12.0pt;"> <span style="color: black;">Assim começa o livro da
Dra. Nise da Silveira, sobre os gatos e cachorros coterapeutas. Ao ler o livro
“Emoção de lidar”, me dei conta do que significava o trabalho dos animais na
construção e na reconstrução da saúde mental. </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Desta forma, dou continuidade na reflexão sobre
a importância dos pets na vida e no cotidiano, bem como, os vínculos e as
relações que estabelecemos. Lidar com a dor do luto requer cuidados e, por
necessidade, escolhi ritualizar e criar a partir dessa experiência dura de
atravessar. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Pelos conhecimentos em Arteterapia e pela
luz que a Dra. Nise da Silveira nos revelou por meio dos seus trabalhos em prol
da saúde mental, em tempos tão nefastos, no Brasil, hoje compreendo que a
Tulasi foi uma cote</span><span style="font-size: 12.0pt;">ra<span style="color: black;">peuta. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Era bem mais que um <i>pet</i>, era um ser
trabalhando na minha construção e na minha firmeza como terapeuta, pois ela me acompanhou
em toda a transição e mudança que eu precisei passar para deixar nascer a
Arteterapeuta e Terapeuta em mim. Da jornalista </span><span style="font-size: 12.0pt;">para<span style="color: black;"> a Arteterapeuta. Pois, eu já tinha
qualidades humanas que apontavam esse lugar, desenvolvidos como jornalista e
professora. Mas, também venho de uma família de pessoas que cuidam e cuidaram,
apesar </span>dos desafios que implica. <span style="color: black;">F</span>ui
educada<span style="color: black;"> </span>num ambiente com<span style="color: black;"> predisposição </span>para o <span style="color: black;">cuidar.
Essa linhagem vem da minha avó Alzira, passa pela minha mãe, Maria José, e pelo
meu pai, Carlos Alberto, na qual aqui e agora honro suas vidas, trajetórias,
biografias e o fazer amoroso nesse planeta Terra.</span></span></span><b style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Ritualização para
minimizar a dor e o sofrimento </span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Conscientemente fui lidando com a dor e
ritualizando cada momento significativo. Vale falar que todos os processos aqui
mencionados aconteceram de modo natural, sem <i>script</i>, apenas sentindo o
coração e deixando a minha intuição guiar, bem como, durante o meu autocuidado
no meu tempo de terapia pessoal. Fui me cuidando e me acolhendo em cada
momento da fase mais dura que foram os primeiros 30 dias. </span><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Apresento aqui os rituais que me ajudaram:
cantar, rezar no mar, fazer uma mandala, montar um jardim, </span><span style="font-size: 12.0pt;">fazer uma <span style="color: black;">tatuagem e a
materializei por meio de um desenho. Todos esses recursos foram mais
compreendidos por mim durante a minha formação como Arteterapeuta. Parte dessa
cura pessoal aconteceu no meu autocuidado, na qual uso irrestritamente o que
aprendi em Arteterapia, bem como, ao ser cuidada por outros terapeutas. Os
banhos de ervas, uso de chás, os florais, o </span><i>reiki</i><span style="color: black;">, entre outros suportes energéticos também foram
utilizados.</span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Certamente passar por esse momento tão
difícil sendo Arteterapeuta fez muita diferença. Ter recursos internos minimizou
os impactos e o sofrimento. Pude me apoiar com mais estrutura no meu
autocuidado. Cantar, dançar, rezar, desenhar, fazer mandalas, marcar na minha
pele essa </span><span style="font-size: 12.0pt;">história<span style="color: black;"> tão significativa, aliviou meu sofrimento e trouxe à consciência nossa
relação tão auspiciosa. </span></span></span><b style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Cantar
o nome “Tulasi”, de corpo presente </span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">O
som musical tem acesso direto à alma. E aí encontra, porque o homem tem ‘a
música em si mesmo’, um eco imediato.” Kandinsky</span></i><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">O nome </span><span style="font-size: 12.0pt;">“<span style="color: black;">Tulasi</span>”<span style="color: black;"> é o significado de
uma deusa Hindu, cuja força é o Amor a Krishna. Ela está representada na </span>forma
de um manjericão sagrado, na qual Krishna só se alimenta da comida que tinha
uma folha de Tulasi. <span style="color: black;">Quando minha parceira sugeriu
esse nome achei auspicioso várias vezes ao dia pronunciar e chamar o nome do
Amor. </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Quem canta seus males espanta” diz o ditado
popular, isso funciona. </span><span style="font-size: 12.0pt;">Cantar me
ajudou muito, foi a primeira expressão para homenageá-la e aliviar a dor
cortante. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Assim que fui avisada da morte dela, pela
clínica que ela estava internada, o primeiro desafio foi vê-la sem vida. Fui
até a clínica tremendo inteira com medo de enfrentar esse momento: vê-la sem
vida</span><span style="font-size: 12.0pt;">!<span style="color: black;"> Ver seu
corpo inerte. Eu sempre o via com tanta vida e brincalhão. Ela estava numa sala
reservada, respirei e entrei. </span> <span style="color: black;">Nesse
momento, fiquei na frente dela, olhei no seu olho e na hora senti que ela não
estava mais no corpinho. Comecei a conversar com ela e agradecê-la por tudo e
por tanto. Tudo o que vivemos juntas e que eu a amava
profundamente. </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Foi então que cantei seu nome por meio de
Krishna, o amor da Deusa Tulasi, e também cantei e recitei a oração de São
Francisco de Assis, para recebê-la com amor, alívio e paz. Pedi à Luz que a
conduzisse em caminhos prósperos e sábios. Peguei suas patinhas, acariciei todo
seu corp</span><span style="font-size: 12.0pt;">inho<span style="color: black;">,
me lembrei como era bom brincar e beijá-la. Dei o </span>último<span style="color: black;"> beijo, fiz um carinho bom e me despedi.</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="color: black;">Em seguida, fui
para o mar, simbolicamente devolvê-la para a Grande Mãe, que me confiou para
cuidar e amar Tulasi. </span></span></span><b style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Entregar
simbolicamente a Tulasi para a Mãe Divina, nossa casa primordial, no Mar </span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">“Tem
mais presença em mim o que me falta”</span></i><span style="color: black; font-size: 12.0pt;"> - Manoel de Barros </span><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1zHwJalgXKZ5xVKo7hOWPXfA7QY632DI3JWaplF2o0fGPd7lxyorRKK34puLqfW71SNyMMe1TcdtNUm6osd_ImFLyZJNPoLCcRVB2-FCbhiKgsTCmlm8ZEPPEoXePV_AOesTk4sp-WdWMn2npCqZUGWtf1n90-csf816R6CdywEKig3ji9SsLUPCf3b4/s282/Imagem6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="282" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1zHwJalgXKZ5xVKo7hOWPXfA7QY632DI3JWaplF2o0fGPd7lxyorRKK34puLqfW71SNyMMe1TcdtNUm6osd_ImFLyZJNPoLCcRVB2-FCbhiKgsTCmlm8ZEPPEoXePV_AOesTk4sp-WdWMn2npCqZUGWtf1n90-csf816R6CdywEKig3ji9SsLUPCf3b4/s1600/Imagem6.jpg" width="282" /></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="font-size: 12px;"><div style="text-align: center;">Devolvendo Tulasi para a Mãe Divina e todo o amor que me foi confiado. Foto: arquivo pessoal</div></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Comprei sete rosas de cor rosa e brancas,
pois simbolizavam os sete anos que a Tulasi ficou comigo. Entrei no mar,
vestida de branco e rezei para todas as mães agradecendo por terem me confiado
esse cuidado e esse amor. </span><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Apertei as rosas no meu peito, estavam
especialmente perfumadas e belas, agradeci no mais profundo em mim e fui
beijando </span><span style="font-size: 12.0pt;">até que entreguei <span style="color: black;">a Tulasi para o mar. </span>Em seguida, <span style="color: black;">em voz alta, entreguei a Tulasi para a Mãe Divina agradeci
muito por ter vivido esse amor especial</span>, dizendo: “Obrigada Tulasi, meu
amor”.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="color: black;">A primeira noite sem
a Tulasi</span></span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhI6xLWsR0TI-NW3dE6daoTz-fwDwwgUMDAxDI8USEXKeq4XSCfHY_09XNrDFveI_ePDfHKumVfV09KtLqdHVQ6McGjvBSiSj2_vHXuhN8ERsC4nt0YYgVMLJm6A1Mto79Iw1CJCOXo2Cv6jVOKsUv9_aTpW6GNVVb3QwmfEQjxUWfb0OeOU56mS4ic0Q/s353/Imagem7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="217" data-original-width="353" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhI6xLWsR0TI-NW3dE6daoTz-fwDwwgUMDAxDI8USEXKeq4XSCfHY_09XNrDFveI_ePDfHKumVfV09KtLqdHVQ6McGjvBSiSj2_vHXuhN8ERsC4nt0YYgVMLJm6A1Mto79Iw1CJCOXo2Cv6jVOKsUv9_aTpW6GNVVb3QwmfEQjxUWfb0OeOU56mS4ic0Q/s320/Imagem7.jpg" width="320" /></a></b></span></div><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black;"><br /></span></b></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">A dor da primeira noite sem ela dormindo
comigo foi muito difícil de atravessar, bem como, encarar o primeiro amanhecer
sem ela. Quase sempre era ela que me despertava todas as manhãs. Eu a colocava
no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">puff </i>e a deixava tomar sol, todos
os dias. Naquela manhã vazia, pela primeira vez sem ela fiz o mesmo movimento
de colocar o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">puff </i>vazio no sol. </span><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Foi quando o sol me inspirou como nunca e,
então, fiz uma mandala especialmente para ela, assim, nasceu a mandala “Meu
Sol” (foto ao lado: arquivo </span><span style="font-size: 12.0pt;">pessoal<span style="color: black;">). <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Desenhei o sol para uma noite muito escura
que vivi e para que ela </span><span style="font-size: 12.0pt;">sempre tivesse o
sol, o calor e o aconchego onde quer que esteja. </span></span><b style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Ressignificar
o local do acidente</span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">O local onde aconteceu</span><span style="font-size: 12.0pt;"> a passagem dela <span style="color: black;">virou um
jardim. Fiz uma mandala com os diversos vasos de flores</span>, <span style="color: black;">muitas plantas e ervas </span>aromáticas<span style="color: black;">. Espalhei flores, </span>óleo<span style="color: black;"> </span>essencial<span style="color: black;">, </span>acendo<span style="color: black;"> incenso e fiz
(faço) orações no local. Foi feito um floral para ela, que também espalhei
e ofereci </span>à ela.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Tatuagem
em homenagem à Tulasi </span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">A tatuagem é uma expressão
tão antiga quanto os humanos. Na história os corpos com imagens permanentes
foram encontrados há 2.000 anos A.C. No Egito Antigo vestígio nas tumbas, nos
Alpes vestígios de corpos intactos encontrados nas geleiras, Polinésia, Japão,
Índia, África, Nova Zelândia, entre outros países e culturas fazem da tatuagem
uma expressão. Cicatrizes no corpo sugerem rituais religiosos, tratamento
medicinal ou registros importantes para preservar devido ao deslocamento dos
povos ancestrais. </span><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #222222; font-size: 12pt;">A
ideia de fazer uma tatuagem veio de um sentimento de querer estar com ela
sempre perto de mim. Sempre achei bonito, mas não tinha encontrado um bom
motivo para encarar o desafio da primeira tatuagem. E foi muito natural esse
movimento em fazer um registro permanente da nossa história de amor, na minha
pele. Eu tinha consciência que é uma arte permanente, por isso escolhi um traço
delicado e a mensagem em si. A imagem é a Tulasi tocando o meu coração, com as
palavras: “Tulasi, Amor” </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIQbX8yxcBLg8vUcAMDsg086YfL3x5cRKzHkf-vhu4C8V8nOjdTofgweAxOKAFEBYCIFdW5sgJ92esY_y1mRWSmAqMCYTif_3BFdZT9h5jdVE-ibqihuOh1ubd1nTH0stejym0KxcmR7FbXVS2aU87cBnIKQNrVzuy_CUnKuFytNDHsLyqerkPM5Pz-1w/s364/Imagem8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="205" data-original-width="364" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIQbX8yxcBLg8vUcAMDsg086YfL3x5cRKzHkf-vhu4C8V8nOjdTofgweAxOKAFEBYCIFdW5sgJ92esY_y1mRWSmAqMCYTif_3BFdZT9h5jdVE-ibqihuOh1ubd1nTH0stejym0KxcmR7FbXVS2aU87cBnIKQNrVzuy_CUnKuFytNDHsLyqerkPM5Pz-1w/s320/Imagem8.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;"><br /></span></p>(Importante: </span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"><span style="background-color: #d9ead3;">vale
ressaltar que, com este relato, não </span></span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;">há estímulo</span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;">
para fazer tatuagens ou marcar o </span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;">próprio</span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;"> corpo</span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;">.</span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;"> Esse processo foi individual e fez muito sentido para a
elaboração de um luto pessoal. Aqui </span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;">não</span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;">
existe um aconselhamento </span><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 12pt;">para que se faça o mesmo processo).</span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><b style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Tulasi
em Arte: desenho da Tulasi </span></b><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqnZPM899hlJQRF8OS2_eI3qNqtawGYqO0N1SUUFTj74EvfIzGOtaUB1DKkzxb8fxW0QS2Z1wirePgV1L7ZllwrBiwJAOiZQWXWamFgJ2lzsGOkaHhxXkm8CZzT2NViMvAjV6Ujen5ISZR5yPmkhBCVCAkT9DEIOoXACPsDmodsX_BmgZgNSpcLUMxK68/s638/Imagem5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="638" data-original-width="431" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqnZPM899hlJQRF8OS2_eI3qNqtawGYqO0N1SUUFTj74EvfIzGOtaUB1DKkzxb8fxW0QS2Z1wirePgV1L7ZllwrBiwJAOiZQWXWamFgJ2lzsGOkaHhxXkm8CZzT2NViMvAjV6Ujen5ISZR5yPmkhBCVCAkT9DEIOoXACPsDmodsX_BmgZgNSpcLUMxK68/s320/Imagem5.png" width="216" /></a></b></span></div><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Esse desenho aconteceu
dentro do meu processo terapêutico, no final dos 30 dias lidando com a falta da
Tulasi. Fiquei muito feliz em conseguir olhar para dentro de mim,
senti-la, apesar da dor e do sofrimento ainda muito latente.</span><span style="font-size: 12.0pt;"> T<span style="color: black;">ransform</span>ei<span style="color: black;"> a dor em arte e beleza. </span>Estar com ela <span style="color: black;">novamente foi muito especial, e o texto que veio na hora
foi: </span> <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">Reviver você, Tulasi. Hoje faz 30 dias da sua passagem, consegui te </span>trazer
<span style="color: black;">pela criatividade e pelo meu coração, que é onde você
mora em mim. Foi tão gostoso te sentir novamente, filinha minha. Te criar, te
materializar é te deixar pertinho novamente. Mostrar sua beleza e seu Amor. Não
te esqueço Tulasi. Por aqui lido com a falta que você me faz. Te Amo todos os
dias, Tulasi. Não te esqueço. Que você sempre receba luz, conforto, paz, amor e
que possa sempre brincar, pular, comer, dormir como você sempre gostava de
fazer. Você sempre foi carinhosa e companheira. Te amo, filha amada</span>”. <o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;">Conclusão</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3HgLne4ba45MxT_EAdL_Hb4bvCcnJ5_nj0BZCxVBrCA45rHpdt9SW8GUvjnFIMqFNfb41rGeXs6p-UtQC_1_aYAbZRHb6MibdaLmVll1tZc-fn7piFaD3SJaOYR12HT8KIPnDa0Qnueipjh3u59VrhwMLRnaEbPBqH-_bJFjM8rpgt48YidXLAacZIVk/s382/Imagem9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="382" data-original-width="292" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3HgLne4ba45MxT_EAdL_Hb4bvCcnJ5_nj0BZCxVBrCA45rHpdt9SW8GUvjnFIMqFNfb41rGeXs6p-UtQC_1_aYAbZRHb6MibdaLmVll1tZc-fn7piFaD3SJaOYR12HT8KIPnDa0Qnueipjh3u59VrhwMLRnaEbPBqH-_bJFjM8rpgt48YidXLAacZIVk/s320/Imagem9.jpg" width="245" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /><b><br /></b>
Compartilhar<span style="font-size: 12.0pt;"> <span style="color: black;">essa
experiência é bem gratificante, bem como, poder dividir o quanto a Arteterapia
e muitos Arteterapeutas me ajudaram a atravessar essa dor e esse sofrimento.
Validar o luto <i>pet</i> como </span>a <span style="color: black;">passagem dos
ciclos da vida, me faz ter certeza que não estávamos vivendo em vão</span>. <span style="color: black;">Há um mundo de emoções e curas que podem e devem acontecer
na história de cada pessoa. Cabe a quem vive dar esse passo, fazer o seu
trabalho e trazer o relato, pois há caminhos para que a dor e o “luto não
reconhecido” encontre o seu lugar, o seu amparo e a sua cura.</span><o:p></o:p></span></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: inherit;">Como <span style="color: black;">Arteterapeuta,
fica claro que os vínculos e o amor não têm jeito certo ou jeito errado de
serem vive</span>nciados.<span style="color: black;"> O que existe é o respeito </span>às
experiências que vivemos, para assim, nos<span style="color: black;"> humanizar
cada vez mais nas nossas relações afetivas, de modo</span> saudável<span style="color: black;">. O amor dos nossos <i>pets </i>é tão puro que há muito o
que aprender com eles. Um amor tão especial que vale a pe</span>na estar com
eles durante a vida e na sua passagem também. Com gratidão, dignidade e amor
digo: “Eu Te Amo para sempre, Tulasi, filhinha amada.<span style="color: black;">
Para sempre!</span>”<span style="color: black;"> <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Bibliografia <o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Livro<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Ed. Saraiva. 1996.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">CASELLATO,
Gabriela. Os lutos de uma pandemia. In: ______. (org.). Luto por perdas não
legitimadas na atualidade. São Paulo. Ed. Record, 2015, pág. 10. </span><span style="color: #bdc1c6; font-size: 11.5pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>MILLIE, Jacobs. Livro eBook. Portugal. Ed:
ASA, 2022, pág. 9 <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">PHILIPPINI,
Ângela. Para Entender ArteTerapia: Cartografias da Coragem. 4. ed. - Rio de.
Janeiro: Wak, 2008, pa. 17<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">SILVEIRA, Nise. Gato, emoção de lidar. Rio de Janeiro. Leo
Christiano Editorial. 1998, pag. 30</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">___________________________________________________________________________</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Sobre a autora:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"> Paula Ribas Carlino</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE9mCZiTbHkDoPHeqcYPpv10hoA3Gohjhvad0eawxMKB0uLBreDKa6wq1SF_jReWC_8ce9aQ9n2nYdn-Kp67f7X9mI8yGzlSN9V6Ete__tTmBQti6wOOfafU1nJ237WXUjSYvZmxEptMAvbaSH5NbhwsZvOydJPlt-87W-ifGJnVV4Sv7f2e4vVa8xmZ4/s341/Imagem10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="341" data-original-width="341" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE9mCZiTbHkDoPHeqcYPpv10hoA3Gohjhvad0eawxMKB0uLBreDKa6wq1SF_jReWC_8ce9aQ9n2nYdn-Kp67f7X9mI8yGzlSN9V6Ete__tTmBQti6wOOfafU1nJ237WXUjSYvZmxEptMAvbaSH5NbhwsZvOydJPlt-87W-ifGJnVV4Sv7f2e4vVa8xmZ4/s320/Imagem10.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><br /></span><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><o:p> </o:p><b style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Formação</span></b><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 17.12px; text-align: justify;">: Arteterapeuta e Jornalista</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Área de Atuação</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">: Arteterapeuta especializada em comunicação e expressão, seja na produção de texto, conteúdo em rede social, vídeo, criação de site ou livro autoral/biográfico/autobiográfico. Atua também em trabalho direcionado para mulheres, especializada no estudo do livro: “Mulheres que correm com lobos”, da autora Clarissa Pinkola Estes, entre outros estudos do feminino. Tem a literatura, os livros, as histórias, os contos de fadas e a mitologia como aliados no processo de autoconhecimento e expansão de consciência.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--></span><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><br /></span></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-89487691364936884132023-07-10T07:40:00.003-07:002023-07-10T07:41:13.465-07:00ARTETERAPIA E LUTO DE PET: UM RELATO DA ELABORAÇÃO SIMBÓLICA DA DOR PELA MORTE DE PET – PARTE 1<p><span style="font-family: inherit;"> <span style="font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC2pXMAvu5B_jXPAxELNZwlUIYlc8PZYm01TEe3W1S-fpcjz0bOpNkdLfJwZSh19Ul2_Z7e3sCW_6_j1ZxlHMxva7Nykv2cyNjTVeybddfUX-h2SiUAcwv9tpM37KUH55ZD8AMIBf0LJJxAhT4g8sxQCSfhHW-7MY2UGJXZDg-5dlKxyuOIz7aflTsjXw/s810/Imagem1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="456" data-original-width="810" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC2pXMAvu5B_jXPAxELNZwlUIYlc8PZYm01TEe3W1S-fpcjz0bOpNkdLfJwZSh19Ul2_Z7e3sCW_6_j1ZxlHMxva7Nykv2cyNjTVeybddfUX-h2SiUAcwv9tpM37KUH55ZD8AMIBf0LJJxAhT4g8sxQCSfhHW-7MY2UGJXZDg-5dlKxyuOIz7aflTsjXw/s320/Imagem1.png" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Por Paula Ribas
Carlino - SP</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">@paularibascomunica</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;">www.nametadedolivro.blogspot.com</span> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: right;"><i><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">“A
natureza é um continuum e, <o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt;">muito
provavelmente, a nossa psique também o é”</span></i><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Carl Jung - vol.
