Por Débora de Castro - AARJ/1411
@deborarteterapia
Quanto tempo o tempo
tem? Por que não falar do tempo numa sessão de Arteterapia? Tudo que
vivenciamos na nossa vida é importante para nosso processo de autoconhecimento,
portanto, tudo se conecta também com o tempo.
Em um dos encontros que
atendo como Arteterapeuta com um grupo de mulheres, na modalidade continuada, o
tema abordado foi sobre o TEMPO elemento importante que faz parte da nossa
jornada. O tempo pode ser visto como um grande Despertador dos Sentidos e das
nossas transformações.
O tempo é precioso,
portanto, ele precisa ser refletido como:
Tempo de Suavidade
Tempo de Descoberta
Tempo de Construção e reconstrução
Tempo de coragem
Tempo de renovação
Tempo de ressignificar nossa história.
O tempo é algo curioso de se olhar, tanto pra frente, quanto
para trás. O tempo revela história, memória e carrega muita ancestralidade. O
tempo é uma variável preciosa na vida de um indivíduo. É singular, constante,
perecível. É também intransferível não temos como “emprestar” parte do nosso
dia para um amigo ou familiar é insubstituível tempo perdido, não se recupera.
Vivemos
um tempo diferente. Parece que o relógio acelera, tudo passa rápido aos nossos
olhos. É urgente a necessidade de refletirmos sobre o tempo presente, o Aqui
e o Agora... Precisamos exercitar a pausa, o respirar com significado, com
leveza, para que possamos expandir o nosso olhar e dar mais sentido a tudo
aquilo que buscamos para nos transformarmos e vivermos uma vida mais leve.
Durante
o encontro Arteterapêutico, fizemos algumas reflexões sobre a importância de nutrir bons momentos, sozinho ou ao lado de alguém especial, também é
uma boa forma de lidar com a passagem do tempo. Dessa forma, torna-se possível
criar memórias e momentos de qualidade. Depois
de algumas reflexões sobre o Tempo, perguntei ao grupo:
·
Que
direção o ponteiro do seu relógio está apontando?
·
Como
você tem aproveitado seu tempo?
A
sessão foi bastante profunda, as participantes, perceberam o quanto precisam
olhar e valorizar mais o tempo presente, viver e sentir com mais leveza cada
experiência. Foi bastante interessante que ao iniciar a plástica, o grupo
materializou simbolicamente TEMPO, o material expressivo foi livre, e todas
conseguiram na sua individualidade expressar o significado do Tempo trazendo
suas reflexões e questionamento sobre como encaram a passagem do Tempo.
A
paciente H, relatou na escrita criativa: O meu relógio viaja no tempo do meu EU
interior, onde passado e futuro se conversam e resgatam momentos adormecidos.
Resgatar esses momentos no tempo de hoje ressalta ainda mais a potência que
tenho no meu novo EU. Perguntas surgem no meio das dúvidas já vividas nesse
tempo que não volta. Meu passado caminha e meu futuro floresce cada vez mais. Obrigado
tempo, sem você eu não estaria aqui hoje."
Plástica
– participante H
Falar do tempo numa sessão de Arteterapia é muito potente, o tempo é o senhor
da experiência, o catalisador da impressão sensorial. É
ele que determina os acontecimentos de nossa existência. Se não administramos nosso tempo,
ele pode se tornar nosso maior inimigo. Precisamos expandir o nosso olhar e
aprender a pausar, respirar e entender que cada segundo, minuto da nossa vida é
importante.
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Sobre a autora: Débora Castro
Sou Débora de Castro, graduada em Pedagogia, Educação Artística, com pós-graduação em Psicopedagogia e Pós-Graduação em Educação Especial e Inclusiva. Com formação em Arteterapia. Atuo na área de Educação há mais de 28 anos, como professora de Artes Visuais e História da Arte. Atualmente coordeno um grupo de Arteterapia para Mulheres e ministro oficinas Arte terapêuticas no online e presencial.
Parabéns, Débora! O "Tempo de Descoberta" nos oferece, realmente, a chance de um futuro de esperança e oportunidade de "Tempo", para ler este lindo e reflexivo texto de sua experiência! Parabéns e obrigada pelo momento! Beijos⚘️
ResponderExcluirMuito bom refletir sobre o tempo e sim, na Arteterapia é algo importante de se trabalhar. Precioso o enfoque dado nas atividades e no texto. Parabéns, Débora!
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