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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

PARA 2025, ARTETERAPEUTAS POLIGLOTAS E POLIFÔNICOS

 


Por Eliana Moraes – MG

@naopalavra

naopalavra@gmaill.com

 

Adentramos 2025 com muitas expectativas pessoais e profissionais! Tempo de colher sementes plantadas há tempos, bem como, tempo de plantar novas sementes a germinarem no seu tempo.

A minha volta, percebo um movimento de retorno ao investimento de energia psíquica às práticas da Arteterapia, em especial para o público aberto: pessoas e organizações que ainda não conhecem a Arteterapia e que buscam ser bem apresentadas à práticas que farão uma grande diferença em suas vidas.  

Levar a Arteterapia para públicos diversos, em suas variadas modalidades, em diferentes espaços, com práticas tão plurais. Temos um vasto campo a ser conquistado, com a colaboração de cada arteterapeuta atuante em sua zona de influência.

Entretanto, para o bom desempenho dessa função, é estrutural que o arteterapeuta se alimente, se instrumentalize e busque lapidar na formação continuada os aspectos que lhe faltam, como desenvolvimento profissional. É importante reconhecer que a Arteterapia é um saber e prática muito rico em possibilidades, aplicações e diálogos, sendo necessário que o arteterapeuta desenvolva a habilidade de se apresentar em cada linguagem pertinente àquele trabalho.

Lembro aqui as palavras de Beatriz Cardella, nossa grande mestra nos estudos continuados do Não Palavra. Aqui ela se refere ao terapeuta de forma geral, como alguém que fala várias línguas:

Um bom terapeuta é sempre um poliglota, aberto ao diálogo com a diferença e disponível para aprender o idioma pessoal do outro. (CARDELLA, 2023, 58)

Além de poliglotas somos polifônicos, e muitas são as vozes que nos constituem. (CARDELLA, 2023, 59)

Trazendo as palavras de Beatriz para nosso campo de atuação específico, reconheço o arteterapeuta como um terapeuta que especificamente carrega em si uma habilidade ampliada para a “poli” (muitas) “fonia” (relativo ao som, voz). Ou seja, muitas são as vozes que nos constituem, bem como, muitas são os idiomas que podemos transitar, na palavra e na “não palavra”.

Para tanto, é necessário uma abertura para o desenvolvimento progressivo de um repertório amplo de recursos e o (re)conhecimento das diversas vozes que podem nos orientar e inspirar.

Hoje abrimos os trabalhos do blog Não Palavra que, nesse mês completa 12 anos de atividade e contribuições à Arteterapia e aos arteterapeutas. Somos um grupo poliglota e polifônico. Nosso espaço é mantido por diversos arteterapeutas que colaboram para a produção de textos sobre a Arteterapia e saber correlacionados, cada um colaborando com suas referências e bagagens pessoais.

Acreditamos que esse diálogo plural colabora para que os arteterapeutas se tornem cada vez mais capazes de se comunicarem com a linguagem pertinente à cada cenário de atuação.

Assim, convidamos aos leitores e amigos do blog que continuem acompanhando nossa publicação de textos semanais, bem como, que se encoraje a escrever e compartilhar seus estudos e práticas com a nossa rede. Esse espaço é nosso!

Que em 2025 possamos ser mais abertos ao idioma pessoal daqueles que necessitam da arte e da Arteterapia em seus desafios cotidianos!

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Sobre a autora: Eliana Moraes



Arteterapeuta e Psicóloga

Fundadora do blog Não Palavra e coordenadora do projeto "Não Palavra Arteterapia".

Escreve e ministra cursos livres, palestras e supervisões sobre as teorias e práticas da Arteterapia.

Autora dos livros "Pensando a Arteterapia" Volumes 1, 2 e 3

Organizadora do livro "Escritos em Arteterapia - Coletivo Não Palavra"

Espaço presencial: Ateliê Não Palavra em Belo Horizonte. Atendimentos clínicos individuais e grupais em Arteterapia online e presencial.

Pós graduada em História da Arte, Gerontologia e saúde do idoso,

Logoterapia e Desenvolvimento Humano.

Cursando especialização em arte-educação.


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