18</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><i><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt;">“Gato
simplesmente angorá do mato</span></i><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt;">azul
olhos nariz cinza</span></i><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt;">gato
marrom</span></i><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt;">orelha
castanho macho</span></i><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: 12pt;">agora
rapidez</span></i><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><i><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Emoção
de Lidar”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt;">Luiz
Carlos</span></b><span style="font-size: 12pt;"> - </span>cliente da Dra. Nise da Silveira, cuja última frase
de seu poema frase dá nome ao livro “Emoção de
Lidar”, escrito pela Dra. Nise, na qual
aborda sobre os
animais de estimação como coterapeutas e a relação dos animais
domésticos com os seres humanos. <span style="font-size: 12pt;"> </span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt;">Introdução</span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">A dor da perda de quem se
ama nem sempre pode ser expressa por palavras, especialmente quando a perda é
um bichinho de estimação (<i>pet</i>), na qual a relação não era efetivamente
pela palavra, e sim, por múltiplos modos de comunicação, troca, cuidado,
carinho e afeto. </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Aqui refiro-me aos <i>pets</i>
qualquer que seja o animal de convívio doméstico e diário, pode ser um
cachorro, um gato, uma ave, um porquinho da índia, uma iguana, um coelho, um <i>hamster</i>,
enfim, qualquer animalzinho da qual haja cuidados e amor. </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Este artigo pretende
compartilhar a elaboração sobre a dor a partir da experiência de vínculos de
afetos significativos com <i>pet</i>, da qual extrapola relações consanguíneas
como o único modelo para sentir dor e passar por um processo de luto. A
experiência do luto vai além do que se é possível compreender, pois não há um </span><span style="font-size: 12pt;">modelo único de como passar
pela experiência da morte, seja física ou simbólica. Esse artigo, dividido em
duas partes, pretende compartilhar a elaboração e a ritualização física e
simbólica dos primeiros 30 dias do processo de luto de <i>pet</i>, por meio da
Arteterapia. </span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt;">O Tabu do Luto <i>Pet</i> </span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Se a morte e o luto ainda
são considerados temas tabus, difíceis de lidar de modo coletivo e individual,
o luto de <i>pet</i> é ainda mais estigmatizado na atual sociedade brasileira.
Há pouca compreensão sobre a dor da morte de um bichinho de estimação, pois
algumas pessoas passam por essa experiência de modo mais leve e outras pessoas
vivem essa experiência de modo agudo e às vezes de modo crônico. </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Quase sempre há comparação
da dor da morte de um <i>pet</i> com a dor da morte de uma pessoa. São
experiências distintas e não comparáveis, do ponto de vista das emoções, pois
essa relação e, consequentemente, essa dor da perda, está ligado ao vínculo de
afeto e cuidados estabelecidos entre tutores e <i>pets</i>. A dor não está
associada às ligações consanguíneas, e sim de afeto, presença, cuidados e
troca. Haja vista que o processo de luto é algo pessoal, subjetivo, com
reverberações e impactos distintos, em tempos diferenciados para cada
pessoa. Assim, como o </span><span style="font-size: 12pt;">amor, cada qual
sente e expressa à sua maneira. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">No entanto, processos de
luto estão além da morte meramente física, reverberam de modo único e, até
mesmo, inesperado, em cada pessoa. Vide a experiência na clínica psiquiátrica
da Dra. Nise da Silveira, na cidade do Rio de Janeiro, na qual ela utilizava cães
e gatos, como coterapeutas, para auxiliar os internados </span><span style="font-size: 12pt;">na reconstrução em experienciar relações de amor e de
amizade. Esse vínculo deu novo sentido de vida para muitos internos,
especialmente, expresso pela arte. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Na área da psicologia é
possível mapear os lutos materiais e os simbólicos, como processo de
desligamento ou finitude de uma relação (de qualquer ordem). A psicóloga Dra.
Gabriela Casellato, especialista em processos de luto e autora de livros no
tema, aborda sobre os “lutos não reconhecidos"</span><span style="font-size: 12pt;"> e define como: “lutos vividos de maneira silenciosa, nem sempre compreendidos". Na introdução do livro ela já faz o recorte sobre o lugar
que essa dor tem: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 72.0pt; margin-right: -6.25pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -6.25pt 8pt 72pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Este livro é um convite a refletir sobre a
nossa impermanência, as mudanças da vida e os lutos necessários aos
ajustamentos das transições normativas ou não, concretas ou simbólicas,
experimentadas ao longo de nossa existência. Em especial, aborda como as perdas
silenciosas e não validadas são enfrentadas por tantas pessoas
diariamente. (CASELLATO, 2015) </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Há muitas dores e vivências
de modo solitário e, frequentemente não validado e a dor do luto de <i>pet </i>ainda
está neste lugar. É um desafio </span><span style="font-size: 12pt;">lidar
com a ausência e viver essa dor de modo silencioso.
Como encarar a não compreensão e a legitimação do luto <i>pet</i> com a
delicadeza e a subjetividade com a qual se apresenta para cada pessoa?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 72.0pt; margin-right: -6.25pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -6.25pt 8pt 72pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">A dor de perder um animal não é um tipo
diferente de dor - dor é dor! Por isso, quer perca uma pessoa, uma casa,
uma segurança financeira, um emprego, uma relação ou o seu querido animal, está
a lidar com as mesmas emoções e tem de processar a perda para poder seguir em
frente de forma saudável. </span><span style="font-size: 12pt;"> (MILLIE,
2022)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">O trecho acima é do livro “O luto por um
animal de estimação”, que aborda diretamente este tema. É sabido que na vida não
é possível viver sem dor, sem a perda. Pois renunciar a isso significa também
renunciar ao amor. Não amar, escolher não se vincular a um <i>pet </i>parece mais vazio que viver a
dor do luto da morte dele. Viver sem amar, definitivamente, não vale a
pena. Mas, vale o diálogo e a produção de trocar ideias para minimizar os
sofrimentos desta experiência desafiadora. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">A Dra. Gabriela Casellato
toca num ponto que intitula como “lutos não reconhecidos” e nos provoca ao
afirmar sobre a “crise empática", ela diz:</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 72.0pt; margin-right: -6.25pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -6.25pt 8pt 72pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">O problema social não é nem nunca será a
morte e o luto, pois estes não apenas organizam e dão contorno à existência
como também favorecem o sentido da vida. O desafio é a crise empática que nos
aprisiona num universo de identidades verticais num mundo que se transforma
constante e rapidamente. Não apenas somos. Estamos. E, diante do inexorável
processo de ajustamento à vida, transformamos e somos transformados. </span><span style="font-size: 12pt;">(CASELLATO, 2015) <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">O desafio da crise empática
é reconhecer essa dor, essa perda por um animal de estimação como legítima, sem
comparações e sem justificativas de validação. Junto com isso existe o trabalho
pessoal de transformar essa dor. O que está por trás da dor do luto de <i>pet</i>?
Quais sentimentos, carências, fissuras podem ser encontradas? O que essa dor
faz emergir, o que permite vir à tona? Subjacentes aos
enfrentamentos se faz necessário cuidar do que essa dor foi capaz de fazer
emergir, que até então não estava revelado para a pessoa. Essas questões
oportunizam processos de autoconhecimento muito profundos. </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Nos dias de hoje, existem
alguns manejos e abordagens que apoiam a dor do luto de <i>pet </i>sem
julgamentos, comparações ou até mesmo preconceitos. E, certamente, a
Arteterapia tem sido uma aliada nesse cuidado psíquico e emocional, posto que
uma das práticas usadas em ateliê terapêutico é o manejo dos 4 elementos da
natureza, (</span><span style="font-size: 12pt;">entre outras abordagens) que ajuda a olhar a natureza como algo inerente à vida
humana. Essa sensibilização quanto a natureza se estende à relação com os
animais de estimação e a natureza como um todo. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">A Arteterapia tem condições
de dar o suporte necessário para essa questão tão humana, posto que os animais
de estimação estão em muitos lares, contribuindo com o conforto emocional de
muitos adultos, crianças e idosos. A Arteterapia colabora atuando de modo
profundo, leve e criativo dando espaço às expressões e as emoções que precisam
fluir e reacomodar-se de modo mais saudável</span><span style="font-size: 12pt;">
para integrá-las.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt;">Ritualizar para a elaborar a dor da perda, a dor do luto</span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">A Arteterapia no acolhimento
tende a facilitar a abertura de um espaço de expressão e visualização da dor e
do sofrimento. A </span><span style="font-size: 12pt;">Arteterapia oportuniza materializar, ver fora, o que incomoda
dentro. Isso ajuda na compreensão e elaboração de qualquer desconforto, bem
como, na dor. E, no luto, não seria diferente, pelos materiais manipulados de
modo intuitivo, por quem executa, o sentido aparece por meio dos símbolos,
formas e cores. A produção com arte
oferece um modo de atuar diretamente naquilo que não pode ser tocado, mas pela
arte esse processo é possível: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 108.0pt; margin-right: -6.25pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -6.25pt 8pt 108pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Em Arteterapia, os “sinais” são
registrados através da produção simbólica, pela cor, formas, movimento,
ocupação no suporte e padrões expressivos gerais. Ao apreender gradualmente o
significado destas configurações, é possível permitir, que pouco a pouco,
conflitos sejam elaborados e conteúdos até então desconhecidos possam acessar a
consciência. </span><span style="font-size: 12pt;"> (PHILIPPINI, 2008)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: -6.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Nessa caminhada existe uma
jornada a ser feita </span><span style="font-size: 12pt;">que consiste em
reaprender a ter uma rotina sem o <i>pet</i>,
conviver com ausência e, assim, acomodar a dor e construir (ou encontrar) um
novo sentido à própria vida. Ritualizar
para continuar e, novamente, encontrar o fio da meada que dá sentido à
vida sem esse importante vínculo de amor:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 12pt 72pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">“A maior sombra humana é pensar sobre a morte, isso
desde sempre. Por muito tempo, achavam que o único bicho que sabia que iria
morrer era o humano. E por um bom tempo se pensou que era o único que
ritualizava a morte. Considerado um marco fundador para diferenciar os bichos
dos humanos pensantes. E hoje se sabe
que os animais também ritualizam seus mortos, por exemplo, os elefantes, ou
seja, eles entendem o que aconteceu e sentem o pesar e se despedem do jeito
deles.” Jaime Vaz Brasil, poeta e
psiquiatra *<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Ritualizar é celebrar a vida daquele ser que esteve
conosco. É considerar e honrar a sua existência, é amor em forma de gratidão. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt;">Minha
Experiência com a Tulasi, a gatinha coterapeuta</span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Neste momento início o compartilhamento
com vocês sobre os caminhos que encontrei para lidar com a morte da Tulasi, a
gatinha que ficou comigo por 7 anos (de 201</span><span style="font-size: 12pt;">6 a 2023). Eu já tive
outros <i>pets</i>, desde a infância, mas uma gatinha
foi a primeira vez e da maneira como aconteceu meu encontro com a Tulasi
foi muito especial. Nenhum outro me marcou tanto como ela marcou minha vida.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">A Tulasi </span><span style="font-size: 12pt;">chegou dentro de um relacionamento afetivo,
que durou 14 anos. Ela foi fruto de uma história pessoal, da qual encontrei
espaço para realizar um desejo da minha adolescência. Quando eu tinha uns 14, 15 anos achei um filhote de gatinho
na rua, muito pequenininho, sozinho, pelinho preto com cinza. Fiquei muito
apaixonada por ele e o levei para casa. Meus pais trabalhavam fora o dia todo, então
fiquei sozinha com o gatinho o dia inteiro. Brinquei com ele, dei leite, foi
uma diversão o dia todo. Quando minha mãe viu não me deixou ficar com ele.
Devolvi onde tinha encontrado, mas fiquei com esse desejo de viver com o
gatinho. Isso ficou marcado em mim. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Depois de 25 anos esse momento voltou e eu
pude realizar em viver essa relação e esse amor. Uma amiga conhecia uma pessoa
cuja gatinha estava prenha. Pedi se eu poderia ficar com um filhote. E, assim,
a Tulasi entrou na minha vida. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Acompanhei a gestação da Afrodite, </span><span style="font-size: 12pt;">mãe da Tulasi, fazia
visitas, levava mantimento e ficava já por perto. Assim, fui
construindo sua chegada e montei o enxoval.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJrE5TUyPDqRpDaCuAaxchRWRo5oRWHovCf92U3zeD6wGYwBNkM_3FrZQOyqd5fsybAeqGe9YOJN0TeOOXHkb7dl-jfstIGModCgFZceVrLwD1AZYEUzKgH_htyxX3dl9e9R05qSLozB84X3qW5fNYDb_wuUHSVX6lGqChLuUeJ-QEd2kXw0JAYvkqCMM/s293/Imagem2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="293" data-original-width="260" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJrE5TUyPDqRpDaCuAaxchRWRo5oRWHovCf92U3zeD6wGYwBNkM_3FrZQOyqd5fsybAeqGe9YOJN0TeOOXHkb7dl-jfstIGModCgFZceVrLwD1AZYEUzKgH_htyxX3dl9e9R05qSLozB84X3qW5fNYDb_wuUHSVX6lGqChLuUeJ-QEd2kXw0JAYvkqCMM/s1600/Imagem2.jpg" width="260" /></a></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"><br /></span></p>A Tulasi me escolheu</span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">, pois ao olhar para os
filhotes que eu queria, já estavam comprometidos com outros tutores.</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Meu critério de escolha era pela aparência, eu tinha uma idealização de como seria a minha
gatinha. Essa foi a primeira lição que a Tulasi me
proporcionou. Eu queria amar e cuidar e a Tulasi também queria. Foi
quando a tutora da Afrodite me mostrou um filhotinho
e era a Tulasi. Sempre que eu a visitá-la
estava dormindo. Eu a pegava e já falava com ela, pois cabia na palma da minha
mão, eu dizia que a amava. E assim foram por 3 meses. Quando ela desmamou eu a levei
para casa. E,
assim, começou a minha grande oportunidade de amar e
me deixar ser amada. Aqui começa a realização do meu desejo da adolescência,
finalmente, tinha chegado o Amor Incondicional
na minha vida, em forma de Tulasi com todos os significados. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmPqPGh5Va6QuNLoyqhFCMzm3x9VJ6v01Y1fqoXEliSlCEseASuQJGGSLa_OMZDQC88cTFeFhcP_ydlfWBEn0XcfhxvuuMjKKtdPBIPVRtIKil4B48_2iYEVEDWNmCqwiV9kojoobQ9IhwRYa02LgXxKR-SytnzdUJ-H__eLuzVAw2Ya7ql6JvpjPflPU/s397/Imagem3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="222" data-original-width="397" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmPqPGh5Va6QuNLoyqhFCMzm3x9VJ6v01Y1fqoXEliSlCEseASuQJGGSLa_OMZDQC88cTFeFhcP_ydlfWBEn0XcfhxvuuMjKKtdPBIPVRtIKil4B48_2iYEVEDWNmCqwiV9kojoobQ9IhwRYa02LgXxKR-SytnzdUJ-H__eLuzVAw2Ya7ql6JvpjPflPU/s320/Imagem3.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMAkRYxLGWT_m6TurFkQzpbeGdSfZIO4heOmYq5cbxrqQP8XVko5MYRa-YQHlie39_HyAQ7if3LDoFeFYBXICApRXT2BB9lQ8KFWqTXxIgNc1GN_isQM-Y5DoAKSTVtgHQ-WGx5lGT0tG3SbHJoe_zDR52EHfpPZsFhDrO825RFHHAB9t8CPyqLzh3stA/s339/Imagem4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="227" data-original-width="339" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMAkRYxLGWT_m6TurFkQzpbeGdSfZIO4heOmYq5cbxrqQP8XVko5MYRa-YQHlie39_HyAQ7if3LDoFeFYBXICApRXT2BB9lQ8KFWqTXxIgNc1GN_isQM-Y5DoAKSTVtgHQ-WGx5lGT0tG3SbHJoe_zDR52EHfpPZsFhDrO825RFHHAB9t8CPyqLzh3stA/s320/Imagem4.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: left;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: left;"><br /></span></p> </span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: left;">A primeira noite da Tulasi em casa.</span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: left;">
</span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: left;">Foto: arquivo pessoal</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></b></p>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">No próximo texto
continuo a reflexão sobre o luto </span><i style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">pet</i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> a partir da contribuição da Dra.
Nise da Silveira, na qual retrata os animais como coterapeutas. E compartilho a
minha jornada em processos terapêuticos, por meio da Arteterapia, para
ritualizar e lidar com </span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: justify;">a dor do luto.</span></div><span style="font-family: inherit;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">* PodCast<o:p></o:p></span></b></p>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%; text-align: justify;">Podcast Manual do Luto: </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%; text-align: justify;">4º episódio - Podcast Manual do Luto.
Entrevistado: psiquiatra e poeta Jaime Vaz Brasil. Entrevistador: Fabrício
Carpinejar, escritor e poeta.</span> </span></span><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Bibliografia <o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Ed. Saraiva. 1996.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">CASELLATO,
Gabriela. Os lutos de uma pandemia. In: ______. (org.). Luto por perdas não
legitimadas na atualidade. São Paulo. Ed. Record, 2015, pág. 10. </span><span style="color: #bdc1c6; font-size: 11.5pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>MILLIE, Jacobs. Livro eBook. Portugal. Ed:
ASA, 2022, pág. 9 <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">PHILIPPINI,
Ângela. Para Entender ArteTerapia: Cartografias da Coragem. 4. ed. - Rio de.
Janeiro: Wak, 2008, pa. 17<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">SILVEIRA, Nise. Gato, emoção de lidar. Rio de Janeiro. Leo
Christiano Editorial. 1998, pag. 30<span style="color: black;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--></span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">____________________________________________________________________<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sobre a autora:</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Paula Ribas Carlino</span><span style="mso-no-proof: yes;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-no-proof: yes;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigM_HTrYCibz280PqEsx1YFnUGvDSiuY6td46-hRBspu9CO0TS01GZztBffJQS-JNrAmwyb2FWN44uPHm1v1UH4zlR3PgENiQF3Qf2iPOiC7gRmmUhbufbnSzJ92Uu53b5Yu0zNRWXvocnM9MGrgJXwg5uDUiEAkHThAAUzKKen4-l2Q3B5jGpeO3Zb38/s341/Imagem10.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="341" data-original-width="341" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigM_HTrYCibz280PqEsx1YFnUGvDSiuY6td46-hRBspu9CO0TS01GZztBffJQS-JNrAmwyb2FWN44uPHm1v1UH4zlR3PgENiQF3Qf2iPOiC7gRmmUhbufbnSzJ92Uu53b5Yu0zNRWXvocnM9MGrgJXwg5uDUiEAkHThAAUzKKen4-l2Q3B5jGpeO3Zb38/s320/Imagem10.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><b style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Formação</span></b><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; text-align: justify;">: Arteterapeuta e Jornalista</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Área de Atuação</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">: Arteterapeuta especializada em
comunicação e expressão, seja na produção de texto, conteúdo em rede social,
vídeo, criação de site ou livro autoral/biográfico/autobiográfico. Atua também
em trabalho direcionado para mulheres, especializada no estudo do livro:
“Mulheres que correm com lobos”, da autora Clarissa Pinkola Estes, entre outros
estudos do feminino. Tem a literatura, os livros, as histórias, os contos de
fadas e a mitologia como aliados no processo de autoconhecimento e expansão de
consciência. <o:p></o:p></span></span></p><br /></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-19908063205275535482023-07-03T09:04:00.003-07:002023-07-03T10:09:57.030-07:00O PROCESSO CRIATIVO DO ORIGAMI EM ARTETERAPIA E A COLETA DE DADOS <p><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiFKQ-zhv9gtIEBryXODOkmg6QW_5yiXqcXmRQlrBAzF1_wQY2343t-Zy8TNUkULf3g7ntyYrUQfI9NmDXdEqdQNF-UJ4AJPuVKOIBMl0Aa3u3sT5IE3BRTntx_MYw-NgeGS41o4FPtr5PDKIG40BqyAi9o2oP6pM2_C82JrkRB9Koiv1QBziEoSLZBqw/s1600/93c7b38b-2e1b-4234-9fa0-1df0bbd8c853.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1499" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiFKQ-zhv9gtIEBryXODOkmg6QW_5yiXqcXmRQlrBAzF1_wQY2343t-Zy8TNUkULf3g7ntyYrUQfI9NmDXdEqdQNF-UJ4AJPuVKOIBMl0Aa3u3sT5IE3BRTntx_MYw-NgeGS41o4FPtr5PDKIG40BqyAi9o2oP6pM2_C82JrkRB9Koiv1QBziEoSLZBqw/s320/93c7b38b-2e1b-4234-9fa0-1df0bbd8c853.jpg" width="300" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px;"><span style="font-family: inherit;">Por Isabel Pires - RJ</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-size: 16px; line-height: 12pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">bel.antigin@gmail.com </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em meus textos anteriores mais
recentes aqui no blog, venho falando sobre o uso do origami nas práticas da
Arteterapia. Entre as várias características desta técnica, expus a questão da
praticidade e acessibilidade do papel, o trabalho com a atenção plena, a
coordenação motora, a disciplina, os limites, entre vários outros aspectos.
Como fundamento da utilização da arte de dobrar, abordei a amplificação
simbólica e a metáfora. E mencionei a importância do processo criativo no <i>setting</i>
arteterapêutico e a coleta de dados, temas do meu texto de hoje.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em qualquer processo terapêutico, a
observação atenta do cliente/paciente por parte do terapeuta é fundamental.
Desde o primeiro encontro, tudo o que se nota sobre o cliente/paciente, desde a
sua vestimenta até a forma como nos cumprimenta, por exemplo, serão dados
relevantes que nos contarão sobre ele e farão parte da coleta de dados. Em
Arteterapia, essa observação se ampliará e irá contar com o processo de criação
da imagem. No processo de criar, o cliente/paciente espelha a sua psique naquilo
que produz. Além disso, sua expressão corporal, à qual também devemos atentar, demonstra
igualmente sua forma de atuar na vida. Aqui, cabe reforçar o quanto o papel do
arteterapeuta neste momento é fundamental, pois a observação acurada do
cliente/paciente contará sobretudo com a experiência, a sensibilidade e a
capacidade do profissional de Arteterapia. Neste sentido, o arteterapeuta não
apenas <b>conduz</b> o processo criativo, mas sobretudo o <b>acompanha</b>,
buscando compreender, a todo instante, a forma como seu cliente/paciente se
expressa. Assim, segundo Pires (2020): “Por intermédio da sua escuta sensível e
de seu olhar atento, o arteterapeuta capacitado convida o indivíduo a explorar
suas criações artísticas para a conscientização de conteúdos até então
desconhecidos, que podem, assim, ser elaborados, integrados e trabalhados com
autonomia pelo próprio paciente”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Para exemplificar, cito o caso de um
atendimento individual, no qual convidei uma paciente a criar uma gaveta de
origami. Escolhi um modelo com puxador (ver imagem abaixo). Há tempos eu sentia
que essa paciente guardava algo de mim, até que, finalmente, a metáfora da
gaveta apareceu em sua fala e pude propor a criação da dobradura da gaveta com
puxador. Então, não foi de grande surpresa para mim, quando, mesmo com o modelo
proposto, ela simplesmente resolveu não fazer o puxador (dobrou-o para dentro).
