Por Vera de Freitas (RJ)
verafguimaraes@gmail.comHoje escrevo um texto que foi parte da minha monografia apresentada em 2019, que fala sobre estratégias expressivas em técnicas mistas, ativando processos criativos em Arteterapia. Estudo baseado especialmente na criatividade e buscou apresentar algumas possibilidades e descobertas em Arteterapia, através do “fazer artes”, do criar, experimentando linguagens e materiais diversos, construindo imagens e caminhos saudáveis para o autoconhecimento, a autonomia e a liberdade de criar.
Desde os tempos remotos na história da humanidade, a Arte desempenha um importante papel, não apenas de representar, embelezar ou ornamentar, mas principalmente um canal de expressão da alma e das emoções.
O encontro com a Arte abre um caminho para a recuperação e o resgate da saúde física, mental e emocional através de exercícios de criatividade, que levam o indivíduo à redescobertas, inclusive de si mesmo.
As pessoas saudáveis são criativas. A criatividade é a essência da verdadeira saúde. Quando o indivíduo é de fato saudável, a criatividade lhe vem naturalmente, ocorre o impulso, a vontade e a necessidade de criar. O fazer criativo libera forças regeneradoras presentes na psique, que vão possibilitar o resgate do equilíbrio, da saúde e do conhecimento de si mesmo, levando à expansão e à estruturação da personalidade de quem cria. Todos os processos de criação, segundo Fayga Ostrower, representam tentativas de estruturação, experimentação e controle.
O processo arteterapêutico facilita que cada um encontre e amplie o seu caminho de auto expressão. Segundo Maria Cristina Urrutigaray, em seu livro sobre Arteterapia – A transformação pessoal pelas Imagens, o trabalho de um arteterapeuta é o de estimular o sujeito a criar até a finalização de sua obra, observando neste percurso suas atividades, reações e expressões orais, durante a execução do trabalho. O arteterapeuta tem o privilégio de acompanhar os processos criativos, promovendo saúde e qualidade de vida por meio da Arte, do exercício constante da prática expressiva, oferecendo mecanismos de livre expressão.
Com isso, podemos entender o
processo criativo, como organizador, restaurador, recuperador e libertador do fluxo
de energia psíquica, levando ao bem estar, à expressividade, ao
autoconhecimento e à saúde. O caminho do “fazer arte” é o caminho que seguimos
para dentro de nós, para encontrar a criatividade e a alegria de praticar a sua melhor forma de criar.
Deixo aqui a minha dica para o mundo: na verdade, Arte é o melhor caminho.
E para o meu caminho, sigo
acompanhada do meu arteterapeuta, praticando, me expressando, com estímulos,
sigo criando. É um processo, uma caminhada cheia de formas, cores e significados.
Sigo tentando me estruturar, me organizar e sempre experimentando e
especialmente, criando.
Desdobrando esses rabiscos, chegamos a um desenho com formas mais claras, mais definidas:
O processo não termina, enquanto criamos, seguiremos caminhando e descobrindo novos significados.
Em outro contexto trabalhamos, além dos símbolos representados, mais um objeto importante e simbólico: o vaso, o recipiente, onde acontecem mágicas transformações.
E assim seguimos. Sempre criando, expressando, descobrindo, transformando
e sempre: fazendo arte.
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Sobre a autora: Vera de Freitas
Advogada, Fomação e Pós Graduação em Arteterapia (POMAR)
Cursando Pós Graduação Envelhecimento Ativo (POMAR)
Administradora do Instituto VENHA CONOSCO - Tijuca, RJ
Professora de Iniciação Artística - Instituto ZECA PAGODINHO
Facilitadora de Grupo de Arteterapia para adultos, atendimento individual e Grupo de Desenho Livre.
Ateliê de PAPEL MACHÊ
Depois da clara exposição teórica adorei ver os desenhos!Eles falam! Belo trabalho Vera!
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