E isso abriu espaço para que eu pudesse pontuar para ela o quanto eu a sentia
resistente na terapia. Pouco tempo depois, ela acabou contando algo relevante
de sua história de vida, que estava “guardado” no fundo de sua gaveta psíquica.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Iw2Q3o1Z0qcaLuGdcbXj5XD7nwuLLKGbVXZ2R7-YVXgN9Ij0YYrWy7suVrgi-EDcVHaUFC03dVoUHObRQiPqqG-bJm-JVxrA5s6v-z8jr7rOdX1asAv8yEHqL02wHITrpndYFasG73NlWdz2FqPchEjPeh6VdQ1rIo7U_V4AHuspPDSB7F43G8XTgY0/s729/Gavetas%20de%20origami%20Bruna.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="363" data-original-width="729" height="159" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Iw2Q3o1Z0qcaLuGdcbXj5XD7nwuLLKGbVXZ2R7-YVXgN9Ij0YYrWy7suVrgi-EDcVHaUFC03dVoUHObRQiPqqG-bJm-JVxrA5s6v-z8jr7rOdX1asAv8yEHqL02wHITrpndYFasG73NlWdz2FqPchEjPeh6VdQ1rIo7U_V4AHuspPDSB7F43G8XTgY0/s320/Gavetas%20de%20origami%20Bruna.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /><o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Segundo Moraes (data), o <b>agir
criativo</b> representa uma forma de o paciente vivenciar-se no fazer. E é
nesse vivenciar que ele poderá se reinventar, descobrir-se de novas formas,
desenvolver sua capacidade criativa e sua autoestima. Na maneira como se
expressa na imagem, podemos percebê-lo nas linhas, formas, cores, ritmo e
linguagem corporal. Cabe ao arteterapeuta saber observar a imagem produzida de variadas
maneiras, em diversos ângulos, sob diferentes níveis, para compreensão do
momento do cliente/paciente. A intuição do arteterapeuta, sua experiência
clínica, a avaliação objetiva e subjetiva das formas presentes na imagem e o
próprio sentido que o cliente/paciente dá às suas produções artísticas nos
fornecerão dados indispensáveis sobre o funcionamento do mundo interior do
indivíduo e de suas dinâmicas inconscientes. Esse momento de <b>coleta de dados</b>
através da imagem e, também, do processo criativo de produção dessa imagem
representa uma especificidade da Arteterapia, que dá ao arteterapeuta uma
ferramenta a mais na compreensão da psique de seu cliente/paciente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No uso do origami, durante o
processo criativo, podemos observar muitas características dos nossos
clientes/pacientes. Por exemplo, no caso da paciente citada acima (a das
gavetas sem puxador), enquanto fazia a dobradura, notei que parecia irritada e
impaciente. Mesmo assim, ela fez tudo até o fim sem reclamar, uma
característica própria sua. Quando acabou de fazer o origami, pude sinalizar
para ela essa minha observação, o que lhe permitiu falar sobre sua irritação, o
que normalmente não consegue fazer no seu dia a dia. Eu havia escolhido o
origami exatamente por saber que uma pessoa ansiosa como ela provavelmente se
irritaria com as etapas lentas do processo de produção da dobradura.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Resumindo o que foi dito até aqui: a
<b>coleta de dados</b> é feita durante o <b>processo criativo</b>, o qual se
constitui em ferramenta útil e fundamental para o arteterapeuta, para ampliar o
entendimento da dinâmica psíquica do cliente/paciente. Assim, muitas vezes mais
importante até do que a imagem criada, o processo de criação revela a forma
como o cliente/paciente interage com o ambiente e projeta conteúdos
inconscientes na sua expressão artística. E todo esse processo será acompanhado
pelo arteterapeuta, o que demonstra o papel fundamental desse profissional no <i>setting
</i>arteterapêutico. Daí decorre a necessidade de capacitação do arteterapeuta,
para que possa entender as mensagens implícitas na conduta e na criação
artística do indivíduo que busca a sua ajuda.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Com a clara compreensão do valor do
processo criativo e da coleta de dados, podemos agora refletir sobre esses
temas no uso do origami em Arteterapia. Conforme exemplifiquei acima, pode-se
observar, na maneira como o indivíduo reage à arte da dobradura de papel, se
ele é ansioso ou não, como reage aos limites (linhas/dobraduras) e ao desafio
de algo aparentemente complexo e desconhecido (na verdade, a dobradura de papel
não é totalmente desconhecida, pois faz parte da infância, com modelos mais
simples como o barquinho de papel e o chapéu de soldado). É possível notar, ao
longo do processo, como está sua capacidade de controle dos movimentos e de
concentração, seu nível de paciência/impaciência com as etapas da dobradura e
sua reação face aos passos mais difíceis ou complexos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com que firmeza marca os vincos? (qual a sua
firmeza na vida, como deixa a sua marca naquilo que faz?) É caprichoso ou
desleixado? Desiste na primeira dificuldade ou insiste e vai até o fim? Como
reage à sua conquista? Consegue entrar em contato com a sua criança interior e
sua ludicidade? É algo que lhe ativa prazer ou desprazer? Como está a sua noção
de equilíbrio e organização espacial?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um último exemplo que darei hoje
sobre a coleta de dados com o origami refere-se a um caso pessoal. Na primeira
vez que fiz a dobradura da casa 3D, a parede à minha direita ficou meio torta,
caída. Imediatamente, isso me remeteu à minha escoliose, que me faz pender para
a direita. E me lembrei do quanto a metáfora da casa em Psicologia nos remete
ao corpo, além contribuir para <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>análise
da personalidade do sujeito, que também podemos aplicar na casa montada pelo
nosso cliente/paciente em origami.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Conforme explico em textos
anteriores, o uso do origami no <i>setting </i>arteterapêutico tem feito parte
da minha prática clínica de forma experimental. Percebo na técnica da dobradura
de papel muitas possibilidades e propriedades favoráveis à coleta de dados no
processo criativo. Tenho escolhido dobraduras mais simples num primeiro contato
do cliente/paciente, que podem passar a outras um pouco mais complexas, ao
longo do processo. Quando isso é possível, vejo que há uma evolução no uso da
técnica, da mesma forma que a prática do bordado ou do crochê vai facilitando
seu uso. Na amplificação simbólica, conforme explica Philippini (2013, p. 21), para
“aumentar a possibilidade de compreensão do significado de um símbolo”, pode-se
trabalhar com uma multiplicidade de modalidades expressivas ou no
aprofundamento de uma só modalidade. Se optarmos por este último caso, o uso
aprofundado do origami permitirá, por exemplo, maior facilidade de lidar com as
etapas e as dobras e facilitará um maior desenvolvimento da coordenação motora,
da concentração e da atenção plena. Isso é particularmente verdadeiro em grupos
arteterapêuticos que possam focar no origami. E, neste caso, o uso do <b>origami
modular</b> (técnica que utiliza várias dobraduras, em cores iguais ou
diferentes, que se encaixam umas nas outras, formando uma outra figura) me
parece particularmente interessante. Estou começando, na clínica individual,
experiências com o origami modular e, mais à frente, pretendo falar desse
processo em novo texto, que compartilharei aqui com vocês.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">PIRES,
I. Particularidades da Arteterapia. <b>Não-palavrablogspot</b>, 2020.
Disponível em: </span><a href="https://nao-palavra.blogspot.com/search?q=particularidades+da+arteterapia"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">https://nao-palavra.blogspot.com/search?q=particularidades+da+arteterapia</span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">.
Acesso em: 26/06/23.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">MORAES,
E. A arte como instrumento em grupos terapêuticos. <b>Não-palavrablogspot</b>,
2016. Disponível em: </span><a href="https://nao-palavra.blogspot.com/search?q=agir+criativo"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">https://nao-palavra.blogspot.com/search?q=agir+criativo</span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">.
Acesso em: 26/06/23.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">PHILIPPINI,
A. <b>Para entender a Arteterapia</b>: Cartografias da Coragem. 5ª edição. Rio
de Janeiro: Wak Editora, 2013.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;">_____________________________________________________________________________</span></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"><b>Sobre a autora: Isabel Pires</b></span></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"></span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI9neDel8wzJndtmwYlawHnPD3KI1jhCiA5FqZeKJf8p8bDyY6OYh6RVYM7ieuWQylSMXvsz_XGYLsALunfwEMyYXRyIWs8Krj2IZ0b_lLm3VDd8qh_Gz_9_y9BFFW2ahzzjf3K_jzoBrt3IONok5gVkZAkPET2joMKUjhzpRHNOlWMY8Cd0bTQoD394I/s1600/ISABEL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1472" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI9neDel8wzJndtmwYlawHnPD3KI1jhCiA5FqZeKJf8p8bDyY6OYh6RVYM7ieuWQylSMXvsz_XGYLsALunfwEMyYXRyIWs8Krj2IZ0b_lLm3VDd8qh_Gz_9_y9BFFW2ahzzjf3K_jzoBrt3IONok5gVkZAkPET2joMKUjhzpRHNOlWMY8Cd0bTQoD394I/s320/ISABEL.jpg" width="294" /></a></span></span></div><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><br /><b><br /></b></span></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"><br /></span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->ARTETERAPEUTA<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->PSICÓLOGA
CLÍNICA<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->ESPECIALISTA
EM PSICOLOGIA JUNGUIANA<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->PROFESSORA
DE INGLÊS E FRANCÊS<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->FORMADA
EM ANTIGINÁSTICA ®THÉRÈSE BERTHERAT<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->FORMADA
EM JORNALISMO<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;">ATENDIMENTOS INDIVIDUAIS
E EM GRUPO (ONLINE/PRESENCIAL)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">E-MAIL: </span><a href="mailto:bel.antigin@gmail.com"><span lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">BEL.ANTIGIN@GMAIL.COM</span></a><span lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">INSTAGRAM: @ISABELPIRES.ARTEPSI</span><span face="Arial, sans-serif"><o:p></o:p></span></span></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-63467192691303924742023-06-26T08:23:00.002-07:002023-06-26T08:26:03.552-07:00O ADOLESCENTE NA VIRTUALIDADE DA PSICANÁLISE: APRESENTAÇÃO DE LIVRO <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGJZkGl1GOXp6HnBeFMSstuFVvGmlByq52nIcgHilO0P4aeNRSO3P39TyJuSf1ko1lF6z5BH3sib4xk2or1V2XJPZ_Ge25cSqEe_nUcZSxmMAC-hFSrkZOWGAYmAofaxaIzUnlMlzg3gIkMzrdS5ZzgRts2Okv_Ar0qoNyWk0P5VzBtyjTDHSjdc6gMIA/s1600/d61c6e37-b113-4486-a0e4-af0293d3fdbb.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1067" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGJZkGl1GOXp6HnBeFMSstuFVvGmlByq52nIcgHilO0P4aeNRSO3P39TyJuSf1ko1lF6z5BH3sib4xk2or1V2XJPZ_Ge25cSqEe_nUcZSxmMAC-hFSrkZOWGAYmAofaxaIzUnlMlzg3gIkMzrdS5ZzgRts2Okv_Ar0qoNyWk0P5VzBtyjTDHSjdc6gMIA/s320/d61c6e37-b113-4486-a0e4-af0293d3fdbb.jpg" width="213" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p><span style="font-family: inherit;">Por Igor Capelatto</span></p><p><span style="font-family: inherit;">capuccinoprod@gmail.com</span></p><p><span>Instagram @igorcapelatto</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“O
adolescente na virtualidade da psicanálise”</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> nasce de uma
pesquisa teórico-prática fundamentada nos estudos durante minha formação
(Cefas, Campinas, SP) e ao longo das observações clínicas dos atendimentos de
adolescentes, uma das especificidades que me propus atuar. A adolescência,
apesar de termo, nesta estrutura das fases do desenvolvimento humano, como uma
etapa da vida psicossocial e fisiológica, ser aplicado desde o século XIX,
ainda hoje, compreender a adolescência ainda é algo um tanto misterioso. Alguns
comportamentos e mudanças corporais ainda permeiam desde que adolescente é
adolescente, mas com as transformações sociais, culturais, tecnológicas, dentre
outras, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o modo de ser do adolescente
vai modificando. O olhar do adolescente pelo ponto de vista de um adulto é um
tanto comum, seja do pai, da mãe, sejam dos professores nas escolas, sejam dos
profissionais que cuidam do adolescente (médicos, terapeutas), seja da
sociedade de modo geral. Durante os atendimentos clínicos, ao longo desta
pesquisa, observei um abismo entre o adolescente e os adultos. O que havia de
falta ali na comunicação? Percebi que pouco se fala do adolescente pelo próprio
adolescente. Falar na linguagem do adolescente, entender a linguagem do
adolescente. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Entender
as necessidades do adolescente da contemporaneidade, seu lugar, sua fala, seus
gestos, seus desejos, seus medos e suas angústias. O que os adolescentes mais
relatam é o incomodo da frase “isso é coisa de adolescente” como se fosse uma
teimosia, ou como se fosse algo que o adolescente exagera. Os conflitos
internos do adolescente sendo colocados como se fossem algo superficial e de
fácil superação. No entanto, é uma das fases, senão a fase mais difícil de se
viver: parece prazeroso sair com amigos, curtir uma baladinha, ir ao cinema, um
lanche, namorar... mas as cobranças e mudanças são tão intensas que as
angústias muitas vezes cobrem todo esse lugar do prazer e da elaboração e
desejos. Entrar na adolescência é perder a infância, é deixar de lado tantas
ofertas de cuidado, tantas regalias, e ter que começar a fazer tantas coisas
que antes tinham alguém para fazer. É ter que lidar com um corpo estranho a
cada dia, a cada mudança, hormônios borbulhando, mudanças sociais, do brincar
para um lugar dos estudos e do pensar na vida adulta. É uma fase onde se vive a
dor da perda do passado e a angústia, as incertezas e portanto o medo do
futuro, sem espaço, muitas vezes para viver o presente. Os quadros depressivos começam
a crescer conforme as demandas atuais começam a cobrar mais e mais, muitas
vezes cobrando além do que a adolescência deveria ser cobrada, ocupando o lugar
do adolescente de ser adolescente. Consequentemente, temos observado a
crescente procura por profissionais da saúde mental, para atendimento dos
adolescentes. Às vezes por orientação da escola, na maioria por pais
preocupados com os comportamentos dos filhos. Mas comportamentos estes que
começam a chamar atenção quando se tornam “crônicos”. Quando não querem mais
comer, quando começam a faltar na escola ou ir mal nos estudos, quando param de
falar com seus familiares ou deixam de lado os vínculos sociais, quando se
envolvem com bebidas, drogas, se cortam, tentam suicídio. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Outra
situação que nos dias atuais tem preocupado é a demanda da virtualidade, as
redes sociais, os programas de conversa, os sites de vídeos, que tem ocupado a
maior parte do tempo, da atenção dos adolescentes. Alguns comunicam com seus
pais, dentro da própria casa, apenas pro mensagens de texto, o mesmo com
colegas, namoros, e a até mesmo em parte das atividades escolares (o que
intensificou com a pandemia e a reclusão da quarentena onde os estudos se
tornaram online). Muitos conteúdos e muito sujeito perverso na internet atingindo
o emocional destes adolescentes que desamparados começam a buscar na
virtualidade um lugar de pertencimento. Pensando e pondo em prática o atuar da
virtualidade surgiu um paradoxo nesta pesquisa que foi o ponto importante para
propor em escrever o conteúdo que, adaptado para uma linguagem coloquial, se
transformou em um livro pela editora Papirus, com intuito de orientar os pais e
os próprios adolescentes. E, com um destaque maior os psicanalistas (e
psicólogos). E, um dos pontos importantes que se tornou destaque na pesquisa,
foi o atendimento online dos adolescentes. Com a pandemia e a quarentena, os
atendimentos psicanalíticos se tornaram online por meio de aplicativos de
videochamada. Mas como colocar o adolescente diante do computador ou celular, sem
a dispersão, mantendo-o na análise, e pensando neste novo <i>setting </i>terapêutico
(a sala do analista agora seccionada entre o escritório do home-office e a casa
do paciente), neste novo mecanismo de comunicação a distância, sem a presença
física. Em casa, o pai, a mãe, os irmãos, a empregada, a vó, a tia, o papagaio,
o cachorro, estão todos lá e a dinâmica precisa ser mudada para que a análise
possa acontecer. Dentre esta e muitas outras questões, as preocupações em
pensar essa nova clínica e esse novo olhar sobre o adolescente estão de maneira
pratica apresentadas ao longo dos capítulos deste livro, que foi estruturado de
modo a mesclar tanto a parte clínica do profissional quando o lugar da família,
do pai, da mãe e o lugar do próprio adolescente, de modo que todos possam
desfrutar deste tema (a adolescência) e da relação com essa demanda da
virtualidade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">O
livro está a venda em todas as plataformas de venda de e-book, no formato epub
que pode ser lido pelo Kindle ou por aplicativos gratuitos para celular ou
computador ou tablet de leitura de livros digitais.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt7SBo36FC2TO4AfGH3mKLhDC2fO-s7wWRZHrk8GuiHMeuhiZhfzd65CGydQyjhonKSmThiXNyoGNTk8iIXr8roDQAK_KEmXOnixTw3DclASHHoyHrmm1SyZyZrKSNzbOlOl6HzNZEeW1RhOD5t8AFUOagT8NqkKhLNWfLlbiDfelc2MUWuNe0A-4ctoo/s1200/f2ea3782-25cc-4a49-84ba-e1189ad888dd.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt7SBo36FC2TO4AfGH3mKLhDC2fO-s7wWRZHrk8GuiHMeuhiZhfzd65CGydQyjhonKSmThiXNyoGNTk8iIXr8roDQAK_KEmXOnixTw3DclASHHoyHrmm1SyZyZrKSNzbOlOl6HzNZEeW1RhOD5t8AFUOagT8NqkKhLNWfLlbiDfelc2MUWuNe0A-4ctoo/s320/f2ea3782-25cc-4a49-84ba-e1189ad888dd.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
Adolescente na virtualidade da psicanálise<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Autor:
Igor Alexandre Capelatto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ano:
2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Editora
Papirus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Formato:
E-Book<o:p></o:p></span></p></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">_________________________________________________________________________</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Sobre o autor: Igor
Alexenadre Capelatto<o:p></o:p></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8rkDITqJphiiZdSo96fzAlq8Ze4nsIkazD8JgVJzqYdJlyzI8pK661zwibtwMyRRF7eRA-ltDEUwPnxaGym4ibtDydu6kTiVrT45dvxUuMDJM8yhiD9i0fI1InkJAOgb44wD-r5OzuOUdfHhA1Ya1AgNn83ei2E8oNGTqsA1GtEeOPBmo14wQl2Bh7q8/s1320/157422e4-b353-4aa5-88fe-295dc28c9bad.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1320" data-original-width="644" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8rkDITqJphiiZdSo96fzAlq8Ze4nsIkazD8JgVJzqYdJlyzI8pK661zwibtwMyRRF7eRA-ltDEUwPnxaGym4ibtDydu6kTiVrT45dvxUuMDJM8yhiD9i0fI1InkJAOgb44wD-r5OzuOUdfHhA1Ya1AgNn83ei2E8oNGTqsA1GtEeOPBmo14wQl2Bh7q8/s320/157422e4-b353-4aa5-88fe-295dc28c9bad.jpg" width="156" /></a></b></div><b><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Mestre e Doutor em
Multimeios pela Unicamp, Psicanalista Clínico e Professor. Ministra disciplinas
em curso de psicanalise e arteterapia. Palestrante. Colaborador do Instituto
Shakespeare do Brasil, Casa da Crítica e Casa Papagaio. Colunista do site da Band.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-20269180288114533152023-06-19T06:52:00.008-07:002023-06-19T09:10:09.312-07:00O SENTIDO DA CRIATIVIDADE E DOS PROCESSOS CRIATIVOS EM ARTETERAPIA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY0dJEN6-DMOiWaL9hLe0MujipvvbTakQwPplk3shTooM87QPkNagQPoi5q0-btAxRk1OpFZXSVpD0fwEIwHMJlnB9uPvQcB83IGtmaoissHtLS2Hyay79xcvAezlIjZVUGdUktU-bGqtpE6UpKCFBFbY3K5MdTxA3Tq3zKmVbPi3uQNS1Ztn_M_25QME/s1137/7b4859c9-632d-4e54-80c8-77ce5f150d25.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1099" data-original-width="1137" height="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY0dJEN6-DMOiWaL9hLe0MujipvvbTakQwPplk3shTooM87QPkNagQPoi5q0-btAxRk1OpFZXSVpD0fwEIwHMJlnB9uPvQcB83IGtmaoissHtLS2Hyay79xcvAezlIjZVUGdUktU-bGqtpE6UpKCFBFbY3K5MdTxA3Tq3zKmVbPi3uQNS1Ztn_M_25QME/s320/7b4859c9-632d-4e54-80c8-77ce5f150d25.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="background-color: #d9ead3;"><br /></span><p></p><p><span style="background-color: #d9ead3;">Por Heloísa Pires de Lucca - Natal (RN)</span></p><p><span face=""Google Sans", Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: #d9ead3; font-size: 14px;">heloisapsicanalista@gmail.com</span></p><p><span style="background-color: #d9ead3;"><span> </span><span> </span><span> </span> <span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Este artigo foi
escrito a partir do meu TCC de Especialização em Arteterapia e Expressões
Criativas, concluído em meados de 2022, denominado “Arteterapia de Abordagem
Junguiana: o sentido da criatividade e dos processos criativos”. Tem como bases
teóricas alguns conceitos da psicologia analítica de Jung em diálogo com</span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"> Fayga Ostrower e com autoras que tratam dos
processos criativos em Arteterapia.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">Quando observamos
o cotidiano da nossa própria existência, podemos perceber a criatividade
atuando a todo momento, a cada escolha que fazemos. A maneira como resolvemos
as pequenas coisas do dia a dia, como mudamos uma receita para aproveitar os
ingredientes que dispomos, a maneira como executamos uma tarefa de maneira mais
organizada ou mais fácil, como resolvemos os desafios e superamos dificuldades
em casa, no trabalho, nos relacionamentos, como um constante recriar de nós
mesmos. Às vezes, quando uma situação parece estar fadada ao fracasso, uma
energia individual ou coletiva surge e evidencia uma capacidade de
transformação ou sustentação ou ainda de resistência. No entanto, nem sempre é assim. Diante de
algumas situações, surgem medos que nos bloqueiam e nos paralisam. Isso
acontece, por exemplo, quando iniciamos atendimento com clientes adultos em
arteterapia. É comum ouvirmos quando propomos a realização de um desenho: “Eu
não sei desenhar”; como se para isso fosse necessária uma habilidade especial. Quando
pequenos, na pré-escola, desenhamos antes de escrever. E antes disso, em casa,
desenhamos nas paredes, fazemos garatujas e, com liberdade, nos expressamos por
imagens. Depois que aprendemos a falar, a escrever, paramos de desenhar, de
criar imagens no papel, como se isso não fosse coisa séria e sim coisa de
criança, ou apenas de quem tem “dom artístico”. Por que isso acontece? </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Um
aspecto apontado por Lopes (2014, p.39), é que a precariedade da vida afetiva
gera um empobrecimento criador. Os bloqueios à ação criativa são gerados pela
baixa autoestima; falta de confiança em si próprio; medo; ansiedade;
conformismo; excesso de julgamento; falta de autoconfiança. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">S</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">eria a criatividade
algo que o ser humano aprende ou ele é naturalmente criativo?</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
Jung (2011, p.76, §115)<i> </i>afirma: “O
anseio criativo vive e cresce dentro do homem como uma árvore no solo do qual
extrai o seu alimento. Por conseguinte, faríamos bem em considerar o processo
criativo como uma essência viva implantada na alma do homem.” Para Jung,<i> (2013, p.64, </i>§245) “[...] o homem é
distintivamente dotado da capacidade de criar coisas novas no verdadeiro
sentido da palavra, justamente da mesma forma que a natureza”. <i><span style="color: red;"> </span></i>Assim, o fenômeno criativo é
compulsivo como um instinto, mas Jung prefere designar “a força criativa como
sendo um fator psíquico <i>de natureza
semelhante à do instinto</i>.” </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">(ibid.,
§245. Grifos do autor). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">Ostrower</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
parte do princípio de que o ser humano é um ser criativo e que a criatividade é
um potencial inerente ao homem. A realização desse potencial é uma de </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">suas necessidades. Criar e viver se
interligam. Afirma</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> Ostrower (2014, p.53) que “a
criatividade e os processos de criação são estados e comportamentos naturais da
humanidade. [...] A criatividade é, portanto, inerente à condição humana.” Para
a autora, o ato criador abrange a capacidade de compreender e esta, por sua
vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar. Ostrower (2014, p.9)
diz: “Criar é, basicamente, formar. É poder dar uma forma a algo novo”. Desde
as primeiras culturas, o ser humano é capaz de relacionar múltiplos fenômenos
que ocorrem ao redor e dentro dele e lhes dar um significado. Nós nos movemos
entre formas e tudo o que observamos à nossa volta é impregnado de formas. São
formas em que as coisas se configuram para nós, as quais nós relacionamos e
ordenamos. Ao relacionarmos os fenômenos, nós os ligamos entre si e os
vinculamos a nós mesmos. Nessa busca de ordenações e de significados reside a
motivação humana de criar. Segundo a autora, o homem cria, não apenas porque
quer, ou porque gosta, e sim porque precisa. Ele só pode crescer, enquanto ser
humano, ordenando, dando </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">forma,
criando.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A criatividade não é, portanto, privilégio de artistas ou de
alguns poucos escolhidos. Para Lopes (2014, p. 33): “Existem alguns tabus e ideias
preconcebidas a respeito da criatividade: muitos nos remetem a um universo
mágico somente permitido a alguns iluminados por este dom.” No entanto, como
vimos com Jung e Ostrower, este potencial, é inerente ao ser humano, portanto,
a criatividade está “presente em todos, independentemente de classe social,
grupo étnico, profissão. Sendo a criatividade um potencial, necessita ser
desenvolvido.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">Nesse sentido, </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Fayga
Ostrower nos aponta algo importante e necessário para o desenvolvimento da
criatividade e do processo criativo que é o <i>conhecimento
da materialidade</i> a ser trabalhada. Se não conhecermos a materialidade, se
não vivenciamos a materialidade, torna-se impossível ter noção do processo de
criação, porque o material tem a sua linguagem. Ostrower (2014, p.35)
exemplifica este pensamento por meio da música. Se não conhecemos a
materialidade da música, não sabemos o que em realidade significa imaginar
musicalmente. Para imaginar formas específicas, lidamos com todo um sistema de
signos que são referidos a uma matéria específica. “[...] O único caminho aberto para nós, seria
conhecer bem uma dada materialidade no próprio fazer.” <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Segundo Ostrower (2014, p.39) “a imaginação criativa nasce do
interesse, do entusiasmo de um indivíduo pelas possibilidades maiores de certas
matérias ou certas realidades. Provém de sua capacidade de se relacionar com
elas.” Para a autora, o interesse e o entusiasmo por certa matéria “constituem <i>formas de relacionamento afetivo.”</i>
“[...] O que, portanto, coloca-se aqui é que, para poder ser criativa, a
imaginação necessita identificar-se com uma materialidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Quando pronunciamos a palavra Arteterapia, pensamos logo na junção
da arte com a psicologia, ou, na psicoterapia por meio da arte. </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">Quais seriam os pontos de conexão
entre a criatividade puramente artística e a criatividade em processos
psicoterapêuticos? </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Quando Jung (OC 15, §97) fala da
relação psicologia e arte, está falando do processo psíquico da criação
artística e não da arte em si. “Apenas aquele aspecto da arte que existe no
processo de criação artística pode ser objeto da psicologia, não aquele que
constitui o próprio ser da arte”. A arte
em si não pode ser objeto de considerações psicológicas, mas apenas
estético-artísticas. Nesse </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;">sentido,
o valor artístico não é o foco das técnicas expressivas utilizadas por Jung.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A arte pode ser utilizada como recurso metodológico em diversas
áreas psicoterápicas. A Arteterapia consiste em uso amplo de técnicas
expressivas, pois estas falam de forma direta a linguagem do inconsciente, que
se expressa por imagens, símbolos e fantasias. Contudo, a descida ao
inconsciente é uma parte do processo, pois, nas produções artísticas, por meio
do processo criativo, estabelece-se uma ponte entre o consciente e o
inconsciente. Aos arteterapeutas cabe o desafio de possibilitar meios para que
o paciente/cliente traga à tona, os conflitos internos, emoções, desejos, fantasias
e pensamentos limitantes, bem como o impulso de criar. Segundo Ostrower (2014,
p.55): “O impulso elementar e a força vital para criar provém de áreas ocultas
do ser”. Assim, conforme Andrade (2000, p.33) citado por Lopes (2014, P. 49),
“o criar e o produto da criação podem se tornar o porta-voz desse ensaio de
resolução de conflitos”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A prática da Arteterapia facilita o entendimento do mundo interno,
por meio da criação de imagens, possibilitando a consciência de seus conteúdos
pela análise dos elementos que a constituem. De acordo com Urrutigaray (2011,
p.41): Quando um sujeito “reage” confrontando-se com um símbolo objetivado, ele
transforma essa realidade simbólica e se transforma concomitantemente,
possibilitando a passagem de energia de um nível a outro, pelo desenvolvimento
da criatividade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Uma das especificidades da Arteterapia, conforme Moraes (2018,
p.75), “está no fato de que no setting arteterapêutico o cliente/paciente é
convidado a não apenas falar sobre sua questão, mas agir sobre ela, a partir da
criação.” A autora propõe o conceito do <i>agir
criativo</i> como uma especificidade da Arteterapia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 106.2pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> “O convite a criar apresenta-se como um vetor
de saúde para pacientes tão embotados e empobrecidos em seus investimentos e
desejos. [...] Ele amplia o olhar viciado e reduzido quando apresenta novas
possibilidades. Estimula que ele exercite sua mente, se esforce e busque
soluções, fazendo com que amplie seu repertório. Ao se ver capaz de dar forma e
transformar seus conteúdos em cores, formas e imagens, o paciente acessa sua
autoestima. Todo esse processo produz algum prazer e estimula o paciente a
resgatar seus desejos de vida!” (MORAES, 2019, 102).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Conforme Lopes (2014, p.59), o terapeuta cria quando propõe
técnicas específicas, para promover uma aproximação entre o mundo simbólico e a
consciência a partir do mergulho na história trazida pelo paciente/cliente. Por
sua vez, o paciente/cliente cria “no momento em que abre a sua caixa simbólica
e começa a fazer novas relações a respeito da sua própria história.”</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O sentido do ato criativo nos mostra a
possibilidade de desenvolvermos novas formas, modificar as existentes, recriar
a partir concretização das imagens expressas na materialidade manipulada. É
partir rumo ao desconhecido em uma viajem interior que possibilita o encontro
de tesouros reluzentes, que trazidos à consciência, irão expandi-la mais e
mais. No ato criativo reformamos a nossa casa interior, consertamos o que está
quebrado ou identificamos, separamos e jogamos fora o que não serve mais.
Limpamos e reorganizamos os espaços, redefinimos as conexões e as funções
internas, iluminamos e arejamos os ambientes, atualizamos as cores que queremos
preservar ou colocamos novas, criamos espaços de conviver e espaços de
intimidade e aconchego.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A criatividade e os processos
criativos são a matéria prima da Arteterapia. É possível afirmar que não é
possível pensar e fazer Arteterapia sem agregar a criatividade e os processos
criativos como parte dela. A Arteterapia é conduzida pelo potencial criativo do
arteterapeuta e especialmente do próprio cliente no seu fazer, e ao mesmo tempo
alimenta e desenvolve esse potencial. Assim, a criatividade é algo inerente e
orgânico à Arteterapia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="background-color: #d9ead3; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">JUNG, Carl Gustav. OC 15. O espírito na
arte e na ciência - 6ª ed – Petrópolis, Vozes, 2011.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">JUNG, Carl Gustav. OC 13. A natureza da
psique - 10ª ed – Petrópolis, Vozes, 2013.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol; mso-fareast-language: PT-BR;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">LOPES, Cristina Pinto. Práticas criativas de
arteterapia como intervenção na depressão: memórias da pele. – Petrópolis, RJ:
Vozes, 2014<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol; mso-fareast-language: PT-BR;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">MORAES, Eliana. Pensando a Arteterapia. - 1ª. Ed.-
Divino de São Lourenço, ES: Semente Editorial, 2018</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol; mso-fareast-language: PT-BR;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">MORAES, Eliana. Pensando a arteterapia. Vol. II.
Semente Editorail, 2019.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">OSTROWER,
Fayga. Criatividade e processos de criação. 30.ed. Petrópolis, Vozes, 2014.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">URRUTIGARAY, Maria Cristina. Arteterapia:
a transformação pessoal pelas imagens. 5ª Ed. – Rio de Janeiro: Wak, 2011. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">______________________________________________________________________________</span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> <b> Sobre a autora: </b></span><span style="font-size: 12pt;"><b>Heloísa Pires de
Lucca</b></span></span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Odxy02jMj_fcctqsd3tyA-V8VpfGPYwmrPWJ6rDswVrY5dAMJwsWGcv019XmJWQrwYVMpfr0hGKCTkJBOghvWy_pk2vj67ZjksWosWhDFiIiS3R0sq5SzlIbyxPlUH3k1etHFYdwQGO-ox-aEaxDa0lmEddamtOs3c7OjSXV62hS6h4U2-37iAskR3c/s335/Imagem1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="268" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Odxy02jMj_fcctqsd3tyA-V8VpfGPYwmrPWJ6rDswVrY5dAMJwsWGcv019XmJWQrwYVMpfr0hGKCTkJBOghvWy_pk2vj67ZjksWosWhDFiIiS3R0sq5SzlIbyxPlUH3k1etHFYdwQGO-ox-aEaxDa0lmEddamtOs3c7OjSXV62hS6h4U2-37iAskR3c/s320/Imagem1.jpg" width="256" /></a></span></div><span style="font-size: 12pt;"><br /><b><br /></b></span><p></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt;"><b> </b>Psicanalista e Arteterapeuta</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Realiza
atendimento clínico nos campos da Arteteterapia e Psicanálise. Atuou como
assistente<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">social em
programas habitacionais de interesse social e programas de incentivo à
diversidade<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">cultural na
Prefeitura de São Paulo. Atuou como professora em cursos de graduação no curso<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">de Serviço Social
e pós-gradução em Políticas Públicas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">_</span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p></p><div><span data-canva-clipboard="ewAiAGEAIgA6ADUALAAiAGQAIgA6ACIAQgAiACwAIgBoACIAOgAiAHcAdwB3AC4AYwBhAG4AdgBhAC4AYwBvAG0AIgAsACIAYwAiADoAIgBEAEEARgBsAFcASQBrAFcAaQAwAFUAIgAsACIAaQAiADoAIgBSAFgAdQByAGwAZwBlAFAAdwBDAEYAUgBWAHkAdwA4AEkATQBHAHYAZABnACIALAAiAGIAIgA6ADEANgA4ADcAMQA3ADgAMAA2ADMANQAyADYALAAiAGoAIgA6AFsAewAiAEEAIgA6AHsAIgBCACIAOgB7AH0ALAAiAEsAIgA6AHsAfQAsACIAQwAiADoAewAiAEEAPwAiADoAIgBBACIAfQAsACIATQAiADoAewB9ACwAIgBEACIAOgB7AH0ALAAiAEwAIgA6AFsAewAiAEEAIgA6AHsAfQAsACIAQgAiADoAIgBDACIAfQAsAHsAIgBBACIAOgB7AH0ALAAiAEIAIgA6ACIAQgAiAH0AXQAsACIARQAiADoAewB9ACwAIgBGACIAOgB7ACIAQQAiADoAIgBJAGQAZQBuAHQAaQB0AHkALgBwAG4AZwAiACwAIgBCACIAOgAxAH0ALAAiAEcAIgA6AHsAfQAsACIASAAiADoAewAiAEIAIgA6ACIAbgBvAG4AZQAiACwAIgBDACIAOgAiACMAMAAwADAAMAAwADAAIgAsACIARAAiADoAIgAjAGYAZgBmAGYAZgBmACIAfQAsACIASgAiADoAewAiAEYAIgA6ACIAIwAwADAAMAAwADAAMAAiAH0AfQB9AF0ALAAiAEEAPwAiADoAIgBCACIALAAiAEEAIgA6AFsAewAiAEEAIgA6ADMANwAzAC4AOQA2ADgANgA5ADYANgAwADMANAA2ADgAMwAsACIAQgAiADoAOAA0ADYALgAxADAAMgAxADgANgAyADkANAA5ADEAMQAyACwAIgBEACIAOgAxADQAMQAuADcANAAzADUANgA2ADMANAA5ADEAMwAzADQALAAiAEMAIgA6ADcANQAuADUANAA3ADIAOQA2ADAANQAxADgAMwAzADEAMQAsACIAQQA/ACIAOgAiAEkAIgAsACIAYQAiADoAewAiAEIAIgA6AHsAIgBBACIAOgB7ACIAQQAiADoAIgBNAEEARgBaADYAawA0ADQANgBkAE0AIgAsACIAQgAiADoAMQB9ACwAIgBCACIAOgB7ACIAQQAiADoALQAzADQALgAzADcANgA3ADEANgAzADUANQAxADYAMQAxADkALAAiAEQAIgA6ADEANAAxAC4ANwA0ADMANQA2ADYAMwA0ADkAMQAzADMANAAsACIAQwAiADoAMQA0ADEALgA3ADQAMwA1ADYANgAzADQAOQAxADMAMwA0AH0AfQB9AH0AXQAsACIAQgAiADoAMQAwADIANAAsACIAQwAiADoANwA2ADgAfQA="></span></div><div><span data-canva-clipboard="ewAiAGEAIgA6ADUALAAiAGQAIgA6ACIAQgAiACwAIgBoACIAOgAiAHcAdwB3AC4AYwBhAG4AdgBhAC4AYwBvAG0AIgAsACIAYwAiADoAIgBEAEEARgBsAFcASQBrAFcAaQAwAFUAIgAsACIAaQAiADoAIgBSAFgAdQByAGwAZwBlAFAAdwBDAEYAUgBWAHkAdwA4AEkATQBHAHYAZABnACIALAAiAGIAIgA6ADEANgA4ADcAMQA3ADgAMAA2ADMANQAyADYALAAiAGoAIgA6AFsAewAiAEEAIgA6AHsAIgBCACIAOgB7AH0ALAAiAEsAIgA6AHsAfQAsACIAQwAiADoAewAiAEEAPwAiADoAIgBBACIAfQAsACIATQAiADoAewB9ACwAIgBEACIAOgB7AH0ALAAiAEwAIgA6AFsAewAiAEEAIgA6AHsAfQAsACIAQgAiADoAIgBDACIAfQAsAHsAIgBBACIAOgB7AH0ALAAiAEIAIgA6ACIAQgAiAH0AXQAsACIARQAiADoAewB9ACwAIgBGACIAOgB7ACIAQQAiADoAIgBJAGQAZQBuAHQAaQB0AHkALgBwAG4AZwAiACwAIgBCACIAOgAxAH0ALAAiAEcAIgA6AHsAfQAsACIASAAiADoAewAiAEIAIgA6ACIAbgBvAG4AZQAiACwAIgBDACIAOgAiACMAMAAwADAAMAAwADAAIgAsACIARAAiADoAIgAjAGYAZgBmAGYAZgBmACIAfQAsACIASgAiADoAewAiAEYAIgA6ACIAIwAwADAAMAAwADAAMAAiAH0AfQB9AF0ALAAiAEEAPwAiADoAIgBCACIALAAiAEEAIgA6AFsAewAiAEEAIgA6ADMANwAzAC4AOQA2ADgANgA5ADYANgAwADMANAA2ADgAMwAsACIAQgAiADoAOAA0ADYALgAxADAAMgAxADgANgAyADkANAA5ADEAMQAyACwAIgBEACIAOgAxADQAMQAuADcANAAzADUANgA2ADMANAA5ADEAMwAzADQALAAiAEMAIgA6ADcANQAuADUANAA3ADIAOQA2ADAANQAxADgAMwAzADEAMQAsACIAQQA/ACIAOgAiAEkAIgAsACIAYQAiADoAewAiAEIAIgA6AHsAIgBBACIAOgB7ACIAQQAiADoAIgBNAEEARgBaADYAawA0ADQANgBkAE0AIgAsACIAQgAiADoAMQB9ACwAIgBCACIAOgB7ACIAQQAiADoALQAzADQALgAzADcANgA3ADEANgAzADUANQAxADYAMQAxADkALAAiAEQAIgA6ADEANAAxAC4ANwA0ADMANQA2ADYAMwA0ADkAMQAzADMANAAsACIAQwAiADoAMQA0ADEALgA3ADQAMwA1ADYANgAzADQAOQAxADMAMwA0AH0AfQB9AH0AXQAsACIAQgAiADoAMQAwADIANAAsACIAQwAiADoANwA2ADgAfQA="></span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-2314210666834006832023-06-12T12:57:00.001-07:002023-06-12T12:57:01.799-07:00A ARTETERAPIA E A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ss7PAZoTCW8RBAgGctUddGcHLv1BpmjykVTdzB3W0xU4PlAFOi0I68nWT45uNCLv9Kmxv43nsGvbPW6alboKKNcD7D3EQ3_cu1fe8DlM0ZIV_7io3TGkz9c87uXaytuGHZgtlPCYK1sKKc10EyjItmbbSnsxBuLBRLd47-qtvKLNA55PfSoUOEu6/s1600/fbcd1e82-2499-4153-b2f1-a26bea2770af.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ss7PAZoTCW8RBAgGctUddGcHLv1BpmjykVTdzB3W0xU4PlAFOi0I68nWT45uNCLv9Kmxv43nsGvbPW6alboKKNcD7D3EQ3_cu1fe8DlM0ZIV_7io3TGkz9c87uXaytuGHZgtlPCYK1sKKc10EyjItmbbSnsxBuLBRLd47-qtvKLNA55PfSoUOEu6/s320/fbcd1e82-2499-4153-b2f1-a26bea2770af.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">Por Eliana Moraes – MG<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Desde que iniciei meus
atendimentos em Arteterapia em 2009, um dos fenômenos que mais me chamaram a
atenção está em tudo aquilo que acontece durante o processo de criação do
paciente/cliente. Meus primeiros textos escritos para o blog e compilados no
livro “Pensando a Arteterapia Volume 1” são registros dessas reflexões advindas
das práticas e atendimentos clínicos, que gosto de chamar de “o chão da vida do
arteterapeuta”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Minha formação em Arteterapia
baseou-se amplamente na Psicologia Analítica de Jung, teoria que em muito nos
instrumentaliza para a escuta e manejo quanto às produções simbólicas dos
pacientes/clientes. Entretanto, a consciência de que estas <b>são resultados</b>
de um processo criativo, abriu um vasto campo de observação, escuta e
consequentemente, estudo para minha construção profissional. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um primeiro embasamento teórico
que muito me orientou foram os escritos de Fayga Ostrower em seu clássico livro
“Criatividade e Processos de Criação”. Há alguns anos mantenho um grupo de
estudos que tem essa literatura como orientadora, e estudamos tantas
ramificações possíveis, originadas no processo criativo dentro de um <i>setting</i>
arteterapêutico, ou seja, o fenômeno da criação orientado para o
autoconhecimento e movimentos ressignificadores de um paciente/cliente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fayga é uma teórica da Arte. Nossa
leitura de seu livro tem como objetivo beber da fonte dessa teoria para aplicar
na prática arteterapêutica propriamente dita. Esse estudo já resultou na
produção de textos e palestras, além de um esquema que nos espelha que a
Arteterapia possui “duas pernas” para caminhar: o processo e a imagem; E que a
partir dessas duas bases, surgem as teorias da Arteterapia propriamente dita. A
partir dessa compreensão, é necessário que o arteterapeuta amplie seu olhar
para a multiplicidade de embasamentos teóricos que lhe sustenta para seu
caminhar com as “duas pernas” e o seu protagonismo como arteterapeuta em suas
especificidades. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfWKB5OquGswEQBu_Py9KstdefZ0aSz4NxOPZcINd0ejr3YXeSlk3Lsxf83RAGdiEudm6AnFJFIay7gvH9Ww1bNLhQM0hrpqq3UdCSJKYtEFnCEQfS-_ZNY04vk5Qd4pK70tCMJBRKuVCFjccyKu8V-LRmg2SdRhWnIeCKWDnuxd_jRPWT7XJQh3rC/s1280/Slide1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfWKB5OquGswEQBu_Py9KstdefZ0aSz4NxOPZcINd0ejr3YXeSlk3Lsxf83RAGdiEudm6AnFJFIay7gvH9Ww1bNLhQM0hrpqq3UdCSJKYtEFnCEQfS-_ZNY04vk5Qd4pK70tCMJBRKuVCFjccyKu8V-LRmg2SdRhWnIeCKWDnuxd_jRPWT7XJQh3rC/w612-h344/Slide1.JPG" width="612" /></a></div><br /><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Uma referência bibliográfica em Arteterapia sobre o
processo</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No seguimento do estudo da
importância do processo na Arteterapia, encontrei-me com o livro <i>“O caminho
do imaginário”</i> de Alexandra Duchastel. Tenho lido este livro também em
companhia de Vera de Freitas, minha parceira de estudos e atualmente na
produção de conteúdos sobre o ateliê arteterapêutico. Em nosso último evento <i>online</i>
utilizamos a primeira parte do livro de Duchastel como embasamento teórico.
Hoje trago para esse texto um fragmento de nossas reflexões, mas já indicando
sua leitura integral aos amigos do Não Palavra. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O <i>“Caminho do imaginário”</i>
é um método criado pela arteterapeuta canadense Alexandra Duchastel, registrado
em seu livro de mesmo nome. Refere-se à “... <b>uma abordagem </b>multidisciplinar
em arte-terapia, <b>centrada sobre o processo</b>...” (DUCHASTEL, 2010, 9). Ou
seja, um manejo arteterapêutico “<b>onde o processo criativo é também
importante</b>, se não mais, que a obra final...” (DUCHASTEL, 2010, 7).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Partindo desse princípio, é
interessante abrir essa reflexão com a noção de criatividade da autora:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">A criatividade
é essa força misteriosa que gera transformações incessantes de cada uma de
nossas células. É <b>um dom universal </b>que não tem nada a ver com o talento
artístico e que nos permite apreender a realidade diferentemente, <b>reorganizá-la
de uma maneira que serve melhor à vida</b>. Naturalmente, <b>a criatividade
pode se expressar em todos os setores da vida</b>: no trabalho, em nossas
relações pessoais, na cozinha, no jardim ou mesmo em um laboratório. Mas <b>a
expressão artística constitui o meio mais direto de reatar com essa
extraordinária capacidade de transformar as coisas</b>, pois nela, tudo é
possível. (DUCHASTEL, 2010, 11-12)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Aqui reside uma articulação entre
as palavras de Duchastel e as de Fayga Ostrower: “Criar e viver se interligam.”
Assim compreendemos que a criatividade não está associada diretamente apenas às
atividades artísticas, mas pensar criativamente é um modo de ser e funcionar em
todos os setores da vida. Como arteterapeutas, compreendemos que parte de nossa
função é promover um (re)encontro entre os experienciadores da Arteterapia e
essa “capacidade de transformar as coisas” para que estes retornem às suas
vidas encontrando soluções criativas para ela. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas em seu método, Duchastel nos
mostra um caminho específico para esse (re)encontro: a abertura para o processo
e o prazer de caminhar sobre ele, sem o imperativo de já se ter algo construído
em mente. Nas primeiras páginas de seu livro, ela faz um compartilhamento
pessoal: <b><o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">... <b>eu me
divertia simplesmente com as linhas, as formas, as cores</b>... <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">Eu lembro de
que o objetivo desse exercício não era a estética; eu queria, antes, encontrar <b>o
simples prazer de brincar</b>...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">Acabava de
compreender que <b>o essencial da experiência artística </b>não se encontra
necessariamente no produto final, mas <b>na maneira pela qual nos submetemos às
forças das linhas, das formas e das cores.</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">Essa
experiência continua a ser uma inspiração cada vez que a crítica de arte
interior em mim julga desfavoravelmente meu trabalho e tenta, assim frear meu
élan de expressão. Essa lembrança detém um convite a reencontrar o prazer de
criar, de estar no momento presente, totalmente autêntico, fiel a mim mesma.
(DUCHASTEL, 2010, 18-20)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando leio as palavras de
Duchastel, ouço um eco do meu próprio processo criativo. Quando estou diante de
uma materialidade, muitas vezes sinto a propensão à um bloqueio caso meu ponto
te partida se dê em uma imagem pré concebida mentalmente. “A crítica de arte”
dentro de mim prontamente se manifesta, trazendo dúvidas sobre minha capacidade
de traduzir o que eu sinto na imagem pensada. Encontrar o caminho das linhas,
formas e cores espontâneas também foi para mim a descoberta de um prazer
criativo altamente desbloqueador para mim. E uma vez em movimento, é possível
que emerja um símbolo figurativo espontâneo, advindo diretamente do
inconsciente, como diz a própria Duchastel: “Para minha grande surpresa a
imagem arquetípica de um velho homem triste, mas sábio, apareceu...” <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um outro ponto abordado por
Duchastel que espelha em muito o início de minhas observações nas práticas
arteterapêuticas é o limite da palavra para a expressão da angústia do
paciente/cliente. No livro “Pensando a Arteterapia Volume 1”, os primeiros
textos compilados se referem à quando o falar pela palavra está interditado – eventos
que se atualizam em muitos casos clínicos meus e de meus supervisionandos. Há
momentos em que o paciente/cliente descreve grande angústia mas, por estar tão
inconsciente de si, não consegue associá-la à alguma causa raiz. Em momentos de
uma dor exacerbada – como por exemplo a dor do luto pela perda de um ente
querido – não é possível falar dela através da palavra por causar a sensação de
“colocar o dedo na ferida”. Ou ainda, em casos de expressões racionais,
teóricas, um discurso viciado no campo já conhecido. Esses são apenas alguns
exemplos de quando a palavra está associada à uma resistência e a Arteterapia
se mostra como um caminho de desbloqueio expressivo:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">Contrariamente
às abordagens<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>psicoterapêuticas
tradicionais, onde se relata principalmente eventos dolorosos ou traumatizantes
decorridos no passado, a arte-terapia implica uma experiência imediata, que é
vivida <i>aqui e agora</i>. Voltando ao instante presente, <b>evita-se uma
armadilha frequentemente vista em terapia: o aprisionamento do cliente em seu
mito pessoal</b>. A pessoa conhece e conta sua história pessoal como se
tratasse de um cenário imutável, e com frequência, estéril. (DUCHASTEL, 2010, p
32)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A ampliação da linguagem para outras expressões “não
palavra” se mostra um caminho tão potente quanto eficaz para a construção de um
“novo vocabulário”:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">A utilização de
diferentes meios de expressão... permite <b>um contato direto com a sabedoria
inconsciente </b>e estimula a emergência de emoções bloqueadas. <b>O terapeuta
ajuda o cliente a observar seus modos de funcionamento e ultrapassá-los</b>, <b>introduzindo
uma nova experiência</b>. Essa experiência imediata no plano da relação
terapêutica, oferece a possibilidade de ser surpreendido pelo poder das imagens
e descobrir novas facetas de sua personalidade. Assim, aumentamos seu “vocabulário”
de reações a diferentes situações da vida. (DUCHASTEL, 2010, 32) <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As palavras de Duchastel me
lembraram uma citação de Angela Philippini que é uma das minhas bússolas
orientadoras como arteterapeuta:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">A experiência
criativa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos “transpassa” e permite que “trans-bordemos”
e atravessamos limites e interdições,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b>resgatando
“notícias de nós mesmos”, nem sempre claras e acessíveis</b> no meio dos
inúmeros ruídos e dispersões da vida cotidiana...“ (PHILIPPINI, 137)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em movimento contrário ao
pensamento e expressão verbal paralisados no pouco que o sujeito acessa em sua
consciência adoecida, a Arteterapia age resgatando “notícias de nós mesmos”,
lampejos de saúde esquecidos no campo do inconsciente. E Duchastel segue seu
texto nos lembrando que o processo criativo carrega em si um potencial de
transformação da matéria física em reflexo das transformações interiores:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><b>A matéria
que se transformou sobre minhas mãos era o eco de uma transformação muito mais
profunda em meu interior. </b>Encontrei soluções inovadoras para problemas que
anteriormente me pareciam sem solução. Tudo parecia desbloquear minha vida. Eu
me pus a recuperar o tempo perdido... A partir desse momento, soube que tinha <b>o
poder de transformar minha vida</b>. (DUCHASTEL, 2010, 20)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Longe de esgotar as ricas
reflexões provocadas por este livro, hoje encerramos essa primeira reflexão com
a consciência arteterapêutica que “Através dos meios artísticos, a pessoa
exprime o que ela não saberia revelar de outra forma.” (DUCHASTEL, 2010, 32) E
que “<b>Para se revelar, a alma precisa desse contato contemplativo com a
imagem, o gesto, o ritual</b>. (DUCHASTEL, 2010,33) Ou seja, com a imagem, mas
antes dela, o processo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em um próximo texto daremos
seguimento à reflexão sobre o “Caminho do Imaginário”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Referências Bibliográficas:<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal">DUCHASTEL, Alexandra. O caminho do imaginário.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">OSTROWER, FAYGA. Criatividade e Processos de Criação. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">PHILIPPINI, Angela. “Linguagens e materiais expressivos”<o:p></o:p></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-52875982357573564752023-06-05T10:06:00.007-07:002023-06-05T10:06:50.320-07:00O ARQUÉTIPO DO CURADOR FERIDO E O ARTETERAPEUTA <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHwB3P5kaW8TSAQ3Tzvl1-AQ9YDSC3UuDkK9bEidZvym50zrlgXvubmH64prQ1J-_b07_qzBdtgZozuj1RgcCjDBdgR2imTrDwZQGSjkcs4SiqwgzoFpVWcxVGFk2LDUQwtywBH9H0mj8AznL3TDs-RuybHDwr_M_BWNmpqDT0xQzFtwdcGg8MKkxN/s1600/29ca2fb3-0068-4670-a3e7-2e086242bcf4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHwB3P5kaW8TSAQ3Tzvl1-AQ9YDSC3UuDkK9bEidZvym50zrlgXvubmH64prQ1J-_b07_qzBdtgZozuj1RgcCjDBdgR2imTrDwZQGSjkcs4SiqwgzoFpVWcxVGFk2LDUQwtywBH9H0mj8AznL3TDs-RuybHDwr_M_BWNmpqDT0xQzFtwdcGg8MKkxN/s320/29ca2fb3-0068-4670-a3e7-2e086242bcf4.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Por
Eliana Moraes - MG </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">naopalavra@gmail.com</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O ciclo de palestras mensais promovidos pelo Não Palavra em
parceria com o Espaço Crisântemo tem em 2023 seu quarto ciclo, e assim nos
consolidamos como um grupo de estudos aberto, que visa colaborar com a formação
continuada do arteterapeuta. Nosso objetivo é estimular o desenvolvimento da
escuta arteterapêutica e o pertencimento através do fortalecimento de uma rede
de (hetero e auto) suporte.</span></span><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Em nossos estudos buscamos a articulação de diversas teorias com a
Arteterapia, dentre elas a Psicologia Analítica. No mês de fevereiro nos
aprofundamos no estudo sobre o arquétipo do curador ferido a partir dos livros
“O curador ferido: mito e formação junguiana” (2019) de Rejane Maria Gomes
Leite Natel, que baseou sua escrita no Capítulo “Vocação e Profissão” do livro
“Psicoterapia” Marie-Louise von Franz (1990/2021).</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Desde 2020 temos utilizado a manifestação grega desse arquétipo, o
mito de Quíron, como inspiração para o grupo arteterapêutico mantido pelo Não
Palavra e Crisântemo, que promove encontros entre os arteterapeutas em suas
feridas com aquilo que eles oferecem como “curadores”. Este estudo mostrou-se
bastante instigante ao abrir nosso olhar para a amplitude e riqueza das
manifestações desse arquétipo e o quanto ele espelha nosso caminho como
terapeutas.</span></span><b><u><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="text-decoration-line: none;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></o:p></span></u></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O curador ferido como um arquétipo</span></span></b><b><u><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="text-decoration-line: none;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></o:p></span></u></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O curador ferido é um arquétipo que se constela em variadas
tradições, culturas e se atualiza em diversas biografias. Nos dois livros que
hoje nos embasam, é estabelecida a articulação entre esse arquétipo, o xamã e o
analista junguiano.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">O universo xamânico e sua representação na figura do
xamã… apresenta sua correspondência no mito do curador ferido em várias
mitologias. O mitologema central traz o homem ferido (meio homem - meio deus)
que, ao curar-se, passa, por meio da sua dor e sofrimento, poder curar a dor da
Humanidade. Assim, nesse universo mitológico, encontramos, na mitologia grega,
sua representação e interpretação. Na mitologia grega (Asclepius e Quíron),
como em outras, ele é <b>aquele que, por sua dor e sofrimento, deu um sentido e
significado às suas experiências</b>, tendo acesso direto com as divindades
desse Sistema mitológico. (NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>p. 55)</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Essa imagem arquetípica se expressa em várias
culturas, desde Kyron ou Quiron, na antiga Grécia, até o orixá Obaluaê, na
cultura nagô, na Nigéria, e nos candomblés e umbandas no Brasil. <b>O mito
deixa claro que a capacidade do curador está associada à ferida reconhecida e
constantemente aberta de quem se disponibiliza a arte da cura. </b>O saber-se
ferido, conhecer a dor e entender seus mecanismos é o ponto fundamental que
possibilita entender a dor e seus caminhos de maneira mais ampla e completa.
Por outro lado, <b>a ferida do curador é o que o mantém aberto ao outro; a
ferida na pele deixa o contato mais autêntico</b>. (MORAES, in NATEL,
2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p. 9)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Neste contexto, o arquétipo do curador ferido também se manifesta
na figura dos terapeutas, seres humanos que possuem suas feridas, marcas,
traumas, sensibilidades, vulnerabilidades, mas que de posse dessa experiência é
despertado e capacitado para uma empatia, compaixão e disponibilidade à
colaborar com a “cura” do outro. Compreendemos então </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">o mito do curador ferido como um dos regetes do caminho
do terapeuta e a consciência dessa vocação faz parte de sua jornada de
individuação:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Assim, as afirmações da autora [von Franz] vão, de
forma circular, colocando-nos em contato com… a <b>vocação</b> para o ofício…
como uma profissão, um ofício, ser escolhido e escolher, em suma, um processo.
E são esses determinantes que <b>orientam e definem nossos papéis e funções na
sociedade </b>em que estamos inseridos. <b>As características inatas, a
história de vida e, o lugar que ocupamos no mundo</b> nos remete a vivermos
mitos que, ao longo da vida, retratam o Ser completo que buscamos ser no nosso
processo de individuação, o nosso <i>Self</i>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Nossos temores e dores nos ajudam nessa escolha. É
comum vermos adultos que na infância sofreram doenças graves e ao se curarem,
transformaram-se em grandes médicos, grandes curadores. E assim, <b>o mito do
curador ferido, mantem-se vivo em nosso inconsciente pessoal e coletivo</b>. E
esse ofício vem carregado de uma carga afetiva, que só identificamos muitas
vezes ao longo da vida. (NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p.
42-43)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Para as autoras, a vocação do terapeuta está ligada a seu papel no
mundo e a realização de sua jornada de individuação, mas </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“está relacionada com algo ainda mais
profundo e essencial – a ligação com Deus ou com os deuses, ou seja, com as
forças que se manifestam dentro da psique.” (VON FRANZ, 2021, p 326-327).
Assim, encontrar sua vocação está relacionado com algo de divino na experiência
do terapeuta e o único caminho possível para esse encontro é descendo às
profundezas do inconsciente:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">A pessoa que não tenha tido acesso às profundezas do
inconsciente, e visto ali “a natureza de todos os espíritos da doença”,
dificilmente pode <b>possuir <u>empatia</u> real e suficiente com relação ao
grave sofrimento psíquico dos seus semelhantes</b>. Ela só os tratará de acordo
com as regras, sem jamais ser capaz de sentir empatia por eles, e este é
frequentemente o fator chave para os pacientes. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">[O terapeuta] <b>sofre sua doença iniciatória não por
causa de uma fraqueza, e sim a fim de se familiarizar com “todos os tipos de
doenças”, para saber, a partir da sua experiência, o que significam </b>a
possessão, a depressão, a dissociação esquizóide, e assim por diante. </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Tampouco seu desmembramento iniciatóio é
esquizofrenia. De acordo com a descrição mitológica, trata-se de <b>uma redução
ao esqueleto. </b>(VON FRANZ, 2021, 330-332)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">A partir desses trechos observamos a importância do terapeuta
rever-se em sua história pessoal e trazer à consciência as experiências que o
constroem como ser humano e no chamado para ser terapeuta, em especial os
momentos em que foi “reduzido ao esqueleto” em sofrimento de suas dores e
feridas.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Tenho testemunhado a jornada de individuação de alguns terapeutas,
na condição de sua terapeuta ou supervisora e não raras vezes ouço suas dúvidas
sobre a condição de exercerem o ofício uma vez que sofrem de questões e dores
tão profundas. Acolho esses questionamentos com muita empatia (afinal, em minha
humanidade, também os experimento em alguns momentos difíceis a mim) e lembro à
estes terapeutas as palavras de Von Franz que nomeia a experiência desses
sintomas como “doenças iniciatórias” para que o terapeuta vivencie-se em sua
humanidade e desenvolva, além de seu treinamento intelectual, o contato com o
coração, o sentimento e o desenvolvimento da empatia, base estrutural de
qualquer vínculo terapêutico.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Embora esse problema [a formação] diga principalmente
respeito ao <b>treinamento intelectual e ao conhecimento do futuro analista,
não devemos nos esquecer do sentimento, ou seja do coração</b>. Por mais
inteligente que um analista insensível possa ser, nunca vi nenhuma pessoa desse
tipo curar ninguém! E o “coração” não pode ser instilado. A pessoa que não o
possui, na minha opinião, é a menos adequada para essa profissão. (VON FRANZ,
2021, p 325-326)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Entretanto, para dar real suporte às feridas do curador:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Há uma necessidade de passarmos por uma análise
profunda para obtermos conhecimento do nosso próprio mundo interior</span></b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">, e da aproximação necessária de vivências
e encontros com o Si-mesmo, processo pelo qual ela [Von Franz] e Jung se
submeteram…” (NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p. 21)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Afinal, <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Como analistas, nada poderemos fazer se nós mesmos não
nos dispusermos a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>passar por esse
processo. (NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p. 21)</span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">A recusa do terapeuta
de vivenciar um processo terapêutico e de autoconhecimento profundo pode causar
diversos danos em si e na relação com seus pacientes, como por exemplo a
manifestação de aspectos sombrios do arquétipo do curador ferido. Um</span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">potencial aspecto sombrio citado por Von
Franz é o complexo de poder na relação terapêutica:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">… o curador também tem uma sombra específica, ou seja,
essa vocação também possui <b>um contra-aspecto sombrio</b>. Trata-se da figura
do xamã ou curandeiro demoníaco. A forma mais superficial disso é <b>o
terapeuta que é governado por um complexo de poder</b>. É evidente que nessa
profissão, na qual o indivíduo é seu próprio senhor e amo, e na qual as outras
pessoas frequentemente se agarram a ele de maneira ingênua e infantil, o abuso
do poder representa enorme tentação. Por exemplo, o analista pode se ver
tentado a assumir o papel de pai ou do sábio, aquele que sabe o que está certo.
(VON FRANZ, 2021, 332)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Além de sair de seu lugar e ocupar a figura paterna, também compõe
o potencial sombrio do arquétipo, ser possuído pelo complexo materno:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Um
problema difícil se apresenta pelos possíveis estagiários que são possuídos
pelo arquétipo da cura. A imagem arquetípica do curador está relacionada com a
do <i>puer aeternus</i>, o filho-deus criativo da Grande Mãe. Número
considerável de jovens que têm um complexo materno e a tendência de se
identificar com esse arquétipo.<b> Eles costumam manifestar uma qualidade “maternal”
com relação a todos que são indefesos ou sofredores</b>, e frequentemente
também têm um dom para o ensino...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Um
trabalho árduo, portanto, aliado aos necessários esclarecimentos através da
análise, com frequência tornam possível superar a inflação</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">.
É importante para essas pessoas compreender que <b>é o inconsciente que, em
última análise, causa e dirige o processo de cura</b>, e que o analista é
apenas aquele que ajuda e apoia o processo, e não seu autor. (VON FRANZ, 2021,
320)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">A palavra norteadora nos oferecida por Von Franz é <b>inflação</b>.
Seja inflar-se pelo complexo de poder, paterno ou materno, de toda forma o
aspecto sombrio que pode devorar o terapeuta que não se conhece, envolve sua inflação
perante seu paciente. Para a autora, o grande antídoto para evitar esse
fenômeno é um trabalho árduo em análise e a tomada de consciência de que o
terapeuta não é autor do processo de “cura” do outro, mas sim o agente
facilitador dos caminhos do inconsciente de cada sujeito.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Em síntese, Natel defende que:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">… para exercermos nossa função de psicoterapeutas
(Junguianos) temos que mergulhar num processo de autoconhecimento e, assim,
atingirmos um <i>status</i>, uma especialização, que nos permita estar a
serviço do outro. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Ao nos depararmos com o nosso próprio sofrimento e
dúvidas, vivenciando-os em nosso processo onírico, nossas fantasias e símbolos,
é que poderemos nos identificar com o mito do curador ferido</span></b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">… (NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p. 26-27)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Como método, a escuta analítica está voltada para o universo
simbólico de cada paciente. Entretanto, para o seu bom manejo é essencial que o
terapeuta tenha a consciência (possível) de seu próprio universo simbólico:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">… ao submergirmos como analistas no universo simbólico
de nossos pacientes, <b>devemos ter obtido um conhecimento de nosso próprio
universo simbólico</b> para poder acompanhá-lo em sua cura e promover um
contato com o inconsciente capaz de resgatá-lo em sua individualidade, emergido
em seu cotidiano e em interação com o coletivo. A percepção de seu eu deve se
dar por meio dos símbolos contidos no Si-mesmo e no coletivo, e <b>para poder
acompanhar esse processo o analista deve tê-lo feito em seu caminho pessoal,
pois só dessa forma poderá ajudar a diferenciação </b>que o paciente terá que
fazer daquilo que é dele e o que é do universo psíquico e espiritual que é
imposto ao cliente em sua coletividade. (NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p. 17)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Ou seja, </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">o
autoconhecimento do terapeuta envolve conhecer seu universo simbólico pessoal,
para diferenciar-se do universo simbólico do paciente e colaborar que este
diferencie seus símbolos pessoais da sua coletividade. Para exercer tal ofício,
ao terapeuta: </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">É preciso entender e ressignificar símbolos contidos
no inconsciente pessoal e coletivo.</span></b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> E, finalmente, remete-nos à questão da vocação, o
chamado dos deuses… <b>Aquilo que faz sentido em nossas vidas, nossa trajetória
em direção ao <i>Self</i></b>. (NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>p. 40)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Da Psicologia Analítica à Arteterapia</span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">:
o<b> arteterapeuta e suas especificidades</b></span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Uma das especificidades da Arteterapia está no método de “dar
forma” às imagens do universo simbólico de cada paciente (entendendo este “dar
forma” como algo material ou não) através da arte, da criação, das diversas
materialidades e linguagens. É com o manejo do ato criativo e das imagens
resultantes que um arteterapeuta exerce seu ofício específico. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Para tanto, entendemos que para o conhecimento do próprio universo
simbólico, é essencial que o terapeuta mantenha ativa sua própria experiência
com as materialidades, seu processo criativo e a formação de seus símbolos
pessoais. O próprio Jung assim nos inspira:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">… em <i>Memórias, sonhos e reflexões</i>, Jung (1975)
descreve suas experiências no período entre 1912-1920, em contato com as
imagens que o inconsciente lhe impunha em sonhos e visões. Ele relata o
enfrentamento com o temor em relação a essas imagens, que lhe causaram dúvidas
e inquietações quanto ao que seu arsenal teórico lhe oferecia, tornando-se a
base para o trabalho do resto de sua vida…<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">… Ele chegou a temer por sua saúde mental e adotou o
empirismo, a vivência como pssibilidade para montar sua teoria, e assim o fez
durante o período em que mudou para sua casa à beira do lago, onde passou a
viver essas imagens e sonhos…<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">… Nesse período… percebe que, para ele, tudo convergia
para o centro;<b> </b>o processo de desenvolvimento era circular,<b> mandalas
apareciam em seus sonhos e visões, sendo que ele próprio vive a experiência de
criá-las e pesquisá-las</b>. E nesse movimento circular, ele percebe as
transformações que sua psique sofrera.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>(NATEL, 2019,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p. 19-20)</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">E aqui reside <b>uma das especificidades mais caras do
arteterapeuta: sua contratransferência aparece quando este projeta seu próprio
universo simbólico no processo criativo e nas formas produzidas por seu
paciente</b> – sejam elas materializadas ou não, figurativas ou abstratas...
Enfim, é essencial que o arteterapeuta esteja de posse da sua relação pessoal
com seus símbolos recorrentes, seus gestos, traços e cores, os materiais e
linguagens que lhe acessam ou provocam resistência, para assim evitar que seu
universo simbólico arteterapêutico seja projetado nas imagens, processos,
materialidades, temáticas, e consignas trabalhadas com seus pacientes.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">É importante destacar que o arteterapeuta lidando com conteúdos
“não palavra”, o potencial projetivo se dá de forma mais sensível e ampliada. O
antídoto para evitar a contratransferência imagética está na manutenção de um
espaço e tempo separado para que o arteterapeuta permaneça em contato pessoal
com as materialidades, seu processo criativo e produção de imagens pessoais.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Compreendendo essa especificidade, desenvolvi um esquema que pode
orientar o arteterapeuta para a sustentação do suporte que lhe é necessário
para dar conta de sua dimensão ferida e retornar ao seu ofício de “curador”. O
modelo orientado pela psicanálise para a sustentação de um bom analista, se dá em
um tripé: terapia pessoal, supervisão e estudo teórico – individual e em grupo.
Ao arteterapeuta é necessário acrescentar uma “quarta perna” e assim
compreendemos o “quadripé” que nos sustenta: terapia pessoal, supervisão,
estudo teórico e a experiência pessoal com seu processo criativo e tudo o que ele
contém.</span></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPEP1BNXCuAc4wi3ZMTetsw8ck8OETpAwGmsvPwlBfLWNbVjT452r9ximLkmrO_wulYVny3IPqMo4syPboCx8oExlxPVE1TWPr8KIYitawphCC-0fZxyYwCQdiSze8xzaT_lD9w63uJSXS3dyB8g2guZ5Awpxd9Kv4uipRoVlYi7DxtGwG0LJZUepa/s1280/Slide1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPEP1BNXCuAc4wi3ZMTetsw8ck8OETpAwGmsvPwlBfLWNbVjT452r9ximLkmrO_wulYVny3IPqMo4syPboCx8oExlxPVE1TWPr8KIYitawphCC-0fZxyYwCQdiSze8xzaT_lD9w63uJSXS3dyB8g2guZ5Awpxd9Kv4uipRoVlYi7DxtGwG0LJZUepa/w532-h299/Slide1.JPG" width="532" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Esquema de autoria de Eliana Moraes</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Concluindo essa reflexão, tomamos as palavras de Von Franz sobre a
“cura e a criação”, tão aplicável ao nosso ser arteterapeuta:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Um problema especial na profissão da análise é a
criatividade. Sem sombra de dúvida, os melhores analistas são aqueles que, ao
lado da profissão, estão envolvidos em alguma atividade criativa. Não é a toa
que, nas sociedades primitivas, os curandeiros são também, de modo geral, os
poetas, pintores e artistas do seu povo… <b>Os elementos criativos e curativos
são muito próximos…<o:p></o:p></b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">É somente trabalhando continuamente em nossa tarefa
criativa interior que podemos evitar essa deterioração. E não basta termos
sentido uma única vez o chamado da vocação; <b>o direito de praticarmos essa
profissão precisa ser repetidamente conquistador dentro de nós</b>. (VON FRANZ,
2021, 335-336)</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Referências Bibliográficas:</span></span></b><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">NATEL, Rejane Maria Gomes Leite. 2019<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">VON FRANZ, Marie-Louise. Psicoterapia.
2021</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">______________________________________________________________________________</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;">Sobre a autora: Eliana Moraes</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Hnbov7edr2ffyXLodstKmi_3VzRT6SdV6ktOC1ebTonXv5A4HGRuBx-7kBj_raETxS6zd4yJJH8S08-bQqkk_uSK1pD_RWVF5OtLoBm1GVcQv-lkwxs4BfjzNi0LKv2KIiyHDpoaSMohoYyRko34_CV4qLHby4e9gxm9mYIoY68iehnqoRhd3Mko/s639/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="639" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Hnbov7edr2ffyXLodstKmi_3VzRT6SdV6ktOC1ebTonXv5A4HGRuBx-7kBj_raETxS6zd4yJJH8S08-bQqkk_uSK1pD_RWVF5OtLoBm1GVcQv-lkwxs4BfjzNi0LKv2KIiyHDpoaSMohoYyRko34_CV4qLHby4e9gxm9mYIoY68iehnqoRhd3Mko/s320/25368a6a-139c-401d-8958-90e589721f56.jpg" width="320" /></a></div><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 16px; text-align: left;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: 16px; text-align: left;"><br /></span></p>Arteterapeuta e Psicóloga</span><p></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Pós graduada em História da Arte</span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Especialista em Gerontologia e saúde do idoso.</span></span></span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><br /></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Cursando MBA em Logoterapia e Desenvolvimento Humano</span></span></span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="line-height: 18.66px; margin: 0px;">Fundadora e coordenadora do "Não Palavra Arteterapia".</span></span></span></span></span></div></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 22.4px; text-align: left;"></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Escreve e ministra cursos, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px;"><span style="font-family: inherit;">Faz parte do corpo docente de pós-graduações em Arteterapia: Instituto FACES - SP, CEFAS - Campinas, INSTED - Mato Grosso do Sul. </span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin: 0px; text-align: left;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 17.33px; margin: 0px;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 18.66px; margin: 0px;">Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia<i> online</i>, sediada em Belo Horizonte, MG. </span></span></span></span></div><div style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Vol 1 e 2</span></div><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: rgb(217, 234, 211); font-family: Cantarell; font-size: 16px; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"></span></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; font-family: Cantarell; font-size: 16px;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"</span></div>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-70305009472819597862023-05-29T11:06:00.006-07:002023-05-29T16:01:01.996-07:00A POTENCIA DA ARTETERAPIA NO AMBIENTE CORPORATIVO<p><span style="font-family: inherit;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgSMoYbISeaoqzce3eNZWSitgt0gmpV1L6EArHpTJXDRvNl4y1Hz59wvzV6H6Yl9qMGbCLNLZ9McOjQHxsGDH4m-NlsyK3C8K5pEeUpFV7JHuik_vNgs6rQRLY82r_f6onMSpd8ZkKsvKiwFOE-nayprL23CpYLfMxf5bdeTfQz1VK9jxl2ijlQvphrA/s1264/1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="782" data-original-width="1264" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgSMoYbISeaoqzce3eNZWSitgt0gmpV1L6EArHpTJXDRvNl4y1Hz59wvzV6H6Yl9qMGbCLNLZ9McOjQHxsGDH4m-NlsyK3C8K5pEeUpFV7JHuik_vNgs6rQRLY82r_f6onMSpd8ZkKsvKiwFOE-nayprL23CpYLfMxf5bdeTfQz1VK9jxl2ijlQvphrA/s320/1.png" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;"><br /></span></span><p></p><p><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;">Por Milena Medeiros - Volta Redonda - RJ<br /></span><span style="background-color: #d9ead3; text-align: justify;">milolmedeiros@gmail.com</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><span> </span><span> </span>Podemos
encontrar caminhos para viver a nossa melhor versão, experimentando novas
formas de comportamento através do sentir. Para isso REFLEXÃO + AÇÃO são
indispensáveis para que experenciemos a POTÊNCIA DA VIDA NA PRÁTICA DE SI.
Também chamados de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">soft Skills</i>, o
conjunto de habilidades e competências relacionadas ao comportamento humano -
aprendizados subjetivos e desafiadores de serem analisados, como o pensamento
crítico, a positividade e a capacidade de tomada de decisão. Um caminho de
inúmeras possibilidades na promoção de mais autonomia psíquica e consciência
sobre a nossa maneira de existir, sobre as nossas relações internas e externas
e, consequentemente, sobre nós e o Todo, inclusive em ambiente corporativo.</span></span><span style="font-family: inherit; text-indent: 35.45pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">... <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ISSO É SOBRE IDENTIDADE PROFISSIONAL </b>e
como um conjunto de indivíduos que formam uma equipe se movimenta na tarefa de
estar a serviço junto aos resultados<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>positivos
que se pode alcançar dentro de uma empresa. </span><span style="mso-no-proof: yes;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZbMEAX_v6hCE77q2BRXT53tivJCaxtVQXsdb-zmTibZ3Cj38ylYHh75aINyhfNgIfJ4x7h_7LwlMuOh3Ic8j313h9b8wHyJpxWRlzeXoLjbXjSjji32hEIT7K6bzgFZsfPeZMPAj4ErraCy65fKgBZdPdI8mKH9EL2mBJ9HTqCCfom7UgOQ2pl4Uobw/s1383/3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="731" data-original-width="1383" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZbMEAX_v6hCE77q2BRXT53tivJCaxtVQXsdb-zmTibZ3Cj38ylYHh75aINyhfNgIfJ4x7h_7LwlMuOh3Ic8j313h9b8wHyJpxWRlzeXoLjbXjSjji32hEIT7K6bzgFZsfPeZMPAj4ErraCy65fKgBZdPdI8mKH9EL2mBJ9HTqCCfom7UgOQ2pl4Uobw/s320/3.png" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><span> <span> </span></span>Uma
experiencia inovadora no ambiente e nas relações de trabalho em uma pequena, média
ou grande empresa, instrumentalizada por estratégias vivenciais e com o foco no
potencial criativo humano. Esse, que atuará como estímulo gerador
comportamental alinhado à cultura organizacional da corporação.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 4cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Precisamos lembrar de uma coisa obvia, que,
no entanto, nunca é demais reafirmar: personalidades diferentes têm estilos
criativos diferentes. Não existe uma única ideia de criatividade capaz de
descrevê-la na sua totalidade. Portanto, como em qualquer outro relacionamento,
quando colaboramos com outros construímos um ser maior, uma criatividade mais
versátil. (NACHMANOVITCH, 1993, P.92)</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black;">O AMBIENTE CORPORATIVO E A ARTETERAPIA</span></b><span style="color: black;"> formam um terreno fértil e de recursos
criativos para o desenvolvimento de novas formas de ação. Trata-se de um espaço
para a aplicabilidade profissional com a tarefa de facilitar o diálogo entre o
inconsciente e o consciente com a especificidade de fazer emergir impeditivos
pessoais que atravessam e afetam a produtividade profissional.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 4cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">(...)ultrapassando também os limites do
campo restrito de uma consultoria empresarial primordialmente objetiva que
engloba toda a vida e reconhece que as empresas e a nossa profissão permanecem
incorporadas amplamente em nossas realizações de vida, servindo e obedecendo a
elas (HELINGER, 2010, p. 7).</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O foco é na tarefa e na
demanda laboral específica. Tratando-se, portanto, de um projeto personalizado,
de planejamento estruturado e de foco temático e comportamental com o intuito
de gerar potência na equipe/individuo, independente do cargo ou da função
exercida. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As Estratégias Criativas
corporativas também chamadas de Arteterapia nas Empresas é um recurso
extremamente eficaz, uma vez que evidencia a saúde mental e o comportamento do
colaborador/equipe numa crescente força positiva.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por meio de atividades criativas que
favorecem a autoexpressão o objetivo é o de oferecer soluções estimulando o
colaborador/grupo nos níveis emocional, racional e corporal. Uma tríade potente
de desenvolvimento de habilidades pessoais, embasada pela neurociência: as atividades ligadas a estratégias criativas inibem os
hormônios do estresse abrindo espaço para a dopamina, a serotonina e a
ocitocina agirem no cérebro; assim, criatividade, colaboração, capacidade de
adaptação a mudanças e cocriação estruturam-se internamente contribuindo para
novas possibilidades no ambiente laboral. Dessa forma, continuar a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“trocar o pneu com o carro andando”, </b>máxima
das empresas no mundo contemporâneo, torna -se mais seguro e produtivo.</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>... MAS E SOBRE OS RESULTADOS PONTUAIS?</span></b><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Dentro do cenário atual, as Organizações buscam a expansão através
de novas intervenções de mercado. Um dos métodos de trabalho que se entrelaça
com a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Arteterapia aplicada dentro das
empresas segue conceitos de Mundo VUCA<a href="file:///D:/Eliana%20Morais/Downloads/A%20POTENCIA%20DA%20ARTETERAPIA%20NO%20AMBIENTE%20CORPORATIVO.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="color: black; line-height: 107%;">[1]</span></sup><!--[endif]--></span></sup></a> (Volatilidade, Incerteza,
Complexidade e Ambiguidade), um acrônimo que demonstra características
marcantes do momento que estamos vivenciando e mostra que as mudanças
disruptivas pelas quais passamos traz grandes desafios pessoais. Desafios esses
que se seguirão nos pilares primordiais da vida, como no caso o profissional.
Uma Empresa funciona como um Organismo Vivo – em que as partes se movimentam
numa relação em que criar resultados para todos é o objetivo. A tarefa está na
movimentação do “ganha-ganha-ganha-ganha”, ou seja, ganham a Empresa, o
colaborador, o cliente e a comunidade. Com isso as estratégias criativas atuam
no grupo/indivíduo, na organização de conteúdos internos transformando o que
está em desalinho em recursos. Isso é o “VER ALÉM”, ou seja, encontrar a força
do indivíduo/grupo para a real construção da tarefa prática a ser exercida
dentro da</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><br />
Empresa.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Porém, não basta apenas
introduzir conceitos e é por meio da prática com a materialidade expressiva que
temos a oportunidade de dar forma e estruturar tais conceitos; pois assim
experenciamos a estratégia. Esse ato se chama “agir criativo”! Responsável por
tirar o indivíduo da apatia, do desanimo e de outros muitos processos psíquicos
que acompanham a rotina de vida dele. Sentir-se pertencente ao universo que o
aguarda em sua vida profissional diária, com toda a complexidade que ele exige
para sim, cocriar, “vestir a camisa” e trabalhar em prol de resultados.
Intensão arteterapêutica e profissionalismo para o fortalecimento da identidade
profissional.</span></span><span style="font-family: inherit; text-indent: 35.45pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">BENEFÍCIOS QUE A ARTETERAPIA COLABORA PARA
A SAUDE MENTAL NAS EMPRESAS</span></span></b><b><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">- Uma
visão ampliada sobre a própria relação com a empresa e o pertencimento, sua
hierarquia, sua cultura organizacional e o e o que ela representa para si e
para o Todo. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">- Fortalecimento
da Identidade profissional (força interna), já que o trabalho atua no campo
objetivo sobre os variados papéis que o colaborador exerce na vida prática
(pessoal e profissional).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">- Desenvolvimento do potencial pessoal e da criatividade, promovendo indivíduos/equipes
de visão e ação mais colaborativas e integradas</span><span style="color: #843c0c;">.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">- Profissionais
mais motivados e bem dispostos formando um ambiente sadio e inovador,
reconhecendo o seu lugar, o do outro e o da empresa.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">- Desenvoltura
na comunicação Interna, uma vez que as técnicas apoiam novas formas de
expressões sensoriais e autoconhecimento.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">- Desenvolvimento da autoestima, pois o indivíduo descobrindo seus potenciais e
habilidades adormecidas sente-se mais seguro e pertencido ao meio em que vive.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">- Oportunidade de dar forma aos sentimentos e sensações com foco na intuição e
criatividade liberando a rigidez interna que tanto contribui para o adoecimento
emocional.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">- Canalização e direcionamento da energia para o essencial nas tarefas de rotina.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">- Diminuição do estresse e da ansiedade, como um dos grandes benefícios</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">RELATOS DE COLABORADORES E GESTORES DE EMPRESAS EM SEUS DIVERSOS
SETORES SOBRE A ARTETERAPIA APLICADA NAS MODALIDADES PRESENCIAL
CONTINUADA/BREVE E ONLINE.<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">MÉDIA EMPRESA:
Administrativo, Financeiro e Logística; <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">PEQUENA EMPRESA: Vendas,
gestão de vendas, RH e financeiro; <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">GRANDE EMPRESA: Gestão e
Consultoria externa de RH.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgncUH9J-kXNSixqZJpoo0_gO6L67UGg6xZ2ksrTXvw7EhXfq43AQuQOPzQI4PFPXEp6fhBDZn7Oiivt23Z3IJtkw9bTdebVYya98LY4Y9hCAFjmBp8qAr0KiAiLpqQqO77yaQ7FaLIlULb3UbX_cnjheAW3x12hp9XwwWeMKhwth01y89fK76vvR_CiQ/s869/5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="869" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgncUH9J-kXNSixqZJpoo0_gO6L67UGg6xZ2ksrTXvw7EhXfq43AQuQOPzQI4PFPXEp6fhBDZn7Oiivt23Z3IJtkw9bTdebVYya98LY4Y9hCAFjmBp8qAr0KiAiLpqQqO77yaQ7FaLIlULb3UbX_cnjheAW3x12hp9XwwWeMKhwth01y89fK76vvR_CiQ/s320/5.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">S.T.:
“(...)<i style="mso-bidi-font-style: normal;">estou mais observador e pensativo.
Sempre fui muito impulsivo. Do jeito que vinha eu soltava e agora, até nas
reuniões, falo muito menos. Isso é muito bom! A gente vai se policiando.”<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><br />
</span></i><span style="color: black;">C.S.: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Estou me posicionando mais. O que é
confortável para mim”. (Emocionou- se). Às<br />
vezes a gente se posiciona pelo outro e não recebe de volta aquilo que
esperava. O problema nosso está aí, a gente cria expectativa. A saída depende
da gente e não do<br />
outro. E isso faz diferença no dia a dia, aqui no trabalho.” </i>Obs. Durante o
processo ela<br />
realizou a compra de um apartamento (desejo de anos e não realizado por medo);<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><br />
V.A: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Aqui é um momento para pensar, é um
start que continua no dia e no decorrer da semana. Junto com a Arteterapia
também estava num processo que me ajudou muito a<br />
entender o outro. Passei a olhar então a vida com menos julgamento. Essa é a
verdade! Eu tinha uma opinião, e a opinião contrária à minha eu já julgava. Até
mesmo por ter mais um pouco de conhecimento e tal, hoje eu sugiro algo e se a
pessoa quiser fazer<br />
diferente eu já me sinto confortável. Agora deixa acontecer, se deu certo ok!
Caso não, tento descobrir outra forma. Com isso olho menos para os problemas.”<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><br />
</span></i><span style="color: black;">L.A.C<i style="mso-bidi-font-style: normal;">.: “Sentir as coisas mais leves. Como a gente encara o que está
acontecendo? Como eu tô agindo diante disso? Baixa de estresse porque a gente
faz diferente de antes</i>.”<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><br />
Y.C<i style="mso-bidi-font-style: normal;">.: “Nós mudamos! O que a gente
recebia, talvez mentalmente, de cara feia, hoje em dia a gente recebe bem. Quem
não fez? As pessoas dizem que é besteira. Pra quem tá de fora é corte e colagem
só que a pessoa não sabe o que causa o corte e a colagem! Igual a caixa. É uma
caixa e a pessoa não sabe<br />
o que trouxe, o que me fez curar, sabe? Então são emoções que só quem<br />
participa sabe.”<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">FM: “Impressionou-me a forma sobre como a
visão se amplia quando, de fato, o outro é tocado por uma imagem. Cada um dos
participantes se identificou com uma imagem e ressaltando temas diferenciados”.</span></span></i></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="mso-element: footnote-list;"><span style="font-family: inherit;"><br clear="all" /></span></div><div style="mso-element: footnote-list;"><hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" /></div><div style="mso-element: footnote-list;"><div id="ftn1" style="mso-element: footnote;"><p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-shadow: yes; mso-padding-alt: 31.0pt 31.0pt 31.0pt 31.0pt;"><span style="font-family: inherit;"><a href="file:///D:/Eliana%20Morais/Downloads/A%20POTENCIA%20DA%20ARTETERAPIA%20NO%20AMBIENTE%20CORPORATIVO.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><sup><span style="mso-special-character: footnote;"><sup><span style="line-height: 107%;">[1]</span></sup><!--[endif]--></span></sup></a><span style="color: black;"> O termo VUCA é um acrônimo das palavras
inglesas Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity e foi empregado pelo
U.S Army War College na década de 90 para explicar o mundo no cenário
pós-Guerra Fria e vem sendo utilizado desde então por empresas, organizações,
governos e instituições de ensino para descrever de maneira geral diferentes
cenários desafiadores e complexos.</span></span></p></div></div></blockquote><p></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p><p class="MsoTitle" style="margin: 0cm -28.4pt 0.0001pt -14.2pt;"><b><span style="font-family: inherit;">REFERÊNCIAS</span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -14.2pt; text-align: justify;"><span style="line-height: 14.2667px;"><span style="font-family: inherit;">NACHMANOVITCH, S. <b>Ser Criativo</b>, O Poder da Improvisação na Vida e na Arte, 3.ed. São Paulo:Summus, 1993</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -14.2pt; text-align: justify;"><span style="line-height: 14.2667px;"><span style="font-family: inherit;">HELINGER, B. <b>Leis Sistêmicas na Assessoria Empresarial</b>. 1.ed. Minas Gerais: Atman, 2010</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -14.2pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 17.12px;">_</span><span style="background: white;">_____________________________________________________________________</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -1cm; text-indent: 7.05pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><b><span style="font-family: inherit;">Sobre a autora: Milena Medeiros</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -1cm; text-indent: 7.05pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRNLcbN3kSC1FrQFWqmjU-zBGBCB8VxKQtnN8X76CqdzDhk43MnViSVKjRKi8SNEWCql3Rqdlsi5dHJNx-JXnog-2sg1mhMwOv7z0F4SAv4LBKZp7V5yo_0P9UNko3kf24Fw7y3zBoy8ULnehXzJsrAE4WphxU1HB1_xysLK7oUyz1E3sVc2jo2wNK7w/s429/Imagem1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="429" data-original-width="422" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRNLcbN3kSC1FrQFWqmjU-zBGBCB8VxKQtnN8X76CqdzDhk43MnViSVKjRKi8SNEWCql3Rqdlsi5dHJNx-JXnog-2sg1mhMwOv7z0F4SAv4LBKZp7V5yo_0P9UNko3kf24Fw7y3zBoy8ULnehXzJsrAE4WphxU1HB1_xysLK7oUyz1E3sVc2jo2wNK7w/s320/Imagem1.jpg" width="315" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -1cm; text-indent: 7.05pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Arteterapeuta AARJ1122</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -1cm; text-indent: 7.05pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Atendimento em Arteterapia Clínica na modalidade Online e Presencial - perfil adulto</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -1cm; text-indent: 7.05pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Coordenadora do Projeto de Atendimento Social em Arte terapia Online – “Não Palavra”</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Com mais de 15 anos de experiência em Gestão de Pessoas e Negócios no mercado Corporativo, hoje atuo com a Arteterapia nas empresas.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Facilitadora de Pós Graduação latu sensu em Constelação Familiar Sistêmica- MÓDULO EMPRESARIAL - SC Faculdades Ibrate</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Pós Graduada em Arte terapia base Junguiana – Clínica Pomar</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Practicioner em PNL Programação Neuro Linguística pelo Instituto Espaço Ser/SC;</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Certificada pela UNAT-Brasil - 101 Introdutório Oficial de Análise Transacional. Abordagem psicológica de Erick Berne que trata de maneira prática e compreensível os aspectos mais importantes da personalidade e das relações entre as pessoas;</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Certificada em Visão Sistêmica Organizacional - Systemic Team Awareness - Mundo VUCA (Volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade); Metaforum Internacional SP</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="line-height: 17.12px;"><span style="font-family: inherit;">Certificada - Visão Sistêmica com base Psicoterapêutica de Bert Hellinger;</span></span></p></blockquote><p><span style="font-family: inherit;"> </span></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p class="MsoNormal" style="margin-left: -21.3pt;"><span style="font-family: inherit;">Graduada em Gestão de PMES - Universidade Metodista de SP. </span></p></blockquote><p></p>
naopalavrahttp://www.blogger.com/profile/15881857945846216622noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-74202572294893535552023-05-15T10:05:00.004-07:002023-05-15T10:05:39.090-07:00A METÁFORA E O ORIGAMI: ARTICULAÇÕES EM ARTETERAPIA <p><span style="background-color: #d9ead3;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDpCovYO1yzvPX0nvpnMjvwXHjLX5PjrmS-oE9N98dOVqPHH7AjDie--sj7HuDbLvTxjL3qqm2YUZhGSEQ3UcxpRwVtnU_GXrmtPfXR_KJgRTLcMb2Z97TeYSRRp32mClIZO3eCZs34RA2t99yM7ypIV2NzK8aSpovao7gxElmiJs8jaT56WMO4gXT/s1600/origami%207.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1585" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDpCovYO1yzvPX0nvpnMjvwXHjLX5PjrmS-oE9N98dOVqPHH7AjDie--sj7HuDbLvTxjL3qqm2YUZhGSEQ3UcxpRwVtnU_GXrmtPfXR_KJgRTLcMb2Z97TeYSRRp32mClIZO3eCZs34RA2t99yM7ypIV2NzK8aSpovao7gxElmiJs8jaT56WMO4gXT/s320/origami%207.jpg" width="317" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;">Por Isabel Pires - RJ</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: #d9ead3; line-height: 12pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">bel.antigin@gmail.com </span></p><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><p align="right" style="margin-top: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><b>Metáfora</b> (Gilberto Gil)<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin-top: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Uma lata existe para conter algo,<br />
Mas quando o poeta diz: “Lata”<br />
Pode estar querendo dizer o incontível<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin-top: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Uma meta existe para ser um alvo,<br />
Mas quando o poeta diz: “Meta”<br />
Pode estar querendo dizer o inatingível<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin-top: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Por isso não se meta a exigir do poeta<br />
Que determine o conteúdo em sua lata<br />
Na lata do poeta tudonada cabe,<br />
Pois ao poeta cabe fazer<br />
Com que na lata venha caber<br />
O incabível<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin-top: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Deixe a meta do poeta, não discuta<br />
Deixe a sua meta fora da disputa<br />
Meta dentro e fora, lata absoluta<br />
Deixe-a simplesmente metáfora.<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">(Disponível em: <a href="https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/487564/"><span style="color: windowtext;">https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/487564/</span></a><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="margin: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Acesso em: 12/05/23)<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;">Na
busca de fundamentos para o uso do origami em Arteterapia, tenho escrito sobre
minhas pesquisas, conclusões pessoais e observações da prática clínica da
dobradura de papel no <i>setting</i> arteterapêutico (ver textos anteriores
aqui no blog). Dando sequência a esses textos, hoje pretendo falar de metáfora,
que contribui para fundamentar o uso do origami no trabalho arteterapêutico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Para falar de metáfora, começo pela
procura de uma designação do termo. Frequentemente usamos palavras sem
realmente nos atermos à sua conceituação original ou formal, principalmente
quando muito utilizadas e até banalizadas. Por isso, a primeira coisa que
busquei, para escrever esse texto, foi a definição da palavra metáfora:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">(...) pode-se definir a
metáfora como a figura de significação (tropo) que consiste em dizer que uma
coisa (A) é outra (B), em virtude de qualquer semelhança percebida pelo
espírito entre um traço característico de A e o atributo <i>predominante</i>,
atributo <i>por excelência</i>, de B (...) (grifos do autor) (GARCIA, 1986, p. 85).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">A
metáfora é uma figura de linguagem, ou seja, uma forma de expressão que sai do
padrão linguístico ao dar um <b>sentido conotativo</b> às palavras. Isso
significa que a palavra deixa de ter o significado literal do dicionário e
passa a possuir um <b>sentido figurado</b>, mais pessoal e até mais amplo. E
tal sentido baseia-se, sobretudo, na <i>percepção</i> de quem cria a metáfora,
pois a pessoa verá uma semelhança entre duas coisas diferentes, mas com algum
traço de similaridade subjacente, e lhes dará uma conotação mais subjetiva e
expressiva. Por exemplo: “Ele tem um coração de pedra”. Existe aqui uma
comparação implícita (na metáfora não se usam as palavras “como”, “tal qual”,
“tal como” e similares) entre um coração que não expressa/vive suas emoções e a
característica de dureza e frieza de uma pedra. Portanto, a metáfora é uma <i>associação
de ideias</i> de ordem psíquica, uma analogia de palavras, coisas, conceitos, num
nível subjetivo. Assim, expressa a maneira como o indivíduo <i>percebe</i> a
palavra original (no exemplo acima, coração) e aquela a que se associa (ou
seja, a pedra), e isso vai ser representativo da subjetividade de quem cria a
metáfora. Logo, identificar e entender a metáfora levará a uma melhor
compreensão do psiquismo do indivíduo. Se pensarmos que a linguagem revela o
pensamento, veremos a importância da metáfora no trabalho terapêutico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">Na
realidade, a metáfora transfere o significado de uma palavra para outro campo
de significação, ampliando-lhe o sentido e a expressividade. Se, na metáfora,
há uma mudança de significação, vale lembrar o que Vygotsky nos fala sobre
significado:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O significado de uma
palavra representa um amálgama tão estreito do pensamento e da linguagem, que
fica difícil dizer se se trata de um fenômeno da fala ou de um fenômeno do
pensamento. (...) Mas, do ponto de vista da psicologia, o significado de cada
palavra é uma generalização ou um conceito. E como generalizações e conceitos
são inegavelmente atos do pensamento, podemos considerar o significado como um
fenômeno do pensamento. (...) O significado das palavras é um fenômeno do
pensamento apenas na medida em que o pensamento ganha corpo por meio da fala, e
só é um fenômeno da fala na medida que esta é ligada ao pensamento, sendo
iluminada por ele (VYGOTSKY, 1991, p. 104).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">Desta
forma, mudar o significado implica na mudança de pensamento. Significado,
sentido, pensamento: termos altamente relevantes no trabalho terapêutico. Por
isso, na Arteterapia, que usa a metáfora, a mudança pode surgir de forma mais
rápida e, até, mais fácil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">Além
disso, Sanfelice (2014) também explica que, para Nietzsche, toda linguagem é
metafórica, porque “a origem da linguagem revela as transposições – o que
justifica dizê-la metafórica – de significações por instâncias distintas:
estímulo nervoso, imagem, som, palavra. Cada transposição é uma metáfora”
(SANFELICE, 2014, p. 21).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">Em
outras palavras, na transposição de significados através da metáfora, pode ocorrer
a evocação de uma imagem. No exemplo citado acima, a palavra coração é remetida
à imagem da pedra. Já na metáfora, “cabelos de ouro”, a palavra “cabelos” se
liga à imagem do ouro. E, em Arteterapia, trabalhamos sobretudo com imagem. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É aí que podemos entrar com o origami, a
partir de uma imagem surgida tanto no discurso do paciente/cliente quanto numa
de suas produções. Se o indivíduo fala que precisa mudar de casa ou arrumá-la,
pode-se fazer uma casa de origami e pedir-lhe que a pinte ou desenhe no origami,
de modo que ela expresse e materialize o seu desejo. Ou se, por exemplo, em
alguma de suas criações artísticas no <i>setting</i> arteterapêutico, o
indivíduo enxerga uma borboleta, podemos tirá-la do papel e usar a técnica do
origami, que tem dobraduras para quase todo tipo de imagem que se possa
conceber. Então, essa borboleta ganhará vida e tridimensionalidade e poderá ser
“personalizada”, não somente com a cor e a textura do papel, mas também com outros
materiais, tais como lápis de cor, tinta, recortes de revista, entre outros. A
partir daí, teremos mais notícias de nosso paciente/cliente, que, através da
metáfora, <b>é</b> a própria borboleta criada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na Arteterapia de abordagem junguiana,
entendemos a imagem como um símbolo, veículo de transmissão de um conteúdo do
inconsciente, gerado pela psique para ampliação da consciência. Isso porque o
inconsciente conversa com a consciência através de símbolos, que materializam
imagens arquetípicas. Esse símbolo deverá ser trabalhado de diversas formas,
com diferentes materialidades, para poder ser compreendido, num processo
chamado de amplificação. Uma dessas formas de amplificar o símbolo é a
dobradura de papel, cuja materialidade é acessível, leve e barata.<span style="background: white; color: #222222; letter-spacing: 0.15pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">No
caso particular da Arteterapia, podemos considerar que a metáfora permite a
transposição de um termo ou ideia não apenas para uma imagem, mas também para uma
<b>ação</b>. Com a metáfora de uma fala/palavra que o paciente/cliente traz em
seu discurso ou criação artística, poderemos convidá-lo a atuar, através da
expressão artística, na modificação desta fala e, consequentemente, de seu agir.
É com ela que faremos a ponte entre a linguagem e a ação, entre a palavra e o
agir criativo, que levará à modificação do pensamento e da atitude. Assim na
arte como na vida: o indivíduo irá fazer na atividade expressiva do <i>setting</i>
arteterapêutico da mesma forma que deverá atuar na vida. Desta forma, no
exemplo que citei sobre a casa, a dobradura da casa é o desejo do paciente
concretizado no papel. Com uma grande frequência, na minha clínica, depois de
fazer o origami da casa, o paciente/cliente em pouco tempo muda de casa ou
arruma a sua. Parece magia! Mas é a metáfora em ação através da arte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">Do
mesmo modo, se o indivíduo precisa deixar fluir as emoções, deverá trabalhar
com o fluir da tinta. Assim como a tinta flui no papel ou na tela, assim suas
emoções deverão fluir na sua vida. Se é necessário ser mais realista e
pragmático e pôr os pés no chão, então poderá trabalhar com argila, para
“aterrar”. As metáforas aqui são “arte é vida” e “agir na arte é agir na vida”,
porque, na Arteterapia, vivenciar o processo artístico será equivalente a
transpor a ação para a vida, da mesma forma que a metáfora transfere uma
palavra com determinado significado para outro campo semântico. Por isso, a
metáfora cria a ponte entre o psiquismo do paciente/cliente e o material ou a
atividade que o arteterapeuta lhe propõe. A esse respeito, Moraes (2020, p. 17)
diz que o arteterapeuta é o “’promotor de encontros’ entre o sujeito que fala e
um material que será facilitador de seu discurso, da elaboração de conteúdos
psíquicos e de retificações subjetivas a partir do ato criativo”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">Em
suma, a metáfora vem do próprio discurso do paciente, <b>da sua</b> <b>fala</b>,
quando ele diz algo como “estou engaiolado”, em que a imagem da gaiola metaforiza
uma prisão; <b>do seu</b> <b>sintoma</b>, por exemplo, quando se sente engasgado
por ter deixado de falar algo importante, o que é uma metáfora corporal de uma
expressão verbal que ficou retida, travada; ou <b>da sua</b> <b>criação
artística</b>, como quando faz um desenho cego e, depois, enxerga um pássaro,
que, na verdade, metaforiza a sua vontade de se libertar, de voar. A metáfora vem,
também, <b>do arteterapeuta,</b> quando cria a analogia entre o que o
paciente/cliente vive no momento e os materiais expressivos a serem usados. Mas
também surge <b>do próprio</b> <b>agir criativo</b>, com a atividade proposta
pelo arteterapeuta, para metaforizar a ação que deverá ser transposta para a
vida do indivíduo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7vTA5THNWwNLn0fLrWXJXZ0AeqcH8oQJpqwOdhbGtl0TajVaJvNj-lrtClHiEwtHaAO9uIxsTI3hHrknf6fIaJsVAbMs-GLJ8LDN64b2weVxPKM3Q3VOFJWrFdjJifxF8LGjUs2UPNM16PsJMNZn1sKgJYhBeic33bBhuV90Z407ecSmOIRE0cIzD/s1600/origami%206.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1544" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7vTA5THNWwNLn0fLrWXJXZ0AeqcH8oQJpqwOdhbGtl0TajVaJvNj-lrtClHiEwtHaAO9uIxsTI3hHrknf6fIaJsVAbMs-GLJ8LDN64b2weVxPKM3Q3VOFJWrFdjJifxF8LGjUs2UPNM16PsJMNZn1sKgJYhBeic33bBhuV90Z407ecSmOIRE0cIzD/s320/origami%206.jpg" width="309" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">E
o origami, nisso tudo? Bem, o origami entrará nesta metáfora, quando for
necessário, por exemplo, propor o limite, conforme expliquei no meu texto
anterior (“Linhas e origami: pontos de encontro”). Mas também poderá ser a
metáfora de leveza, por se trabalhar com o papel; de humildade, por se lidar
com algo desafiante e desconhecido; de reencontro com a criança interior, que
já brincou com chapéus e barquinhos de papel no passado. Podemos metaforizar o
voo do avião de papel com a liberdade de ir e vir, com o propósito que se quer
seguir, o objetivo a alcançar ou com o atirar para bem longe algo de se quer se
livrar. É possível usar a metáfora do ego com o barco, que conduz o indivíduo
pelos caminhos da vida. E muitas outras imagens podem surgir e transformar-se
em dobraduras, imagens que viram esculturas leves, delicadas e bonitas, que
falarão muito do indivíduo que a fez (como mostrarei no meu próximo texto).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><b><span style="font-family: inherit;">Sintetizando:
a metáfora conduz à imagem. A imagem é um símbolo que advém do inconsciente. A
atividade artística é a materialização do símbolo. O origami pode ser esse
símbolo materializado através de uma metáfora. A metáfora conduz à ação pela
atividade artística. E a metáfora em ação conduz à transformação do indivíduo.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;">Como
metáfora, a atividade do origami traz leveza, tridimensionalidade,
sensorialidade (pelo contato com o papel, sua textura, espessura e, às vezes,
cheiro), brincadeira e imaginação. Na ação metafórica de fazer o origami, o
indivíduo viverá o limite, o dobrar, o moldar, o persistir, o desafiar-se, o
surpreender-se e até o encantar-se com a sua dobradura. Além disso, o sujeito
poderá ser um barco, uma borboleta, um avião, um tsuru e tudo o que esses
objetos podem representar: o eu, a liberdade, um objetivo, um sonho. Basta
metaforizar e brincar de dobrar o papel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit;">REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">GARCIA,
O. M. <b>Comunicação em Prosa Moderna</b>. 13ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Fundação Getúlio Vargas, 1986.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">VYGOTSKY,
L. <b>Pensamento e Linguagem</b>. São Paulo: Martins Fontes, 1991.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">SANFELICE,
V. <b>Metáfora e imaginação poética em Paul Ricoeur</b>. Dissertação (Mestrado
em Filosofia) - Universidade Federal de Santa Maria. Rio Grande do Sul, p. 21-22.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">MORAES,
E. (org). <b>Escritos em Arteterapia</b>: coletivo Não Palavra. Divino de São
Lourenço, ES: Semente Editorial, 2020.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><u><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">SOBRE
A AUTORA:<o:p></o:p></span></span></u></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><u><span style="line-height: 150%;"></span></u></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><u><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE6VwNGS5DgBjLdHIqNzLLOB_8TtjGxRJwK5CTrlFSIprDvhdbetsfZFDq4duSEF-_WQm8cb5lgOy8irRg_aTyWuep7Ifz2M1vuRe0Huw3Wd1A1H6IDtyFkPdzOoLvI5FDCogQhUMIt30OjGOtovy3qZHUeV0Kch6t5nGOl5iFk9lJJ42ATlLxGcUy/s1600/ISABEL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1472" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE6VwNGS5DgBjLdHIqNzLLOB_8TtjGxRJwK5CTrlFSIprDvhdbetsfZFDq4duSEF-_WQm8cb5lgOy8irRg_aTyWuep7Ifz2M1vuRe0Huw3Wd1A1H6IDtyFkPdzOoLvI5FDCogQhUMIt30OjGOtovy3qZHUeV0Kch6t5nGOl5iFk9lJJ42ATlLxGcUy/s320/ISABEL.jpg" width="294" /></a></u></b></div><b><u><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></u></b><p></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><span class="s1ppyq"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">Arteterapeuta </span></b></span><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span class="s1ppyq"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="s1ppyq"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">PSICÓLOGA CLÍNICA</span></b></span><span class="s1ppyq"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><span class="s1ppyq"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">ESPECIALISTA
EM PSICOLOGIA JUNGUIANA</span></b></span><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><span class="s1ppyq"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">PROFESSORA DE
INGLÊS E FRANCÊS</span></b></span><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><span class="s1ppyq"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">Formada em
Antiginástica ®Thérèse Bertherat </span></b></span><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span class="s1ppyq"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="s1ppyq"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">Formada em Jornalismo </span></b></span><span class="s1ppyq"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span class="s1ppyq"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span></span><!--[endif]--><span class="s1ppyq"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">Atendimentos individuais e em grupo (online/presencial)</span></b></span><span class="s1ppyq"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">Contatos:<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Whatsapp: (21) 97657-5685<o:p></o:p></span></b></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 141.6pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">E-mail: </span></b><a href="mailto:bel.antigin@gmail.com"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;">bel.antigin@gmail.com</span></b></a><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></b></span></p>
<p class="04xlpa" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 141.6pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><b><span style="letter-spacing: 0.6pt; text-transform: uppercase;"><span style="font-family: inherit;">Instagram: @isabelpires.artepsi</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></b></p>naopalavra@gmail.comhttp://www.blogger.com/profile/06821513351733965636noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6469014007419704947.post-29842448891085160112023-05-08T14:10:00.003-07:002023-05-08T14:11:11.792-07:00PRÁTICAS ARTETERAPÊUTICAS COM CRIANÇAS NO TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ohH_4F1FDV5WJVoxRJ-ob9oRJIXirzANmialyc06KzyEjKAt-38E7spBYQg2b5JI49PMFVSEh--iRaUPTz005HeF57ND5XBUCU4WslbJX4iZMRVDjmlbG9kMVRxmnA0-Ej20uSlfBtnO9kKTiuja6SJTT4kjsOZBmiTYa6ctwkF7AeEoPb-jvN0c9g/s480/tea%201.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="478" data-original-width="480" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ohH_4F1FDV5WJVoxRJ-ob9oRJIXirzANmialyc06KzyEjKAt-38E7spBYQg2b5JI49PMFVSEh--iRaUPTz005HeF57ND5XBUCU4WslbJX4iZMRVDjmlbG9kMVRxmnA0-Ej20uSlfBtnO9kKTiuja6SJTT4kjsOZBmiTYa6ctwkF7AeEoPb-jvN0c9g/s320/tea%201.jpg" width="320" /></a></div><span style="background-color: #d9ead3;"><br /></span><p></p><div class="WordSection1">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"> Por Tania Salete – RJ/CE<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"> @caminhartes.arteterapia<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">“A gente bota
essas experiências fortes<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">de lado, mas
elas ficam acontecidas<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">dentro da
gente; e os fragmentos<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">delas formam
um novo desenho lá no<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;">fundo do
nosso caleidoscópio.</span></i><i> <o:p></o:p></i></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Só que no
nosso caleidoscópio as<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">imagens
viradas – mesmo parecendo<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">que nunca
mais vão voltar, acabam<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">aparecendo de
novo – <b>porque a gente<o:p></o:p></b></span></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><b><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">não deixa de
ser cada desenho que<o:p></o:p></span></span></i></b></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><b><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;">criou”.</span></i></b><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"> (Lygia Bojunga).<o:p></o:p></span></i></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><b><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em texto anterior, publicado recentemente aqui
no Blog, abordamos a atuação da Arteterapia no contexto de crianças no
Transtorno do Espectro Autista (CLIQUE AQUI). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Neste texto, faremos um recorte sobre
materiais, aplicabilidades e adaptações para este contexto tão singular e ainda
em expansão no trabalho do arteterapeuta, tendo em vista que a Arteterapia com
crianças privilegia as experiências sensoriais e, a partir destas promove inúmeros
benefícios, como: expressão simbólica, estímulo à imaginação, criatividade,
potencialização dos processos de aprendizagens, relaxamento, sentimento de
pertencimento, estímulo ao desenvolvimento das habilidades motoras, cognitivas,
sociais, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>autorregulação emocional,
dentre outros.</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p></div>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Entretanto, para além da pesquisa
continuada sobre materialidades e suas aplicações na Arteterapia, outros
conhecimentos prévios são indispensáveis no processo terapêutico com crianças
de um modo geral, dentre eles, investir no estudo sobre o desenvolvimento
infantil, ou seja, os marcos do desenvolvimento, que podem ser entendidos como um
conjunto de habilidades que a maioria das crianças consegue fazer em uma
determinada idade. Este conhecimento prévio certamente fará toda diferença na
escolha do tipo de material expressivo mais apropriado para cada criança. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Além disso, segundo Coutinho, “o terapeuta
precisa apurar sua capacidade de compreender mensagens que lhe cheguem por meio
das modalidades não verbais de comunicação. As posturas, gestos, forma de
caminhar, de olhar, o tom de voz, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ritmo
do movimento. Tudo isso pode revelar um código bem mais rico do que palavras.”
(p.18) <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ao
iniciar nesta nova seara de atendimentos às crianças no Transtorno do Espectro
Autista, fui me conscientizando de que a bagagem trazida da formação precisaria
passar por um ajuste mais fino, devido as peculiaridades deste público, pois um
número expressivo de crianças autistas apresenta <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sensibilidade
sensorial (também conhecido por distúrbio na integração sensorial<b>)</b>, que
pode ser tátil, visual, olfativa e outras causando incômodos e até resistência
às sessões. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sendo esta uma
característica bastante comum, é necessário mais conhecimento sobre este tema específico
e importante na prática do arteterapeuta para que sejam promovidas as devidas
adaptações para cada criança, respeitando sempre seus limites e tempo de
ajustamento ao processo. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Algumas estratégias para
engajamento de pacientes com mais sensibilidade sensorial podem ser adotadas,
como por exemplo: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>rotina
(previsibilidade) nas sessões, limitar o acesso de materiais de artes e/ou
excesso de estímulos no ambiente (iluminação excessiva, tipos de músicas ou
sons); para aqueles com comportamentos mais rígidos ou com dificuldades de transacionar
entre atividades e ambientes, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é
interessante incluir na rotina alguns minutos antes do término da sessão, por
exemplo, para que se reorganize e guarde os materiais, principalmente com a
cooperação deles. Desta forma, a criança vai compreender que estamos
finalizando aquele momento. Isso pode ser feito com alarme suave do celular, um
sino delicado, com música ou som de um instrumento musical. Assim,
proporcionamos um ambiente mais seguro, confiável e minimizamos a ansiedade e possível
desregulação. Pode parecer uma rotina um tanto óbvia no contexto terapêutico de
maneira geral, entretanto, no caso de crianças com esta singularidade, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>isso é bastante importante e até
imprescindível. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Patrícia
Winck, em palestra sobre o Autismo, ressalta: “Conheça mais sobre o autismo,
mas não esqueça que ao atender uma pessoa autista você está conhecendo e
aprendendo sobre o <b>seu autismo</b>, suas peculiaridades e potencialidades.
Tudo que é e o que traz para sua rotina, seus aprendizados e necessidades.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Orrú destaca que “O TEA (Transtorno do
Espectro Autista) pode se manifestar de maneira semelhante e, ao mesmo tempo,
distinta em cada indivíduo. E que cada pessoa é única, sendo que o TEA é uma
das singularidades que compõe a subjetividade de cada pessoa. Portanto, o TEA
em seu quadro sintomático pode se repetir em sua manifestação por todo planeta,
no entanto, as pessoas não se repetem, elas são únicas, são singulares e, antes
de qualquer categoria de diagnóstico, são seres humanos que devem ser
respeitados em todas as suas demandas e direitos sociais.” (p.22-23)</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">OS
CONTOS, CANTOS E ENCANTOS – PRÁTICAS NA SINGULARIDADE<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 115%; mso-background-themecolor: background1; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O brincar é, sem dúvida, a melhor maneira de
se conectar com a criança, pois dentre tantos benefícios, viabiliza sua livre
expressão. A arte é uma outra fonte de conexão e interesse dos pequenos. Afirma
Coutinho que, “ao pintar, desenhar, modelar, a criança se encontra diante de
múltiplas possibilidades criativas, explorando os materiais, o que se constitui
uma atividade enriquecedora, que combina e aguça todos os sentidos, sem nenhuma
necessidade de ensinar, quando pode tentar, ousar, vivenciar.” (p.64). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assegura ainda que “criar é uma das formas
mais eficientes no cuidado com a saúde emocional das crianças, por resgatar ou
alimentar o seu potencial criativo”. (p.40)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Ferreira
destaca que:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 262.25pt; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">“a
criança produz arte quando atribui significados às suas experiências. Ela
transforma o vivido, o ouvido, o visto, o sentido, de maneira singular e
autoral através de desenhos, gestos, cantos, escritas, com uma infinidade de
possibilidades de representações. A arte está por todos os lados, desde a
cantiga na voz materna para o recém-nascido, que tem o potencial de acalmar e
serenar, até à linguagem simbólica na criança mais velha, que já consegue
explorar o imaginário e os contos de fada.” (p.23)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">E
Pilloto ressalta que:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 262.25pt; text-align: justify; text-indent: -7.1pt;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="line-height: 115%;">“para
a criança, importam o processo e a experiência no ato do fazer (garatujar,
balbuciar, movimentar, sonorizar...). É o adulto que muitas vezes lhe impõe
significado, determinando o produto como até mais importante que o ato criativo
da criança. Uma pista é aproveitar ao máximo o tempo de convívio com as
crianças, deixando-as livres para explorar suas várias formas de expressão”.(p.22)</span><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">RELATOS
DE CASO<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">-
<b>Contação de história com teatro de sombra e uma degustação possível</b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Às
sextas-feiras desenvolvemos um projeto mais interativo e interdisciplinar com
as crianças, formado por <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>alguns
profissionais da equipe (pedagoga, musicoterapeuta, nutricionista e
arteterapeuta). Juntos, selecionamos uma história e de acordo com o grupo
daquele dia, organizando a melhor forma de apresentar, de maneira que as
crianças pudessem tirar o máximo proveito daquele tempo. Escolhemos a história
do Macaco Caco e das frutas (muitas crianças autistas apresentam seletividade
alimentar e com isso, transtornos alimentares importantes). A ideia era
apresentar a história com teatro de sombras (com palitoches), depois cada um
escolheria qual animal gostaria de levar para casa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Como
nosso grupo era de crianças acima de 7 anos, nível 1 de suporte, com boa
interação social entre elas, a proposta de artes seria origami (técnica
japonesa de dobrar papel) de alguns animais da história. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Depois
deste momento, semelhante a história contada, faríamos uma “festa das frutas”
(salada de frutas) e cada participante poderia experimentar um pouquinho. Conquanto
fosse a mesma proposta, cada terapeuta tinha em mente seus objetivos
específicos, porém o objetivo geral consistia em proporcionar inúmeras experiências
às crianças, principalmente a degustação das frutas, que consiste num desafio
importante. Alguns por conta da textura, sabor, odor ou consistência dos
alimentos, não conseguem ingeri-los com facilidade. E, neste grupo específico,
ficou muito clara esta dificuldade. Foi um momento de alegria ver que alguns conseguiram
superar-se, principalmente pelo apoio e incentivo dos participantes. Foi um dia
de conto e encanto para todos nós. É sempre um dia de cada vez. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nachmanovitch cita a importância
dos processos compartilhados para vencer os desafios: “Uma vantagem da
colaboração é que é mais fácil aprender com alguém do que sozinho. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(...) os amigos têm um poder incalculável
(...) pela conversa, apoio, conforto, humor, (...) eles são o mais perfeito eliminador
de bloqueios.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(NACHMANOVITCH, 1993, p.92)
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZnpwwrOIwyINjX8FWsW13m2NH1qqZ0MXoO1xDUT1K_jU2fk-f6VlGM_lGsqZ1N7b_FHlIlOOw4EoceifXzXkE1vDzW8w85dGSglps1tRrGC8oYyI8F3LQRrX099KeQvLUIhCzN2n2hzphp1Ji87lq45Y3BsXq-3telcaauoZSaH9Q2PWU4Pj0nF5ihQ/s497/tea%202.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="497" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZnpwwrOIwyINjX8FWsW13m2NH1qqZ0MXoO1xDUT1K_jU2fk-f6VlGM_lGsqZ1N7b_FHlIlOOw4EoceifXzXkE1vDzW8w85dGSglps1tRrGC8oYyI8F3LQRrX099KeQvLUIhCzN2n2hzphp1Ji87lq45Y3BsXq-3telcaauoZSaH9Q2PWU4Pj0nF5ihQ/s320/tea%202.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p class="MsoCaption" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;"><span style="background-color: #d9ead3;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Figura </span></b><!--[if supportFields]><b><span
style='font-family:"Times New Roman",serif'><span style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>SEQ Figura \* ARABIC <span style='mso-element:
field-separator'></span></span></b><![endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1</span></b><!--[if supportFields]><b><span
style='font-family:"Times New Roman",serif'><span style='mso-element:field-end'></span></span></b><![endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"> – Teatro de sombras </span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">com palitoches</span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Re2khhO-gKGRAcQXh3Yqixe66WRM-zMf-a1dnXFBdJDk6rbGl4goiD4hruYakNcLGayelTKJK9bZD-05lJ-6a7CGQzHHtkfueETv930tR0XQfsFwoDlMeKgPtJ3HlIWMl9NiIdeIfoqsOkO1_2aB96KpEaxVoYKcIdR0Ir6Q7iFS1BXROjiOFp-w1A/s498/tea%203.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="498" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Re2khhO-gKGRAcQXh3Yqixe66WRM-zMf-a1dnXFBdJDk6rbGl4goiD4hruYakNcLGayelTKJK9bZD-05lJ-6a7CGQzHHtkfueETv930tR0XQfsFwoDlMeKgPtJ3HlIWMl9NiIdeIfoqsOkO1_2aB96KpEaxVoYKcIdR0Ir6Q7iFS1BXROjiOFp-w1A/s320/tea%203.jpg" width="257" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"></o:p></span></p><p class="MsoCaption" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;"><span style="background-color: #d9ead3;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Figura 2 – Crianças experimentando a
técnica do teatro de sombras.</span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-no-proof: yes;"><o:p></o:p></span></b></span></p><p class="MsoCaption" style="margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background-color: #d9ead3; font-family: "Times New Roman",serif;"><br /></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfFykdPPb5VRBNqVWe7Y3yfhkNZV4ZrlWOiRSo-uiupWKVgB7Je4PaQtTrJN8PoJVhKqWE_yYatJN1gvhlGe6ArskyBPPkQSVFZyD8iOZ571OPMd8NnvZ3rbbI4G0WI_z34Gitr2cTOFHyXMMBySIea9lw4KsgdUBJO3amLTg9tlZIvcZq1sLpirlMSw/s428/tea%204.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="428" data-original-width="351" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfFykdPPb5VRBNqVWe7Y3yfhkNZV4ZrlWOiRSo-uiupWKVgB7Je4PaQtTrJN8PoJVhKqWE_yYatJN1gvhlGe6ArskyBPPkQSVFZyD8iOZ571OPMd8NnvZ3rbbI4G0WI_z34Gitr2cTOFHyXMMBySIea9lw4KsgdUBJO3amLTg9tlZIvcZq1sLpirlMSw/s320/tea%204.jpg" width="262" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"></o:p></span></p><p class="MsoCaption" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;"><b><span style="background-color: #d9ead3; font-family: "Times New Roman",serif;">Figura 3 – Hora da degustação como
na história do macaco. </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">- <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b>Salão
de cabelereiros</b><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Nesta proposta simulamos
um salão de cabelereiros onde cada criança deveria atender um cliente.
Ofereceremos tiras coloridas de diversos papéis (reciclados), cola de isopor,
uma bola de látex. A atividade consistia em colar as tiras de papel na bola
(que estava presa na mesa), simulando os cabelos e depois deveriam colar as
partes do rosto, representando uma expressão facial do cliente, após o serviço
feito. O objetivo principal consistia em estimular as habilidades
socioemocionais, compartilhamento e interação do grupo.</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Durante a atividade,
perguntamos aos “profissionais do salão” como os clientes estavam se sentindo.
A., 9 anos disse que seu cliente estava feliz! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já J.M. 8 anos, declarou convicto de que seu
cliente estava confiante, porém a expressão facial demonstrava puro desespero!
Foi muito engraçado, pois ele repetia durante toda a sessão a confiança do
cliente no seu trabalho. Ao final, cada um poderia levar seu cliente de cabelos
cortados e bem penteado para casa.</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vale ressaltar que crianças autistas
podem ter mais dificuldades para reconhecer e utilizar de expressões faciais e
outras expressões não verbais para interagir com outros, por isso, aspectos
ligados à comunicação como imitações, gestos, contato visual, tom de voz,
metáforas, ironia são bastante desafiadores para eles. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ3X0gdRXKG_PFxpIWw0Fc2tOjEi8yickhGylMCq0HNkQuUWNPBLcObpn7m6MDR7OB_pX8KFYPZXFqt-tzLHiaRgzQ4KAlms2xe2TGCp8FjtSAAnkxvW6D_dNo7pK8tVEH7E9ci-TucLE8Uieclkxa2YTgtw-osma_Fa1bF7og2VFUl6qA7E-yrfxHRQ/s1024/tea%205.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="943" data-original-width="1024" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ3X0gdRXKG_PFxpIWw0Fc2tOjEi8yickhGylMCq0HNkQuUWNPBLcObpn7m6MDR7OB_pX8KFYPZXFqt-tzLHiaRgzQ4KAlms2xe2TGCp8FjtSAAnkxvW6D_dNo7pK8tVEH7E9ci-TucLE8Uieclkxa2YTgtw-osma_Fa1bF7og2VFUl6qA7E-yrfxHRQ/s320/tea%205.jpg" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"></o:p></span></p><p class="MsoCaption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #d9ead3;"><b>Figura 4: A, cortando cabelo da sua cliente.</b><b><span style="color: #333333; font-family: "inherit",serif; font-size: 18pt; mso-bidi-font-family: "Open Sans"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-no-proof: yes;"><o:p></o:p></span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: #d9ead3; mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-4HpXMN8df3c4k7hNNg9gXgp4Q6VAN7cZ8PQP9C-fXpDjLcljICgIwFi5XLBml0n4uW4mxpDNaV_GaCUUezrCbLS9xR8GJ87vd2cYVbTZwd5jdjgjSXzcJDF-KlWuUhRGkEt20GvS0XYpIU2qJOSK8NL_w-pOcrOUg_ls_UFVe3eOK-JXyEvg5nyxfA/s463/tea%206.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="463" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-4HpXMN8df3c4k7hNNg9gXgp4Q6VAN7cZ8PQP9C-fXpDjLcljICgIwFi5XLBml0n4uW4mxpDNaV_GaCUUezrCbLS9xR8GJ87vd2cYVbTZwd5jdjgjSXzcJDF-KlWuUhRGkEt20GvS0XYpIU2qJOSK8NL_w-pOcrOUg_ls_UFVe3eOK-JXyEvg5nyxfA/s320/tea%206.jpg" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"></o:p></span></span></p><p class="MsoCaption" style="text-align: center;"><b><span color="windowtext" style="background-color: #d9ead3; font-family: "Times New Roman",serif;">Figura 5- .JM. colando as tiras, representando os cabelos do cliente que estava
confiante. <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3;"><span style="line-height: 115%;"><o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span><b><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">CONCLUSÃO:</span></span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O papel do arteterapeuta primordialmente
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é de oferecer arte e disponibilizar os
meios possíveis para que qualquer indivíduo que deseje se expressar possa
fazê-lo sem temor de ser julgado, rejeitado, desprestigiado ou se achar “desimportante”,
no vocabulário do Manoel de Barros. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Concordo com esta definição tão poética
de Doederlein: “arte é fuga, é lar, é para onde correm as pessoas que procuram
se encontrar. É filha primogênita de quem tenta se expressar, nem sempre é o
nosso melhor lado, mas é sempre o mais sincero. É o rosto do Criador por
debaixo de qualquer máscara. É um incômodo na existência. É uma boa razão para
se estar vivo. É o ofício dos corações inquietos.” (p.28). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><b><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Arte é para todos. Arteterapia é para
quem quiser, mesmo que nem sempre possa expressar-se com as palavras, mas pode
fazê-lo ao seu modo. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><b><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><b><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">BIBLIOGRAFIA:<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; mso-themecolor: text1;"> <o:p></o:p></span></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;">- COUTINHO, Vanessa – </span></b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;">Arteterapia com crianças, 4ª
edição, Rio de Janeiro, Wak Editora, 2013<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;">- DOEDERLEIN, João – </span></b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;">O livro dos ressignificados,
1ª edição – São Paulo: Paralela, 2017<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;">- FERREIRA, </span></b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;">Suzana J (org)<b> – </b>Infância
com artes – Implicações das artes no processo de crescimento e desenvolvimento
da criança, Guarujá/SP, 2020<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">-
<b>PILLOTTO,</b> Silva S D - Linguagens da arte na infância 2ª. Edição.
Univille, 2020, Joinville/SC<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;">- </span><b><span style="line-height: 115%;">NACHMANOVITCH,</span></b><span style="line-height: 115%;">
Stephen. Ser Criativo: o poder da improvisação na vida e na arte. Summus
Editorial, SP. 1993.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">-<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; mso-themecolor: text1;"> ORRÚ</span></b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; mso-themecolor: text1;">, Silva. Autismo,
Linguagem e Educação<b> – </b>Interação Social no Cotidiano Escolar. WAK
Editora,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>3ª edição, Rio de Janeiro,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>2012<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">- WEISS, Mery – O Macaco Caco –
Editora Betânia, Venda Nova/MG, 1995<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><b>-</b><b><span style="line-height: 115%;"> </span></b><b>WINCK</b>, Patrícia – Palestra realizada no
dia 18 de abril de 2023, com tema: A Arteterapia como linguagem da escuta
sensível no Autismo, promovida pela AATERGS -Associação de Arteterapia do
Rio Grande do Sul em parceria com ACAT a Associação Catarinense de Arteterapia.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">-<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: black; line-height: 115%;"> <b>Alphafono: Transtorno do
Processamento Sensorial. Sinais de Alerta.</b> Disponível em: <https://www.alphafono.com.br/transtorno-do-processamento-sensorial-sinais-de-alerta/>.
Acesso em 29 de abril de 2023. </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> _____________________________________________________________________________</span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><b><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Sobre
a Autora:<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX4ob0h9uknoGgQdr4tVGsh6tn9XXwhsOA-zS-pBH3fWgOtPI-fMexuNApT6V5UUTH8bwHlTYAd_DlDTVWe44xkxfShW37PEuIrM-yBKfhMEXkQkdeNOHse_qosppd3wvAexBFpURom1EXS-cj9u5RAjtK9PJxufOcsYBa6tMG17osACh9JL4MNIcgQQ/s759/TANIA.jpg" style="background-color: #d9ead3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="569" data-original-width="759" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX4ob0h9uknoGgQdr4tVGsh6tn9XXwhsOA-zS-pBH3fWgOtPI-fMexuNApT6V5UUTH8bwHlTYAd_DlDTVWe44xkxfShW37PEuIrM-yBKfhMEXkQkdeNOHse_qosppd3wvAexBFpURom1EXS-cj9u5RAjtK9PJxufOcsYBa6tMG17osACh9JL4MNIcgQQ/s320/TANIA.jpg" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: center;"><span style="line-height: 115%;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Graduação em Fonoaudiologia, pós-graduação em
psicopedagogia/UERJ. Especialização em Arteterapia pela POMAR/RJ.
Atuou com grupos terapêuticos e de apoio em casa de recuperação feminina e
masculina. Grupos de Mulheres online (Grupo Rede). Residindo em
Fortaleza/CE há 6 anos, atua como Arteterapeuta no IPREDE/Clínica Conecta,
compondo equipe multidisciplinar no crianças no Transtorno do Espectro Autista.
<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Contatos: Instagram/Facebook:@caminhartes.arteterapia<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><b><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">Textos publicados no Blog:<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2016/09/arteterapia-dando-vida-e-cor.html"><span style="color: black;">ARTETERAPIA – DANDO
VIDA E COR - RESSIGNIFICANDO HISTÓRIAS</span></a><span style="color: black;"> - 2016<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">PRÁTICAS EM ARTETERAPIA COM INDIVIDUOS EGRESSOS DE RUA E ADICTOS
EM RECUPERAÇÃO - 2017<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;">FENIX: PARA ALÉM DO CRACK – RESGATE DO FEMININO EM COMUNIDADE
TERAPÊUTICA PARA MULHERES - 2017<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2018/10/desenhando-e-pintando-com-tesoura-como.html"><span style="color: black;">DESENHANDO E PINTANDO
COM A TESOURA COMO O VOVÔ MATISSE</span></a><span style="color: black;"> - 2018<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2018/03/o-bordado-como-instrumento-de.html"><span style="color: black;">O BORDADO COMO
INSTRUMENTO DE ARRAIGAMENTO E CONDUTOR DE VIDA</span></a><span style="color: black;"> - 2018<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2018/05/leonilson-bordando-vida-as-dores-e-os.html"><span style="color: black;">LEONILSON – BORDANDO A
VIDA, AS DORES E OS AMORES</span></a><span style="color: black;"> - 2018<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"> <a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2019/04/dois-metros-acima-do-chao-as-boas-novas.html">DOIS METROS ACIMA DO CHÃO” – AS
BOAS NOVAS DE BISPO DO ROSÁRIO</a> -
2019<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2020/08/estendendo-rede-abrindo-os-bracos-para.html">ESTENDENDO A REDE – ABRINDO OS
BRAÇOS PARA O NOVO</a> -
2020<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2021/08/entre-os-mobiles-e-stabiles-de-calder.html">ENTRE OS MÓBILES E STÁBILES DE
CALDER – LIDANDO COM A DOR NA ARTETERAPIA</a> - 2021<o:p></o:p></span></p>
<h3 style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit; font-size: small;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2022/10/experienciar-e-beber-da-propria-fonte.html"><span style="font-weight: normal;">EXPERIENCIAR É BEBER
DA PRÓPRIA FONTE</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="font-weight: normal;"> – 2022<o:p></o:p></span></span></span></h3>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: #d9ead3; font-family: inherit;"><a href="http://nao-palavra.blogspot.com/2023/03/como-um-rio-que-flui-arteterapia-no.html">COMO UM RIO QUE FLUI: A ARTETERAPIA
NO CONTEXTO DO AUTISMO</a><span class="MsoHyperlink"> - 2023<o:p></o:p></span></span></p>
<h3 style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span class="MsoHyperlink"><span style="font-weight: normal;"><o:p style="background-color: #d9ead3;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></span></o:p></span></span></h3>naopalavrahttp://www.blogger.com/profile/15881857945846216622noreply@blogger.com13